Peso da economia informal em Portugal: 22%
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marath Escreveu:A economia paralela é característica dos países menos desenvolvidos com elevados graus de corrupção, de que Portugal é exemplo.
Será mesmo? Quando os dados do Banco Mundial atribuem a Portugal uma economia parelela que apenas supera ligeiramente a de países como a Suécia, a Noruega e a Finlândia, tenho dúvidas de que seja esse o único factor...
http://rru.worldbank.org/Documents/Pape ... conomy.pdf
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Pata-Hari Escreveu:Petronio, só mesmo desconhecimento de outras realidades europeias é que te podem fazer afirmar que é pior noutros países. Mostra um número que compare pior que o nosso dentro dos paises minimamente desenvolvidos. E mostra onde está escrito que em espanha é 30%.
Há muito tempo que venho dizendo que o principal mal do país esta na sua liderança e na economia paralela, e quando se fala em produtividade do sector publico deveria sempre referir-se que há estudos internacionais, credíveis sobre a eficiência na Administração Pública e no Sector Privado (com referência a diversas áreas), de que é exemplo o do WORLD ECONOMIC FÓRUM. E que diz exactamente o contrário: a Administração Pública em Portugal funciona melhor do que o Sector Privado!
Isto leva a grandes discussões pois os sucessivos governos são sector publico e tem sido uma miséria, e naturalmente há o bom privado e o mau público, mas em termos gerais, e da minha experiência pessoal, concluo que sou melhor atendido no publico e resolvo mais facilmente as questões do que quando lido com os privados.
A economia paralela é característica dos países menos desenvolvidos com elevados graus de corrupção, de que Portugal é exemplo.
Eu pergunto, onde foi investido o dinheiro dos fundos de coesão? Entrem nas herdades do país que receberam milhões para tornar a agricultura mais competitiva e o que encontram? Máquinas, plantações e animais ou jipes Mercedes, mansões e piscinas? Onde está a fiscalização? E os empresários que receberam milhões e faliram as empresas com gestão danosa, para de seguir abrirem outra e concorrerem a mais fundos? E os milhões em alcatrão que nunca chegou ás estradas? E as obra que são estudadas e orçamentadas para 100 e custam 400?
Enfim, só não vê quem não quer e enquanto o povo pensar que votar em branco é solução, serão sempre os mesmos incompetentes e os amigos deles a chegar ao poder e a manter o estado da coisa, que aliás lhes interessa.
Para quem percebe um pouco de leis pergunto: então os milhões de subsídios á agricultura, que nem deviam existir, que eram considerados 65% rendimento para efeitos de tributação (quando a meu ver deveriam ser 100% visto serem rendimento e ainda por cima sem nada fazerem para o receber), passaram recentemente a ser considerados apenas em 20% porquê?
E a fiscalização? Quem não conhece casos de funcionários do estado que tem processos movidos por grandes empresas devido a correcções que lhes fizeram, e aos quais o estado pura e simplesmente vira as costas?
O combate á economia paralela é igual ao combate ao tabagismo, diz que se quer mas financia-se as plantações de tabaco, aqui diz-se que se quer mas legisla-se a favor dos ladrões e não se protege, fragilizando, quem fiscaliza.
Como diz um ilustre (pelo menos para mim) colega meu, estamos na Républica das Bananas e os macacos são pacíficos.
Eu não me considero macaco (e por certo os restantes forenses tambem não), mas o que tiro desta frase muitas vezes repetida é que sem garra no povo, sem vontade de lutar contra o estado da coisa, não entraremos no bom caminho. Veja-se o exemplo de Angola...muita riqueza mas o povo é submisso, passa fome, e é enganado. Cá vamos pelo mesmo caminho. E a comunicação social, também ela submissa e agarrada ás noticias sem valor, tem também uma grande quota de responsabilidade.
Economia informal, paralela, subterrânea... Enfim, penso que são sinónimos e todos sabemos o que quer dizer.
Em Portugal e em Espanha representa 22,6% da economia. E há, efectivamente, outros países europeus onde o peso é maior.
Dados em anexo.
Abraço,
Tiago
Em Portugal e em Espanha representa 22,6% da economia. E há, efectivamente, outros países europeus onde o peso é maior.
