CALDEIRÃO DE BOLSA

Martins_Braz Escreveu:
1 - Deve ter má experiências com advogados... mas todos os que conheço respondem ao que lhe pergunto;
* Por acaso não. Há cerca de 2 anos os meus companheiros de almoço até eram 7 ou 8 advogados.

2- Sim vamos discutir os "popós" topo e gama que não são mais do que instrumentos de trabalho (é preciso estar no negócio para entender isso). Se acha que a sua aquisição não é necessária, respeito por ser a sua opinião... mas ou fica o advogado de esquina ou então não fica!
(A imagem é extremamente importante). Aguardo ainda que me responda como posso deixar de assumir o prejuízo dos milhares de km que faço anualmente (em 2007 foram 49.000 km), muitos deles sem retorno financeiro algum.
* Mas leu em algum lado que eu era contra? O que leu é que a partir de determinado valor o Fisco não só não devia considerar o abatimento fiscal como agravar a taxa de IRC da empresa.
Em relação aos Kms... foram mesmo todos ao serviço da empresa ?
Vai devolver ao Fisco os que fez quando foi de férias ou passar o fim de semana com a família e que deduziu?
Mas não sei qual o interesse da pergunta. Deduziu esses custos fiscalmente. O resto, é o risco do negócio. Quando adquire BES ou PT ninguém lhe garante que vai ter lucro, assim como o empresário que encomenda 100.000 chapeus de sol, e nesse ano o Verão foi muito mau, não houve sol e vai ficar com eles em stock.

3 - Na verdade sou apenas um colector desse imposto. A diferença é que o IVA não entra no seu ordenado mas entra no meu. Como? Simples, experimente pedir 5000 a um cliente ou experimente pedir 6000 (diga-lhe que mil é de imposto, certamente que ele não se irá importar...).

* Essa de entrar no seu ordenado não percebo. Por acaso quando vai tomar 1 café, adquire 1 TV, instala ar condicionado em casa, faz obras de remodelação, faz uma operação cirúrgica não tem de pagar IVA ?
Esses agentes económicos não são também meros recolectores de impostos ? Qualquer actividade (salvo as isentas) têm o mesmo problema?
Pretende que os advogados estejam isentos de cobrar IVA?( O lobby que havia na Assembleia da República conseguiu durante anos e anos manter um regime especial)

4 - Apenas para esclarecimento: por opção própria não sou advogado mas sim consultor jurídico (semelhante mas diferente).
* Para mim é irrelevante. Não tenho reservas mentais contra qualquer profissão, e debater um tema para mim não é uma guerra pessoal.

Bzidroglio Escreveu:Resposta tipica de advogado. Disse-lhe uma série de coisas, responde com outras
Já não lhe interessou discutir os pópos topo de gama, e a necessidade de aquisição.
Não queria fugir ao tema, mas lembro-lhe que o IVA que voce paga é o mesmo que os portugueses pagam quando adquirem um bem. Deve estar a referir-se a entregar o IVA ao Estado,imposto que não é seu e foi um simples recolector. Essa é uma confusão generalizada que as empresas e profissionais liberais gostam de fazer, e por isso agora o Fisco actuou, embora provávelmente com algumas injustiças.
O resto podemos discutir noutro tópico, se achar interessante.

Bzidroglio Escreveu:

Martins_Braz Escreveu:
Então mas acha que uma viatura (de QUALIDADE) não é tão importante para um advogado como é o papel? Que ideia limitada...

Então como é que pensa que se encontram clientes... vêm bater à porta?

E a imagem perante o Cliente?

Ou pensa que tudo isto não é INDISPENSÁVEL ao funcionamento?

Bem, não sei o que pensa... mas eu penso que se fosse Primeiro Ministro todos eramos empregados e ninguém era patrão.

Mas... pois, se não existirem patrões também não existem empregados... que engraçado nunca me tinha lembrado disso (= IRONIA)

Bom, agora ficou esclarecido a quem se destinava a pergunta.
O que disse desde o 1º post é que deveria haver um limite por exemplo 50000 euros para essas deduções.
Ninguém proíbe de comprar o carro que quiser, mas se quiser fazer "show-off" terá de sair do seu bolso e não do meu. Entende isso ?
Não sei qual o seu conceito de carro de qualidade, mas até 50000 euros arranjaria 2 mãos cheias de viaturas que não me importava de ter.
Não havendo limite, compram-se murcialagos, enzos, bentleys para "cativar" os clientes e quem vive do trabalho dependente que lhe pague o alcatrão para a sua bomba "ir captar clientes", as pontes, as escolas para os seus filhos estudarem, etc.
O que não querem(quem assim pensa) compreender é que por muito injusto que seja partilhar rendimentos que depois são mal geridos, o que existe e é comunitário não é só utilizado por quem mais contribui. É por todos, os que trabalham por conta de outrem e por aqueles que pagam 1/10 do que auferem !

Só mais uma coisinha... para o show-off existem empresas de Rent-a-car que alugam essas bombas por 1 dia. Serão tantos os clientes que façam parte da lista da Forbes ?

