Nuclear em Portugal, será que está para breve?
in bpi
Empresários consideram "urgente" analisar a opção nuclear
24/07/2008
Portugal deve avaliar a oportunidade de produzir a energia nuclear, defenderam hoje a Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). Esta proposta faz parte de um conjunto de medidas avançadas pelas três associações e que visam atenuar os efeitos da crise energética. Entre elas está ainda a harmonização do ISP a nível ibérico.
Uma das propostas avançadas passa pela avaliação da “oportunidade de produção da energia nuclear em Portugal”. Esta proposta surge uma semana após o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, ter defendido que “todas as hipóteses [em termos de produção de energia] devem estar em cima da mesa, incluído a energia nuclear”.
As três associações defendem que é “desejável que se mantenha o esforço de desenvolvimento das fontes de energia a partir de recursos nacionais renováveis”. No entanto, sublinham que está opção “não será suficiente para responder às necessidades da procura sem recurso a novas fontes ou ao aumento da importação de energia eléctrica”.
Assim, as três associações defendem que “o investimento em capacidade de geração eléctrica nuclear deverá ser também economicamente viável em Portugal”. “O nuclear terá também vantagem relativamente ao carvão e ao gás”, acrescentam as associações em comunicado.
24/07/2008
Portugal deve avaliar a oportunidade de produzir a energia nuclear, defenderam hoje a Associação Empresarial de Portugal (AEP), a Associação Industrial Portuguesa (AIP) e a Confederação da Indústria Portuguesa (CIP). Esta proposta faz parte de um conjunto de medidas avançadas pelas três associações e que visam atenuar os efeitos da crise energética. Entre elas está ainda a harmonização do ISP a nível ibérico.
Uma das propostas avançadas passa pela avaliação da “oportunidade de produção da energia nuclear em Portugal”. Esta proposta surge uma semana após o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, ter defendido que “todas as hipóteses [em termos de produção de energia] devem estar em cima da mesa, incluído a energia nuclear”.
As três associações defendem que é “desejável que se mantenha o esforço de desenvolvimento das fontes de energia a partir de recursos nacionais renováveis”. No entanto, sublinham que está opção “não será suficiente para responder às necessidades da procura sem recurso a novas fontes ou ao aumento da importação de energia eléctrica”.
Assim, as três associações defendem que “o investimento em capacidade de geração eléctrica nuclear deverá ser também economicamente viável em Portugal”. “O nuclear terá também vantagem relativamente ao carvão e ao gás”, acrescentam as associações em comunicado.
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Nuclear: Cem trabalhadores de central francesa ligeiramente contaminados devido a fuga
23 de Julho de 2008, 20:52
Paris, 23 Jul (Lusa) - Uma centena de trabalhadores da central nuclear de Tricastin, em França, foi hoje ligeiramente contaminada, devido à fuga de pó radioactivo de uma tubagem no recinto do reactor, parado devido a obras de manutenção.
A tubagem foi aberta durante os trabalhos de manutenção, que levaram à fuga do pó radioactivo, indicou a direcção da central, gerida pela eléctrica francesa EDF, salvaguardando que o incidente, cujas causas estão a ser investigadas, "não tem consequências na saúde das pessoas afectadas nem no meio ambiente".
O acesso às instalações da central foi vedado.
Em duas semanas, é o segundo incidente que ocorre no complexo de Tricastin.
A direcção da unidade propôs à Autoridade de Segurança Nuclear que atribua ao que sucedeu hoje o nível "0", o mais baixo, da escala internacional de incidentes nucleares.
ER.
Lusa/Fim
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
xtech Escreveu:Quem realmente conhece Trás-os-Montes sabe que há uma falha sísmica que atravessa o distrito, concretamente em Macedo de Cavaleiros. E já senti sismos na minha terra.
Portanto... venham outros argumentos mais científicos, mais provados e mais conhecedores.
O único que me lembro que podem dizer e com razão é o seguinte:
"como há menos gente, se houver stress na "nuke" morrem menos"
Eu não disse 'sem sismicidade'.
Disse 'com menor sismicidade'.
