Elias Escreveu:Pois responde, mas com essa resposta surgem novas perguntas:
- o que se entende por uso imoral?
- o que é a ambição desmedida?
- o que se entende por "prejuízo do semelhante"?
- se a ambição for "medida" (por oposição a desmedida) então já não é imoral?
Não estou a pedir que respondas a estas perguntas, mas apenas a tentar mostrar o quão subjectivas estas matérias podem ser.
Tomando como exemplo o preço da gasolina, estará a GALP a ser gananciosa? Com ambição desmedida a prejudicar o seu semelhante de forma imoral? Onde está a fronteira da moralidade?
1 abraço,
Elias
A definição dos valores, seu alcance, e juízo, são sem dúvida tema caro da filosofia e, mais precisamente, da ética.
É tema vasto que não me permite, dissertar com profundidade, não só por impreparação, mas também porque julgo ir além do âmbito de um forum como este.
No entanto, fico-me pelo senso comum, aquele que me permite distinguir o azul do vermelho, o doce do azedo, sabendo que o doce para mim poderá sempre ser azedo para outro...
Dito isto, permito-me ajuízar o comportamento dos agentes económicos que mais responsabilidade tiveram nesta crise, juízo esse que é profundamente negativo, e que efectivamente foi resultado, na minha opinião, da ganância, da voracidade inconsciente ou não, desses agentes.
Por isso, compreendo e corroboro, em parte, as afirmações de Ratzinger.