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Dava jeito a malta saber falar portugues,

MensagemEnviado: 10/9/2008 16:09
por bboniek33
fazer umas contitas mesmo pelos dedos... enfim o trivial para um caixeiro das Vitaminas.

:P

MensagemEnviado: 10/9/2008 14:55
por alvim
O modelo Filandês funciona!!!!

Há uns anitos atras, na Filandia, uns empresários fizeram um acordo com o estado Filandes.

Nesse acordo o estado comprometia-se a formar X pessoas para determinada função (que ainda não existia), e em contrapartida, elas já teriam emprego, e em funçao do curso que iam tirar.

Foi um acordo de GANHA-GANHA.
Pois em vez de se mandarem vir tecnicos de fora, fizeram-nos !!!!
E hoje em dia, até os exportam.

Quem não conhece hoje em dia a NOKIA?

MensagemEnviado: 10/9/2008 1:31
por bolo
MozHawk Escreveu:
Sinceramente, às vezes parece que não conhecemos o mesmo país...

Um abraço,
MozHawk


Moz, chegou à conclusão que não vale a pena lutar por alguma coisa ou é o pensamento sábio de quem sabe que não pode mudar o mundo de repente e totalmente com uma varinha de condão?

Não é que ele não mudásse, o problema é que não há varinhas de condão! Só das normais.

Mas só há problemas?! Dou razão a um colega meu, que quando chega ao trabalho diz: mas todos os dias há problemas para resolver! Não é possível!

Agora pergunto eu: Mas não há soluções?!
Bem, se calhar era uma óptima ideia montar uma fábrica de soluções e ganhar uma pipa de massa! Só preciso de uns bons subsídios para começar a actividade e fazer uns seguro para o caso das ideias sairem furadas! Faço uma linha especial de ideias "light", quanto mais "rebelde" melhor, que dê para vestir bem à noite, para curtir bué e beber umas mines!

MensagemEnviado: 10/9/2008 0:14
por bolo
Sem querer menosprezar a importãncia dos pormenores, parece-me que seria interessante discutir um pouco que soluções globais.

Normalmente, temos medo de fazer um bocadinho de sangue quando é preciso uma revolução e vamos sempre adiando o problema em torno da discussão dos pormenores que matam as ideias maiores.

Nunca mais me esquecerei do meu professor de português do 8ºano que me chamava a mim o patrão da Turma e que me deu um autografo no final do ano que dizia em latim uma coisa do género:

"Aquele que aspira a coisas grandes não se prende com ninharias"!

esta m€rde bateu-me fundo, pois ele tinha uma ar paternal, de grande profundidade, tinha sido algo paracido com padre, sabia Latim, parecia filósofo e parecia ter gavetas e prateleiras de conhecimento e sabedoria (seja lá o que isso for)arquivado que debitava em curtas mas incisivas exclamações! Era uma cena admirável!

Morreu, entretanto.
Ao menos era dos nossos! Mortal!

MensagemEnviado: 9/9/2008 23:34
por canguru
Ao menos o Estado não teve de pagar mais 6 ou 7 anos de formação para nada... ou será que é útil ao Estado ter pago formação durante 17 anos para depois estarem atrás de um balcão da JMT ou da SONAE?

Ou então, também compete ao Estado encontrar emprego para o menino de antropologia ou para o Prof. que quando se licenciou já sabia que isto ia de mal a pior e que mesmo assim decidiu licenciar-se?

Gostava de saber a tua opinião.



Martins_Bras,

A minha opinião está bem expressa no texto que escrevi. De qualquer forma, aqui vai um esclarecimento adicional.

Imagina a Rita. A Rita tirou o 12º ano na área de Letras e decide escolher Germânicas mesmo sabendo que não há empregabilidade e que depois se desenrasque em centros de explicações. Achas que a Rita, deve ir tirar essas competências noutro país? Achas que em Portugal no ano 2008, deve-lhe ser negado o direito ao conhecimento? Porquê? Preferes ter uma sociedade com um conjunto destas Ritas atrás de um balcão da SONAE ou um marasmo de seres acríticos e estupidificantes?

Este é um país que quer poupar em tudo! Nos políticos (não os trazendo os melhores gestores do seu país até si), na educação, na tecnologia, na ciência. Sabias que 2/3 (leste bem, 2/3!) do dinheiro investido em investigação (projectos científicos, tecnológicos, assim como bolsas de investigação, de mestrado, doutoramento) são dinheiros da UE?

Em resposta à tua 2ª questão, a resposta é não. O estado não deve encontrar emprego para quem procura cursos com baixos índices de empregabilidade. Quem vai para esses cursos tem de assumir os riscos inerentes à sua opção.