Dados em anexo.
Abraço,
Tiago
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Acho que economia informal , tem diminuido, as empresas precisam de facturas,para apresentar lucros, no sector imobiliário , as vendas estão ser escrituradas no valor real , salvo raras excepções , ou os negócios são entre particulares.
Mas a economia paralela, só em Espanha é 30%, e nos outros Países Europeus a situação provavelmente é bem pior .
Houve uma alteração de hábitos , muito grande, e actualmente como disse, as empresas, tem toda a vantagem em facturar, porque os niveis de vendas baixaram .
O problema nem é a economia paralela , que existe em todos Paises, o problema tem haver com os niveis insuportaveis de impostos, em que os governos querem sempre ter o bode espiatório.
No caso Portugues , quando começei a estudar contabilidade , não havia o IVA , mas sim o IT - Imposto de Transacções, que era de 10%, e era o armazenista que pagava , e era somente sobre mercadorias, e antes do 25 Abril era 7%.
Agora façam as contas ao aumento de receitas nas últimas duas decadas.
Desde 1973 os impostos triplicaram , quem o diz é o Medina Carreira.
Será que o Estado tem moral , para chamar de ladrões a que foge aos impostos ?
Teria razão se o Povo não tivesse sufocado, e o caminho é pobreza , com um Estado cada vez mais gordo, e o setor empresarial a definhar.
Mas a economia paralela, só em Espanha é 30%, e nos outros Países Europeus a situação provavelmente é bem pior .
Houve uma alteração de hábitos , muito grande, e actualmente como disse, as empresas, tem toda a vantagem em facturar, porque os niveis de vendas baixaram .
O problema nem é a economia paralela , que existe em todos Paises, o problema tem haver com os niveis insuportaveis de impostos, em que os governos querem sempre ter o bode espiatório.
No caso Portugues , quando começei a estudar contabilidade , não havia o IVA , mas sim o IT - Imposto de Transacções, que era de 10%, e era o armazenista que pagava , e era somente sobre mercadorias, e antes do 25 Abril era 7%.
Agora façam as contas ao aumento de receitas nas últimas duas decadas.
Desde 1973 os impostos triplicaram , quem o diz é o Medina Carreira.
Será que o Estado tem moral , para chamar de ladrões a que foge aos impostos ?
Teria razão se o Povo não tivesse sufocado, e o caminho é pobreza , com um Estado cada vez mais gordo, e o setor empresarial a definhar.
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Elias Escreveu:Economia informal é o mesmo que vulgarmente se designa por economia paralela?
era o que vinha escrever quando vi o titalo: oh senhora Pata, eufemismos, assim ao final da tarde?
Isso é coisa para logo de manha!
ao final de um dia de trabalho, queremos portugues currente e nada de entrelinhas!

beijos e abraços
(percentagem, tem diminuido, certo? tenho ideia de ~30% nao faz muito tempo)
Economia Informal: Restauração e pequena indústria são os sectores mais afectados - Estudo Cotec
Lisboa, 04 Ago (Lusa) - As prestações de serviços nas áreas da restauração e da pequena construção civil são as mais afectadas pela economia informal, que em Portugal representa 22,3 por cento do PIB, segundo dados hoje divulgados pela Cotec Portugal.
"A sensação que temos é que as áreas da restauração e da pequena construção civil são onde existe muita economia informal", disse o presidente da associação empresarial dedicada à Inovação, Artur Santos Silva.
A Cotec Portugal apresentou hoje em conferência de imprensa um conjunto de 61 medidas necessárias - enviadas na semana passada ao ministro das Finanças - para combater a economia informal em Portugal, que representa 22,3 por cento do PIB, o equivalente a mais de 30 mil milhões de euros.
No estudo, Portugal apresenta-se como o terceiro país com o valor mais alto, em termos de percentagem do PIB (22,3 por cento), em igual posição com Espanha, abaixo da Grécia (com 28,3 por cento) e da Itália (com 26,2 por cento).
Os valores utilizados pelo estudo referem-se aos anos de 2002 e 2003 e comparam com a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), onde o peso da economia informal se situa nos 16,4 por cento.