Concerteza que não queres comparar com o Vale do Tejo.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Posso assegurar-te que não será. Não te esqueças que não estamos sozinhos: temos os "nuestros amigos", que também os ajudámos quando queriam fazer um cemitério nuclear na fronteira... Tenho a certeza que eles não se vão importar de protestar connosco, bem pelo contrário. Alem disso o interior não é desprovido de "massa cinzenta" e movimentos cívicos, como se for caso disso, a seu tempo se verá!
Quem realmente conhece Trás-os-Montes sabe que há uma falha sísmica que atravessa o distrito, concretamente em Macedo de Cavaleiros. E já senti sismos na minha terra.
Portanto... venham outros argumentos mais científicos, mais provados e mais conhecedores.
O único que me lembro que podem dizer e com razão é o seguinte:
"como há menos gente, se houver stress na "nuke" morrem menos"
Dwer Escreveu:Podes crer que, se avançar, uma das centrais é em Trás-os-montes, de certeza absoluta. É a área com menor sismicidade do pais.
Quem realmente conhece Trás-os-Montes sabe que há uma falha sísmica que atravessa o distrito, concretamente em Macedo de Cavaleiros. E já senti sismos na minha terra.
Portanto... venham outros argumentos mais científicos, mais provados e mais conhecedores.
O único que me lembro que podem dizer e com razão é o seguinte:
"como há menos gente, se houver stress na "nuke" morrem menos"
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" (F.P.)
Se for decidido avançar com o nuclear, o mais provável é avançar com duas centrais.
Nenhuma delas ficará a sul do Tejo. Por causa da sismicidade. Muito provavelmente uma ficará em Trás-os-Montes.
E não vai ser um processo como o das incineradoras.
Onde for mais seguro é onde ficará.
Estou um bocado farto dessa história 'no meu quintal não'.
Não sou um partidário da energia nuclear. Mas se esta avançar, devia avançar com legislação que tornasse completamente impossível a inviabilização desta por razões NIMBY - Not In My Back Yard - no meu quintalinho, é que não.
Podes crer que, se avançar, uma das centrais é em Trás-os-montes, de certeza absoluta. É a área com menor sismicidade do pais.
Nenhuma delas ficará a sul do Tejo. Por causa da sismicidade. Muito provavelmente uma ficará em Trás-os-Montes.
E não vai ser um processo como o das incineradoras.
Onde for mais seguro é onde ficará.
Estou um bocado farto dessa história 'no meu quintal não'.
Não sou um partidário da energia nuclear. Mas se esta avançar, devia avançar com legislação que tornasse completamente impossível a inviabilização desta por razões NIMBY - Not In My Back Yard - no meu quintalinho, é que não.
Eu, como transmontano que sou... sobre a central nuclear digo "não é no meu quintal", de certeza absoluta.
Podes crer que, se avançar, uma das centrais é em Trás-os-montes, de certeza absoluta. É a área com menor sismicidade do pais.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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pois
Faz-me lembrar a estória do aeroporto dramatizada pelos gatos fedorentos... "é no meu quintal" diziam, mostrando dois "supostamente transmontanos" - de Bragança.
Eu, como transmontano que sou... sobre a central nuclear digo "não é no meu quintal", de certeza absoluta.
Tenho a certeza que os lisboetas não se importavam que a central fosse em qualquer cidade do interior, invocando o interesse nacional, o desenvolvimento das regiões "atrasadas", e mais meia dúzia de argumentos hipócritas e falaciosos. Só se lembram do interior quando é para lixeiras..
Onde é que há mais pessoas? -> Em Lisboa
Onde é que se gasta mais energia? -> Em Lisboa
Mas eu sou a favor do nuclear. Em Lisboa, claro! E já agora duas, "fachabor"...
Eu, como transmontano que sou... sobre a central nuclear digo "não é no meu quintal", de certeza absoluta.
Tenho a certeza que os lisboetas não se importavam que a central fosse em qualquer cidade do interior, invocando o interesse nacional, o desenvolvimento das regiões "atrasadas", e mais meia dúzia de argumentos hipócritas e falaciosos. Só se lembram do interior quando é para lixeiras..
Onde é que há mais pessoas? -> Em Lisboa
Onde é que se gasta mais energia? -> Em Lisboa
Mas eu sou a favor do nuclear. Em Lisboa, claro! E já agora duas, "fachabor"...
