CALDEIRÃO DE BOLSA

Aí está
Dados Zona Euro: O BCE subiu a taxa de juro em 0.25% para os 4.25%.
(Dados da plataforma GoBulling pro)

ptmasters Escreveu:Boas

O aumento da taxa de juro, deveria ser no cenário actual, consertado com os principais bancos centrais, e em principal com a FED, pois a maior parte das comodities são cotadas em USD, pelo que uma não articulação com a FED, resultará praticamente sempre numa inflação mais que não seja, "nominal".

Isto é fulcral mas simplesmente a FED está de mãos atadas. Enquanto os bancos não se conseguirem aguentar em pé sozinhos eles não podem fazer nada.

Trichet fica então entre a espada e a parede. Ou não faz nada e vê a situação piorar ou tenta fazer qualquer coisa isolando a FED e esperando que eles recuperem o bom senso... é uma lose-lose situation e aqui penso que Trichet optou pelo menor dos males.

Boas

O aumento da taxa de juro, deveria ser no cenário actual, consertado com os principais bancos centrais, e em principal com a FED, pois a maior parte das comodities são cotadas em USD, pelo que uma não articulação com a FED, resultará praticamente sempre numa inflação mais que não seja, "nominal".

Por outro, o aumento da taxa de juro, fará com que a procura diminua, nem que seja através de uma maior eficiência dos recursos em causa, nomeadamente pela adopção de práticas no dia-a-dia que se traduzirão numa menor procura desses bens, o que deverá ter reflexos na inflação.

Em conclusão, o controlo da inflação deve ser considerado como uma situação crítica, pois o seu não controlo, levará inevitavelmente a ajustes salariais para repor poder de compra, acima dos que têm sido prática nos últimos anos, levando a uma perca de competetividade da economia, e a médio / longo prazo, maiores taxas de desemprego.

1 ab

BCE deverá subir hoje os juros e assinalar mais aumentos
Euribor a seis meses renova máximos de Novembro de 2000
A Euribor a seis meses, o indexante mais recorrente no crédito à habitação em Portugal, voltou hoje a renovar o nível mais alto desde Novembro de 2000, no dia em que o BCE deverá elevar os juros para os 4,25% e assinalar mais subidas.

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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt
Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt


A Euribor a seis meses, o indexante mais recorrente no crédito à habitação em Portugal, voltou a hoje a renovar o nível mais alto desde Novembro de 2000 no dia em que o BCE deverá elevar os juros para os 4,25% e assinalar mais subidas.

A taxa a seis meses subiu hoje para os 5,165%, o que representa o valor mais elevado desde Novembro de 2000. No mês de Junho, que terminou segunda-feira, a média mensal desta taxa foi fixada nos 5,088%, o que corresponde a novos aumentos das prestações com a habitação.

A evolução recente destas taxas em conjunto com a expectativa de novas subidas de juros por parte do Banco Central Europeu (BCE) traduzem más notícias para as famílias, que deverão assistir a novas subidas dos custos com os empréstimos.

A Euribor a 12 meses subiu para os 5,432% e a taxa a três meses aumentou para os 4,966%.

Hoje o BCE deverá anunciar a subida da taxa de refinanciamento dos 4,00% para os 4,25%, colocando-a no nível mais elevado desde Agosto de 2001, quase sete anos. E as declarações de Trichet de ontem levantam mais suspeitas de que as subidas não fiquem por aqui. Jean-Claude Trichet reforçou a sua preocupação: sem acção imediata, a inflação pode "explodir".

A subida ds taxas de juro justificar-se-ia se a inflação estivesse a ser prvocada pelo consumo, o que não é o caso.
O aumento, vai provocar a queda do dólar, a subida do petroleo e por aí adiante.
La por os sintomas serem os mesmos não quer dizer que a doença deva ser tratada com o mesmo remédio.Aliás, a cura pode ser pior do que a doença

Penso que será agora ás 12:45

Devia ser as 11h45.. mas normalmente ele demora..

A que horas se sabe a taxa ?

não acredito nos petroleo nos 100 dolares ...enquanto a banca mundial não der a volta por cima...

Muitos dos prejuizos causados pela crise do subprime estão a ser amortizados pelo investimento nas comodities e enquanto não estiver controlado a crise do subprime...o mercado hipotecario...parece-me que as comodities , incluindo o petroleo vão estar em alta...é só uma opinião.

Ontem também saiu um relatorio da OCDE a prever que a oferta do petroleo não vai cobrir a procura dos mercados emergentes , a 5 anos.

