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Re: falta de liquidez ...

MensagemEnviado: 15/10/2008 14:29
por jony_cash
EUROLITE Escreveu:Financiamento 2008-10-15 00:05

BCP, Totta e Banif pedem três mil milhões ao Banco Central Europeu
Com a crise de liquidez e a desconfiança que se criou no interbancário, a banca europeia procurou fundos nos bancos centrais.

Maria Teixeira Alves

O BCP, o Totta e o Banif foram os únicos bancos portugueses a recorrer às injecções extraordinárias de liquidez do Banco Central Europeu (BCE), para suprir a escassez no mercado interbancário. Ao todo os três bancos pediram 3 mil milhões de euros para colmatar a crise de liquidez que afectou o sector a nível mundial.

O BCP já pediu este ano ao BCE 1,4 mil milhões, mas conta elevar este valor para dois mil milhões de euros até ao fim deste mês.

A crise de confiança que se instalou no sistema bancário secou o mercado monetário interbancário e o mercado de obrigações (de dívida) pelo que os bancos de todo o mundo se depararam com uma dificuldade: como obter dinheiro para a sua actividade creditícia?

Só os bancos com activos elegíveis - que servem de garantia para operações de crédito do Eurosistema - podem candidatar-se à linhas de financiamento do BCE. Pelo que, quanto melhores os activos, de acordo com os critérios definidos de elegibilidade, detidos por um banco, maior a sua capacidade de financiamento junto do BCE. Nem todos os bancos nacionais têm activos elegíveis para recorrer a esta fonte de financiamento, o que explica que o BPN, para enfrentar a crise de liquidez, se tenha ido financiar na CGD em cerca de 200 milhões de euros, notícia avançada pelo Diário de Notícias.
Mas nem todos os bancos portugueses com activos elegíveis recorreram ainda ao BCE. A CGD, o BES e o BPI ainda não se candidataram a essas linhas de financiamento. O que revela que estão, por enquanto, confortáveis em liquidez.

O Totta, que em Portugal tem uma carteira de crédito muito superior aos depósitos, beneficia dos activos elegíveis da casa-mãe, o Santander. Pelo que o BCE é uma fonte de financiamento permanente e a bom preço. Nos primeiros seis meses levantou junto do BCE cerca de 800 milhões de euros.

O Banif acabou de pedir, na semana passada, 200 milhões de euros ao BCE. Esta operação permitiu dotar o banco da liquidez necessária para enfrentar a crise de confiança. O Banif que no seu rácio de transformação de recursos de clientes em crédito (incluindo securitizado) tem uma alavancagem de 41% ficou assim com fundos quer para a sua actividade de crédito, quer para entrar no mercado interbancário a ceder liquidez. Como a crise financeira começa a estancar, com as medidas implementadas pelos Governos da União Europeia, o problema de liquidez que afecta o sector bancário não deverá arrastar-se muito mais tempo.

O Estado português, no âmbito das medidas da zona euro, propôs disponibilizar garantias aos bancos no valor de 20 mil milhões de euros, de modo a tornar os bancos portugueses mais competitivos para recorrer ao interbancário. Com a garantia do Estado, os bancos nacionais, de grande ou pequena dimensão, têm assim mais probabilidade de conseguir empréstimos de outros bancos a melhores preços.


EUROLITE,

Qual é a fonte desse artigo?

BN

falta de liquidez ...

MensagemEnviado: 15/10/2008 13:59
por F-Type
Financiamento 2008-10-15 00:05

BCP, Totta e Banif pedem três mil milhões ao Banco Central Europeu
Com a crise de liquidez e a desconfiança que se criou no interbancário, a banca europeia procurou fundos nos bancos centrais.

Maria Teixeira Alves

O BCP, o Totta e o Banif foram os únicos bancos portugueses a recorrer às injecções extraordinárias de liquidez do Banco Central Europeu (BCE), para suprir a escassez no mercado interbancário. Ao todo os três bancos pediram 3 mil milhões de euros para colmatar a crise de liquidez que afectou o sector a nível mundial.

O BCP já pediu este ano ao BCE 1,4 mil milhões, mas conta elevar este valor para dois mil milhões de euros até ao fim deste mês.

A crise de confiança que se instalou no sistema bancário secou o mercado monetário interbancário e o mercado de obrigações (de dívida) pelo que os bancos de todo o mundo se depararam com uma dificuldade: como obter dinheiro para a sua actividade creditícia?

Só os bancos com activos elegíveis - que servem de garantia para operações de crédito do Eurosistema - podem candidatar-se à linhas de financiamento do BCE. Pelo que, quanto melhores os activos, de acordo com os critérios definidos de elegibilidade, detidos por um banco, maior a sua capacidade de financiamento junto do BCE. Nem todos os bancos nacionais têm activos elegíveis para recorrer a esta fonte de financiamento, o que explica que o BPN, para enfrentar a crise de liquidez, se tenha ido financiar na CGD em cerca de 200 milhões de euros, notícia avançada pelo Diário de Notícias.
Mas nem todos os bancos portugueses com activos elegíveis recorreram ainda ao BCE. A CGD, o BES e o BPI ainda não se candidataram a essas linhas de financiamento. O que revela que estão, por enquanto, confortáveis em liquidez.

O Totta, que em Portugal tem uma carteira de crédito muito superior aos depósitos, beneficia dos activos elegíveis da casa-mãe, o Santander. Pelo que o BCE é uma fonte de financiamento permanente e a bom preço. Nos primeiros seis meses levantou junto do BCE cerca de 800 milhões de euros.

O Banif acabou de pedir, na semana passada, 200 milhões de euros ao BCE. Esta operação permitiu dotar o banco da liquidez necessária para enfrentar a crise de confiança. O Banif que no seu rácio de transformação de recursos de clientes em crédito (incluindo securitizado) tem uma alavancagem de 41% ficou assim com fundos quer para a sua actividade de crédito, quer para entrar no mercado interbancário a ceder liquidez. Como a crise financeira começa a estancar, com as medidas implementadas pelos Governos da União Europeia, o problema de liquidez que afecta o sector bancário não deverá arrastar-se muito mais tempo.

O Estado português, no âmbito das medidas da zona euro, propôs disponibilizar garantias aos bancos no valor de 20 mil milhões de euros, de modo a tornar os bancos portugueses mais competitivos para recorrer ao interbancário. Com a garantia do Estado, os bancos nacionais, de grande ou pequena dimensão, têm assim mais probabilidade de conseguir empréstimos de outros bancos a melhores preços.