"Deus quer, o homem sonha, a obra nasce" (F.P.)
Sou completamente contra
Temos vento, temos sol, temos mar (ondas) só precisamos de ter engenho e arte para que o investimento nestas energias seja o suficiente. O nuclear é arriscado num país tão pequeno. Um azar que ninguém pode garantir que nunca acontecerá põesem risco o território quase completo. Depois como era??? Imagine-se que a produção de vinho acabava durante 100 anos. Era o fim do nosso país. As pessoas aonda são o menos a vinhaça não se pode pôr em risco...
É engraçado que de vez em quando lá volta o nuclear à carga. A silly season não perdoa. Os plantéis estão quase fechados, tá um calor do caraças, e portanto discutir o nuclear é fundamental.
Um bom sítio para o fazer??? Alguém quer propôr???
Em cascais era bem pensado, aí se calhar já concordava. Ou no centro histórico do Porto (não é o rui rio que quer mais investimento???).

É engraçado que de vez em quando lá volta o nuclear à carga. A silly season não perdoa. Os plantéis estão quase fechados, tá um calor do caraças, e portanto discutir o nuclear é fundamental.
Um bom sítio para o fazer??? Alguém quer propôr???
Em cascais era bem pensado, aí se calhar já concordava. Ou no centro histórico do Porto (não é o rui rio que quer mais investimento???).
Re: Nuclear em Portugal, será que está para breve?
Crómio Escreveu:BiG Escreveu:"É importante que o nuclear esteja na agenda política do Governo para se saber qual a estratégia a seguir numa altura em que o paradigma energético está em profunda mudança a nível mundial", disse Fernando Santo.
Terça-feira, em declarações no Parlamento, o governador do Banco de Portugal defendeu que "a alteração estrutural dos preços da energia está para ficar".
Vítor Constâncio disse ainda que "tudo tem de ser discutido, incluindo o nuclear".
Eu não nutro simpatias pelo nuclear mas como souum espirito aberto sou a favor de discutir tudo.
Agora o que eu esperava é que nos ministérios houvesse independentemente dos governos, estudos que avaliassem as diferentes opções energéticas para o país, e que fossem contntemente actualizados, para em cada momento haver bases solidas para os decisores politicos tomarem as decisões.
Agora aparentemente não há nada. Embora os gestores e consultores gostem muito de apresentar graficos e projecções, no que toca á nergia o governo portugues nem isso é capaz de fazer porque não tem dados nenhuns.
Agora como estamos numa crise petrolifera surgiu a questaõ do nuclear.
Mas porque só o nuclear? Todas as outras hipoteses estao excluidas? com que base.
O mais provavel é que essas pessoas a quem colocam o microfone debaixo do nariz, nada saibam acerca de energia e referem nuclera porque foi a palavra que mais vezes ouviram.
Claro que depois quando há um debate, aparecem sempre universitários com nºs, mas onde estao eles ate agora?
Será que há competencia no país para pensar o futuro energético e o governo é que não usa o know-how existente nas universidades, ou de facto não existe competencia nenhuma?
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...
Basicamente, são duas as desvantagens da energia solar fotovoltaica:
1. Baixa conversão da energia solar em energia eléctrica (baixo rendimento), devido essencialmente à deficiente exploração do espectro da radiação incidente por parte dos dispositivos.
2. Elevados custos de produção dos painéis, pois há pouca disponibilidade de grandes quantidades de materiais semicondutores e os processos de obtenção, são em geral muito caros (este factor, contudo, está progressivamente a desaparecer graças ao desenvolvimento das deposições e das mais recentes microtecnologias).
Ainda assim, para além do exemplo dos "sistemas isolados" referidos pelo rnbc (caso da electrificação de locais remotos, sistemas autónomos e micropotência), tem vindo a merecer interesse crescente a integração em edifícios de grande porte.
A propósito, merece destaque o facto de a Martifer Solar ter terminado, há exactamente duas semanas, a instalação solar fotovoltaica mais alta do mundo, na Torre de Cristal, situada no topo deste arranha-céus de Madrid, com 245 metros de altura.