BN

penso que na proxima reuniao da FED ja não vao poder fugir a uma subida dos juros...
será uma atitude inteligente e dessa forma poderá o petroleo voltar a valores a rondar os 100 euros que seria uma excelente noticia. dado que a especulação existente ficaria muito reduzida...
e não esquecer que a especulação nas outras materias primas também desceria e dessa forma a economia global melhoraria é claro que esta situação pode levar a que aconteça mais um episodio "bear stearns"...

angeloandrade Escreveu:o que o trichet está a fazer é o mais correcto, o timing nao é o melhor, na minha opiniao...
o que acho é que a FED deveria elevar tb a taxa de juro, porque a inflação está muito alta e o dolar cada vez se desvaloriza mais...
esse sim é o grande problema no que respeita ao preço do petroleo, as taxas de juro se subissem 0.5% nos estados unidos o preço do petroleo desvalorizaria, diminuiria a especulação e isso sim seria uma excelente tomada de decisão.

Até porque o petróleo é um dos maiores responsáveis pelo nível de inflação registado actualmente.

Aliás... os 7% (salvo erro) de aumento de preços para os produtores, é uma "inflação" bem mais preocupante... e que demonstra bem a fatia do aumento geral que deriva do aumento do petróleo!

o euro esta mais forte que nunca, ou pouco falta para atingir maximos e eu nao vejo a economia europeia com saude. enquanto o petroleo for transacionado em dolares é fundamental que o dolar valorize para facilitar as exportações e para controlar o preço do petroleo.
um abraço

Mas um euro forte em relação a outras moedas favorece os consumidores europeus.

o que o trichet está a fazer é o mais correcto, o timing nao é o melhor, na minha opiniao...
o que acho é que a FED deveria elevar tb a taxa de juro, porque a inflação está muito alta e o dolar cada vez se desvaloriza mais...
esse sim é o grande problema no que respeita ao preço do petroleo, as taxas de juro se subissem 0.5% nos estados unidos o preço do petroleo desvalorizaria, diminuiria a especulação e isso sim seria uma excelente tomada de decisão.

Pois é se a inflação é provocada pelo aumento do preço das comodities e não pelo crescimento económico não vai servir de muito. Com o dólar a enfraquecer a tendência vai ser para aumentar os preços do petróleo que é negociado em dólares.

O que eu acho é que se a inflação está ligada ao preço do petroleo e das comodoties, produtos com a procura pouco elástica, aumentar a taxa de juro não irá influenciar muito, a não ser pela estagnação da economia :-/

Mas o Trichet há-de saber melhor..

Sweden Raises Key Rate to 4.5% to Damp Inflation (Update2)

By Johan Carlstrom

July 3 (Bloomberg) -- Sweden's central bank raised the benchmark interest rate a quarter point to a 12-year high and said more increases are needed, risking a further slowdown in the economy to cap accelerating inflation.

The Stockholm-based Riksbank increased the one-week repo rate to 4.5 percent, as forecast by 14 of 22 economists surveyed by Bloomberg. The others expected no change.

``The repo rate needs to be raised now and on a couple of further occasions during the year to bring inflation back towards the target a couple of years ahead,'' the central bank said in a statement today.

Rising energy and food prices are pushing up inflation worldwide, prompting Norway to raise its key rate last week and the European Central Bank to indicate it may follow suit today. Swedish policy makers are focusing on inflation, which accelerated to the fastest pace in 14 years in May, even after economic growth slowed in six of the past seven quarters.

The yield on Sweden's 5.25 percent note maturing March 2011 gained 6 basis points, or 0.06 of a percentage point, to 4.84 percent. The krona gained as much as 0.5 percent against the euro, and was trading at 9.4539 as of 9:49 a.m. in Stockholm.

The bank said it expects the benchmark rate to rise to 4.8 percent in the fourth quarter this year before peaking at 4.9 percent in the third quarter of 2009.

Inflation Focus

The bank raised its headline inflation forecast to 4.6 percent for September this year from 3.8 percent, and to 3 percent from 2.6 percent for the year through September 2009. Inflation won't reach the 2 percent target until September 2010, it said.

``The Riksbank decided to focus completely on inflation,'' said Roger Josefsson, chief economist at Danske Bank A/S in Stockholm. ``They will probably raise the rate to 5 percent.''

Consumer prices rose 4 percent in the year through May, the fastest pace since December 1993 and twice the central bank's target, mirroring the trend in the euro area. The ECB will raise its benchmark rate to 4.25 percent later today, according to all but one of 58 economists surveyed by Bloomberg.

Inflation and economic growth have been worse than the central bank expected when it published its monetary policy update in April, First Deputy Governor Irma Rosenberg said on June 13.

Growth Forecast

The Riksbank cut its economic growth forecast for this year to 2.1 percent from its April estimate of 2.6 percent. In 2009, the economy will expand 1.2 percent, compared with an earlier forecast of 1.8 percent, it said.

