Ferreira Leite diz que "não há dinheiro para nada"
A ser verdade que a RTP «[p]ara conseguir ultrapassar a TVI na corrida, (…) juntou ao dinheiro conteúdos: deu também à Sport TV, de Joaquim Oliveira, boa parte dos direitos das transmissões dos Jogos Olímpicos de Pequim, que começam a 8 de Agosto, e uma larga fatia dos 64 encontros do Mundial de futebol de 2010 a realizar na África do Sul.», fica em causa qualquer visão possível de serviço público. Graças à intervenção da RTP, isto é do estado, isto é do governo, no audiovisual, o sinal aberto de televisão perdeu os Jogos Olímpicos de Pequim e “uma larga fatia dos 64 encontros do Mundial de futebol de 2010″. A isto junte-se o facto de a RTP ter, alegadamente, pago «16 milhões de euros, quase sete vezes mais do que os lucros conseguidos no ano passado, pelos direitos de transmitir um jogo por jornada da Liga de futebol durante as próximas duas temporadas», e é fazer as contas a quanto o contribuinte perdeu com esta operação que em nada benefícia o contribuinte. O que gosta e o que não gosta de futebol.
Nota final: Não é aceitável que, tratando-se duma empresa pública, os detalhes da operação não sejam públicos após fim do processo.Fonte

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... forecasting exchange rates has a success rate no better than that of forecasting the outcome of a coin toss - Alan Greenspan (2004)
Aparentemente, as prioridades do “serviço público de televisão” para os próximos tempos justificam o gasto de muito consideráveis recursos dos contribuintes para transmitir jogos de futebol que de outra forma seriam transmitidos por um canal privado: José Eduardo Moniz: Futebol na RTP é “golpe importante” nas televisões privadas
Numa declaração enviada aos órgãos de comunicação, José Eduardo Moniz acusa o Governo de conviver “mal com a comunicação social e com a liberdade que a sua actividade implica” e de usar a RTP como “ponta de lança activo” numa estratégia de enfraquecimento dos operadores privados de televisão.
“Não interessa qual o custo, pois o dinheiro não lhe custa a ganhar, uma vez que sai dos bolsos de todos nós”, diz o director-geral da TVI.
(…)
Segundo Eduardo Moniz, a TVI terá apresentado neste concurso “a mais alta oferta alguma vez feita pela estação”: “Estou ansioso por ouvir a justificação para considerar a Liga de Futebol um serviço público a exigir tamanho esforço do Estado.”Fonte

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Re: Tudo se resolve
Camisa Roxa Escreveu:Paulo Moreira Escreveu:Mais justiça social a ti não te diz nada.
justiça social? que mais justiça queres do que cada um receber o que descontou?
achas que tirar a quem andou a descontar para dar a quem não descontou justiça social? eu chamar-lhe-ia outra coisa...
Eu não sei se as pessoas que trabalham a ganhar o salário mínimo e mesmo alguns a ganhar menos, tem de fazer os seus descontos para a segurança social. O que sei é que se descontem, muito pouco deve sobrar para sobreviver quanto mais juntar para a reforma. Essas pessoas quando chegam à reforma, vivem exclusivamente da pensão de reforma.
Se o estado faz muito pouco para que a diferenciação dos salários seja menos acentuada (não esquecer que estamos no país onda o fosso entre ricos e pobres é maior), pelo menos que estabeleça essa justiça nas pensões de reforma.
A tua concepção de justiça social nas pensões de reforma não é errada mas acenta numa base por si injusta.
Aqueles que têm possibilidades de pagar e não descontam por fraude (descontar é uma obrigação), nem deveriam e acho que nem têm direito a receber pensões de reforma. Eu não incluo aqueles que trabalharam toda uma vida em troca de uns totões.
Paulo Moreira
Re: Tudo se resolve
Paulo Moreira Escreveu:Mais justiça social a ti não te diz nada.
justiça social? que mais justiça queres do que cada um receber o que descontou?
achas que tirar a quem andou a descontar para dar a quem não descontou justiça social? eu chamar-lhe-ia outra coisa...

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Re: Tudo se resolve
Camisa Roxa Escreveu:tarzan tchetcheno Escreveu:É acabarem com as reformas acima de 3000 Eur. Proibí-las por decreto pelo menos em termos públicos. Quem quiser que faça poupanças reforma.
não, era acabar com as reformas públicas, cada um teria direito ao que descontasse ao longo da sua vida
Mais justiça social a ti não te diz nada.