De acordo com o coordenador do estudo, Vasco Rodrigues, presente na conferência de imprensa de apresentação do estudo, a "economia informal tem mais peso em todos os sectores que lidam directamente com o consumidor final".
"O consumidor é pouco exigente no cumprimento das regras e por isso é natural que estas áreas tenham um maior nível de economia informal", considerou o docente, referindo no entanto que o estudo optou por não distinguir sectores de actividade.
Entre as recomendações da equipa que elaborou o estudo - que contou com a participação de um conselho de orientação estratégica presidido por Miguel Cadilhe e foi enviado ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos - Artur Santos Silva destacou a necessidade de uma maior unificação do regime do IVA.
"Achamos que a taxação ao nível do IRC e IRS é razoável, mas ao nível do IVA o que sugerimos é uma simplificação porque há casos, nomeadamente nas regiões autónomas, que são ridículos e difíceis de perceber", disse o presidente da Cotec, referindo contudo que se trata de um trabalho que deve ser feito ao nível da União Europeia.
Este tema, referem os autores do estudo, tem suscitado "viva preocupação e reflexão a nível da União Europeia", estimando-se que o montante anual da fraude a nível comunitário possa ascender a 100 mil milhões de euros.
"A nível interno, a uniformização das taxas de IVA será um importante passo na simplificação do sistema fiscal", defendem.
Segundo os autores do estudo elaborado para a Cotec e o Iapmei, o actual regime contempla seis taxas, tomando em consideração as regiões autónomas e diversas isenções, criando "um cenário complexo e propício ao erro e à evasão fiscal".
"A uniformização das taxas poderá potencialmente permitir uma redução da taxa normal", apontam.
Como exemplo, o estudo refere-se à dificuldade em distinguir entre "aperitivos à base de produtos hortícolas e sementes", sujeitos à taxa intermédia de 12 por cento (8 por cento nas regiões autónomas) e aperitivos à base de outros ingredientes, sujeitos à taxa de 21 por cento (15 por cento nas regiões autónomas).
No entanto, refere, se se tratarem de "aperitivos à base de estrudidos de milho e trigo, à base de milho moído e frito ou de fécula de batata em embalagens individuais" estão igualmente sujeitos à taxa intermédia.
A economia informal tem sido apontada pela Cotec Portugal como sendo um dos grandes "entraves" à inovação empresarial, à concorrência e à competitividade das Pequenas e Médias (PME) empresas.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=975105
Lisboa, 04 Ago (Lusa) - As prestações de serviços nas áreas da restauração e da pequena construção civil são as mais afectadas pela economia informal, que em Portugal representa 22,3 por cento do PIB, segundo dados hoje divulgados pela Cotec Portugal.
"A sensação que temos é que as áreas da restauração e da pequena construção civil são onde existe muita economia informal", disse o presidente da associação empresarial dedicada à Inovação, Artur Santos Silva.
A Cotec Portugal apresentou hoje em conferência de imprensa um conjunto de 61 medidas necessárias - enviadas na semana passada ao ministro das Finanças - para combater a economia informal em Portugal, que representa 22,3 por cento do PIB, o equivalente a mais de 30 mil milhões de euros.
No estudo, Portugal apresenta-se como o terceiro país com o valor mais alto, em termos de percentagem do PIB (22,3 por cento), em igual posição com Espanha, abaixo da Grécia (com 28,3 por cento) e da Itália (com 26,2 por cento).
Os valores utilizados pelo estudo referem-se aos anos de 2002 e 2003 e comparam com a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), onde o peso da economia informal se situa nos 16,4 por cento.
De acordo com o coordenador do estudo, Vasco Rodrigues, presente na conferência de imprensa de apresentação do estudo, a "economia informal tem mais peso em todos os sectores que lidam directamente com o consumidor final".
"O consumidor é pouco exigente no cumprimento das regras e por isso é natural que estas áreas tenham um maior nível de economia informal", considerou o docente, referindo no entanto que o estudo optou por não distinguir sectores de actividade.
