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Caldeirão da Bolsa

Off Tópic . um HOMEM ....Pequenino, Atrevido, com

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mcarvalho » 23/10/2008 23:02

mario Crespo

IMAGINEM
00h30m

Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados. Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.

Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas. Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta. Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público. Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar. Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.
Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha. Imaginem que o faziam por consciência. Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas. Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam.

Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares. Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos. Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde. Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros. Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada. Imaginem as pensões que se podiam actualizar. Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal. Imaginem que a histórica decisão de Fernando Pinto de reduzir em dez por cento os prémios de gestão, independentemente dos resultados serem bons ou maus, é seguida pelas outras empresas públicas.

Imaginem que é seguida por aquelas que distribuem prémios quando dão prejuízo.
Imaginem que país podíamos ser se o fizéssemos.
 
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por luisrevez » 23/10/2008 14:52

É sem duvida uma boa medida para tentar, (se não impulsionar), pelo meno, restituir alguma confiança no que toca ao mercado de trabalho.
Ao que vejo os tão controversos bonecos de vudu sempre tem algum resultado.
Abr
 
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por JPtuga » 23/10/2008 14:36

Pois lá que ele tem tido iniciativas tem, e pôe-nas em pratica.
Mas o que é certo é isto;
Se por um lado todas estas medidas, em França, no resto da Europa e mundo, poderão "aguentar" a banca e algumas empresas industriais ditas "estratégicas", e talvez, amortizar um pouco, o furacão que ai vem na economia "real", em termos de bolsas de valores, é o que se previa, quedas e mais quedas, umas vezes a ritmos galopantes, outras vezes apenas deslizantes.
Não há fundos, ou planos, ou injeções de capital que valham para a falta de confiança e desespero de muita gente.
 
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por mcarvalho » 23/10/2008 14:29

Toma..., gosta de mulheres , tem ideias , poe-nas em prática...

in bpionline


Presidente Sarkozy anunciou "fundo público de intervenção" para empresas estratégicas em dificuldade


23/10/2008


O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou hoje a criação de "um fundo público de intervenção" a favor das "empresas estratégicas" em dificuldade, uma espécie de fundo soberano.

Esta estrutura tomará a forma de "um fundo público de intervenção que actuará de forma massiva cada vez que uma empresa estratégica precisar de fundos próprios", declarou o chefe do Estado.

"Pedirei ao Parlamento que adoptem as medidas rapidamente", acrescentou Sarkozy. Manifestou o desejo "de trazer toda a Europa" à esta estratégia de intervenção.

Sarkozy anunciou ainda a suspensão do imposto sobre o investimento das empresas, até o início de 2010, para ajudar as indústrias e as pequenas sociedades a enfrentar o impacto da crise.

"A partir de hoje, qualquer novo investimento de empresas na França será 100 por cento livre da taxa profissional até o 1 de Janeiro de 2010", disse Sarkozy numa iniciativa em Annecy.

Numa intervenção terça-feira no Parlamento Europeu, Sarkozy, que preside este semestre a União Europeia (UE), tinha advogado a criação na Europa de fundos soberanos que, coordenados, permitiriam "dar uma resposta industrial à crise" económica.

A proposta fora imediatamente rejeitada pela Alemanha.
 
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