Caldeirão da Bolsa

Europa acorda prolongar semana de trabalho até às 65 horas

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Europa acordou ... ?

por limpaesgotos » 12/6/2008 19:42

limpaesgotos Escreveu:
perespírito Escreveu:Bem, acabei agora de ouvir na AR o 1º ministro a dizer que isso não se aplica a Portugal; por cá são 40 horas de trabalho. Ainda por cima, a forma como a questão foi divulgada é da responsabilidade do partido comunista, o que para mim faz todo o sentido.


Também ouvi, mas não estou convencido, isto trás agua no bico ... :roll:

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Re: Europa acordou ... ?

por limpaesgotos » 12/6/2008 19:39

perespírito Escreveu:Bem, acabei agora de ouvir na AR o 1º ministro a dizer que isso não se aplica a Portugal; por cá são 40 horas de trabalho. Ainda por cima, a forma como a questão foi divulgada é da responsabilidade do partido comunista, o que para mim faz todo o sentido.


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Europa acordou ... ?

por feliztrader » 12/6/2008 16:58

Bem, acabei agora de ouvir na AR o 1º ministro a dizer que isso não se aplica a Portugal; por cá são 40 horas de trabalho. Ainda por cima, a forma como a questão foi divulgada é da responsabilidade do partido comunista, o que para mim faz todo o sentido.
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por ptmasters » 12/6/2008 15:15

E aquela coisa da família, envelhecimento da população e por isso ter mais filhos, creches, cabe também nisto?

Estando neste momento de férias, ainda ontem telefonava a um amigo às 16:15 para ver se queria vir aqui a casa ver a bola, pois como não nos vimos à quase um ano (vivemos acerca de 200 mts um do outro...), aproveitávamos e colocávamos a conversa em dia.

Não podia. Falámos um pouco de banalidades sobre uns projectos que eu me lancei e que ele não teve oportunidade ao que ele respondeu "ainda não tive tempo. Agora então que a minha esposa voltou para a faculdade - tiveram um filho faz quase um ano - praticamente não tenho tempo para nada. No fim de semana, quero ver se estamos os 3 juntos - ele, esposa e filho - para o puto ir percebendo que tem 2 pais que vivem juntos"

Calei-me envergonhado.

1 ab
O que é um cínico? É aquele que sabe o preço de tudo, mas que não sabe o valor de nada.
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por Serrano » 12/6/2008 10:34

Vivemos uma época caracterizada por uma extrema pobreza de valores e de capacidade das classes dirigentes. Atente-se no exemplo da comissão europeia:o zé manel é o presidente!
A Angelita, da Alemanha, já vai dizendo que essa pomada milagreira do mercado não dá para todas as maleitas...
Aquilo que me parece mais certo é que a História se repete e se não emergir a inteligência lá virão umas revoluções...
Revolução? não é coisa dos séculos passados?
Ah, mas isto estava a ficar uma pasmaceira...
Vou falar com o meu vizinho e vamos cortar a rua.
 
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por Sei lá » 12/6/2008 9:25

Portugal não terá 65 horas de trabalho semanais
Ministério do Trabalho garante que acordo europeu não terá impacto na lei nacional.

Denise Fernandes

O acordo europeu sobre a futura lei do tempo do trabalho, assinado terça-feira no Luxemburgo, e que permitirá horários de trabalho até às 65 horas semanais, “não terá implicações na legislação nacional”, assegurou o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social ao Diário Económico. Apesar de o Código do Trabalho estar a ser revisto em Lisboa, com vista a reforçar a flexibilidade dos horários laborais, Vieira da Silva considera a proposta europeia exagerada.

O documento europeu mantém o horário regra nas 48 horas semanais (em Portugal são 40 horas), mas alarga a possibilidade de, através de acordo colectivo, os horários chegarem às 60 ou 65 horas, nos países que pretendam regimes de excepção (opt-out), como o Reino Unido.

Na revisão do Código do Trabalho, agora em discussão em Lisboa, está prevista a adaptabilidade de horários laborais, mas Vieira da Silva ainda não avançou com uma proposta em concreto. Porém, o ministro já disse que em princípio irá seguir as recomendações expressas pelos especialistas no Livro Branco das Relações Laborais.