Martins_Braz Escreveu:
Então mas acha que uma viatura (de QUALIDADE) não é tão importante para um advogado como é o papel? Que ideia limitada...

Então como é que pensa que se encontram clientes... vêm bater à porta?

E a imagem perante o Cliente?

Ou pensa que tudo isto não é INDISPENSÁVEL ao funcionamento?

Bem, não sei o que pensa... mas eu penso que se fosse Primeiro Ministro todos eramos empregados e ninguém era patrão.

Mas... pois, se não existirem patrões também não existem empregados... que engraçado nunca me tinha lembrado disso (= IRONIA)

LTCM Escreveu:

Martins_Braz Escreveu:Então se o seu problema é somente os carros topo de gama fico à espera da sua resposta: um escritório de advogados deve ter um Fiat Punto, um Mercedes Classe C/BMW 3 ou um Mercedes Classe S/BMW 7??

Gostaria de saber qual a sua interpretação sobre isto? Ou seja, de que forma devia ou não o Fisco aceitar a dedução destas despesas... e sobre que tipo de veículos?

O escritório de advogados, auditores, consultores,..,etc é livre de deter o(s) veículo(s) que bem entender.
Agora o fisco não devia considerar nenhum dos custos por eles (veículo(s)) gerados.

Martins_Braz Escreveu:Então se o seu problema é somente os carros topo de gama fico à espera da sua resposta: um escritório de advogados deve ter um Fiat Punto, um Mercedes Classe C/BMW 3 ou um Mercedes Classe S/BMW 7??

Gostaria de saber qual a sua interpretação sobre isto? Ou seja, de que forma devia ou não o Fisco aceitar a dedução destas despesas... e sobre que tipo de veículos?

LTCM Escreveu:

Martins_Braz Escreveu:

LTCM Escreveu:

Martins_Braz Escreveu:

Bzidroglio Escreveu:

macumba Escreveu:lê-se cada coisa

e não deduz nada nas contas da empresa uma vez que certamente a bomba não é indispensável à empresa.

Esclarece-me: num escritório de advogados pensas que é indispensável à empresa ter um Fiat Punto? E se for um Mercedes? e se for um Ferrari?

Pois, o mal deste país é que quem não sabe é normalmente quem fala.

Como trabalhador dependente também podes deduzir os custos com o teu veículo, que utilizas para deslocação diária para o trabalho, ex:.?

Custos de financiamento;
Reparações e revisões;
Combustível;
Portagens e parqueamento?
Não.

E amortizações podes fazer?
Não.

Então porque raio é que trabalhadores independentes e empresas o podem fazer?
Em países como o nosso, onde o bom senso é algo raro, era mais fácil e mais justo - simplesmente - acabar com os custos dos carros nas empresas (e nos trabalhadores independentes).

Bem, provavelmente por uma razão simples: não investes!!!

És trabalhador dependente, certo? Quanto dinheiro é que investiste no teu emprego? Logo, porque é que havias de poder deduzir?

E quando utilizas o veículo para deslocações, o teu patrão não as paga? Então porque haverias de deduzir esse valor...?

Agora, se tiveres de comprar cadeiras, mesas, computadores, estores, fazer obras, telefones, canetas, papel, lápis, livros, capas, seguros, correios, fotocopiadoras, impressoras, etc, etc, etc (incluindo fazer cursos) para poderes trabalhar, então deves poder descontar esses valores...

Mais, se tiveres de fazer km`s e Km`s para teres a POSSIBILIDADE de teres clientes para a tua empresa (muitas vezes é dinheiro perdido), então também deves poder descontar esse valor...

E acima de tudo, quem trabalha por conta própria ARRISCA o seu capital e o seu rendimento habitual.

Agora para quem de manhã chega ao trabalho e senta-se e se a cadeira estiver partida não é ele que vai pagar mas sim o patrão... então percebo que não perceba o que é OBVIO.

Só me estou a referir aos veículos, que como é óbvio são utilizados de forma abusiva, ou seja fora da actividade normal da empresa.
Mais, nunca referi ou defendi a não consideração de custos com

cadeiras, mesas, computadores, estores, fazer obras, telefones, canetas, papel, lápis, livros, capas, seguros, correios, fotocopiadoras, impressoras, etc, etc, etc (incluindo fazer cursos) para poderes trabalhar,

Para si pode também não ser óbvio, mas no meu trabalho, tenho de utilizar o meu telefone, o meu portátil e muitas vezes o meu próprio papel de impressão.
E claro tenho de fazer cursos, pagos por mim, para poder trabalhar.

Mas como é óbvio, isso não interessa nada.
O que interessa é andar num carro topo de gama, pago mensalmente com o valor do IVA recebido e do IRS retido.

Abraço.

Martins_Braz Escreveu:

LTCM Escreveu:

Martins_Braz Escreveu:

Bzidroglio Escreveu:

macumba Escreveu:lê-se cada coisa

e não deduz nada nas contas da empresa uma vez que certamente a bomba não é indispensável à empresa.

Esclarece-me: num escritório de advogados pensas que é indispensável à empresa ter um Fiat Punto? E se for um Mercedes? e se for um Ferrari?

