Caldeirão da Bolsa

Salários de gestores custaram 34 milhões ao Estado >>

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por bolo » 5/9/2008 14:58

Atomez Escreveu:A REFER + CP têm um prejuízo anual na ordem dos 400 M€. Mais de 1 M€ por dia!

Pelos vistos o comboio é um meio de transporte caríssimo, um autêntico luxo que todos andamos a pagar para uma minoria utilizar.


mas vêm aí mais uns comboiozitos....!!!!??? Umas cenas a abrir!!!

:shock: :shock: :shock:
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por atomez » 5/9/2008 14:05

A REFER + CP têm um prejuízo anual na ordem dos 400 M€. Mais de 1 M€ por dia!

Pelos vistos o comboio é um meio de transporte caríssimo, um autêntico luxo que todos andamos a pagar para uma minoria utilizar.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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Re: Salários de gestores custaram 34 milhões ao Estado >&

por SirPatrickBateman » 5/9/2008 11:06

Flying Turtle Escreveu:
A serem verdadeiros esses números, ou existem outras formas de remuneração, ou "fringe benefits", não contabilizados, ou nenhum bom gestor quererá ocupar esses cargos...

Mas não conheço o normativo aplicável.

FT


"ou nenhum bom gestor quererá ocupar esses cargos..."

Exactamente!!!!!!!! :mrgreen:
 
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por Luka! » 5/9/2008 10:45

Rantamplan Escreveu:Luka, permite-me uma correcção ao teu post.
Nem a EDP nem a EDP renováveis são empresas públicas. Bem pelo contrário, são empresas privadas, no caso da EDP desde 1991 mas que têm a particularidade de ter o Estado como accionista.
Quanto aos salários dos gestores públicos eles estão publicados em Diário da República e estão limitados por um conjunto de parâmetros.


Obrigado pela correçao ...
a tua correcção fez-me dar uma olhadela a ver que esmpresas publicas restavam e quais as performances financeiras (mesmo se estas muitas vezes a resultante de opções do estado ...) :
aqui fica :

o artigo é de 2007 ...
Lucro das empresas públicas cresceu 4 vezes


ANA SUSPIRO
RUI COUTINHO (foto)

Os lucros das empresas públicas mais que quadruplicaram no ano passado, face a 2005. Os números já disponíveis para a maioria das empresas do Estado indicam que os resultados líquidos saltaram 371% de 184 milhões de euros em 2005 para cerca de 868 milhões de euros no ano passado.

Esta soma diz respeito aos resultados de 36 das cerca de 48 empresas públicas que constam da lista que a Direcção-Geral do Tesouro divulgou esta semana no site. Já estão disponíveis os dados relativos às principais empresas públicas, com a excepção da CP que é tradicionalmente a recordista em prejuízos.

Embora os resultados operacionais também tenham tido uma evolução positiva, da ordem dos 50%, está muito aquém da melhoria dos lucros.

Olhando com mais detalhe para a performance empresa a empresa, é possível concluir que esta melhoria dos lucros, embora também se deva a um esforço na redução de prejuízos de sociedades cronicamente deficitárias, é sobretudo explicada pelo forte aumento dos resultados em dois casos. Caixa Geral de Depósitos e a Parpública juntas apresentam lucros superiores a 1,3 mil milhões de euros que cobrem à vontade os prejuízos nas empresas deficitárias. Mas enquanto que na Caixa, os lucros reflectem um desempenho mais positivo do banco, na Parpública a subida dos resultados é explicada pelo reforço da sua carteira de participações (ver texto ao lado) em empresas que também aumentaram os lucros. Por outro lado, a holding tem ganhos contabilísticos com as operações de privatizações ao vender em bolsa empresas como a Galp e a Portucel a um preço superior ao registado no seu balanço.

Refer lidera prejuízos

A contenção de prejuízos é visível em empresas como a RTP e o Metropolitano de Lisboa que diminuíram as perdas em 22% e cerca de 10%, respectivamente. Já os CTT quase quadruplicaram o lucro. Do outro lado, estão empresas como a Metro do Porto e a Refer (Rede Ferroviária Nacional) que agravaram os prejuízos em 70% e 25%, respectivamente. A Águas de Portugal que por causa de uma provisão para pensões na Epal e das perdas no mercado internacional passou de lucros para prejuízos.

A Refer lidera a lista dos prejuízos com 201,7 milhões de euros, pelo menos enquanto não são conhecidos os resultados da sua cliente CP que, em 2005, perdeu 197 milhões de euros.