Entre as recomendações da equipa que elaborou o estudo - que contou com a participação de um conselho de orientação estratégica presidido por Miguel Cadilhe e foi enviado ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos - Artur Santos Silva destacou a necessidade de uma maior unificação do regime do IVA.
"Achamos que a taxação ao nível do IRC e IRS é razoável, mas ao nível do IVA o que sugerimos é uma simplificação porque há casos, nomeadamente nas regiões autónomas, que são ridículos e difíceis de perceber", disse o presidente da Cotec, referindo contudo que se trata de um trabalho que deve ser feito ao nível da União Europeia.
Este tema, referem os autores do estudo, tem suscitado "viva preocupação e reflexão a nível da União Europeia", estimando-se que o montante anual da fraude a nível comunitário possa ascender a 100 mil milhões de euros.
"A nível interno, a uniformização das taxas de IVA será um importante passo na simplificação do sistema fiscal", defendem.
Segundo os autores do estudo elaborado para a Cotec e o Iapmei, o actual regime contempla seis taxas, tomando em consideração as regiões autónomas e diversas isenções, criando "um cenário complexo e propício ao erro e à evasão fiscal".
"A uniformização das taxas poderá potencialmente permitir uma redução da taxa normal", apontam.
Como exemplo, o estudo refere-se à dificuldade em distinguir entre "aperitivos à base de produtos hortícolas e sementes", sujeitos à taxa intermédia de 12 por cento (8 por cento nas regiões autónomas) e aperitivos à base de outros ingredientes, sujeitos à taxa de 21 por cento (15 por cento nas regiões autónomas).
No entanto, refere, se se tratarem de "aperitivos à base de estrudidos de milho e trigo, à base de milho moído e frito ou de fécula de batata em embalagens individuais" estão igualmente sujeitos à taxa intermédia.
A economia informal tem sido apontada pela Cotec Portugal como sendo um dos grandes "entraves" à inovação empresarial, à concorrência e à competitividade das Pequenas e Médias (PME) empresas.
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=975105
Wikipedia: A Economia informal envolve as atividades que estão à margem da formalidade, sem firma registrada, sem emitir notas fiscais, sem empregados registrados, sem contribuir com impostos ao governo.no mais existem vários tipos de economia informal ex;vendedores ambulantes que trazem suas mercadorias contrabandeadas para vender nos grandes centros.
Peso da economia informal em Portugal: 22%
Estudo da Católica defende alargamento do prazo de prescrição para crimes fiscais graves
04/08/2008
O agravamento das penas e o alargamento para dez anos do prazo de prescrição para crimes fiscais mais graves são algumas das 61 medidas apontadas por um estudo da Universidade Católica para reduzir o peso da economia informal em Portugal, que actualmente se situa nos 22%.
“O alargamento do prazo de prescrição deve ser aplicável apenas quando os crimes fiscais estejam revestidos de especial gravidade, quer pela sua tipologia, quer pelo montante envolvido”, explicou o coordenador da análise, Vasco Rodrigues.
Esta medida faz parte de um estudo encomendado pela COTEC, Associação Empresarial para a Inovação, hoje apresentado em Lisboa. Estas propostas foram já enviadas na semana passada ao Ministério das Finanças e visam combater a economia informal no país, um fenómeno que se estima que represente perto de 22% do PIB.
No mesmo documento, os investigadores defendem também a implementação de uma taxa única de IVA, que substituiria o actual regime, que contempla seis taxas e diversas isenções.
“A harmonização das taxas de IVA acompanhada da utilização de uma taxa única mais baixa poderá ser também um passo importante no combate à fraude fiscal em sede de IVA, pois anula esquemas baseados no aproveitamento das diferentes taxas vigentes na União Europeia”, aponta o documento.
Segundo afirmou hoje, em conferência de imprensa, o coordenador da investigação, os sectores da restauração e da construção civil são os mais afectados por este fenómeno. Vasco Rodrigues não conseguiu, porém, estimar o número de trabalhadores que operam com base na economia informal, uma vez que a maior parte deles trabalha também no regime formal.
A obrigatoriedade da facturação electrónica e uma maior consciencialização do consumidor para exigir factura após cada compra, poderiam reduzir a incidência da informalidade na actividade económica nacional.
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