Os especialistas recomendam que sejam fixados limites diários e semanais médios (actualmente são rígidos: 8 horas por dia/40 por semana) e que sejam permitidos os “bancos de horas” (horas extraordinárias compensadas com folgas). Sugerem ainda os “horários concentrados”, ou seja, dois ou três dias de trabalho prolongado seguido de dois ou três dias de folga.

Vieira da Silva optou por não assinar o acordo europeu por entender que, “apesar de haver uma evolução positiva”, a directiva deveria ser mais “equilibrada”. Em declarações à “Lusa”, o ministro lembrou que o projecto de lei ainda deverá sofrer algumas alterações e que precisa do aval do Parlamento Europeu para vingar.

Vieira da Silva sublinhou que Portugal “reconhece alguma evolução positiva”, já que as condições de excepção tornam-se mais exigentes, mas defendeu que “deveria ter sido feito um maior esforço para encontrar uma posição mais equilibrada”, entre a possibilidade de alargar a semana de trabalho e “a necessidade de salvaguardar a saúde, higiene e segurança dos trabalhadores”.

O ministro português, que em Dezembro presidiu a um Conselho de Ministros do Trabalho – no qual a presidência portuguesa da UE tentou desbloquear este dossier que já se arrastava há anos – afirmou que a proposta agora avançada pela presidência eslovena contém alguns elementos com os quais Lisboa discorda, nomeadamente a possibilidade de a semana de trabalho poder ultrapassar as 60 horas em caso de acordo colectivo, o que o ministro considerou “excessivo”.

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 34138.html


Agora falta as comentários do costume de que é por causa do nosso código laboral não ter 65h / semanais que não vamos ser prdutivos. :arrow:
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!? :shock: Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!
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Re: O que me preocupa é ficar consagrado numa Directiva Euro

por Sei lá » 12/6/2008 0:51

pinamiranda Escreveu:O que me preocupa é ficar consagrado na Directiva Europeia e isso poder servir para muitos abusos, sobretudo com os mais mal pagos e em inicio de carreira, ou então naquelas empresas que têm gestores que se julgam muito espertos (e isto acontece tanto nas PMEs como nas grandes empresas) e vão utilizar esta Directiva para ameaçarem os colaboradores com a "obrigatoriedade" de trabalharem mais horas.


Esse é o meu receio, ter de trabalhar assim para sobreviver. È engraçado que os chineses reduzem e estabelecem horários de trabalho, a Europa aumenta :shock: De facto há algo de muito grave nos poderes decisores, publicos e privados.
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Mas oh que Carassas !!!

por bboniek33 » 11/6/2008 21:56

A semana tem 168 horas. O que ee que voces querem ?

Ainda ficam 113 horas para muita galhofa e coiso. 8-)
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por limpaesgotos » 11/6/2008 21:34

Em tempos recebi este texto no mail, vale a pena ler:
:clap:


Slow attitude

Já vai para 16 anos que estou aqui na Volvo, uma empresa sueca. Trabalhar com eles é uma convivência no mínimo interessante. Qualquer projecto aqui demora 2 anos para se concretizar, mesmo que a ideia seja brilhante e simples. É regra. Nos processos globais, nós (brasileiros, americanos, australianos, asiáticos) ficamos aflitos por resultados imediatos, uma ansiedade generalizada. Porém, o nosso senso de urgência não surte qualquer efeito neste prazo. Os suecos discutem, discutem, fazem n reuniões, ponderações e trabalham num esquema bem mais slow down. No final, acaba sempre dando certo no tempo deles com a maturidade da tecnologia e da necessidade - bem pouco se perde aqui. Note-se que:

1. O país é do tamanho de São Paulo;
2. Tem 2 milhões de habitantes;
3. A sua maior cidade, Estocolmo, tem 500.000 habitantes (Curitiba tem 2 milhões);
4. Empresas de capital sueco: Volvo, Scania, Ericsson, Electrolux, ABB, Nokia, Nobel Biocare... Nada mal, não?
5. A Volvo fabrica os motores propulsores dos foguetões da NASA...

