
Esta deixou-me



[/quote]Como as empresas sobrevivem ao Euro 2008
Empresas criam condições para os funcionários verem os jogos e há quem feche portas. Para outros, a opção é dar férias.
Cátia Simões
A selecção nacional joga hoje os quartos de final do Euro 2008 – a decorrer na Suíça e Áustria – e seria de esperar que o país parasse. Mas a realidade nas empresas contactadas contactadas pelo Diário Económico é diferente e muitas delas, como não podem vencer os adeptos da Selecção, juntam-se a eles.
Quando os jogos coincidem com o horário de trabalho, a Autoeuropa disponibiliza ecrãs gigantes para que os funcionários possam ver o jogo. “Mais tarde os colaboradores compensam as horas dispendidas”, explicou ao Diário Económico fonte da empresa.
As empresas contactadas garantem que o absentismo não aumenta quando joga Portugal. Por um lado, às 19h45 a maior parte das empresas já fechou portas. É o caso da Chamartín, em que, como explicou Jaime Lopes, presidente da promotora imobiliária em Portugal, “os jogos são a uma hora em que já não estamos a trabalhar, por isso não há problema”.
Por outro lado, faz-se o possível para que os funcionários possam acompanhar o jogo. “Cerca de 15% dos efectivos da OGMA trabalham à noite e por isso disponibilizámos televisões para que todos os que queiram possam assistir aos jogos” explicou ao Diário Económico Ladislau Cid, CFO da empresa.
Enquanto algumas criam condições para acompanhar o Euro 2008, outras optam mesmo por fechar. É o caso da Sotagus – empresa do grupo Mota-Engil responsável pelo terminal de contentores de Santa Apolónia, em Lisboa – que “interrompe a sua actividade durante a transmissão dos dos jogos da selecção, avançou o “Público”. A empresa invocou razões de segurança e riscos de acidente, já que “a maioria dos trabalhadores portuários fica indisponível”, ou seja, colados à televisão.
Ainda assim, há sectores que não podem parar. É o caso das lojas da Jerónimo Martins, que detém o Pingo Doce, e onde a actividade decorre normalmente, sem pausas para ver o jogo. A Zon Multimédia também refere que o Euro “não alterou em nada a actividade” e que nos feriados “são sempre assegurados os postos de trabalho necessários à actividade” disse fonte oficial. No caso da Vodafone, não se adopta “qualquer regime especial de dispensas” quando há jogo. Cecília João Bom, directora de recursos humanos, acrescentou ainda que não são feitas transmissões na empresa e quem quiser ver o jogo terá de usar um dia de férias.
Mas mesmo quando não há Euro, a maior parte das empresas contactadas pelo Diário Económico não vê o absentismo como um problema e considera que a taxa é baixa. No caso da fábrica da Renault em Aveiro não ultrapassa os 2% e na farmacêutica Bial o absentismo rondou os 2,2% em 2007. Na Somague o valor foi um pouco mais elevado e atingiu os 2,57%. mas não chegou aos 3,37% da EDP. Ainda assim, há casos em que as faltas penalizam as empresas, como é o caso da Groundforce, que perde quatro milhões de euros por ano com o absentismo, e da OGMA.
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