
O verdadeiro "after hours" é nos Estados Unidos. Em Portugal, "after hours" só podes negociar ao preço de fecho, se encontrares alguém que queira fazer esse negócio contigo.
Aproveito para copiar um texto que aqui escrevi no fírum há uns meses sobre o "after hours":
Antes de mais, penso que é importante perceber como nasceu o mercado de “After hours” nos Estados Unidos para que melhor se perceba o seu funcionamento actual. Há alguns anos atrás, numa altura em que o volume de transacções diárias aumentava rapidamente e o entusiasmo em torno dos mercados também, uma corretora norte-americana entendeu que talvez fosse interessante possibilitar que os seus clientes, depois do mercado fechar, pudessem continuar a transaccionar entre si, funcionando a corretora como intermediária dessas transacções.
Essa ideia foi um sucesso e mais corretoras copiaram esta ideia original e revolucionária. Passado algum tempo, as diversas corretoras perceberam que seria ainda melhor se unissem esforços e criassem um único mercado de “after hours” para os clientes dessas corretoras. Estava criada a primeira grande associação que começou a dar uma verdadeira dimensão ao “after hours”. Hoje em dia, praticamente todas as corretoras norte-americanas oferecem a possibilidade de negociação “after hours” e existem 3 grandes blocos de corretoras associadas para este género de negociação.
Por ser um mercado específico, diferente do normal e com regras próprias, as ordens dadas para o mercado normal não são válidas para o “after hours”. Uma vez que a liquidez no “after hours” é muito menor do que durante a sessão normal, não é permitido introduzir ordens “ao melhor”. Esta regra visa proteger os investidores que assim têm que dar ordens com limite de preço definido, impedindo-os de comprarem ou venderem a preços muito distantes daqueles que estão a negociar.
Pessoalmente, entendo que o interesse deste mercado centra-se em dias de divulgação dos resultados das empresas norte-americanas que – sobretudo as que estão cotadas no Nasdaq – costumam fazê-lo depois do fecho da sessão, fazendo com que o “after hours” seja espectacular com enormes variações nos preços dessas acções, ao sabor dos resultados e do que se vai ouvindo nas conferências de Imprensa.
Não nego a capacidade de atracção do “after hours” e a sua importância em momentos específicos mas, se tem conta numa corretora norte-americana, tenha cuidado ao negociar no “after hours” pois a reduzida liquidez transforma-o num local muito perigoso.
Um abraço,
Ulisses
Aproveito para copiar um texto que aqui escrevi no fírum há uns meses sobre o "after hours":
Antes de mais, penso que é importante perceber como nasceu o mercado de “After hours” nos Estados Unidos para que melhor se perceba o seu funcionamento actual. Há alguns anos atrás, numa altura em que o volume de transacções diárias aumentava rapidamente e o entusiasmo em torno dos mercados também, uma corretora norte-americana entendeu que talvez fosse interessante possibilitar que os seus clientes, depois do mercado fechar, pudessem continuar a transaccionar entre si, funcionando a corretora como intermediária dessas transacções.
Essa ideia foi um sucesso e mais corretoras copiaram esta ideia original e revolucionária. Passado algum tempo, as diversas corretoras perceberam que seria ainda melhor se unissem esforços e criassem um único mercado de “after hours” para os clientes dessas corretoras. Estava criada a primeira grande associação que começou a dar uma verdadeira dimensão ao “after hours”. Hoje em dia, praticamente todas as corretoras norte-americanas oferecem a possibilidade de negociação “after hours” e existem 3 grandes blocos de corretoras associadas para este género de negociação.
Por ser um mercado específico, diferente do normal e com regras próprias, as ordens dadas para o mercado normal não são válidas para o “after hours”. Uma vez que a liquidez no “after hours” é muito menor do que durante a sessão normal, não é permitido introduzir ordens “ao melhor”. Esta regra visa proteger os investidores que assim têm que dar ordens com limite de preço definido, impedindo-os de comprarem ou venderem a preços muito distantes daqueles que estão a negociar.
Pessoalmente, entendo que o interesse deste mercado centra-se em dias de divulgação dos resultados das empresas norte-americanas que – sobretudo as que estão cotadas no Nasdaq – costumam fazê-lo depois do fecho da sessão, fazendo com que o “after hours” seja espectacular com enormes variações nos preços dessas acções, ao sabor dos resultados e do que se vai ouvindo nas conferências de Imprensa.
Não nego a capacidade de atracção do “after hours” e a sua importância em momentos específicos mas, se tem conta numa corretora norte-americana, tenha cuidado ao negociar no “after hours” pois a reduzida liquidez transforma-o num local muito perigoso.
Um abraço,
Ulisses