Caldeirão da Bolsa

Bolha especulativa nas "commodities"??

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Camisa Roxa » 3/6/2008 13:18

Paul van Eeden disponibilizou um artigo seu do passado dia 9 de Maio («Sue OPEC», consultável aqui), que desfaz a acusação de vários políticos e fazedores de opinião tanto à OPEP como aos "especuladores" de serem responsáveis pela subida do preço do petróleo. Van Eeden elaborou dois gráficos elucidativos.

O primeiro, em baixo, compara as evoluções do preço do petróleo em dólares norte-americanos e do indicador M3 da mesma moeda (crescimento amplo da emissão monetária pela Reserva Federal):


No segundo quadro, divide o preço do petróleo em dólares pelo aumento da massa monetária em circulação em dólares (M3), apurando a evolução real do preço do petróleo:
Parece evidente que o “choque petrolífero” de 1973 tem causas monetárias (pelo menos, estas tornam mais compreensível a tomada de posição política dos países produtores naquela data, dado que a linha da inflação estava já claramente acima da do preço do combustível); o de 1980 nem por isso, razão pela qual, ao contrário do primeiro (e, com toda a probabilidade, do actual), foi sendo corrigido nos anos seguintes. Actualmente, a subida do preço é claramente conduzida pela inflação monetária num processo bastante mais longo e com maiores disparidades entre as duas subidas, só recentemente aproximadas, com a curva do preço do petróleo a apanhar a curva do dilúvio de dólares que desde 2003 se vem descontrolando e parece ter forçado a uma correção daquele preço que só podia (e tudo indica que continuará a ser) brutal. O autor é claro em afastar as responsabilidades da OPEP (que garante, com razão, que a oferta não tem sofrido quebras e que não há nenhum desequilíbrio com a procura) e dos “especuladores” por esta situação, apontando certeiramente o dedo aos bancos centrais.

Para terminar, Van Eeden arruma assim a questão da "especulação":

«Professional speculators are seldom the cause of unjustified price increases or decreases (although they can be). Quite the contrary -- if speculators deem prices too low they will buy a commodity thereby preventing prices from falling further. Similarly, if they deem prices too high they will engage in short sales thereby mitigating price spikes. The end result is less volatility, not more volatility. Financial speculators are usually very well informed and intelligent people, and they risk their own capital or capital entrusted to them. They look at markets and assess the potential real return on capital before they attempt a trade, and therefore as a whole are unlikely to take unnecessary risks or do stupid things -- unlike ignorant bureaucrats who every so often feel the need to pacify voters with more senseless regulation.»


http://livreeleal.blogspot.com/2008/06/ ... eo-do.html
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por Camisa Roxa » 2/6/2008 14:07

One wouldn’t want to try to reduce commodity markets to a single factor, nor to claim proof of any theory by a single data point. Nevertheless, the developments of the last six months provided added support for a theory I have long favoured: real interest rates are an important determinant of real commodity prices.

- High interest rates reduce the demand for storable commodities, or increase the supply, through a variety of channels:
- by increasing the incentive for extraction today rather than tomorrow (think of the rates at which oil is pumped, gold mined, forests logged, or livestock herds culled)
- by decreasing firms’ desire to carry inventories (think of oil inventories held in tanks), by encouraging speculators to shift out of spot commodity contracts, and into treasury bills.

All three mechanisms work to reduce the market price of commodities, as happened when real interest rates were high in the early 1980s. A decrease in real interest rates has the opposite effect, lowering the cost of carrying inventories, and raising commodity prices, as happened in the 1970s, and again during 2001-2004. It’s the original “carry trade.”

The theoretical model can be summarised as follows. A monetary expansion temporarily lowers the real interest rate (whether via a fall in the nominal interest rate, a rise in expected inflation, or both – as now). Real commodity prices rise. How far? Until commodities are widely considered “overvalued” — so overvalued that there is an expectation of future depreciation (together with the other costs of carrying inventories: storage costs plus any risk premium) that is sufficient to offset the lower interest rate (and other advantages of holding inventories, namely the “convenience yield”). Only then do firms feel they have high enough inventories despite the low carrying cost. In the long run, the general price level adjusts to the change in the money supply. As a result, the real money supply, real interest rate, and real commodity price eventually return to where they were. The theory is the same as Rudiger Dornbusch’s famous theory of exchange rate overshooting, with the price of commodities substituted for the price of foreign exchange.
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por Sei lá » 30/5/2008 14:06

Esta "smoothly functioning economy" está a ser um espectáculo de ver. Estamos todos sentados na tribuna principal a vê-la.... está a custar-nos os olhos da cara, mas não há nada melhor que um excelente lugar para se conseguir ver bem as coisas e senti-las. :mrgreen: isto é melhor que um simulador de realidade virtual
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por Camisa Roxa » 30/5/2008 13:49

Instead of condemning commodity speculation, we ought to recognize the vital function it serves. Let’s look at it with a simplified example that captures the essence of speculation in commodity futures markets.