Os suecos podem estar errados, mas são eles que pagam muitos dos nossos salários. Entretanto, vale a pana salientar que não conheço um povo, como povo mesmo, que tenha mais cultura coletciva do que eles. Um pequeno episódio muito esclarecedor:

A primeira vez que fui para lá, em 90, um dos colegas suecos dava-me boleia para o trabalho todas as manhãs. Era Setembro e fazia frio. Chegávamos cedo à fábrica e ele estacionava o carro bem longe da porta de entrada (são 2.000 funcionários de carro!). No primeiro dia não disse nada, no segundo, no terceiro... Depois, com um pouco mais de intimidade, numa manhã perguntei:

Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos cedo, o
estacionamento está vazio e você deixa o carro lá longe.

Ele me respondeu simplesmente assim:

Como chegamos cedo temos tempo de caminhar; quem chegar mais tarde vai ter menos tempo e é melhor que fique mais perto da porta. Você não acha?

Mas isto foi apenas um pormenor. Voltemos ao tema central. Começa a aparecer por toda a Europa um movimento chamado Slow Europe, como salientou a revista Business Week numa edição recente. A base de tudo está no questionamento da "pressa" e da "loucura" gerada pela globalização, pelo apelo à "quantidade do ter" em contraposição à qualidade de vida ou à "qualidade do ser". Segundo a Business Week, os trabalhadores franceses, embora trabalhem menos horas (35 horas por semana) são mais produtivos que seus colegas americanos ou ingleses. E os alemães, que em muitas empresas instituíram uma semana de 28,8 horas de trabalho, viram sua produtividade crescer nada menos que 20%. Essa chamada slow attitude está a chamar a atenção até dos americanos, apologistas do "Fast" e do "Do it now". Portanto, essa "atitude sem-pressa" não significa fazer menos, nem ter menor produtividade. Significa sim fazer as coisas e trabalhar com mais "qualidade" e produtividade" com maior perfeição, atenção aos detalhes e com menos stress.

Será que os velhos ditados devagar se vai ao longe ou ainda a pressa é inimiga da perfeição não merecem novamente nossa atenção nestes tempos de desenfreada loucura? Será que nossas empresas não deveriam também pensar em programas sérios de qualidade sem-pressa até para aumentar a produtividade e qualidade dos nossos produtos e serviços sem a necessária perda da "qualidade do ser"?

Algumas pessoas vivem correndo atrás do tempo mas parece que só o alcançam quando morrem de enfarte, ou algo assim... Para outros o tempo demora a passar: ficam ansiosos com o futuro e esquecem-se de viver o presente, que é o único tempo que existe. Tempo todo mundo tem por igual. Ninguém tem mais nem menos que 24 horas por dia. A diferença é o que cada um faz do seu tempo. Precisamos saber aproveitar cada momento porque, como disse John Lennon, a vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro...

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por limpaesgotos » 11/6/2008 20:44

Isto pode até ser mau para as empresas.

Mais horas, mais cansaço, mais acidentes de trabalho, mais gasto de energia com o trabalho a render menos, mais desmotivação, menos tempo para gastar dinheiro, menos consumo, mais stocks o que implica reduzir produção, etc.

Algo me diz que não é por aí.

Será que a ideia é deixarem de pagar horas extra? Se assim for além de ser mau para o trabalhador é ainda pior para o estado !
Qualquer dia temos de pagar para trabalhar ... :shock:

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O que me preocupa é ficar consagrado numa Directiva Europeia

por pinamiranda » 11/6/2008 12:50

Caro Thunder,

Thunder Escreveu:Olá a todos 8-)

Realmente vamos ver que tipo de impacto terá esta notícia nos telejornais....

Ver numeros de 65 horas semanais é um bocado assustador :| (embora refira que o valor fixado são as 48 horas podendo ir até as 65 horas)

Eu trabalho uma média de 52 até 55 horas semanais e a qualidade de vida já sofre bastante :evil: o que será com 65 horas :roll:

Enquanto isso outros levam com reformas por invalidez .....