Acabar com as reformas públicas seria uma solução se o salário mínimo passasse para os 1000€, ou achas que alguém consegue juntar para a reforma com salários de menos de 500€? Convém cair na realidade.
Em princípio, uma pessoa reformada já tem os filhos criados e a casa paga e por isso a reforma só serve para a alimentação e alguns luxos, por isso uma reforma de 2000€ serve perfeitamente para viver. As pensões mínimas é que precisam de subir para 500€ pelo menos.
Paulo Moreira
Re: Tudo se resolve
tarzan tchetcheno Escreveu:É acabarem com as reformas acima de 3000 Eur. Proibí-las por decreto pelo menos em termos públicos. Quem quiser que faça poupanças reforma.
não, era acabar com as reformas públicas, cada um teria direito ao que descontasse ao longo da sua vida

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É acabarem com as reformas acima de 3000 Eur. Proibí-las por decreto pelo menos em termos públicos. Quem quiser que faça poupanças reforma.
Poupavam-se vários Milhões de Euros ano e quem se lixava eram os tubarões que quem tem reformas de 200 Eur tem que se aguentar quem tem de 5000 ainda junta mais 2 ou 3 dos tachos por onde foi passando.
Era bom mas penso que o Presidente da República não deixava passar (que lhe retiravam a reforma do Banco de Portugal, a da Gulbenkian, a de ser primeiro ministro, a presidente e claro a de professor).
A imoralidade tem que acabar a bem senão um dia acaba a mal.
Se deixasse passar a lei aí tirava-lhe o chapéu.
Poupavam-se vários Milhões de Euros ano e quem se lixava eram os tubarões que quem tem reformas de 200 Eur tem que se aguentar quem tem de 5000 ainda junta mais 2 ou 3 dos tachos por onde foi passando.
Era bom mas penso que o Presidente da República não deixava passar (que lhe retiravam a reforma do Banco de Portugal, a da Gulbenkian, a de ser primeiro ministro, a presidente e claro a de professor).
A imoralidade tem que acabar a bem senão um dia acaba a mal.
Se deixasse passar a lei aí tirava-lhe o chapéu.
Mas por muito eficiente que seja o processo, num primeiro instante vamos pagar mais (os impostos actuais mais os serviços aos privados) e só depois é que eventualmente os impostos baixarão, compensando (eventualmente) o tal custo extra com os serviços.
Mas, repito, penso ser esse o caminho a seguir. É só importante que as pessoas não pensem que é um caminho sem dificuldades.
Mas, repito, penso ser esse o caminho a seguir. É só importante que as pessoas não pensem que é um caminho sem dificuldades.
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silvaxico Escreveu:Na prática o que isto quer dizer é que mesmo que os impostos não subam, o que cada um de nós tem de pagar vai subir...
repara que isso não é necessariamente verdadeiro... isto porque se pagarmos o preço de mercado pelos serviços prestados pelos privados estamos a pagar mais barato do que pelos serviços públicos, que, pela sua ineficiência, são muito mais caros que o preço de mercado!
a única diferença é que o custo dos serviços públicos sai do bolo do Estado e não se nota tanto o desperdício e o custo desses serviços prestados por privados sai-nos directamente do bolso criando a ilusão que é mais caro do que se for prestado pelo Estado

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Camisa Roxa Escreveu:Portugal precisa de um sector público mais pequeno e mais produtivo e de uma carga fiscal sobre o sector privado mais baixa.
Concordo totalmente. Mas é necessário não esquecer que isto implica quase obrigatoriamente que alguns dos serviçõs que são prestados pelo sector público (e que são quase gratuitos) passem a ser prestados pelo privado (e portanto passem a ser pagos pelo valor de mercado).
Na prática o que isto quer dizer é que mesmo que os impostos não subam, o que cada um de nós tem de pagar vai subir...
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Dama de ferro
Sobre esta senhora, a única coisa que me recordo com toda a clareza da sua passagem pelo ministério das finanças, é que ocupava o tempo a fazer revisões em baixa ao OE.
Pelos vistos, não mudou.
Pelos vistos, não mudou.
