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Caldeirão da Bolsa

Bancos portugueses entre os mais alavancados

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 18/2/2009 10:15

ING regista prejuízos de 3,71 mil milhões de euros no quatro trimestre
O ING anunciou hoje o segundo prejuízo trimestral devido às amortizações de activos que foi obrigado a realizar na sequência da crise financeira. Os resultados líquidos negativos obtidos no quarto trimestre de 2008 ascenderam a 3,71 mil milhões de euros.

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Raquel Godinho
rgodinho@negocios.pt


O ING anunciou hoje o segundo prejuízo trimestral devido às amortizações de activos que foi obrigado a realizar na sequência da crise financeira. Os resultados líquidos negativos obtidos no quarto trimestre de 2008 ascenderam a 3,71 mil milhões de euros.

O banco holandês registou, nos últimos três meses do ano passado, um prejuízo de 3,71 mil milhões de euros, ou 1,82 euros por acção, e compara com os lucros de 2,48 mil milhões de euros fixadas um ano antes. Este resultado ficou abaixo dos 3,9 mil milhões de euros de prejuízo estimados pelo banco no mês passado.

Este é o segundo prejuízo trimestral registado pelo banco e que se segue ao alcançado nos três meses anteriores. Em resultado, o banco pode não pagar dividendos aos accionistas.

No final de Janeiro, o ING anunciou que está a cortar 5,4% da sua força de trabalho numa tentativa de reduzir os custos operacionais em mil milhões de euros este ano.

Recorde-se que o banco recebeu, em Outubro, uma injecção de capital do governo no valor de 10 mil milhões de euros.

As acções do ING seguiam a recuar 1,51% para os 5,09 euros.



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por luiz22 » 1/10/2008 7:50

Nenhum banco europeu se pode sentir seguro

«Nenhum banco europeu se pode sentir seguro». Esta é a convicção de Willem Buitter, professor na London School of Economics and Political Science.Em entrevista ao Negócios, o ex-membro do Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra, quando questionado se há um risco de falência de bancos na Europa, sublinhou que «sem apoios dos Estados, sem dúvida. É preciso perceber que não existe tal coisa como um banco seguro»«Os bancos têm normalmente activos com maturidades longas e responsabilidades de curto prazo e, por isso, mesmo bancos saudáveis podem enfrentar problemas nas actuais condições. Além disso, os bancos na Europa, depois de muitos anos de um clima de investimento demasiado optimista, tomaram para os seus balanços activos tóxicos e não só activos com origem nos EUA», acrescentou Willem Buitter.

2008/10/01 - 07:19
Fonte: Jornal de Negócios
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Bancos portugueses entre os mais alavancados

por luiz22 » 1/10/2008 1:13

Crise financeira mundial 2008-10-01 00:05

Bancos portugueses entre os mais alavancados

BCP é o caso mais delicado, diz o grupo holandês ING, que cortou a sua avaliação para a banca nacional.

Pedro Latoeiro

Os bancos portugueses estão entre os mais alavancados da Europa. O diagnóstico foi traçado pelo grupo holandês ING que, num documento intitulado “Não abusar da alavancagem”, alerta para a possibilidade do BCP e do BPI enfrentarem novos problemas de saúde financeira, fruto da exposição dos seus fundos de pensões ao trambolhão das bolsas.

Isto porque os bancos nacionais venderam algumas das suas participações em empresas aos fundos de pensões para se protegerem da volatilidade dos mercados. O problema é que o valor destes activos não pára de cair e está a consumir capital aos bancos e a afectar rácios como o ‘core tier I’, um dos indicadores mais utilizados na avaliação da saúde financeira.

O caso mais delicado é o do BCP que, segundo o ING, poderá mesmo ser obrigado a pedir mais dinheiro aos seus accionistas. “A situação actual do BCP faz lembrar o período 2001-03, em que o banco teve de aumentar capital uma vez por ano”, sublinha o analista Ignacio Ulargui. A desvalorização do ‘portfolio’ do BCP – que inclui investimentos no BPI, EDP e Teixeira Duarte –, deve penalizar os resultados do terceiro trimestre em 88 milhões de euros, calcula o ING.

Neste cenário, o grupo holandês recomenda aos seus clientes que vendam as acções do banco português, atribuindo um preço-alvo de 0,86 euros, menos 25% que a actual cotação. A confirmar-se as avaliações do ING, o BES superaria o BCP em valor de mercado. “Acreditamos que o banco poderá enfrentar constrangimentos de capital, relacionados com o fundo de pensões, o que poderá colocar uma pressão substancial no preço da acção”, pode ler-se no documento.

O BPI, por seu turno, resolveu parte dos seus problemas com a venda de 49% do BFA e o aumento de capital de 350 milhões de euros. No entanto, o banco liderado por Fernando Ulrich é dos mais alavancados em Portugal, estando, por isso, mais sensível às oscilações no fundo de pensões, frisa o ING. O banco foi alvo de ‘downgrades’ em duas frentes: viu o seu preço-alvo cair de 5,25 para 2,19 euros e as estimativas de resultados para os próximos três anos reduzidas em 32%.

Já o BES conserva o estatuto de banco favorito em Portugal do ING, mas não escapa a um corte no valor justo das acções. O grupo holandês avalia agora os títulos em 10,70 euros, contra o anterior ‘target’ de 19,60 euros. “O BES continua a ser o nosso banco português predilecto, devido ao forte ‘focus’ da gestão e à menor alavancagem do fundo de pensões”, referem os especialistas do ING.

Certo é que a alavancagem é um dos maior problemas da actual crise financeira e, no final de Julho, o Santander avançou que os fundos de pensões do BCP, BPI e BES somavam perdas de mil milhões de euros. Desde então, o PSI 20 tombou mais 7%.



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