Portugal está entre os seis países que salvará todas as poupanças
À falta de uma resposta unida da União Europeia para fazer frente à crise financeira que deixou no limiar da ruptura grandes instituições financeiras europeias, como o banco Fortis, o franco-belga Dexia, o alemão Hypo Real Estate ou o italiano Unicredit, os líderes dos Estados-membros decidiram agir isoladamente, sem esperar sequer pelo resultado das reuniões de ontem e hoje dos ministros das Finanças dos 27.
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Susana Domingos
sdomingos@mediafin.pt
À falta de uma resposta unida da União Europeia para fazer frente à crise financeira que deixou no limiar da ruptura grandes instituições financeiras europeias, como o banco Fortis, o franco-belga Dexia, o alemão Hypo Real Estate ou o italiano Unicredit, os líderes dos Estados-membros decidiram agir isoladamente, sem esperar sequer pelo resultado das reuniões de ontem e hoje dos ministros das Finanças dos 27.
As medidas de emergência tomadas unilateralmente pela Grécia, Irlanda e Alemanha nos últimos dias, que decidiram tranquilizar os aforradores dos seus países garantindo que todos os depósitos bancários estarão a salvo em caso de colapso das instituições financeiras a operar nesses países - no caso da Irlanda, a medida abrange apenas (seis) bancos irlandeses - aceleraram a tomada de decisão por parte dos restantes Estados-membros.
Ontem, no Luxemburgo, o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, deixava aos portugueses uma mensagem tranquilizadora, ao prometer que as poupanças não serão afectadas no caso de qualquer instituição financeira a operar em Portugal entrar em colapso. Isto significa que, para além do anterior limite de cobertura máxima de 25 mil euros que cada depositante teria em cada banco, passa a existir uma garantia ilimitada relativamente aos depósitos. Na prática, significa que o Governo português não deixará cair nenhuma instituição financeira, ficando desta forma garantidas todas as poupanças dos portugueses.