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 33648.html

(notícia colocada originalmente pelo JAM :wink: )

Um abraço a todos 8-)


A minha questão nem é trabalhar 50, 60 ou 70 horas semanais. Acredito que a maior parte dos participantes no Caldeirão trabalhem normalmente muito mais do que as 40 horas semanais e haja semanas em que ultrapassem as 65 horas até às quais esta Directiva permite ir - a partir de determinados níveis hierárquicos é impossível ter-se um horário de 40 ou 48 horas e a disponibilidade tem que ser quase sempre total (mas nesses níveis as pessoas são pagas para isso e sabem no que se estão a meter).

O que me preocupa é ficar consagrado na Directiva Europeia e isso poder servir para muitos abusos, sobretudo com os mais mal pagos e em inicio de carreira, ou então naquelas empresas que têm gestores que se julgam muito espertos (e isto acontece tanto nas PMEs como nas grandes empresas) e vão utilizar esta Directiva para ameaçarem os colaboradores com a "obrigatoriedade" de trabalharem mais horas. Não é por aí que a produtividade ou motivação vai aumentar - bem pelo contrário -, mas não se esqueçam que temos um Ministro que já tentou "vender" o País dizendo que temos trabalhadores qualificados com salários baixos (como se isso fosse uma mais valia ...). Agora imaginem o que será quando os salários continuarem a ser os mesmos e o número de horas por semana aumentar entre 20% a 60% ...

Bons negócios,

pm

P.S. Só uma história verídica que se passou há já alguns anos em Lisboa. No final do seu primeiro ano de contrato com uma grande consultora multinacional, dois recém-licenciados foram falar com o seu chefe a dizer que achavam que mereciam um aumento já que durante esse primeiro ano tinham trabalhado quase sempre mais do que 12 horas por dia e o salário não premiava essa dedicação. A resposta do chefe foi qualquer coisa do género: "Até podem ter razão, mas expliquem-me para que precisam do aumento. Com o número de horas que trabalham, não vão ter tempo para gastar mais dinheiro do que aquele que vos pagamos." ...
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por Camisa Roxa » 11/6/2008 11:59

JAM Escreveu:Camisa, li algures que tu irás ser o primeiro português a optar pela maratona laboral de 11h de trabalho por dia em 6 dias da semana para mostrar o teu apoio à semana de 65h de trabalho. Confirma-se? Não era melhor trabalhares 13 horas por dia e só nos dias uteis? Mas tu é que sabes pá. :mrgreen:


eu trabalho 7 horas por dia eheh abençoado o trabalho por conta de outrém

como já disse o dreamkeeper as pessoas que eu conheço que trabalham mais horas são todas empresárias

ah, e há também os meus amigos malucos das auditoras financeiras que trabalham sem parar, sem dúvida escravos sem vontade própria, meros autómatos das multinacionais sem alma
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por dreamkeeper2005 » 11/6/2008 11:46

JAM Escreveu:
Camisa Roxa Escreveu:contudo nunca na História se viveu tão bem na Europa...


Não serve de muito, se deixarmos de ter tempo para poder usufruir o que temos.

Camisa, li algures que tu irás ser o primeiro português a optar pela maratona laboral de 11h de trabalho por dia em 6 dias da semana para mostrar o teu apoio à semana de 65h de trabalho. Confirma-se? Não era melhor trabalhares 13 horas por dia e só nos dias uteis? Mas tu é que sabes pá. :mrgreen:


Não JAM, nunca poderia ser o primeiro. Há muitos, mas mesmo muita gente que trabalha isso e muito mais, durante anos a fio, e nem são os trabalhadores escravos, nem os que mais necessitam que seguem esta regra, embora também os haja.

São tipos saudaveis e ricos, empresários e gestores, médicos e advogados, taxistas e camionistas, e de todas as profissões e até alguns (poucos) politicos e (muitos) traders, conheço até quem tenha mais que um emprego, e sai dum e entra noutro, é quase inacreditável mas é verdade.