Outra conclusão da análise dos dados é a de o passivo global do sector empresarial do Estado cresceu cerca de 10% ou mais 11 mil milhões de euros para 115,6 mil milhões de euros. No entanto, este valor, que representa 75% do Produto Interno Bruto (PIB) de 2006 é em grande parte explicado pelo passivo da Caixa Geral de Depósitos superior a 92 mil milhões de euros que cobre as responsabilidades do crédito aos clientes pelo maior banco nacional. Sem a Caixa, o passivo das empresas não financeiras cresceu 11% para 24,5 mil milhões de euros.

Menos 3,7% de empregos

Ainda no ano passado, as mais de 30 empresas analisadas, reduziram em cerca de 3,7%, ou 2166 o número de postos de trabalho, chegando a Dezembro com um número médio de 56708 pessoas. Apesar desta diminuição, ou talvez também por causa dela, os custos com o pessoal subiram 5,8% para 2,385 mil milhões de euros. Isto porque alguns encargos com a saída de efectivos como indemnizações podem onerar os custos com o pessoal numa primeira fase.

No ano passado, o volume de negócios destas 36 empresas que operam desde o sector financeiro às infra-estruturas e serviços básicos, passando pelos transportes, cresceu 19% para 12,8 mil milhões de euros. |
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Re: Salários de gestores custaram 34 milhões ao Estado >&

por Flying Turtle » 5/9/2008 10:33

luka Escreveu:Penso que efectivamente se olharmos para a média dos salarios ela não é assim tao alta : 6.600 €/mês


De facto, isso corresponderia a cerca de 3.500€ - 4.000€ líquidos mensais, depois de descontarmos os encargos para a segurança social (entidade patronal e trabalhador), seguro de acidentes de trabalho (entidade patronal) e um IRS médio entre 15% e 20% (trabalhador).

A serem verdadeiros esses números, ou existem outras formas de remuneração, ou "fringe benefits", não contabilizados, ou nenhum bom gestor quererá ocupar esses cargos...

Mas não conheço o normativo aplicável.

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por Rantamplan » 5/9/2008 10:22

Luka, permite-me uma correcção ao teu post.
Nem a EDP nem a EDP renováveis são empresas públicas. Bem pelo contrário, são empresas privadas, no caso da EDP desde 1991 mas que têm a particularidade de ter o Estado como accionista.
Quanto aos salários dos gestores públicos eles estão publicados em Diário da República e estão limitados por um conjunto de parâmetros.
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Salários de gestores custaram 34 milhões ao Estado >>

por Luka! » 5/9/2008 10:07

Penso que efectivamente se olharmos para a média dos salarios ela não é assim tao alta : 6.600 €/mês

:arrow: Mas se olharmos para os salarios dos CEO das empresas ai sim temos niveis de salarios escandalosos altissimos (EDP + EDP R etc etc ... )sobretudo quando se acrescentam as Stock Options e outras vantagens... (vantagens que estamos todos a pagar ...)
:arrow: O artigo é bastante "pudico" e discreto sobre os salarios dos CEO...

:arrow: para mais o que acontece normalmente é que os administradores raramente se opoem ao aumento do salario dos CEO ... por razões obvias eh eh eh.. que podem assim "auto aumentar-se")


Salários de gestores custaram 34 milhões ao Estado
Os salários dos gestores públicos das 77 maiores empresas públicas custaram ao Estado mais de 34 milhões de euros no ano passado. Em média, cada gestor foi responsável por mais de 6,6 mil euros de gastos mensais por parte do Estado.

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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt


Os salários dos gestores públicos das 77 maiores empresas públicas custaram ao Estado mais de 34 milhões de euros no ano passado. Em média, cada gestor foi responsável por mais de 6,6 mil euros de gastos mensais por parte do Estado.

A notícia é avançada pelo “Correio da Manhã” que revela que os gestores públicos de 77 das maiores empresas públicas custaram 34,2 milhões de euros em 2007 ao Estado português.

Com uma média de 4,8 administradores por empresa, as cofres públicos acabaram por despender com cada gestor em média 6633 euros brutos por mês, montante superior ao salário bruto mensal do primeiro-ministro, adianta a mesma fonte.
:!:
Anexos
CEO .png
CEO : Estão de acordo com o meu novo aumento .... ?
- Siiiimm claro!
CEO .png (4.65 KiB) Visualizado 637 vezes
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