Caldeirão da Bolsa

Bulgária cancela contrato de 715 milhões com construtoras po

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por MozHawk » 24/5/2008 9:46

Olá Pata,

Não me espanta muito a notícia. É deveras interessante acompanhar, também por estas paragens, a forma como algumas construtoras prosperam de forma exponencial enquanto outras não se percebe muito bem porque é que não estão na crista da onda do verdadeiro dilúvio de petrodólares, coadjuvado com o calendário eleitoral, que a alta do crude tem proporcionado. A MSF joga claramente noutro campeonato assim como a Somague. A Abrantina, segundo me disseram foi comprada pelo Grupo Lena, e a única obra que vi deles por cá foi mesmo em Luena, Moxico.

Resumindo, na minha opinião, a crise do crédito é uma excelente desculpa para muitos desaires proporcionando, em simultâneo, uma oportunidade única para se fazerem operações que, noutras circunstâncias, haveria, provavelmente, maiores dificuldades em concretizá-las. E isto num contexto global.

Um abraço,
MozHawk
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Bulgária cancela contrato de 715 milhões com construtoras po

por Pata-Hari » 22/5/2008 16:15

Estes são os tipos de efeitos que iremos assistir por via da dificuldade de tomada de dívida fruto da crise financeira:


Bulgária cancela contrato de 715 milhões com construtoras portuguesas


22/05/2008


O Governo búlgaro anunciou hoje que cancelou um contrato de 715 milhões de euros atribuídos a um consórcio liderado por três construtoras portuguesas - MSF, Lena e Somague - depois destas terem falhado o prazo para angariar os fundos necessários para avançar com a obra.

De acordo com a Bloomberg, o Governo da Bulgária tinha dado o prazo limite de 14 de Maio para o consórcio angariar os fundos necessários, algo que as companhias não cumpriram.

A concessão ganha em 2005 pela MSF (21% do consórcio), Construtora do Lena (15%) e Somague (15%) - em conjunto com outras duas empresas estatais búlgaras, a Automagistraly (25%) e a Technoexportstroy (24%) - liga a fronteira da Bulgária com a Sérvia (em Kalotina) ao Mar Negro (porto de Burgas), passando por Sofia, capital búlgara, e pela segunda maior cidade da Bulgária, Plovdiv.

O contrato de 35 anos para a construção e gestão das auto-estradas, numa extensão de 450 quilómetros, foi assinado com o anterior Governo búlgaro e levantou polémica, por ter sido atribuído sem concurso público.

A concessão é vital para a Bulgária, uma vez que acelera a ligação do país com a União Europeia e a velocidade de percorrer o país em auto-estrada. O Governo está já à procura de alternativas para a construção da auto-estrada.

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