Atenção 
isto não tem nada a ver .. com as mortes e o inquérito 
 
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Linha do Tua: CP sonegou dados pedidos pelo Parlamento, acusa relator 
26.01.2012 - 20:04 Por Lusa
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« anteriorseguinte »O relator do processo da petição a favor da restauração e da reabertura da Linha do Tua acusou nesta quinta-feira, no Parlamento, a CP de “sonegar” e de “omitir” dados sobre a ferrovia que a comissão parlamentar “repetidamente pediu”.
“A CP nunca forneceu os elementos que a comissão reiteradamente pediu ao longo de um ano. Houve omissão de dados por parte da empresa o que demonstra uma falta de respeito para com o Parlamento”, afirmou Bruno Dias (PCP), exigindo que haja “consequências” sobre essa postura. 
O deputado falava durante a discussão parlamentar acerca de dois projectos de resolução, apresentados pelo BE e pelo PEV, e de uma petição, onde defendem a recuperação e a reabertura da Linha do Tua, bem como a suspensão da construção da barragem de Foz Tua. 
Os documentos não devem passar na votação de sexta-feira, já que o PS e a maioria PSD/CDS se manifestaram contra no debate desta tarde. 
Catarina Martins (BE) defendeu que a preservação da Linha do Tua é uma “exigência das populações e do país” e acusou os Governos de adoptarem políticas “subalternizadas aos interesses da EDP e da barragem de Foz Tua”. 
A deputada defendeu a requalificação das ligações de Bragança ao resto do país e a Espanha como forma de “criar emprego, dinamizar a economia e desenvolver o Alto Douro Vinhateiro e o país”. 
Heloísa Apolónia (PEV) salientou que a Linha do Tua é um património único “a nível local, nacional e internacional” com uma “brutal potencialidade que só o Governo e a EDP não conseguem ver”, e deixou um aviso. 
“Esta poderá ser a última oportunidade para salvar a Linha do Tua. Ficarão conhecidos como os coveiros do Vale do Tua e do Alto Douro Vinhateiro, que é património mundial”, afirmou Heloísa Apolónia. 
Agostinho Lopes, pelo PCP, manifestou um “grito de raiva, de indignação e de protesto”, salientando o “magnífico exemplo de resistência” dos peticionários que defendem a Linha do Tua, e prometeu que a luta é para continuar. 
PS e a maioria PSD/CDS têm visões e posições bem diferentes. 
O socialista Mota Andrade não concorda com a suspensão da construção da barragem de Foz Tua. 
“Incorpora-se no Plano Nacional de Barragens e será a barragem que mais energia irá produzir e servirá de reservatório de água. Irá submergir 18 quilómetros de linha. Só se justifica o transporte ferroviário se houver mercadoria e pessoas, o que não é o caso”, disse o deputado. 
Segundo Carina João, o PSD “não é indiferente ao valor histórico nem ao património” mas há outras prioridades no momento. 
“Não podemos esquecer a situação económica do país nem se consegue esquecer de que o FMI está cá. Em média, nos dois sentidos passam 100 utentes. A CP e a REFER gastam dois milhões de euros por ano. Temos de estancar este descalabro financeiro e pensar em abrir à iniciativa privada o interesse turístico da Linha do Tua”, defendeu a social-democrata. 
Hélder Amaral (CDS) afirmou que é “sensível ao património mas também é sensível ao desenvolvimento”, justificando a sua posição com o facto de a Linha do Tua “não ter viabilidade económica” mas disse estar disponível para “acompanhar o processo de eventuais alternativas”.