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Basicamente, são duas as desvantagens da energia solar fotovoltaica:
1. Baixa conversão da energia solar em energia eléctrica (baixo rendimento), devido essencialmente à deficiente exploração do espectro da radiação incidente por parte dos dispositivos.
2. Elevados custos de produção dos painéis, pois há pouca disponibilidade de grandes quantidades de materiais semicondutores e os processos de obtenção, são em geral muito caros (este factor, contudo, está progressivamente a desaparecer graças ao desenvolvimento das deposições e das mais recentes microtecnologias).
Ainda assim, para além do exemplo dos "sistemas isolados" referidos pelo rnbc (caso da electrificação de locais remotos, sistemas autónomos e micropotência), tem vindo a merecer interesse crescente a integração em edifícios de grande porte.
A propósito, merece destaque o facto de a Martifer Solar ter terminado, há exactamente duas semanas, a instalação solar fotovoltaica mais alta do mundo, na Torre de Cristal, situada no topo deste arranha-céus de Madrid, com 245 metros de altura.
...
É... a energia solar fotovoltaica por exemplo é um verdadeiro desastre económico na maioria dos casos.
Exceptuam-se equipamentos isolados para onde seria mais caro passar cabos do que montar os paineis e todo o equipamento envolvente de armazenamento e gestão de energia.
Exceptuam-se equipamentos isolados para onde seria mais caro passar cabos do que montar os paineis e todo o equipamento envolvente de armazenamento e gestão de energia.
However elegant the method we should occasionally look at the results.
Olá sargon,
Concordo plenamente, se sair mais barato comprar do que produzir, compremos e não nos preocupemos mais com isso.
Passamos só a desenvolver renováveis que é politicamente correcto e bonito de apresentar no Parlamento Europeu o exemplo Português.
Portugal, o exemplo energético para o mundo.
Não estou a ser irónico.
É pena é que sejam maioritáriamente empresas estrangeiras a fabricar e montar os geradores eólicos em Portugal.
Abraço
e já agora, que andamos numa de slogans:
Nuclear, porque não?
sargotrons Escreveu:De senso comum não tenho nada contra as centrais nucleares, só sou contra é que saia mais caro produzir energia do que a comprar pela rede.
Concordo plenamente, se sair mais barato comprar do que produzir, compremos e não nos preocupemos mais com isso.
Passamos só a desenvolver renováveis que é politicamente correcto e bonito de apresentar no Parlamento Europeu o exemplo Português.
Portugal, o exemplo energético para o mundo.
Não estou a ser irónico.
É pena é que sejam maioritáriamente empresas estrangeiras a fabricar e montar os geradores eólicos em Portugal.
Abraço
e já agora, que andamos numa de slogans:
Nuclear, porque não?

There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.
William Bernstein
William Bernstein
Tal como Portugal está a apostar numa linha de desenvolvimento das energias verdes a França e UK apostaram à algumas décadas apostaram no desenvolvimento da energia nuclear. Essa aposta deu frutos e agora tem know how para vender (mas não a qualquer um) e não acredito que seja barato, não faço a mínima ideia mas é o meu feeling. Esse know how não é só vender o projecto e instalar a central (aliás esta deve ser a parte mais barata), mas todos os processos e serviços até ao fim de vida da central.
De senso comum não tenho nada contra as centrais nucleares, só sou contra é que saia mais caro produzir energia do que a comprar pela rede.
Presumo que se estratégia energética de Portugal incluir o nuclear será integrado nalgum programa comunitário onde todos os paises pagam o que alguns querem vender, estilo TGV.
cheers
De senso comum não tenho nada contra as centrais nucleares, só sou contra é que saia mais caro produzir energia do que a comprar pela rede.
Presumo que se estratégia energética de Portugal incluir o nuclear será integrado nalgum programa comunitário onde todos os paises pagam o que alguns querem vender, estilo TGV.
cheers
Não faz mal!...
Mais uma opinião (não necessariamente a minha) para ajudar ao debate:
THOMAS KOSTIGEN'S ETHICS MONITOR
No nukes
Commentary: For all its advances, nuclear power still poses grave dangers
By Thomas Kostigen, MarketWatch
SANTA MONICA, Calif. (MarketWatch) -- A recent nuclear reactor leak in France proves that the world needs a clean and reliable source of alternative energy -- not power that produces hazardous waste.
