Tóquio com maior queda desde 1987
Bolsas asiáticas afundam com receios de abrandamento global
As praças asiáticas afundaram. Os receios de que a crise de crédito venha a provocar novas falências na banca e de abrandamento da economia global penalizaram os mercados accionistas a oriente. No Japão, as bolsas registaram as maiores quedas diárias desde 1987.
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
As praças asiáticas afundaram. Os receios de que a crise de crédito venha a provocar novas falências na banca e de abrandamento da economia global penalizaram os mercados accionistas a oriente. No Japão, as bolsas registaram as maiores quedas diárias desde 1987.
O Nikkei 225 terminou o dia com uma quebra de 9,38% para 9.203,32 pontos, a maior desvalorização em quase duas décadas. O Topix acompanhou a movimentação ao perder 8,33%. A generalidade dos mercados da região afundou. A bolsa da Indonésia foi suspensa após uma queda de mais de 10% do índice nacional.
Os títulos financeiros lideraram a movimentação negativa. Empresas como o HSBC deslizaram mais de 3%, depois do Fundo Monetário Internacional (FMI) ter alertado para que as amortizações no valor dos activos possam vir a aumentar ainda mais e que a banca possa necessitar de novas injecções de capital, podendo falir quase não sejam conseguidas.
Além disso, o FMI apresentou também as suas novas estimativas para o crescimento global. A economia mundial caminha para um período de "forte retracção económica", uma vez que o PIB norte-americano está perto da estagnação, salientou o FMI.
Este cenário de abrandamento provocou fortes quedas também nas empresas cujas receitas dependem fortemente dos EUA. Títulos como os da Toyota afundaram quase 7%, com os investidores a preverem uma quebra nos resultados.