Eu próprio não me excluo desta turba de estupidos que há mais que muitos anos trabalha pelo menos 12 horas por dia (às vezes mais) 5 ou 6 dias por semana e (às vezes 7). E nem me sinto um caso raro por isso.

Mas que é preocupante é, e até acho que isto também devia estar naquele tópico dos «sinais de preocupar».

Abraço
 
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por Sei lá » 11/6/2008 10:11

Camisa Roxa Escreveu:contudo nunca na História se viveu tão bem na Europa...


Não serve de muito, se deixarmos de ter tempo para poder usufruir o que temos.

Camisa, li algures que tu irás ser o primeiro português a optar pela maratona laboral de 11h de trabalho por dia em 6 dias da semana para mostrar o teu apoio à semana de 65h de trabalho. Confirma-se? Não era melhor trabalhares 13 horas por dia e só nos dias uteis? Mas tu é que sabes pá. :mrgreen:
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por Auditor » 11/6/2008 10:07

The Mechanic Escreveu:JAM
Na China existem semanas de 72 horas de trabalho, o nosso objectivo deve ser igualá-los. Isto é repugnante.


Semana de 72h de trabalho...

Achas isso mau ?!?
...MAS TU ACHAS ISSO MAU ?!!?!?


Pata-Hari
A França tentou o contrário - com o argumento que estavam a criar mais emprego para mais gente - tendo conseguido como resultado maior desemprego. Criaram a semana de trabalho de 35 dias e


Então que dizer então dos pobres dos Franceses , que como a Pata aqui sublinha " numa semana , trabalham 35 dias " !!! ISSO é que é trabalho de escravidão..!
O resto é conversa...!
...tadinhos dos Franceses, pá...


Um abraço ,

The Mechanic


Não te escapa uma :mrgreen:
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por Camisa Roxa » 11/6/2008 10:01

já falam em escravatura e tudo, onde é que isto já vai...

contudo nunca na História se viveu tão bem na Europa...
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por The Mechanic » 11/6/2008 9:44

JAM
Na China existem semanas de 72 horas de trabalho, o nosso objectivo deve ser igualá-los. Isto é repugnante.


Semana de 72h de trabalho...

Achas isso mau ?!?
...MAS TU ACHAS ISSO MAU ?!!?!?


Pata-Hari
A França tentou o contrário - com o argumento que estavam a criar mais emprego para mais gente - tendo conseguido como resultado maior desemprego. Criaram a semana de trabalho de 35 dias e


Então que dizer então dos pobres dos Franceses , que como a Pata aqui sublinha " numa semana , trabalham 35 dias " !!! ISSO é que é trabalho de escravidão..!
O resto é conversa...!
...tadinhos dos Franceses, pá...


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por rpmt » 11/6/2008 9:13

Este tipo de leis servem muito bem os desejos escondidos de muito dirigente.
Com a globalização vai-se criando uma alteração mundial ao nível do trabalho mas não só.
Altera-se os horários de trabalho aumenta-se a carga horária e com isto vai-se criando povos cordeirinhos não há disponibilidade para ler para pensar etc e com a precaridade e ordenados baixos de quem trabalha, os povos com o tempo passam a ser facilmente manipulados e subjugados alias a UE devagar e mansamente vai criando leis de modo a dominar as pessoas de acordo com a directivas que lhes interessam.
Os povos cada vez mais são os burros que puxam a carroça, e temos uma classe politica (dirigente)que abanam a cenoura á frente deles,e estão levando os povos para onde eles querem ir, mas os povos estão a ir atrás de ilusões.Amanhá só haverá outra cenoura e escravatura nada mais.
 
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por Sei lá » 11/6/2008 9:12

Este horário deverá ser utilizado em situações excepcionais, mas só o facto de existor uma lei que diga que se pode ir até este extremo, é extremamente preocupante.

Não a lei em si, mas o uso que certas empresas poderão fazer dela.

Na China existem semanas de 72 horas de trabalho, o nosso objectivo deve ser igualá-los. Isto é repugnante.