Nuclear power has been gaining serious attention as the replacement energy source of fossil fuels: coal and petroleum. As the price of oil skyrockets and there is a global cry about the carbon emissions from coal-fired power plants, nuclear is increasingly taking center stage. Vice President Dick Cheney is lobbying for more nuclear power plants to be built. Funding for nuclear has increased 79% in the current federal budget, and it extends loan guarantees for nuclear power programs. It also increased federal funds for nuclear waste research.
Even some environmentalists have embraced nuclear as a better choice than fossil fuels because it's ostensibly a "cleaner" source of energy. To be sure, the nuclear power industry has come a long way over the past two decades and plants now are indeed safer and power-derivation is more secure.
Some even say nuclear is better than other alternative energies such as wind and solar power because it's more sustainable, can be brought online faster, and is cheaper.
However, many fail to recognize that the government subsidizes nuclear power, directly and indirectly, through various programs. It also helps insure plants. Imagine the insurance premiums on a nuclear power plant. Under the Price-Anderson Act, the government has also limited the amount that nuclear reactor operators would have to pay in case of a nuclear accident.
The government also subsidizes other alternative energy sources (coal and oil still receive some government funding, too). The federal government had put a moratorium on certain new solar projects developed on public land this year, but public outcry forced it to reverse its position. Still, that action speaks volumes about the government's commitment to alternative energy sources other than nuclear. Congress even has failed to find a proper legislative solution for extending long-term tax credits for renewable energy.
This is rather shocking to me. When the sun, as I've often written, can produce enough power for all of our energy needs in a second -- literally -- why would we focus on or subsidize other alternatives? Solar and wind power are gifts from nature. We should take advantage of them. Yet we continue to embrace technologies that pose us significant danger.
Uranium leak in France
In France, Agence France-Presse reports that the country's ecology minister has called for tests of the ground water near all of the country's 58 nuclear reactors after a uranium leak at a plant in the south polluted the local water supply.
"Residents in the Vaucluse region of southern France have been told not to drink water or eat fish from nearby rivers after the liquid uranium spill on July 7 at the Tricastin nuclear plant," AFP reports. "I don't want people to feel that we are hiding anything from them," Jean-Louis Borloo said in a newspaper interview Thursday.
But people do.
The news hasn't much made it into the mainstream press here. (After all, Brad and Angelina had twins! Obviously any reporter in southern France had better things to do than report on something as dull as a nuclear power plant spill.)
It's high time we took the lid off alternative energy information and exposed each for what it is. We should look at the good, the bad, and the ugly. For too long the cost of energy (commodities in general, really) has been obfuscated, causing many of the price-hike problems we are in today. The Washington-based think-tank the Cato Institute claims we spent about six times as much money defending oil supplies in the Middle East as we spent on oil imports during the 1990s. Interesting.
We should get the truth behind the federal financing of nuclear power, and we should understand its disaster ramifications. Maybe the cost of nuclear, in terms of development and waste management, won't be as bad as many people think. Then again, maybe it will be worse.
I, for one, am risk-averse and am already calling for a recycling of a popular slogan from the 1970s and 80s: No Nukes!
THOMAS KOSTIGEN'S ETHICS MONITOR
No nukes
Commentary: For all its advances, nuclear power still poses grave dangers
By Thomas Kostigen, MarketWatch
SANTA MONICA, Calif. (MarketWatch) -- A recent nuclear reactor leak in France proves that the world needs a clean and reliable source of alternative energy -- not power that produces hazardous waste.
Nuclear power has been gaining serious attention as the replacement energy source of fossil fuels: coal and petroleum. As the price of oil skyrockets and there is a global cry about the carbon emissions from coal-fired power plants, nuclear is increasingly taking center stage. Vice President Dick Cheney is lobbying for more nuclear power plants to be built. Funding for nuclear has increased 79% in the current federal budget, and it extends loan guarantees for nuclear power programs. It also increased federal funds for nuclear waste research.
Even some environmentalists have embraced nuclear as a better choice than fossil fuels because it's ostensibly a "cleaner" source of energy. To be sure, the nuclear power industry has come a long way over the past two decades and plants now are indeed safer and power-derivation is more secure.