Say that today’s price of corn is $6 a bushel. I have a hunch that because of future supply and demand conditions, such as drought, war and increased other uses for corn, that in May 2009 corn will sell for $12 a bushel. I stand to make a lot of money if I buy corn now for $6 a bushel, hold it, and in May 2009 sell it for $12 a bushel. Sure, I’ve made a bundle of money for myself but is my speculative activity deserving of condemnation? The answer is no; I’ve served a valuable social function.

Supposing my guess is correct about future supply and demand conditions and corn will be scarcer in the future, what is the socially wise thing to do now so that more will be available in the future? The answer is to use less corn now. How do you get people to voluntarily use less corn now? If you said, “Let the price rise,” go to the head of the class. That is exactly what happens as other speculators and I buy corn now. Today’s price of corn will be bided up. The result is people will use less corn now and more corn will be available in May 2009 than would be the case if the current price of corn remained at $6. The valuable function of futures markets is that of allocating goods over time. It is wise to take the future into account in decisions that one makes today.

The futures market is no bed of roses. My guess could be wrong. There could be a bumper crop of corn and its May 2009 price might be $3 a bushel. I’d have to sell corn that I bought today for $6 a bushel for $3 in May 2009 and suffer a big loss.(…)

The futures market, which takes into account both the present and the future availability of goods, is a vital part of a smoothly functioning economy. Unfortunately, that fact provides little comfort to people frustrated over the high prices of food and fuel. As such, it provides fodder for political demagogues, charlatans and quacks who rush in with blame and prepare “solutions” for the problems they themselves have created.


http://www.capmag.com/article.asp?ID=5194
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por Branc0 » 29/5/2008 23:41

Penso que seja isto, para tirar duvidas estou a olhar para o RRc1 e ZWc1
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por Pata-Hari » 29/5/2008 20:43

podem, se tiverem, colocar os gráficos do trigo e do arroz?
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por Pata-Hari » 29/5/2008 20:43

podem, se tiverem, colocar os gráficos do trigo e do arroz?
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por jjgustavo » 29/5/2008 20:41

Os 126 já cá cantam..vamos ver se a base do canal segura a cotação..caso contrário o movimento correctivo só poderá acelerar..

No entanto, poderá estar a ganhar forças para novo movimento altista.As próximas sessões serão importantes.

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por jjgustavo » 27/5/2008 20:52

Parece estar a caminho dos 126/125 /123 usd.

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por jjgustavo » 23/5/2008 22:08

Parece estar a perder alguma força.Assim sendo, existe a possibilidade de vir a testar o suporte perto dos 126 usd e eventualmente a base do canal.Contudo a tendência é de alta em todos os horizontes temporais.

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por atomez » 22/5/2008 3:31

Segundo Edward Morse (Lehman Brothers chief energy economist) está mesmo a acontecer uma bolha especulativa no petróleo e outras commodities.

Dá ideia que as grandes instituições financeiras internacionais e grandes investidores para recuperar do buraco provocado pela crise sub prime se estão a meter noutro ainda maior ...

Oil ‘bubble’ will burst

Lehman estimates that much of the bubble is being fuelled by the growing amount of money under management being invested into commodities.

In the past 18 months this has more than trebled from $US70 billion to $US235 billion.

And the inflow has accelerated in recent months with institutions boosting their investment into commodities to about $US25 billion in the first quarter of 2008 versus $US44 billion in the whole of 2007.

“We see many of the essential ingredients for a classic asset bubble,” Edward Morse, the chief energy economist of the US-based investment firm Lehman Brothers, said in a special report on energy released yesterday.

Analysing how the flow of investment capital into commodities had affected oil prices, Mr Morse noted a “major spike” in investment inflows since December had strongly correlated with US dollar weakness and rising inflation. He also found evidence of “a significant amount of momentum-chasing” by commodity investors seeking ever higher returns.

In the case of oil, uncertainty over “the true state of inventories in China or space production capacity in Saudi Arabia” may have delayed a market correction, he said.

