Partidos afinam estratégias. Conheça as apostas para as autárquicas

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Frank Carlucci, o embaixador norte-americano em Portugal depois da Revolução dos Cravos, e Henry Kissinger, secretário de Estado na mesma altura, protagonizaram um «braço-de-ferro» que Tiago Moreira de Sá e Bernardino Gomes decidiram compilar em livro, na Dom Quixote. Segundo os autores, Franco recusou invadir militarmente Portugal.

Kissinger acreditava que Portugal estava definitivamente «perdido» para o lado comunista, pelo que apoiava uma intervenção militar no país. Carlucci, por sua vez, insistia que a melhor opção era apoiar as forças democráticas emergentes encabeçadas por Mário Soares.

O embaixador admitiu mesmo que se tornou no «dedo» norte-americano que «controlou» o Verão Quente de 1975, através da CIA, que lhe tinha comunicado a possibilidade de ocorrer um golpe liderado pelo Partido Comunista Português.

O embaixador conseguiu, em Agosto de 1975, o apoio do presidente Ford, pelo que os EUA recuaram na intenção apoiada por Kissinger. Pelo meio, houve uma outra recusa fundamental para este desenlace, uma revelação só agora conhecida.

Franco, o general que liderava a vizinha Espanha, disse «não» a uma eventual intervenção militar em Portugal, durante uma reunião com o presidente Gerald Ford, em Madrid.

«Carlucci vs. Kissinger ¿ Os EUA e a Revolução Portuguesa», é o nome da obra de pesquisa sobre as relações entre Portugal e os EUA durante o período de transição que se seguiu ao 25 de Abril.

O livro foi lançado, esta terça-feira, na sede da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, em Lisboa.

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