Some even say nuclear is better than other alternative energies such as wind and solar power because it's more sustainable, can be brought online faster, and is cheaper.
However, many fail to recognize that the government subsidizes nuclear power, directly and indirectly, through various programs. It also helps insure plants. Imagine the insurance premiums on a nuclear power plant. Under the Price-Anderson Act, the government has also limited the amount that nuclear reactor operators would have to pay in case of a nuclear accident.
The government also subsidizes other alternative energy sources (coal and oil still receive some government funding, too). The federal government had put a moratorium on certain new solar projects developed on public land this year, but public outcry forced it to reverse its position. Still, that action speaks volumes about the government's commitment to alternative energy sources other than nuclear. Congress even has failed to find a proper legislative solution for extending long-term tax credits for renewable energy.
This is rather shocking to me. When the sun, as I've often written, can produce enough power for all of our energy needs in a second -- literally -- why would we focus on or subsidize other alternatives? Solar and wind power are gifts from nature. We should take advantage of them. Yet we continue to embrace technologies that pose us significant danger.
Uranium leak in France
In France, Agence France-Presse reports that the country's ecology minister has called for tests of the ground water near all of the country's 58 nuclear reactors after a uranium leak at a plant in the south polluted the local water supply.
"Residents in the Vaucluse region of southern France have been told not to drink water or eat fish from nearby rivers after the liquid uranium spill on July 7 at the Tricastin nuclear plant," AFP reports. "I don't want people to feel that we are hiding anything from them," Jean-Louis Borloo said in a newspaper interview Thursday.
But people do.
The news hasn't much made it into the mainstream press here. (After all, Brad and Angelina had twins! Obviously any reporter in southern France had better things to do than report on something as dull as a nuclear power plant spill.)
It's high time we took the lid off alternative energy information and exposed each for what it is. We should look at the good, the bad, and the ugly. For too long the cost of energy (commodities in general, really) has been obfuscated, causing many of the price-hike problems we are in today. The Washington-based think-tank the Cato Institute claims we spent about six times as much money defending oil supplies in the Middle East as we spent on oil imports during the 1990s. Interesting.
We should get the truth behind the federal financing of nuclear power, and we should understand its disaster ramifications. Maybe the cost of nuclear, in terms of development and waste management, won't be as bad as many people think. Then again, maybe it will be worse.
I, for one, am risk-averse and am already calling for a recycling of a popular slogan from the 1970s and 80s: No Nukes!
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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Re: Nuclear é catita mas...
Dwer Escreveu:Interessante: mas reparo que deixaste a solar de lado. Porquê?
Portanto, na tua opinião, podíamos ser auto suficientes energicamente só com hídrica e eólica? Mesmo contando com a passagem, no futuro, da frota automóvel de motor térmico a eléctrico?
Basicamente esqueci-me dela, mas também por outra razão: o solar não é ainda competitivo. No entanto os custos sempre decrescentes ao longo dos últimos decénios fazem-me pensar que daqui a 10-15 anos poderá começar a ser uma alternativa séria, tal como a eólica começou agora a ser uma alternativa séria (embora ainda um pouco cara).
Convém ter a noção de que as centrais solares actuais são elefantes brancos que vendem a sua energia a custos 3 ou 4 vezes maiores do que o custo da energia ao consumidor final doméstico e mesmo assim têm viabilidade económica duvidosa!
O único sitio onde a energia solar é viável é quando o custo de enterrar os cabos é maior do que o de montar paineis, baterias, inversores, etc. Só em zonas remotas se justifica.
Além disso a energia solar tem o mesmo problema da eólica: variações inoportunas na disponibilidade. Para compensar isso são necessárias centrais hidricas com capacidade de armazenamento para garantir a geração continua aos níveis da demanda.
Não sei se conseguiremos ser auto-suficientes assim. Talvez a energia nuclear seja necessária de forma temporária enquanto não tivermos solar barata e em massa e capacidade de armazenamento q.b.
Só não vejo a energia nuclear como um maná, porque os custos também são elevados e estão em crescimento!
However elegant the method we should occasionally look at the results.