Os liberais devem bater palmas, o mundo está a ficar à medida deles. Os mercados de comodities estão livres, petróleo mais livre está ainda, agora o mercado do trabalho fica cada vez mais livre. O mundo corre-lhes de feição... Só não corre de feição para a maioria da população, mas também o que é que isso interessa?
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Noticia da CNBC / Thomson Financial News

por pinamiranda » 11/6/2008 9:01

O jornalista do Publico que escreveu a noticia com que abri este tópico tem muito a aprender ...

EU Commission welcomes working rules deal
| 10 Jun 2008 | 06:34 AM ET

LUXEMBOURG (Thomson Financial News) - The European Commission has welcomed an EU deal on temporary agency workers' rights and working time limits.

Efforts to revise EU rules on both issues had stalled as Europe struggled to agree on the deeply divisive question of how much flexibility employers should have, with Britain championing the cause of loose rules.

After marathon negotiations in Luxembourg, labour ministers reached a compromise, which will still have to go before the European Parliament for approval.

"This is a major step forward for European workers and it strengthens social dialogue," EU Employment Commissioner Vladimir Spidla said in a statement.

"We have created more security and better conditions for workers and temporary agency workers while maintaining the flexibility that industry needs and workers want when reconciling family life and working life," he added.

Under the revision of working time rules, workers can still opt out of an existing 48-hour limit on the working week in Europe if they choose to do so voluntarily, a practice that is particularly common in Britain.

If a worker opts out of the 48-hour week, they can work up to 60 or 65 hours a week under well laid-out conditions and after individual negotiations with their bosses.

The revision also introduced for the first time the definition of "inactive on-call periods" that would no longer be regarded as working time.

Europe's working time rules needed to be revised because an EU court had ruled that most member states are not respecting existing regulations, which it interpreted as requiring on-call time to be counted as working time.

Britain, which has blocked past negotiations over fears that flexibility could be lost, welcomed the new guidelines.

"This agreement means that people remain free to earn overtime and businesses can cope during busy times," said British Business Secretary John Hutton.

"Securing the right for people to work longer if they choose to do so is hugely valuable to the British economy," he added. On temporary agency workers' rights, the ministers agreed that they should be granted equal treatment compared to regular workers in terms of pay, maternity leave and leave from day one.

This would not, however, be the case if a national agreement were concluded between management and unions on a longer "grace period," as is the case in Britain.
in http://www.cnbc.com/id/25072708/for/cnbc


De qualquer modo, embora a justificação seja mais extensa, não me parece que diminua a gravidade da notícia.

Bons negócios,

pm
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Mais alguma info do site da Comissão Europeia

por pinamiranda » 11/6/2008 8:52

Esta informação é de Outubro de 2004, mas parece não andar muito longe das noticias que tenho visto na imprensa estrangeira.
Commission proposes amendments to working time Directive

In September 2004, the European Commission issued a proposal to amend the EU working time Directive, focusing on the 'opt-out' from the maximum average working week, the treatment of on-call working and reference periods for the calculation of maximum average working time.

On 22 September 2004, the European Commission issued a proposal aimed at revising the EU Directive concerning certain aspects of the organisation of working time (, originally adopted in 1993 and now consolidated in Directive 2003/88/EC). The move followed two rounds of consultation of the EU-level social partners, in January (EU0402203F) and May 2004 (EU0406203F). Although the Commission had urged the social partners to try to negotiate an EU-level agreement on revising key areas of the Directive, they declined to do so and asked the Commission to propose a Directive instead. The Commission has duly issued a short five-Article proposal for a Directive amending the existing working time Directive.
Key areas of revision

The main changes proposed by the Commission are summarised below.
Definition of working time and on-call working

There are no changes proposed to the Directive's current definitions of working time and rest period. However, the draft proposes two new definitions:

* 'on-call time', defined as a 'period during which the worker has the obligation to be available at the workplace in order to intervene, at the employer’s request, to carry out his activity or duties'; and
* 'inactive part of on-call time', which is a period during which the worker is on call within the meaning of on-call working as defined above, but 'not required by his employer to carry out his activity or duties'.

