CALDEIRÃO DE BOLSA

Sou da opinião que a TAP é um elefante branco que precisa de uma profunda reforma; senão o fizer morrerá.

Para vôos dentro da europa, os preços practicados pela TAP estão muito acima da concorrência - já sem falar das low-cost..
Para os passageiros de voos de curta distância o importante é preço e pontualidade. A TAP pontua pessimamente neste dois pontos. Falo com autoridade porque faço mais de 80 voos por ano. O que mantém a empresa são as muito rentáveis rotas africanas.

A banalização da utilização do avião vai forçar todas as companhias a optimizar os custos, até porque uma vez dentro do avião é tudo mais ou menos igual. As grandes companhias europeias já o fizeram: BA, IBERIA, KLM, etc..

O problema da TAP está longe de ser apenas o preço do combustível. Tem que ver com a progressiva perda de margens nas rotas mais competitivas, e de continuar a ter uma estrutura de custos que não é compatível com os tempos actuais.

A TAP tem outra bota difícil de descalçar que são os inexplicavelmente chorudos ordenados do pessoal de voo.. (os pilotos ganham mais que alguns administradores de empresas..) enfim, condutores e empregadas de mesa de luxo..

Este ano deve estar a ser particularmente desastroso para a companhia, por isso esta história dos aumentos dos combustíveis até é conveniente para reestruturar a companhia. Se estivesse em bolsa isto seria um "major" afundanço!

Sem duvida que esta crise petrolifera começa a tomar contornos gravissimos...
Tal como um caro professor meu, e conhecido consultor energetico referiu, é de ficar seriamente preocupado com a falta de medidas e a serenidade com que governantes e países se encontram neste momento.

TAP admite cancelamento temporário de voos após o Verão


O presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, admitiu hoje o cancelamento temporário de alguns voos depois do Verão, em resposta à escalada do preço do petróleo, escusando-se, contudo, a adiantar quais as rotas que poderão ser afectadas.

"Quando chegar ao Inverno, devemos ter uma redução de um determinado número de voos", afirmou Fernando Pinto, em declarações aos jornalistas no Parlamento, à margem da audição na comissão eventual para o acompanhamento das questões energéticas.

"O que pode acontecer é não ser interessante voar para alguns mercados numa determinada época e esses voos serem suspensos temporariamente", acrescentou o presidente da TAP, citado pela Lusa, escusando-se a adiantar quantos voos ou quais as rotas que poderão ser canceladas no final do Verão.

Com o cancelamento de alguns voos durante o Inverno, Fernando Pinto disse que alguns aviões "ficarão subutilizados", ficando disponíveis para começar a voar para novos mercados.

Recorde-se que no dia 26 de Maio, em declarações à margem de uma conferência internacional sobre transporte aéreo, o presidente da TAP afirmou que a "prioridade" da companhia aérea para responder à crise internacional provocada pelo aumento do preço dos combustíveis é a procura de novos mercados.

"A prioridade é descobrir novos mercados, se não descobrirmos novos mercados, aí sim, a única hipóteses é a redução da dimensão [da empresa]", afirmou, na altura, Fernando Pinto.

Hoje, o presidente da companhia aérea reafirmou que a transportadora está a "fazer tudo" para evitar despedimentos.