
Tudo para tentar segurar o BPN.
JCS
Fórum dedicado à discussão sobre os Mercados Financeiros - Bolsas de Valores
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/
http://teste.caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/viewtopic.php?f=3&t=62786
Pata-Hari Escreveu:LOL...
Nos states, ia tudo para a xoldra.
BPN: FPF facturou quase 25 milhões com a operação
Constâncio limpa fiasco de 40 milhões
O Banco Português de Negócios (BPN), patrocinador oficial do Euro’2004, tem cinco milhões de moedas evocativas nas mãos que não conseguiu vender e quer que o Banco de Portugal (BdP) as compre. Avaliado em 40 milhões de euros, este "activo extravagante", como disse Miguel Cadilhe em conferência de imprensa realizada anteontem, vai ser entregue ao BdP até ao início de 2009.
Conheça todos os pormenores em exclusivo, na edição do ‘Correio da Manhã’ desta sexta-feira.
09 Agosto 2008 - 23h48
Arte: 82 pinturas garantem crédito incobrável
BPN leiloa 82 quadros de Miró
O Banco Português de Negócios (BPN) quer vender os 82 quadros de Joan Miró, um dos mais famosos artistas espanhóis, que tem em sua posse desde que um grupo económico espanhol falhou o pagamento de um avultado empréstimo concedido pelo banco no tempo de Oliveira e Costa. A Christie’s, uma das leiloeiras mais prestigiadas do Mundo, já avaliou as obras e está a preparar um plano para a sua alienação. Estima-se que esta venda permita arrecadar, no mínimo, 150 milhões de euros.
Conheça todos os pormenores na edição de domingo do Jornal 'Correio da Manhã'.
Camilo Lourenço
Quando falta o bom senso…
camilolourenco@gmail.com
--------------------------------------------------------------------------------
Rui Pedras pertenceu até há pouco tempo ao Conselho Directivo da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o “polícia” da Bolsa. Acontece que Rui Pedras foi convidado por Miguel Cadilhe para a administração do BPN e… aceitou.
O caso agitou os meios financeiros. Compreensivelmente. Faz sentido que o administrador de um regulador se mude para uma instituição que, em teoria (pelo menos), está sob sua tutela?
Que nada, saiu em sua defesa Miguel Cadilhe: não há nenhuma investigação ao BPN… que nem sequer está cotado em Bolsa. Além disso, recordou, só parte do negócio do BPN (fundos de investimento) está sujeita à supervisão da CMVM. Logo, conclui, “não há nenhuma razão de lei ou de carácter que possa obstar à ida de Rui Pedras da CMVM para o BPN”.
É espantoso. Cadilhe até pode ter razão quanto à inexistência de investigação da CMVM ao BPN (como banco não cotado, está apenas sujeito à supervisão do Banco de Portugal). Mas só o simples facto de Rui Pedras ter estado na CMVM devia impedi-lo de assumir funções em qualquer instituição financeira, sem respeitar um período de nojo (preferencialmente o que a lei fixa para o presidente da instituição). Para afastar suspeitas de promiscuidade entre reguladores e regulados. E porque enquanto administrador da CMVM, teve acesso aos dossiês de outras instituições, concorrentes do BPN, que foram investigadas pelo regulador.
Salários da gestão do BPN subiram 24%
05/06/2008
A remuneração do conselho de administração e dos membros dos órgãos de fiscalização da SLN totalizou 9,77 milhões de euros em 2007.
O valor global do exercício durante o qual a equipa de gestão era liderada por José de Oliveira Costa, que saiu em Fevereiro, representou uma subida homóloga de 24,2%, num período em que os resultados recuaram 60,8%, para 29,6 milhões.
Denúncias apontam para eventuais situações de gestão danosa
Quadros superiores do BPN entregaram às autoridades queixas contra o banco
31.05.2008 - 08h55 Cristina Ferreira
O Banco de Portugal (BdP), a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e o Ministério Público receberam nas últimas semanas denúncias contra a Sociedade Lusa de Negócio (SLN) e o Banco Português de Negócios (BPN).
O PÚBLICO sabe que as participações, apesar de não estarem identificadas pelos denunciantes, foram feitas por quadros superiores do BPN e em causa estão alegados actos de gestão danosa, envolvendo investimento de clientes, e a promiscuidade entre interesses accionistas e negócios do grupo.
O aparecimento destas denúncias, confirmadas pelo PÚBLICO junto das autoridades, surgem num momento em que o grupo SLN está a atravessar uma luta accionista pelo controlo da gestão e que, em Fevereiro, face à contestação de alguns accionistas, levou à saída do seu antigo líder, José Oliveira e Costa, que foi substituído por Abdool Vakil. A partir de 20 de Junho, no entanto, a liderança do grupo deverá ser entregue ao ex-ministro das Finanças e antigo gestor do BCP Miguel Cadilhe (ver caixa).
As queixas entregues no BdP, na CMVM e no Ministério Público já resultaram na abertura de averiguações e foram anexas aos processos de inspecção de que o BPN está a ser alvo há vários meses, designadamente, por parte dos dois supervisores financeiros, bancário e bolsista (este focado na gestão de activos). Também o Instituto de Seguros de Portugal está a olhar para os investimentos da Real Seguros, a seguradora do Grupo SLN.
Uma das questões sob inquérito, apurou o PÚBLICO, diz respeito ao desconhecimento que o BdP possui sobre a origem do capital do BPN, pois há dúvidas sobre qual é a percentagem de acções próprias nas mãos da instituição.
É neste contexto que o supervisor tem estado a analisar as operações de financiamento concedidas pelo BPN aos proprietários da SLN (alguns detentores de off-shores), para que esta sociedade, que controla o BPN, possa capitalizar o banco. Isto porque, segundo a legislação das instituições financeiras, um banco não poder deter acções próprias que ultrapassem dez por cento do capital social. Por outro lado, na prática, e se esta situação se confirmar, o capital do banco estaria a ser elevado mediante recurso a fundos próprios. Um facto que alteraria o valor do banco e iria distorcer a composição do capital.
Banco de Portugal actua
Outra questão em análise prende-se com os contratos de put options celebrados com os investidores da SLN, e que configuram uma relação de negócio e não de compromisso estável accionista. Na prática, os investidores da SLN foram convidados a assumir uma posição na superholding com a garantia de que as acções que compraram seriam recompradas pela instituição a um preço pré determinado.
O contexto de opacidade do grupo levou o governador do BdP, Vítor Constâncio, a exigir ao BPN que clarifique as relações entre a actividade bancária e os negócios com os investidores (concentração de créditos concedidos pelo BPN a empresas imobiliárias e de construção ligadas a accionistas).
O BdP quer ainda que o futuro líder tome medidas para dar transparência à estrutura de poder do grupo, sustentada em holdings, que não podem ser inspeccionadas. O BPN, um dos bancos envolvido na Operação Furacão, esteve ainda a ser investigado pela venda de créditos a sociedades off-shores, sediadas na Irlanda, de que se desconhece o último accionista, e sem que tenham sido constituídas as respectivas provisões.
O Banco Português de Negócios, ainda liderado por Abdool Vakil, detém cerca de 200 balcões em Portugal.