Ulisses Pereira Escreveu:Arnie, estou em completo desacordo contigo.
Vou pegar no exemplo da LJ Carregosa pois, uma vez que trabalho para a DIF podia ser suspeito.
Caso acontecesse uma situação catastrófica como a que foi colocada, a única coisa que poderia estar em causa era a utilização do "software" do Saxo Bank por parte da LJ. O dinheiro dos clientes jamais estaria em perigo e, no limite, teriam que fechar as posições que tinham abertas.
Tu estás a pressupor que, caso não pudessem utilizar mais o "software" do Saxo Bank, essas corretoras estariam condenadas à falência. Wrong! A LJ Carregosa, por exemplo, é uma das mais antigas corretoras em Portugal. Aliás, é mais antiga que o próprio Banco de Portugal! A negociação via Saxo Bank existe há escassos anos e não seria a extinção dessa relação comercial que levaria à falência essa corretora. Essa ou outra qualquer corretora nacional.
Um abraço,
Ulisses
Olá Ulisses.
A questão em si que quis levantar não foi tanto a falência devido ao uso de um software de negociação mas sim aos produtos negociados.
CFD's e Forex são produtos altamente alavancados. A grande questão é saber até que ponto, uma corretoras, tem capacidade financeira para suportar todas estas posições caso existisse no extremo, a suspenção da emissão de credito?
Mas voltando ao aspecto da utilização da plataforma do Saxo. Eles usam apenas o software ou também negoceiam os CFD's emitidos pelo proprio Saxo? Ou seja, o Market Maker aqui é a LJC ou o Saxo? Se for o Saxo, a LJC é um intermediario do negocio, logo, as contas dos clientes estão directamente ligadas ao Saxo.
Na hipotese remota de falência deste, é a LJC que assume as posições do cliente perante a Saxo? Se for, é obvio que a LJC levará um tombo do caraças.
Existindo o seguro bancário, naturalmente que a situação é atenuada, mas não existindo, não só haverá muita corretora a falir como também pessoas.
Por ultimo quero dizer que aqui ninguém espera um crash ou a falência de ninguém. O que se está a dizer é que a situação é mais complicada do que aquilo que se pensa.
Naturalmente se acontecer algo, é preferível ter noção do que esse algo pode representar do que estar completamente às escuras sobre o assunto, não? Principalmente quando esse algo pode por em causa a nossa saude financeira.