Re: Portugal é segundo país da OCDE com mais empregados sem

MensagemEnviado: 9/9/2008 23:32
por bolo
bolo Escreveu:
bolo Escreveu:
Com ela podemos chegar à conclusão que o passo seguinte é EDUCAR esta malta toda e dar-lhes o comprimido AZUL (estão a ver?!).


Epá, agora até a mim próprio me baralhei! Ohem que o comprimido AZUL a que me refiro não é o Viagra! OK? Se por acaso for preciso eu digo a que me refiro! Não se ponham a pensar que a solução que defendo é quadruplicar a população mundial! Não, sem antes chegarmos a Marte! Bom...


Bem, com a intenção de "citar" o meu próprio "post" para esclarecer a cena do comprimido AZUL, que era AZUL mas não era Viagra, sabem o que fiz? Não imaginam? EDITEI-O e reduzi-o a cinzas!

Isso mesmo! Em cima temos um comentário meu a substituir o post que lhe deu origem! É danado, não?!

E tinha-o escrito unicamente no fórum. Não é que fosse coisa importante mas é uma cena frustrante! Felizmente (especialmente para mim e dado que o tinha lido) consegui recuperá-lo na integra da minha memória RAM cerebral!

Cá vai, para quem ainda não o tinha lido (esta obra de arte):

bolo Escreveu: (tinha escrito)


Pata,

estive a reflectir um pouco sobre o facto de Portugal ser o primeiro da fila, mas do lado inoperacional da máquina, como a última carruagem de uma locomotiva, e cheguei a uma conclusão! :x :mrgreen:

A solução primordial e que permitiria iniciar o caminho para salvar a humanidade portuguesa, deste destino luso, tão negro como a cor de que o pintamos, é... quase a EDUCAÇÃO! :shock: :twisted:

Estive quase a eleger a EDUCAÇÃO como solução, essa coisa que ainda nem todos adoram! Afinal de contas quem é que iria para as obras? E quem é que trazia o dinheiro para casa? E quem atenderia nas caixas dos supermercados! E quem é que manobrava os teraes no Ave? Já não há Ave? Ora Bolas! Terá sido a Educação?! Assassina! E depois ainda transmitiria pensamento subversivos e depois era um problemas dos diabos. Não!

Não, é melhor não! Vamos mazé trabalhar!

Bom, efectivamente, estive quase a eleger a EDUCAÇÃO como a solução para os nossos males mas depois de reflectir cheguei à conclusão que para nos safarmos apartir de amanhã (quando digo amanhã, é forma de dizer! Não estejam já a esfregar as mão!) é, ... a REFLEXÃO!

Essa mesma! Essa coisa que nos impede de viver!

E com a REFLEXÃO descobririamos que EDUCAR seria o próximo passo. E poderiamos também REFLECTIR sobre o que ENSINAR a esta malta toda!

Vamos lá EDUCAR esta malta toda e dar-lhes o comprimido AZUL!

Ui, o melhor é, o melhor é REFLECTIR mais um pouco! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:


MensagemEnviado: 9/9/2008 23:08
por Martins_Braz
canguru Escreveu:Essa visão do doutores com formação pouco útil, parece-me errada e perigosa! Qual é que é o problema de teres um país com 10.000 licenciados em engenharia ou em filosofia no desemprego? Não é melhor do que terem o 9º ano? O estado gastou dinheiro na sua formação, mas mesmo que não exerçam engenharia ou filosofia podem sempre criar riqueza (material e intelectual ao país) trabalhando num outro ramo profissional próximo.

Além disso, qual seria a alternativa mais viável? A economicista, com 9º para toda a gente, gerando uma nova geração de massa acrítica e acéfala? Obrigar cada individuo a seguir aquilo que o pais precisa? E se alguém se quiser licenciar em antropologia mesmo sem saídas? Há problemas com isso? Que visão…


Ao menos o Estado não teve de pagar mais 6 ou 7 anos de formação para nada... ou será que é útil ao Estado ter pago formação durante 17 anos para depois estarem atrás de um balcão da JMT ou da SONAE?

Ou então, também compete ao Estado encontrar emprego para o menino de antropologia ou para o Prof. que quando se licenciou já sabia que isto ia de mal a pior e que mesmo assim decidiu licenciar-se?

Gostava de saber a tua opinião.

MensagemEnviado: 9/9/2008 22:31
por MozHawk
Ora bem... claro que explica muita coisa. Vamos por partes:

1. Quantas empresas têm uma gestão de Recursos Humanos consentânea com aumentos de produtividade? E políticas de médio-longo prazo que passe também pela valorização dos seus Recursos Humanos?