These new definitions of on-call working are a response to recent European Court of Justice (ECJ) rulings on the subject of on-call working (EU0310202N). These rulings essentially clarified that time spent on-call should be regarded as working time if a worker is required to be at the place of work, and even if a bed is provided for rest purposes.

The Commission feels that the Directive as it stands contains two mutually exclusive definitions - 'working time' and 'rest period', with no intermediate or combined categories to cater for situations such as on-call working. It therefore wants to introduce a concept into the Directive that is not strictly speaking a third category of time, but a mixed category, incorporating the two concepts of working time and of rest period. The inactive part of on-call time would not be regarded as working time, unless national legislation or collective agreements decide otherwise. However, the period during which workers are required to carry out their activity or duties during on-call time would be regarded as working time.
Reference periods

The proposal retains the Directive's present standard four-month reference period for averaging out working time. However, it would allow Member States to extend this period up to one year by law or regulation, for objective or technical reasons or reasons concerning the organisation of work. This would be subject to consultation of the social partners concerned, and Member States would have to make 'every effort ... to encourage all relevant forms of social dialogue, including negotiation if the parties so wish'.

However, where the duration of a worker's employment contract is less than one year, the reference period could not be longer than the duration of the employment contract.
Compensatory rest

The present Directive states that compensatory rest must be provided for where derogations (permitted under the Directive) are made from the principles of daily and weekly rest (11 hours per 24-hour period and 24 hours plus the 11 hours of daily rest during each seven-day period). The new proposal aims to clarify that these periods of compensatory rest must be granted within a reasonable time and, in all cases, within a time limit not exceeding 72 hours for daily rest. The current Directive does not specify when the compensatory rest should be awarded and allows it to be waived in certain circumstances. The ECJ rulings referred to above interpreted the Directive as meaning that compensatory leave has to be taken immediately.
Opt-out from maximum average working week

The proposal states that if the maximum 48-hour average working week is not to apply (ie if the 'opt-out' permitted by the Directive is to be used), this must be authorised by a collective agreement or an agreement between the two sides of industry at national or regional level or by means of collective agreements or agreements concluded between the two sides of industry at the appropriate level.

However, this condition would not apply if there is no collective agreement present and there is no collective representation of workers within the undertaking that is empowered to conclude a collective agreement or an agreement between the two sides of industry: 'In such cases, the individual worker’s consent, in accordance with the established conditions, is sufficient'.

Even if an opt-out is authorised by a collective agreement, the individual worker would have to give their consent. The conditions surrounding consent would also be tightened up:

* consent would have to be given in writing;
* consent could not be given at the beginning of the employment relationship or during any probation period;
* the validity of an opt-out agreement would be limited to one year, although it would be renewable;
* no worker should suffer any detriment because they are not willing to give agreement to work beyond an average of 48 hours a week;
* an absolute maximum limit of 65 weekly working hours would be fixed, unless provided otherwise by collective agreement or agreement between the two sides of industry;
* the employer would have to keep up-to-date records of all workers who carry out such work and of the number of hours actually worked;
* these records would be placed at the disposal of the competent authorities, which could, for health and safety reasons, prohibit or restrict the possibility of exceeding the maximum weekly working time; and
* the employer should provide the competent authorities at their request with information on cases in which agreement to opt out of the maximum 48-hour average working week has been given, as well as information on the number of hours actually worked by those concerned.

Five years after a revised Directive comes into force, the Commission would submit a report on the application of its provisions and in particular the workings of the 48-hour opt-out. The Commission would then propose any appropriate amendments 'including, if necessary, a phasing out' of the opt-out.
Reactions

The European Trade Union Confederation (ETUC) has, in a detailed press statement, completely rejected the Commission's draft amending Directife, believing it to be out of proportion and to put the health and safety of workers in danger. John Monks, the ETUC general secretary, stated: 'I am very disappointed in the Commission. It has largely caved in to pressure from certain Member States and employers’ lobbies on key issues like making the individual opt-out more widely available, giving employers a unilateral right to organise working time over 12 months, and practically ending protection for on-call workers. Employers’ lobbies are complaining about new limitations on the individual opt-out, but that is a smokescreen. The fact is that individuals without union help will be under huge pressure to work longer.'

