Rantamplan Escreveu:Luka, permite-me uma correcção ao teu post.
Nem a EDP nem a EDP renováveis são empresas públicas. Bem pelo contrário, são empresas privadas, no caso da EDP desde 1991 mas que têm a particularidade de ter o Estado como accionista.
Quanto aos salários dos gestores públicos eles estão publicados em Diário da República e estão limitados por um conjunto de parâmetros.
Obrigado pela correçao ...
a tua correcção fez-me dar uma olhadela a ver que esmpresas publicas restavam e quais as performances financeiras (mesmo se estas muitas vezes a resultante de opções do estado ...) :
aqui fica :
o artigo é de 2007 ...
Lucro das empresas públicas cresceu 4 vezes
ANA SUSPIRO
RUI COUTINHO (foto)
Os lucros das empresas públicas mais que quadruplicaram no ano passado, face a 2005. Os números já disponíveis para a maioria das empresas do Estado indicam que os resultados líquidos saltaram 371% de 184 milhões de euros em 2005 para cerca de 868 milhões de euros no ano passado.
Esta soma diz respeito aos resultados de 36 das cerca de 48 empresas públicas que constam da lista que a Direcção-Geral do Tesouro divulgou esta semana no site. Já estão disponíveis os dados relativos às principais empresas públicas, com a excepção da CP que é tradicionalmente a recordista em prejuízos.
Embora os resultados operacionais também tenham tido uma evolução positiva, da ordem dos 50%, está muito aquém da melhoria dos lucros.
Olhando com mais detalhe para a performance empresa a empresa, é possível concluir que esta melhoria dos lucros, embora também se deva a um esforço na redução de prejuízos de sociedades cronicamente deficitárias, é sobretudo explicada pelo forte aumento dos resultados em dois casos. Caixa Geral de Depósitos e a Parpública juntas apresentam lucros superiores a 1,3 mil milhões de euros que cobrem à vontade os prejuízos nas empresas deficitárias. Mas enquanto que na Caixa, os lucros reflectem um desempenho mais positivo do banco, na Parpública a subida dos resultados é explicada pelo reforço da sua carteira de participações (ver texto ao lado) em empresas que também aumentaram os lucros. Por outro lado, a holding tem ganhos contabilísticos com as operações de privatizações ao vender em bolsa empresas como a Galp e a Portucel a um preço superior ao registado no seu balanço.
Refer lidera prejuízos
A contenção de prejuízos é visível em empresas como a RTP e o Metropolitano de Lisboa que diminuíram as perdas em 22% e cerca de 10%, respectivamente. Já os CTT quase quadruplicaram o lucro. Do outro lado, estão empresas como a Metro do Porto e a Refer (Rede Ferroviária Nacional) que agravaram os prejuízos em 70% e 25%, respectivamente. A Águas de Portugal que por causa de uma provisão para pensões na Epal e das perdas no mercado internacional passou de lucros para prejuízos.
A Refer lidera a lista dos prejuízos com 201,7 milhões de euros, pelo menos enquanto não são conhecidos os resultados da sua cliente CP que, em 2005, perdeu 197 milhões de euros.
Outra conclusão da análise dos dados é a de o passivo global do sector empresarial do Estado cresceu cerca de 10% ou mais 11 mil milhões de euros para 115,6 mil milhões de euros. No entanto, este valor, que representa 75% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2006 é em grande parte explicado pelo passivo da Caixa Geral de Depósitos superior a 92 mil milhões de euros que cobre as responsabilidades do crédito aos clientes pelo maior banco nacional. Sem a Caixa, o passivo das empresas não financeiras cresceu 11% para 24,5 mil milhões de euros.
Menos 3,7% de empregos
Ainda no ano passado, as mais de 30 empresas analisadas, reduziram em cerca de 3,7%, ou 2166 o número de postos de trabalho, chegando a Dezembro com um número médio de 56708 pessoas. Apesar desta diminuição, ou talvez também por causa dela, os custos com o pessoal subiram 5,8% para 2,385 mil milhões de euros. Isto porque alguns encargos com a saída de efectivos como indemnizações podem onerar os custos com o pessoal numa primeira fase.
No ano passado, o volume de negócios destas 36 empresas que operam desde o sector financeiro às infra-estruturas e serviços básicos, passando pelos transportes, cresceu 19% para 12,8 mil milhões de euros. |