2. Quantas empresas distribuem pelos seus trabalhadores uma parte dos ganhos de produtividade? Uma garrafa de espumante rasca e um bolo rei de 50g por altura das festas?!

3. Segundo o Expresso deste fim-de-semana, e parece-me que alguém aqui referiu um artigo do DN no mesmo sentido, se metade dos trabalhadores por conta de outrem, ie, 1.700.000 pessoas ganham abaixo de €600 líquidos por mês, esperam que as pessoas tenham mais e melhores qualificações? Como? Quando? Porquê? Ou, melhor, porque carga de água?

4. Muito mais haveria a dizer, mas parece-me que já chega. Limito-me a concluir que se não se investe - Governo, sector privado, misericórdia lol e afins - espera-se o quê? Milagres?!

Sinceramente, às vezes parece que não conhecemos o mesmo país...

Um abraço,
MozHawk

Eu sempre disse:

MensagemEnviado: 9/9/2008 22:27
por bboniek33
NAO somos os Piores ! 8-)

MensagemEnviado: 9/9/2008 22:21
por mfsr1980
O que faz falta é:
- REDUZIR CARGA FISCAL
- UMA JUSTIÇA EFICAZ

O resto vêm por acréscimo, porque o que não houver no PAÍS importa-se :!:

MensagemEnviado: 9/9/2008 22:14
por canguru
Isto explica tanta coisa....


É um facto, Pata! Tanta mesmo.

Reparem que nestas duas frases lapidares: “Apenas 13% dos trabalhadores portugueses têm formação superior (…) e cerca de 60 por cento da mão-de-obra em Portugal não tem qualquer formação específica

Quando o relatório fala de “formação específica” subentendo que se refira a cursos profissionais e técnico profissionais, bacharelatos, cursos universitários, mestrados e doutoramentos. Resumindo, em Portugal cerca de 60% dos trabalhadores portugueses deverá ter a escolaridade mínima (4ª classe, 6º ou 9º ano, consoante o ano em que frequentaram a Escola). Isso explicará porque (apesar dos salários baixos) estamos no “pelotão da frente ” no que diz respeito a número de telemóveis, automóveis, casa própria, e endividamento e porque somos dos que menos lê e consome cultura.

Estas pessoas merecem o meu total respeito (até porque a grande maioria foram vitimas – basta recordarmo-nos das condições que os nossos avós tinham para facultar o acesso ao ensino aos nosso pais) mas foi a formação que o país lhe deu que o impede de se desenvolver e de produzir mais riqueza, de ter uma sociedade pensante e critica.

Contudo há que reconhecer algumas mudanças: desde há alguns anos que se começou a investir no pré-escolar, a responsabilizar professores (atitude que deveria ser extensível a pais!), escolas, a introdução de inúmeros cursos técnico-profissionais, a democratização no acesso ao ensino superior (sendo disponibilizadas bolsas de estudo aos mais carenciados), bolsas de investigação, doutoramentos, acordos com MIT, investimento na ciência e tecnologia de ponta, etc... A par disso algumas empresas já começam a apostar na formação dos seus empregados.


Paulo Moreira,

Essa visão do doutores com formação pouco útil, parece-me errada e perigosa! Qual é que é o problema de teres um país com 10.000 licenciados em engenharia ou em filosofia no desemprego? Não é melhor do que terem o 9º ano? O estado gastou dinheiro na sua formação, mas mesmo que não exerçam engenharia ou filosofia podem sempre criar riqueza (material e intelectual ao país) trabalhando num outro ramo profissional próximo.

Além disso, qual seria a alternativa mais viável? A economicista, com 9º para toda a gente, gerando uma nova geração de massa acrítica e acéfala? Obrigar cada individuo a seguir aquilo que o pais precisa? E se alguém se quiser licenciar em antropologia mesmo sem saídas? Há problemas com isso? Que visão…

MensagemEnviado: 9/9/2008 22:11
por mfsr1980
Mas estão doidos?
Precisamos de qualificações para quê? Para sermos empregados de balcão?
A maior parte dos desempregados têem qualificações e não precisam delas para nada!
A indústria "bazou" toda. Os poucos investimentos canalizados pela API são na área do turismo e não requerem especialização nenhuma, apenas saber inglês!
Eu sou analista/progamador já quase que não tenho clientes (faliram todos!).
Voçês estão a deixar-se ludribriar pelo pinóquio?

Re: Portugal é segundo país da OCDE com mais empregados sem

MensagemEnviado: 9/9/2008 21:33
por bolo
bolo Escreveu:
Com ela podemos chegar à conclusão que o passo seguinte é EDUCAR esta malta toda e dar-lhes o comprimido AZUL (estão a ver?!).