A CRISE
João Miranda
investigador em biotecnologia
jmirandadn@gmail.com
Portugal está em crise desde 2001. Ao longo dos últimos sete anos, a economia portuguesa esteve a divergir em relação à média europeia e foi ultrapassada por vários países da Europa do Leste. A crise é estrutural. É uma consequência inevitável do crescimento da despesa pública ao longo dos anos 90. Cavaco Silva e António Guterres construíram um sector público caro, pesado e ineficiente. O País está agora a sofrer as consequências.
O sector público tem de ser sustentado com os impostos cobrados ao sector privado. Este facto não causaria grandes problemas se o sector público fosse eficiente e produtivo. Não é. O dinheiro dos impostos desperdiçado pelo sector público seria mais bem aproveitado se fosse reinvestido pelo sector privado. Portugal precisa de um sector público mais pequeno e mais produtivo e de uma carga fiscal sobre o sector privado mais baixa.
A reforma do sector público é urgente e necessária. Mas é também politicamente inviável. A política em Portugal é dominada pelo paradigma socialista. O Estado é visto como o motor do desenvolvimento. Todos os partidos parlamentares são a favor de mais intervenção do Estado na economia e na sociedade. Nenhum partido se arrisca a defender um programa político liberal. Os políticos portugueses acreditam, provavelmente com fundamento, que os eleitores querem um Estado mais interventivo.
O Governo de José Sócrates tentou fazer uma reforma do sector público. Ficou tudo na mesma. Os grupos profissionais que mais tinham a perder boicotaram as reformas. A despesa pública mantém--se elevada, o sector público continua ineficiente e a carga fiscal sobre o sector privado aumentou. As causas da crise não foram debeladas. Num país normal, a reforma do sector público seria o centro do debate político, seria uma oportunidade política para a ala reformista do regime. Mas o regime já não tem ala reformista. Os partidos portugueses preferem discutir paliativos para a crise. Acreditam que os paliativos dão mais votos. A crise vai continuar.
Fonte

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Eu não acredito que na industria automóvel não haja alternativa ao petróleo ! Já há vários anos que se fala disso (boicote pelos lobbies arábes e americanos), o problema é a autonomia e os circuitos de abastecimento, que estão totalmente por construir. No dia que a industria automóvel deitar o petróleo fora, resolve-se não sómente um dos maiores estrangulamentos das economias europeias, como se melhorará fortemente aspectos ambientais que já hoje estão no topo da agenda (resolvendo graves problemas de saúde publica).
Gastem o ISP fazendo tudo o possível para trazer este projecto do carro eléctrico para Portugal. Haja visão, há sacrificio que hoje vale a pena fazer ! Dentro de 10-15 anos exportamos carros para todo o Mundo ! Sonho ? Hoje sim, mas amanhã... o carro a gasolina tal como conhecemos tem os dias contados, que dúvidas podem ainda existir ?!?!? Há que apostar no longo prazo: "Deus quer, o home sonha, a obra nasce" !
"Modelo vai ser apresentado em Portugal.
Basílio Horta diz que carro eléctrico da Nissan-Renault vai revolucionar o mercado e a economia dos combustíveis.
O novo carro eléctrico fabricado pelo construtor Nissan-Renault, o primeiro a propor a produção de carros eléctricos em massa, "vai revolucionar" o mercado automóvel e a economia dos combustíveis. Quem o diz é Basílio Horta, presidente da Agência para o Comércio Externo de Portugal (AICEP). O modelo vai ser apresentado esta quarta-feira, em Portugal, conforme noticiou o Diário Económico na edição de 30 de Junho.
Mafalda Aguilar
Ao falar hoje à margem da colocação da primeira pedra da nova fábrica da Nestlé Waters Direct, em Coruche, e citado pela Lusa, Basílio Horta classificou a iniciativa de “um momento esperança dentro de um clima que não é tranquilo”.
Quanto ao facto de o novo automóvel eléctrico da Nissan-Renault ser apresentado em Portugal, o presidente da AICEP considerou que a iniciativa “abrirá possibilidades de investimento relacionados com esse projecto", notando que "é a possibilidade, não é a certeza de algum investimento relacionado com esse modelo ser feito aqui".
Reconhecendo ter tido contactos nesse sentido, o presidente da AICEP garantiu que dará o "máximo do apoio possível" para concretizar o investimento.
Segundo Basílio Horta, o carro eléctrico "tem uma autonomia para 200 quilómetros e anda como se fosse um carro a gasolina".