Philippe de Buck, the secretary general of the Union of Industrial and Employers’ Confederations of Europe (UNICE) has stated that the Commission’s proposal falls short of meeting UNICE’s demands and maintains that: 'The text is unnecessarily complicated and includes bureaucratic provisions for record-keeping which will hit SMEs in particular.' UNICE also feels that the revision has not gone far enough and would like to see more flexibility, stating that any moves towards cutting flexibility or reducing working time should be avoided.

Trade union and employer representatives in the UK, the EU Member State that makes most widespread use of the opt-out from the maximum average working week, have also expressed criticism of the Commission proposal (UK0410103N).
Commentary

The proposed revision of the working time Directive was discussed by the Employment and Social Affairs Council of Ministers on 4 October (EU0410204F) and the current Dutch Presidency of the Council has stated that it hopes to reach political agreement within the Council by the end of 2004. The draft is subject to the co-decision procedure, meaning that final agreement on its content must be reached between the European Parliament (EP) and the Council. Although the Commission believes that its proposal is an acceptable compromise between the differing views of employers and unions, it would seem that no-one is especially satisfied with it.

It will be interesting to see what happens to the text during the coming months - it is likely that the EP will make amendments, considering that it has already recommended a complete phasing out of the controversial individual opt-out clause (EU0402203F). (Andrea Broughton, IRS)

in http://www.eurofound.europa.eu/eiro/200 ... 10205f.htm


Bons negócios,

pm
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por rpmt » 11/6/2008 8:44

Eu tive um patrão (gestor)que dizia e com toda a razão ter uma empresa cheia de trabalho não é sinonimo de nada, ou trabalhar muito não sinonimo de ganhar ou produzir muito.
E cada vez vejo que tinha razão, estas leis são leis da treta até podem aprovar trabalhar 24 horas por dia 6 ou 7 dias por semana que tudo isto não é sinonimo de riqueza ou produtividade a maior parte da vezes é sinonimo de asneira.
 
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por rpmt » 11/6/2008 8:43

Eu tive um patrão (gestor)que dizia e com toda a razão ter uma empresa cheia de trabalho não é sinonimo de nada, ou trabalhar muito não sinonimo de ganhar ou produzir muito.
E cada vez vejo que tinha razão, estas leis são leis da treta até podem aprovar trabalhar 24 horas por dia 6 ou 7 dias por semana que tudo isto não é sinonimo de riqueza ou produtividade a maior parte da vezes é sinonimo de asneira.
 
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por Thunder » 11/6/2008 8:05

Olá a todos 8-)

Realmente vamos ver que tipo de impacto terá esta notícia nos telejornais....

Ver numeros de 65 horas semanais é um bocado assustador :| (embora refira que o valor fixado são as 48 horas podendo ir até as 65 horas)

Eu trabalho uma média de 52 até 55 horas semanais e a qualidade de vida já sofre bastante :evil: o que será com 65 horas :roll:

Enquanto isso outros levam com reformas por invalidez .....

http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 33648.html

(notícia colocada originalmente pelo JAM :wink: )

Um abraço a todos 8-)
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"Experiência e humildade são excelentes veículos para percorrer a via em direcção ao sucesso" --- Thunder o filósofo de meia-tigela
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por Pata-Hari » 11/6/2008 7:05

Eu li e estou com curiosidade em saber mais porque foi a primeira vez que ouvi falar nisto. Pina, parece-me que, por muito desagradavel que a noticia soe (e xissa, só de olhar para os números fico com os dentes a ranger), que é uma boa medida para deixar o mercado do trabalho funcionar mais livremente.

A França tentou o contrário - com o argumento que estavam a criar mais emprego para mais gente - tendo conseguido como resultado maior desemprego. Criaram a semana de trabalho de 35 dias e geraram às empresas a necessidade de empregar mais gente do que já faziam, gerando custos incriveis e a eventual falencia de empresas. Ou seja, conseguiram destruir emprego em vez de criar. Tiveram que voltar atrás.

De qualquer modo, queria saber mais sobre essa decisão e o que está por detrás.
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