Pois, o mal deste país é que quem não sabe é normalmente quem fala.

Como trabalhador dependente também podes deduzir os custos com o teu veículo, que utilizas para deslocação diária para o trabalho, ex:.?

Custos de financiamento;
Reparações e revisões;
Combustível;
Portagens e parqueamento?
Não.

E amortizações podes fazer?
Não.

Então porque raio é que trabalhadores independentes e empresas o podem fazer?
Em países como o nosso, onde o bom senso é algo raro, era mais fácil e mais justo - simplesmente - acabar com os custos dos carros nas empresas (e nos trabalhadores independentes).

Bem, provavelmente por uma razão simples: não investes!!!

És trabalhador dependente, certo? Quanto dinheiro é que investiste no teu emprego? Logo, porque é que havias de poder deduzir?

E quando utilizas o veículo para deslocações, o teu patrão não as paga? Então porque haverias de deduzir esse valor...?

Agora, se tiveres de comprar cadeiras, mesas, computadores, estores, fazer obras, telefones, canetas, papel, lápis, livros, capas, seguros, correios, fotocopiadoras, impressoras, etc, etc, etc (incluindo fazer cursos) para poderes trabalhar, então deves poder descontar esses valores...

Mais, se tiveres de fazer km`s e Km`s para teres a POSSIBILIDADE de teres clientes para a tua empresa (muitas vezes é dinheiro perdido), então também deves poder descontar esse valor...

E acima de tudo, quem trabalha por conta própria ARRISCA o seu capital e o seu rendimento habitual.

Agora para quem de manhã chega ao trabalho e senta-se e se a cadeira estiver partida não é ele que vai pagar mas sim o patrão... então percebo que não perceba o que é OBVIO.

Só me estou a referir aos veículos, que como é óbvio são utilizados de forma abusiva, ou seja fora da actividade normal da empresa.
Mais, nunca referi ou defendi a não consideração de custos com

cadeiras, mesas, computadores, estores, fazer obras, telefones, canetas, papel, lápis, livros, capas, seguros, correios, fotocopiadoras, impressoras, etc, etc, etc (incluindo fazer cursos) para poderes trabalhar,

LTCM Escreveu:

Martins_Braz Escreveu:

Bzidroglio Escreveu:

macumba Escreveu:lê-se cada coisa

e não deduz nada nas contas da empresa uma vez que certamente a bomba não é indispensável à empresa.

Esclarece-me: num escritório de advogados pensas que é indispensável à empresa ter um Fiat Punto? E se for um Mercedes? e se for um Ferrari?

Pois, o mal deste país é que quem não sabe é normalmente quem fala.

Como trabalhador dependente também podes deduzir os custos com o teu veículo, que utilizas para deslocação diária para o trabalho, ex:.?

Custos de financiamento;
Reparações e revisões;
Combustível;
Portagens e parqueamento?
Não.

E amortizações podes fazer?
Não.

Então porque raio é que trabalhadores independentes e empresas o podem fazer?
Em países como o nosso, onde o bom senso é algo raro, era mais fácil e mais justo - simplesmente - acabar com os custos dos carros nas empresas (e nos trabalhadores independentes).

Martins_Braz Escreveu:

Bzidroglio Escreveu:

macumba Escreveu:lê-se cada coisa

e não deduz nada nas contas da empresa uma vez que certamente a bomba não é indispensável à empresa.

Esclarece-me: num escritório de advogados pensas que é indispensável à empresa ter um Fiat Punto? E se for um Mercedes? e se for um Ferrari?

Pois, o mal deste país é que quem não sabe é normalmente quem fala.

Bzidroglio Escreveu:A pergunta é dirigida a quem ?
É que tá uma confusão (o quote)...
Tá o Bzid, mas depois o Macumba, com uma citação minha..

Bzidroglio Escreveu:

macumba Escreveu:lê-se cada coisa

e não deduz nada nas contas da empresa uma vez que certamente a bomba não é indispensável à empresa.

mfsr1980 Escreveu:Nasci em 1957, portanto vivi uns anitos no Estado Novo.
Naquele tempo, não precisava de me preocupar com o futuro, as instituições funcionavam, havia trabalho, segurança, paz...

mfsr1980 Escreveu:Atenção .....não sou fascista !!!

mfsr1980 Escreveu:Estou com umas saudades do Estado Novo!!!

macumba Escreveu:lê-se cada coisa

então se o estado e as suas empresas falidas são as que têm as melhores e mais recentes frotas de automóveis,para tudo o que tenha duas mãos,não obstante a maioria dessas empresas darem prejuzos MEDONHOS,com que moral é que se pode impedir um particular de ter o carro que bem quer???

os administradores de empresas publicas é que não deviam ter viaturas e mordomias pagas por todos nós,principalmente as que dão prejuizo ou são mal geridas apesar da sua situação privilegiada(e que são a esmagadora maioria).

agora um particular desde que não deva nada a ninguem,até pode comprar um avião ou dar dinheiro aos pombos em vez de milho,mesmo que nos meses vindouros se veja à rasca para pagar essas mordomias