Epá, agora até a mim próprio me baralhei! Ohem que o comprimido AZUL a que me refiro não é o Viagra! OK? Se por acaso for preciso eu digo a que me refiro! Não se ponham a pensar que a solução que defendo é quadruplicar a população mundial! Não, sem antes chegarmos a Marte! Bom...

MensagemEnviado: 9/9/2008 14:41
por silvaxico
Paulo Moreira Escreveu:
silvaxico Escreveu:E falta aí ter a qualificação dos dirigentes/patrões...


E apesar de tudo continua a dizer-se que temos doutores a mais...


hmmm...talvez doutores com formação pouco útil a mais


Paulo,

até pode ser. Mas faltam muitos "doutores" por aí. E faltam patrões que os aproveitem. Mas às vezes é mais confortável ter alguém que "coma e cale", mesmo que a longo prazo seja bem pior para a empresa...

e também faltam muitos "semi-doutores". Nós praticamente não temos formação profissional. Emboras neste ponto já se note alguma evolução. Basta agora tentar assegurar a sua qualidade. Mas como este governo em termos de educação funciona é para as estatísticas...

MensagemEnviado: 9/9/2008 14:33
por Adrox
silvaxico Escreveu:E falta aí ter a qualificação dos dirigentes/patrões...


E apesar de tudo continua a dizer-se que temos doutores a mais...

Pois, agora resta ver é quem diz isso, a imprensa, obviamente...
Que criou o mito de que ter canudo não ajuda a arranjar emprego, nem a viver em melhores condições.

O que é claramente mentira (Os desempregados com curso, em % são muito menores, do que sem curso, e os rendimentos tãmbem são bastante diferentes).

A culpa também é dos pais, e alunos, que matam-se economicamente para tirar cursos em universidades privadas, cursos já de si sem saidas, e depois ainda por cima, de má qualidade (Exemplos: Sociologia, psicologia, direito, história, linguas, etc...).

E depois vêm para a TV fazer muito barulho que estouraram rios de dinheiro para nada, e que a culpa de não haver criação de emprego, é, obviamente, dos politicos, os culpados de todo o mal existente em Portugal.


Cumprimentos.

MensagemEnviado: 9/9/2008 14:31
por PJBM2
silvaxico Escreveu:E falta aí ter a qualificação dos dirigentes/patrões...


E apesar de tudo continua a dizer-se que temos doutores a mais...


hmmm...talvez doutores com formação pouco útil a mais

MensagemEnviado: 9/9/2008 14:21
por silvaxico
E falta aí ter a qualificação dos dirigentes/patrões...


E apesar de tudo continua a dizer-se que temos doutores a mais...

Portugal é segundo país da OCDE com mais empregados sem qual

MensagemEnviado: 9/9/2008 14:20
por Pata-Hari
frente apenas da Turquia
Portugal é segundo país da OCDE com mais empregados sem qualquer qualificação
09.09.2008 - 11h22
Por Lusa
Fernando Veludo/PÚBLICO (arquivo)

Apenas 13% dos trabalhadores portugueses têm formação superior, segundo dados da OCDE
Cerca de 60 por cento da mão-de-obra em Portugal não tem qualquer formação específica, sendo apenas ultrapassada, entre 27 países da OCDE, pela Turquia, onde aquele indicador se situa nos 64 por cento, revela um relatório internacional.

Os indicadores mais recentes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), elaborados com base em dados de 2006, colocam ainda Portugal nos últimos lugares quanto à percentagem de trabalhadores com formação superior (cerca de 13 por cento), a par da Itália e só à frente da Turquia (pouco mais de dez por cento).

No topo desta tabela surge o Canadá, onde sensivelmente metade dos empregados formou-se em universidades, seguido de Israel (46 por cento) e os Estados Unidos (39).

Quanto à mão-de-obra especializada, Portugal é também o penúltimo, com 28 por cento, de novo apenas à frente da Turquia (cerca de 25 por cento), e no lado oposto da Holanda, com um pouco mais de 50 por cento, da Austrália (à volta de metade) e da Suíça (48 por cento).

Ainda de acordo com a OCDE, em 2006, países como o Canadá e Israel tinham apenas sete por cento da sua força laboral sem formação universitária nem qualquer especialização.

Holanda, Suíça, Finlândia, Noruega e Islândia surgem logo a seguir nos lugares cimeiros, enquanto no fundo da tabela, mas à frente de Portugal, aparecem a Polónia, Itália, República Checa, Hungria e Eslováquia. Espanha surge à frente deste grupo, com cerca de 40 por cento dos empregados sem qualquer qualificação específica


Isto explica tanta coisa....