The economy grew 2.2 percent in the first quarter, the slowest pace in four years. Retail sales rose at the weakest annual pace in more than seven years in April and May, while consumer confidence slipped to the lowest in almost 12 years in June.

Unemployment will rise next year as economic growth cools and higher inflation weighs on demand, Finance Minister Anders Borg said last month.

Ford Motor Co. decided to cut 2,000 jobs mainly at its Volvo car business in Sweden last week. It follows similar cutbacks at Ericsson AB, the world largest maker of wireless networks, and TeliaSonera AB, Sweden's biggest phone operator, this year.

To contact the reporter on this story: Johan Carlstrom in Stockholm at jcarlstrom@bloomberg.net.

Last Updated: July 3, 2008 04:45 EDT

Concordo: o aumento dos juros, a ser efectuado, deve ser coordenado, ou seja, os USA devem subir ao mesmo tempo ou até um pouco antes de modo a reduzir as consequências negativas. Não acredito que isso aconteça, os USA continuam teimosos na sua politica monetária e isso não os ajuda nem a eles nem à Europa.

agora colocou a dedo na "ferida" os estados unidos falharam muito, e acho que a melhor saida para esta situação seria o aumento do juro em 0.5 la. ou seja, a fed deveria faze-lo porque assim valorizava o dolar, diminuia o petroleo e controlava a inflação global. e so depois nos, europeus, subiamos as taxas em 0.25 se fosse necessario....
este é o meu ponto de vista...
abraço

O timing não é bom, nisso concordo consigo: mas pode não haver melhor timing...

Embora o aumento dos juros vá previsivelmente provocar subidas de petróleo e bens relacionados e prestação de casas, pode controlar a subida de preços nas outras áreas. As taxas de inflacção estão a ficar incontroláveis.

Penso que numa visão global, é impossível ambos os lados da barricada ficarem "bem": um deles vai ter que sofrer mais que outro. E a continuação do crescimento da inflacção vai afectar mais gente em mais áreas, acho eu.

O ideal era uma melhor coordenação dos bancos centrais, pois eu acho que os States fizeram asneira ao descer tanto os juros e agora, além de se prejudicarem, levam a Europa com eles.

Acho portanto que não há "boa solução", só há a "menos má".

toni sou a favor do control da inflação... mas o que eu me refiro é ao timing, penso que nesta altura é muito delicado alterar a taxa de juro.
mais um aumento para as familias numa situação em que as familias ja estão com muitos aumentos; gasolina, bens alimentares e agora prestações das casas...
acho que a nivel social neste momento é o pior cenario.
um abraço

Não sou perito na matéria, mas penso que o controlo da inflacção é o principal objectivo. E penso que até é sensato controlar primeiro a inflacção. É um problema que penso ser mais global e importante do que o desempenho dos mercados financeiros, pelo menos neste momento.

Acho que as empresas não têm que dar todas prejuízo se o mercado financeiro estiver em crise (ou depende tudo tudo tudo dos mercados??), mas se a inflacção for alta o povo não compra o que quer, as empresas têm um crescimento insustentável nos custos de produção e a espiral inflaccionista cresce ainda mais. Além disso, os salários precisam de aumentos mais violentos e isso é ainda menos sustentável nos dias que correm. É preciso controlar o fenómeno...

Mas é um tema interessante, este dos juros vs mercado, ou seja lá o nome que lhe queiram dar. Vale a pena discutir.

EDIT/P.S: Esqueci-me portanto de dizer como conclusão final que acho que os juros devem subir, e que esta é a maneira de evitar mais distúrbios sociais. No entanto, é preciso equilibrar ambos os lados da barricada, pelo que um aumento de 0,25% me parece mais sensato que um aumento de 0,50%. Mas certamente nos próximos meses mais aumentos serão necessários. Mas com calma a coisa vai lá...

boa noite a todos.
dado o dia de hoje nos grandes indices europeus no fecho e dado ao fecho dos estados unidos não será de todo improdente elevar as taxas de juro, isto porque, pode ser o alarme para começarmos uma queda ainda mais evidente, dado que:
1. aumentos das taxas de juro
2. aumento do euro face ao dolar
3. aumento do petroleo e por conseguinte novos maximos
4. novos minimos em todos os mercados, que poderá levar a um dia muito negro.
5. menores lucros das empresas, instituições bancarias, aumento do desemprego e logo problemas de ordem social.
na minha opinião manter as taxas de juro neste momento seria o mais sensato, não que os mercados principalmente os americanos o mereçam mas porque os europeus vão pagar uma divida minha alta. levará na minha opinião a graves problemas sociais.
Caso esteja errado elucidem-me.
um abraço