Re: Nuclear é catita mas...
Proportions Escreveu:rnbc Escreveu:A questão dos residuos é falsa: são poucas centenas de kg por ano e com facilidade se metem num canto qualquer sem risco nenhum. Já lidamos com residuos perigosos em quantidades bem maiores.
O problema não é a quantidade, é a qualidade dos resíduos.
Metem-se a um canto? Ok, claramente não sabe assim tanto desta questão como afirma: Os resíduos nucleares têm de ser monitorizados e tratados de forma contínua! E são só alguns milhares de anoEnfim...
Os únicos residuos que têm de ser monitorizados são os que de qualquer forma deveriam ser reciclados, pois contém isótopos valiosos para a produção de energia em grande quantidade.
Os verdadeiros residuos podem de facto ser enterrados, em formações geológicas estáveis e a uma profundidade considerável, podendo basicamente ser esquecidos.
Convém notar que mesmo no caso teórico duma reação em cadeia numa pilha de residuos assim enterrados (hipótese muito remota e nunca demonstrada seriamente) as consequências à superficie seriam diminutas.
As únicas razões para o problema dos residuos nucleares são politicas, não são técnicas.
However elegant the method we should occasionally look at the results.
numa altura em que começa o debate em Portugal, vem uma notícia de França completamente a favor dos que são contra a energia nuclear.
problemas numa central nuclear, fugas radioactivas, que estão a levantar alguma polémica pelos riscos que representam.
não gosto de francês, mas fica a notícia para confirmarem:
http://www.lefigaro.fr/actualite-france ... areva-.php
problemas numa central nuclear, fugas radioactivas, que estão a levantar alguma polémica pelos riscos que representam.
não gosto de francês, mas fica a notícia para confirmarem:
http://www.lefigaro.fr/actualite-france ... areva-.php
Re: Nuclear é catita mas...
rnbc Escreveu:A questão dos residuos é falsa: são poucas centenas de kg por ano e com facilidade se metem num canto qualquer sem risco nenhum. Já lidamos com residuos perigosos em quantidades bem maiores.
O problema não é a quantidade, é a qualidade dos resíduos.
Metem-se a um canto? Ok, claramente não sabe assim tanto desta questão como afirma: Os resíduos nucleares têm de ser monitorizados e tratados de forma contínua! E são só alguns milhares de ano

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ginganababy Escreveu:Tendo tudo isto em conta, espanta-me qdo leio que apenas 4% dos portugueses é a favor da energia nuclear, 77% está contra a produção de energia nuclear
Talvez porque numa central nuclear não há acidentes, há catástrofes.
Mas nem é por isso que em Portugal é inviável.
É porque neste país teria sempre de ficar à porta de alguém e se já com a co-incineração foi a cena que foi..
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
Niccolò Machiavelli
http://www.facebook.com/atomez
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Re: Nuclear é catita mas...
rnbc Escreveu:A minha opinião é talvez um pouco bizarra, mas aqui vai:
Eu sinceramente acho o nuclear muito catita, e em termos de segurança não me incomoda nada. Nem me importava de trabalhar numa central dessas...
Tenho algum conhecimento sobre com radiação, inclusivé na minha própria pele (infelizmente) e não é uma coisa que me assuste por aí além, talvez por estar informado sobre o assunto. É um perigo com o qual de pode lidar, não é nenhum papão.
Já quanto à parte económica tenho algumas dúvidas, visto que com o excesso de segurança humana e técnica exigido das actuais centrais o custo de operação não me parece muito competitivo. É bom para "base load" mas de facto uma combinação hidrica-eólica (completam-se) pode sair praticamente ao mesmo preço e tem a vantagem de incorporar mais mão de obra e tecnologia nacionais. Além disso os custos estão em queda, enquanto na energia nuclear estão a subir.
A questão dos residuos é falsa: são poucas centenas de kg por ano e com facilidade se metem num canto qualquer sem risco nenhum. Já lidamos com residuos perigosos em quantidades bem maiores.