Fonte: http://diarioeconomico.sapo.pt
(2008-07-07 17:21)"
Gastem o ISP fazendo tudo o possível para trazer este projecto do carro eléctrico para Portugal. Haja visão, há sacrificio que hoje vale a pena fazer ! Dentro de 10-15 anos exportamos carros para todo o Mundo ! Sonho ? Hoje sim, mas amanhã... o carro a gasolina tal como conhecemos tem os dias contados, que dúvidas podem ainda existir ?!?!? Há que apostar no longo prazo: "Deus quer, o home sonha, a obra nasce" !
"Modelo vai ser apresentado em Portugal.
Basílio Horta diz que carro eléctrico da Nissan-Renault vai revolucionar o mercado e a economia dos combustíveis.
O novo carro eléctrico fabricado pelo construtor Nissan-Renault, o primeiro a propor a produção de carros eléctricos em massa, "vai revolucionar" o mercado automóvel e a economia dos combustíveis. Quem o diz é Basílio Horta, presidente da Agência para o Comércio Externo de Portugal (AICEP). O modelo vai ser apresentado esta quarta-feira, em Portugal, conforme noticiou o Diário Económico na edição de 30 de Junho.
Mafalda Aguilar
Ao falar hoje à margem da colocação da primeira pedra da nova fábrica da Nestlé Waters Direct, em Coruche, e citado pela Lusa, Basílio Horta classificou a iniciativa de “um momento esperança dentro de um clima que não é tranquilo”.
Quanto ao facto de o novo automóvel eléctrico da Nissan-Renault ser apresentado em Portugal, o presidente da AICEP considerou que a iniciativa “abrirá possibilidades de investimento relacionados com esse projecto", notando que "é a possibilidade, não é a certeza de algum investimento relacionado com esse modelo ser feito aqui".
Reconhecendo ter tido contactos nesse sentido, o presidente da AICEP garantiu que dará o "máximo do apoio possível" para concretizar o investimento.
Segundo Basílio Horta, o carro eléctrico "tem uma autonomia para 200 quilómetros e anda como se fosse um carro a gasolina".
Fonte: http://diarioeconomico.sapo.pt
(2008-07-07 17:21)"
James Wheat
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exacto!e neste momento existe apenas UMA energia mais barata que o petróleo(e o carvão)e similares,que é a nuclear!
a eólica é muito mais cara, e a fotovoltaica é carisssssiiiimmmaaaa.
a hidroeléctrica é uma alternativa,mas não dá para aumentar muito mais.
por isso temos que fazer como os paises desenvolvidos(práticamente todos) e outros(por ex o irão) que embora tenham energia muito mais barata que portugal,apostam no nuclear,a que pertence o futuro(próximo,pois acredito que num futuro mais longiquo será possivel criar energia sem verdadeiramente poluir ou contribui para a degradação do ambiente)
a eólica é muito mais cara, e a fotovoltaica é carisssssiiiimmmaaaa.
a hidroeléctrica é uma alternativa,mas não dá para aumentar muito mais.
por isso temos que fazer como os paises desenvolvidos(práticamente todos) e outros(por ex o irão) que embora tenham energia muito mais barata que portugal,apostam no nuclear,a que pertence o futuro(próximo,pois acredito que num futuro mais longiquo será possivel criar energia sem verdadeiramente poluir ou contribui para a degradação do ambiente)
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Bem... desde logo não contem comigo para fazer juizos de valor sobre pessoas do forúm.
Vou tentar novamente explicar a minha visão da dependência do petróleo e da necessidade de reduzirmos a nossa casi total dependência do mesmo.
O impacto dos elevados preços do petróleo não é o mesmo em Portugal que em outros países da Europa.
Portugal não tem petróleo e importa tudo o que precisa, sendo um enorme contra-peso na balança comercial do País. A França e a Inglaterra podem igualmente sofrer (é um facto inquestionável), dado que não são auto-suficientes, mas além de terem alguma produção (e de serem donos de grandes petrolíferas donas de poços no exterior), têm muito maior capacidade de aceitar esse custo imposto - seja por excedentes orçamentais, por maior receita fiscal, maior poder negocial com países produtores, etc.
Portugal tem a agravante de ser um País periférico, cujo acesso por terra obriga necessáriamente a cumprir maiores distãncias; a Bélgica também sofre com o maior custo da gasolina, mas não tanto porque está mesmo no centro da Europa e geográficamente é um espaço económico de acesso mais eficiente.
