
Arredondamentos no crédito à habitação 2008-07-14 00:05
“Bancos poderão ser obrigados a fazer aumentos de capital”
“Bancos poderão ser obrigados a fazer aumentos de capital”
Bárbara Barroso
Os montantes que a banca poderá ter de devolver aos clientes, resultante de 11 anos de uma prática de arredondamentos irregular, poderá ter um grande impacto nas contas das próprias instituições financeiras. No limite, alguns bancos, depois de devolverem o dinheiro aos clientes e incorporarem esses custos no seu balanço, “poderão ser obrigados a fazer aumentos de capital”, adiantou António Júlio Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Consumidores e Utilizadores de Produtos Financeiros (Sefin), em entrevista ao Diário Económico.
Para já ainda não é conhecido o montante global que os bancos terão de devolver a todos os clientes. “Mas certamente serão alguns milhões de euros”, garantiu António Júlio Almeida.
Com o parecer do Ministério Público que declarou a nulidade das cláusulas contratuais ilegais, a Sefin assinala assim mais uma batalha ganha. No entanto, a entidade ainda está à espera da resolução de outros temas importantes. Em cima da mesa ainda constam os certificados de aforro, caso entregue ao Provedor de Justiça, as comissões de transferência dos Planos Poupança Reforma (PPR) e a questão referente aos direitos de herança dos consumidores.
Falta de informação
No entanto, segundo o responsável da Sefin o ponto comum a todos estes temas resume-se à defesa dos interesses dos consumidores. Mas, para António Júlio Almeida, um dos principais problemas que deveria ser solucionado refere-se à informação, “aliás à falta de informação”.
No que diz respeito aos produtos e serviços financeiros, não há qualquer dúvida que existe informação assimétrica. “O banco sabe muito mais do que os clientes”, esclareceu. No entanto, o especialista acredita que os bancos não deveriam ter uma postura de ocultar informação ao cliente mas antes “introduzi-la como uma variável de gestão”, o que proporcionaria uma distinção da concorrência pela transparência e eficácia.
Por essa razão, “é importante trazer os temas financeiros para o dia-a-dia da opinião pública”, explicou.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 45603.html
“Bancos poderão ser obrigados a fazer aumentos de capital”
“Bancos poderão ser obrigados a fazer aumentos de capital”
Bárbara Barroso
Os montantes que a banca poderá ter de devolver aos clientes, resultante de 11 anos de uma prática de arredondamentos irregular, poderá ter um grande impacto nas contas das próprias instituições financeiras. No limite, alguns bancos, depois de devolverem o dinheiro aos clientes e incorporarem esses custos no seu balanço, “poderão ser obrigados a fazer aumentos de capital”, adiantou António Júlio Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Consumidores e Utilizadores de Produtos Financeiros (Sefin), em entrevista ao Diário Económico.
Para já ainda não é conhecido o montante global que os bancos terão de devolver a todos os clientes. “Mas certamente serão alguns milhões de euros”, garantiu António Júlio Almeida.
Com o parecer do Ministério Público que declarou a nulidade das cláusulas contratuais ilegais, a Sefin assinala assim mais uma batalha ganha. No entanto, a entidade ainda está à espera da resolução de outros temas importantes. Em cima da mesa ainda constam os certificados de aforro, caso entregue ao Provedor de Justiça, as comissões de transferência dos Planos Poupança Reforma (PPR) e a questão referente aos direitos de herança dos consumidores.
Falta de informação
No entanto, segundo o responsável da Sefin o ponto comum a todos estes temas resume-se à defesa dos interesses dos consumidores. Mas, para António Júlio Almeida, um dos principais problemas que deveria ser solucionado refere-se à informação, “aliás à falta de informação”.
No que diz respeito aos produtos e serviços financeiros, não há qualquer dúvida que existe informação assimétrica. “O banco sabe muito mais do que os clientes”, esclareceu. No entanto, o especialista acredita que os bancos não deveriam ter uma postura de ocultar informação ao cliente mas antes “introduzi-la como uma variável de gestão”, o que proporcionaria uma distinção da concorrência pela transparência e eficácia.
Por essa razão, “é importante trazer os temas financeiros para o dia-a-dia da opinião pública”, explicou.
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 45603.html