A questão da falta de urânio também é falsa: se não fossem as parvoices dos EUA que impedem a reciclagem do combustível, por medo (excessivo) da proliferação nuclear, teriamos urânio para centenas de milhares de anos. Assim só chega para umas centenas, mas podemos sempre ir desenterrar os residuos, reciclá-los, e voltar a usá-los. Os residuos contém ainda cerca de 98% da energia inicial, portanto é quase um crime lesa-pátria não fazer isso, mas enfim... o Japão faz isso e a França também embora de forma mais limitada. Caso o urânio falte podemos usar tório, que existe em quantidades 3x a 4x maiores.
Quanto ao debate, faça-se!
Interessante: mas reparo que deixaste a solar de lado. Porquê?
Portanto, na tua opinião, podíamos ser auto suficientes energicamente só com hídrica e eólica? Mesmo contando com a passagem, no futuro, da frota automóvel de motor térmico a eléctrico?
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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Nuclear é catita mas...
A minha opinião é talvez um pouco bizarra, mas aqui vai:
Eu sinceramente acho o nuclear muito catita, e em termos de segurança não me incomoda nada. Nem me importava de trabalhar numa central dessas...
Tenho algum conhecimento sobre com radiação, inclusivé na minha própria pele (infelizmente) e não é uma coisa que me assuste por aí além, talvez por estar informado sobre o assunto. É um perigo com o qual de pode lidar, não é nenhum papão.
Já quanto à parte económica tenho algumas dúvidas, visto que com o excesso de segurança humana e técnica exigido das actuais centrais o custo de operação não me parece muito competitivo. É bom para "base load" mas de facto uma combinação hidrica-eólica (completam-se) pode sair praticamente ao mesmo preço e tem a vantagem de incorporar mais mão de obra e tecnologia nacionais. Além disso os custos estão em queda, enquanto na energia nuclear estão a subir.
A questão dos residuos é falsa: são poucas centenas de kg por ano e com facilidade se metem num canto qualquer sem risco nenhum. Já lidamos com residuos perigosos em quantidades bem maiores.
A questão da falta de urânio também é falsa: se não fossem as parvoices dos EUA que impedem a reciclagem do combustível, por medo (excessivo) da proliferação nuclear, teriamos urânio para centenas de milhares de anos. Assim só chega para umas centenas, mas podemos sempre ir desenterrar os residuos, reciclá-los, e voltar a usá-los. Os residuos contém ainda cerca de 98% da energia inicial, portanto é quase um crime lesa-pátria não fazer isso, mas enfim... o Japão faz isso e a França também embora de forma mais limitada. Caso o urânio falte podemos usar tório, que existe em quantidades 3x a 4x maiores.
Quanto ao debate, faça-se!
Eu sinceramente acho o nuclear muito catita, e em termos de segurança não me incomoda nada. Nem me importava de trabalhar numa central dessas...
Tenho algum conhecimento sobre com radiação, inclusivé na minha própria pele (infelizmente) e não é uma coisa que me assuste por aí além, talvez por estar informado sobre o assunto. É um perigo com o qual de pode lidar, não é nenhum papão.
Já quanto à parte económica tenho algumas dúvidas, visto que com o excesso de segurança humana e técnica exigido das actuais centrais o custo de operação não me parece muito competitivo. É bom para "base load" mas de facto uma combinação hidrica-eólica (completam-se) pode sair praticamente ao mesmo preço e tem a vantagem de incorporar mais mão de obra e tecnologia nacionais. Além disso os custos estão em queda, enquanto na energia nuclear estão a subir.
A questão dos residuos é falsa: são poucas centenas de kg por ano e com facilidade se metem num canto qualquer sem risco nenhum. Já lidamos com residuos perigosos em quantidades bem maiores.
A questão da falta de urânio também é falsa: se não fossem as parvoices dos EUA que impedem a reciclagem do combustível, por medo (excessivo) da proliferação nuclear, teriamos urânio para centenas de milhares de anos. Assim só chega para umas centenas, mas podemos sempre ir desenterrar os residuos, reciclá-los, e voltar a usá-los. Os residuos contém ainda cerca de 98% da energia inicial, portanto é quase um crime lesa-pátria não fazer isso, mas enfim... o Japão faz isso e a França também embora de forma mais limitada. Caso o urânio falte podemos usar tório, que existe em quantidades 3x a 4x maiores.
Quanto ao debate, faça-se!
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