Sejamos claros: dada a debilidade competitiva do nosso País, Portugal não suporta o custo actual do petróleo por muitos anos e sobretudo se continuar a subir até aos anunciados USD 200, ainda pior - é um enorme sorvedouro de receitas para o País e/ou para a sua população, que ameaça tornar-se realmente insuportável. Torna-se por isso muito mais prioritário para nós encontrar alternativas energéticas - mais para nós do que para muitos outros países na Europa.
Desde logo pretende-se que os carros eléctricos (que foi o tema por mim levantado) sejam suficientemente eficientes para serem minimamente competitivos, além de poderem ser abastecidos por meios nacionais alternativos ao petróleo - que é obrigatóriamente comprado ao exterior.
Depois, de igual forma que a AutoEuropa se instalou em Portugal, também não vejo razões para não se virem a instalar - no futuro - outros produtores como a Renault-Nissan, se fôr no nosso País que maiores apoios encontrarão ao desenvolvimento e crescimento (promoção; lançamento; custos de start-up) desse segmento específico de automóveis.
Uma coisa é certa: sem se criar redes de abastecimento, nem pés para andar essa iniciativa tem e é de elogiar os esforços que aparentemente estão a ser feitos para iniciar um projecto piloto dessa natureza - o qual incluirá sómente 3 Países numa primeira fase, entre nós, Israel e a Dinamarca.
Volto a dizer: eu não creio que a economia do nosso País suporte petróleo a 200 USD, por isso quanto mais cedo mandarmos o ouro negro para o lixo, melhor ! Quem quiser continuar a viver e a depender daquele que faça muito bom proveito !!
Ab+Bn.
Vou tentar novamente explicar a minha visão da dependência do petróleo e da necessidade de reduzirmos a nossa casi total dependência do mesmo.
O impacto dos elevados preços do petróleo não é o mesmo em Portugal que em outros países da Europa.
Portugal não tem petróleo e importa tudo o que precisa, sendo um enorme contra-peso na balança comercial do País. A França e a Inglaterra podem igualmente sofrer (é um facto inquestionável), dado que não são auto-suficientes, mas além de terem alguma produção (e de serem donos de grandes petrolíferas donas de poços no exterior), têm muito maior capacidade de aceitar esse custo imposto - seja por excedentes orçamentais, por maior receita fiscal, maior poder negocial com países produtores, etc.
Portugal tem a agravante de ser um País periférico, cujo acesso por terra obriga necessáriamente a cumprir maiores distãncias; a Bélgica também sofre com o maior custo da gasolina, mas não tanto porque está mesmo no centro da Europa e geográficamente é um espaço económico de acesso mais eficiente.
Sejamos claros: dada a debilidade competitiva do nosso País, Portugal não suporta o custo actual do petróleo por muitos anos e sobretudo se continuar a subir até aos anunciados USD 200, ainda pior - é um enorme sorvedouro de receitas para o País e/ou para a sua população, que ameaça tornar-se realmente insuportável. Torna-se por isso muito mais prioritário para nós encontrar alternativas energéticas - mais para nós do que para muitos outros países na Europa.
Desde logo pretende-se que os carros eléctricos (que foi o tema por mim levantado) sejam suficientemente eficientes para serem minimamente competitivos, além de poderem ser abastecidos por meios nacionais alternativos ao petróleo - que é obrigatóriamente comprado ao exterior.
Depois, de igual forma que a AutoEuropa se instalou em Portugal, também não vejo razões para não se virem a instalar - no futuro - outros produtores como a Renault-Nissan, se fôr no nosso País que maiores apoios encontrarão ao desenvolvimento e crescimento (promoção; lançamento; custos de start-up) desse segmento específico de automóveis.
Uma coisa é certa: sem se criar redes de abastecimento, nem pés para andar essa iniciativa tem e é de elogiar os esforços que aparentemente estão a ser feitos para iniciar um projecto piloto dessa natureza - o qual incluirá sómente 3 Países numa primeira fase, entre nós, Israel e a Dinamarca.
Volto a dizer: eu não creio que a economia do nosso País suporte petróleo a 200 USD, por isso quanto mais cedo mandarmos o ouro negro para o lixo, melhor ! Quem quiser continuar a viver e a depender daquele que faça muito bom proveito !!
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Eu se por acaso fosse eleito fazia um plano de 5 anos em que cada ano:
- Baixava o iva 1% em cada ano até ter iva igual Espanha.
- Baixava o ISP 1% em cada ano até ter gasolina igual a Espanha.
- Baixava ELECTRICIDADE 1% em cada ano até igualar Espanha.
- Vendia os serviços do Estado com bastante pessoal íncluido ( com um extrazinho de pessoal a mais para cobrir eventuais faltas por doença ).
- O ESTADO era apenas o elenco do governo e pouco mais, o resto passava a funcionar por OutSourcing.
Um abraço de
Miguel Rodrigues
- Baixava o iva 1% em cada ano até ter iva igual Espanha.
- Baixava o ISP 1% em cada ano até ter gasolina igual a Espanha.
- Baixava ELECTRICIDADE 1% em cada ano até igualar Espanha.
- Vendia os serviços do Estado com bastante pessoal íncluido ( com um extrazinho de pessoal a mais para cobrir eventuais faltas por doença ).
- O ESTADO era apenas o elenco do governo e pouco mais, o resto passava a funcionar por OutSourcing.
Um abraço de
Miguel Rodrigues
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O preço petróleo pode ser um factor de perca de competitividade porque encarece os transportes e nós somos um país periférico. Temos de pagar mais pelos transportes da matéria prima e outra vez pelo transporte da mercadoria que exportamos...
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exactamente,msfr 1980,concordo plenamente consigo.
por isso é que usar carros eléctricos por ex,só seria bom se ele utilizasse energias alternativas MAIS baratas que o petróleo,o que como sabemos não é o caso de Portugal,um dos mais dependentes da importação de combustiveis fósseis.
isto porque o nosso governo e o povo(mal informado por campanhas mos média)não aprova a construção de centrais nucleares(ao contrário da maioria dos paises desenvolvidos,muito menos dependentes da importação de petróleo que nós,ainda por cima)
por isso é que digo que só compensaria parcialmente se ao menos fossem produzidos cá essas viaturas,porque ao menos ganhavamos em emprego e talvez desenvolvimento tecnológico numa nova área.
essa do petróleo caro pode ter muitas consequências,sendo uma das mais importantes a inflação,mas uma delas não é certamente a distorção da competitividade,já que sendo um factor de produção com preços fixos , é igual para todos.
por isso é que usar carros eléctricos por ex,só seria bom se ele utilizasse energias alternativas MAIS baratas que o petróleo,o que como sabemos não é o caso de Portugal,um dos mais dependentes da importação de combustiveis fósseis.
isto porque o nosso governo e o povo(mal informado por campanhas mos média)não aprova a construção de centrais nucleares(ao contrário da maioria dos paises desenvolvidos,muito menos dependentes da importação de petróleo que nós,ainda por cima)
por isso é que digo que só compensaria parcialmente se ao menos fossem produzidos cá essas viaturas,porque ao menos ganhavamos em emprego e talvez desenvolvimento tecnológico numa nova área.
essa do petróleo caro pode ter muitas consequências,sendo uma das mais importantes a inflação,mas uma delas não é certamente a distorção da competitividade,já que sendo um factor de produção com preços fixos , é igual para todos.
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Eu devo ser muito burro!!!
Não vejo o problema pelo vosso prisma. O nosso problema não reside no preço do petróleo. Esteja a 30, 50 ou 200 dólares, esse valor é igual para todos os paises não produtores e não nos afecta minimamente a competitividade, pois todos sem excepção nos debatemos com o mesmo problema.
O nosso problema é não conseguir captar investimento, ou seja, não produzimos nada!!!
e porquê? porque a industria precisa de preços de energia competitivos e aqui têm a EDP que lhes cobra 25% mais que em Espanha! porque a indústria precisa de escoar os produtos a baixo preço e aqui têem de pagar a gasóleo mais caro e ainda têem de pagar as estradas por onde circulam!!
Um abraço de
Miguel Rodrigues

Não vejo o problema pelo vosso prisma. O nosso problema não reside no preço do petróleo. Esteja a 30, 50 ou 200 dólares, esse valor é igual para todos os paises não produtores e não nos afecta minimamente a competitividade, pois todos sem excepção nos debatemos com o mesmo problema.
O nosso problema é não conseguir captar investimento, ou seja, não produzimos nada!!!
e porquê? porque a industria precisa de preços de energia competitivos e aqui têm a EDP que lhes cobra 25% mais que em Espanha! porque a indústria precisa de escoar os produtos a baixo preço e aqui têem de pagar a gasóleo mais caro e ainda têem de pagar as estradas por onde circulam!!
Um abraço de
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macumba Escreveu:essa noticia é tão boa que esse carro até vai ser totalmente construido em frança.somos os primeiros a utilizà-lo,a pagá-lo,mas beneficios reais , nada...
Os carros que actualmente compramos ou são todos made in AutoEuropa (que ainda assim leva muita componente importada), ou são todos também produzidos lá fora; não é nesse ponto que se pretende aqui fazer a diferença ou retirar uma clara vantagem.
Dizer-se que mudar para carros movidos a fontes alternativas é mau porque os carros não são cá feitos... é uma visão tendenciosa do assunto, é querer ver sempre o lado negro, é estar a procurar razões para não fazer nada, para se continuar refém do petróleo !
Esse raciocínio entende-se ainda menos, quanto se sabe que todo o petróleo que compramos é importado e agora é-o a preços elevadissimos. Ora tudo o que seja baixar essa despesa de importação é muitissimo bem vindo, sobretudo se fôr substituído por fontes alternativas energéticas 'made in Portugal' (produzidas ou geradas localmente, diga-se).
O origem do carro não é matéria dispiciente (se poder ser feito cá melhor seria, óbviamente), mas aqui trata-se de baixar a factura do combustivel e é nessa óptica que deve ser analisado o carro eléctrico.
Ab+Bn.
James Wheat
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carrancho Escreveu:Cubriclas Escreveu:Camisa Roxa Escreveu:são os ilusionistas que vão tentar iludir os que querem continuar iludidos
Concordo contigo.
Agora pergunto que opção tomarias? Votas em branco como eu? Ou votas nulo?
Nulo não, voto nulo não tem qualquer significado, abstenção tem muito pouco e com vários sentidos diferentes, agora voto em branco... isso sim, significa que estamos realmente descontentes e que não confiamos em ninguem dos que se nos apresentam.
Eu também penso assim Carrancho, e também sou dos que vota quase sempre em branco... ainda assim não deixa de ser triste que os votos brancos apareçam juntos com os nulos, já experimentaste descobrir a percentagem de votos brancos, consegue-se mas não é fácil! nas Tv's e Jornais nunca me lembra de os ver, pergunto-me se não será isto prepositado?! Terão receio de que os votos brancos, separados do resto, aumentem significativamente?!
Um abraço
artista
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http://www.gamesandfun.pt/afiliado&id=28
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essa noticia é tão boa que esse carro até vai ser totalmente construido em frança.somos os primeiros a utilizà-lo,a pagá-lo,mas beneficios reais , nada...
nós por cá apenas vamos subvencionar esse produto com os nossos impostos como fazemos por ex com a famosa central fotovoltaica de moura,de onde sai energia ao triplo do valor que a convencional.
os impostos de todos pagam os desvarios de alguns:então em véspera de eleições é um regabofe.ainda agora tive(e muitos de nós) que subvencionar os transportes colectivos de lisboa e porto,quando aqui na provincia não tenho serviço semelhante e alternativo ao carro.
ou seja,pago mais caro o combustivel para me deslocar e às minhas mercadorias,cuja produção dá emprego a algumas pessoas da zona e receitas fiscais ao estado,e ainda tenho que ganhar para pagar aos outros onde o pib ´superior à média nacional!!enfim...
meus amigos as soluções têm que ser globais,ou há moralidade ou comem todos...hipocrisia para ficar bem aos olhos dos espectadores televisivos é que não,obrigado...
nós por cá apenas vamos subvencionar esse produto com os nossos impostos como fazemos por ex com a famosa central fotovoltaica de moura,de onde sai energia ao triplo do valor que a convencional.
os impostos de todos pagam os desvarios de alguns:então em véspera de eleições é um regabofe.ainda agora tive(e muitos de nós) que subvencionar os transportes colectivos de lisboa e porto,quando aqui na provincia não tenho serviço semelhante e alternativo ao carro.
ou seja,pago mais caro o combustivel para me deslocar e às minhas mercadorias,cuja produção dá emprego a algumas pessoas da zona e receitas fiscais ao estado,e ainda tenho que ganhar para pagar aos outros onde o pib ´superior à média nacional!!enfim...
meus amigos as soluções têm que ser globais,ou há moralidade ou comem todos...hipocrisia para ficar bem aos olhos dos espectadores televisivos é que não,obrigado...
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