Mr Morse did not take issue with a prediction earlier this month by the Goldman Sachs analyst Arjun Murti that oil prices could reach US$150 to US$200 a barrel within six to 24 months.

But rather than seeing the current bull market in oil prices as sustainable, he took the view that an oil-price bubble was forming and would burst.

“Once uncertainty about the physical state of the supply demand balance clears, in terms of both inventories and spare production capacity, markets may face a sharp correction. We think this is likely to happen around the turn of the year,” Mr Morse wrote.


A previsão dele é que por esta altura o barril de crude devia estar a $65 - $85 (ver apresentação em anexo)
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Sinto-me triste com o que acontece nos mercados

por joao4702 » 21/5/2008 20:12

Caros,

É triste, que casas de investimento venham colocar estimativas para o crude em cerca de 80 USD e depois quando se enchem de futuros aumentam as previsões para 130 USD.

É triste esta especulação desmedida...tenho vindo a acompanhar esta commoditie e inclusivé acumulo uma rentabilidade YTD de 20% bastante acima do mercado.

Mas é triste ver que há uma manipulação deshumana até nos preços dos alimentos.

Enfim, como investidor vou continuar acompanhar mas como cidadão fico parvo com tanta manipulação.

Abraço.
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Trigo

por joao4702 » 21/5/2008 20:07

Este cereal parece ter dado o 1º sintoma de correcção nas commodities...

Fica o gráfico.

Abraço.
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por Golguthar » 21/5/2008 19:37

como é que se determina o "topo do canal" ou simplesmente considera-se o topo quando começar a cair?
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por jjgustavo » 21/5/2008 14:15

BULL em todos os horizontes temporais..no entanto poderemos ter uma correcçao para breve, qdo aringir o topo do canal..
cumps
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por Sei lá » 21/5/2008 11:07

Subidas de preços de 100, 200 e 300% sem haver falta de produtos não é bolha. Subidas de preços de 100, 200 e 300% sem haver falta de produtos não é resultado de especulação. Eu já sei que se tenta arranjar explicações para tudo, e cada qual tenta arranjá-las de acordo com a sua visão.

É sempre o mercado a funcionar, não duvido. Um motor a funcionar com um cilindro a menos por avaria não deixa de ser um motor a funcionar... ou deixa?
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por assunoadr » 21/5/2008 9:22

Afirma James Williams
Casas de investimento fazem fortunas a "rever em alta preços do petróleo"
James Williams, analista norte-americano da WTRG Economics, comentou ao Jornal de Negócios que quem ganha com os elevados preços do crude são as petrolíferas nacionais, os países exportadores e os especuladores. E vai mais longe, dizendo que há casas de investimento com posições longas no mercado de futuros às quais "convém" rever em alta as previsões para os preços.

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Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt



James Williams, analista norte-americano da WTRG Economics, comentou ao Jornal de Negócios que quem ganha com os elevados preços do crude são as petrolíferas nacionais, os países exportadores e os especuladores. E vai mais longe, dizendo que há casas de investimento com posições longas no mercado de futuros às quais "convém" rever em alta as previsões para os preços.

Quem ganha com a actual subida dos preços do petróleo?

Os grandes beneficiários são as petrolíferas nacionais e os países exportadores de petróleo. Mesmo que que as petrolíferas internacionais produzam o crude, o país produtor retém uma grande parte das receitas, sob a forma de impostos e "royalties". Os Estados exportadores são os grandes beneficiários, quer o petróleo seja produzido por empresas estrangeiras ou nacionais.

Aqui, nos Estados Unidos, onde as petrolíferas independentes pagam menores "royalties" e impostos, algumas das pequenas companhias de exploração e produção têm-se dado bem, apesar de ser mais difícil encontrar petróleo e de a produção dos poços ser menor.

A Goldman Sachs e outras entidades que transaccionam no mercado de futuros do crude são também grandes ganhadoras. A Goldman faz uma fortuna de cada vez que revê em alta os preços e o mercado acredita nas estimativas. Não restam muitas dúvidas de que eles ficam "com uma grande fatia do bolo" (prevêem preços mais altos e têm posições longas nos mercados de futuros).

Os restantes intervenientes, nas nações consumidoras de petróleo, são os perdedores. Sai-nos mais caro o transporte, os alimentos e praticamente tudo aquilo em que se pode tocar. Todos os bens físicos que consumimos têm uma componente de custo energético que é de momento mais elevado devido aos altos preços do petróleo.

As petrolíferas privadas controlam 10% da produção mundial? E as estatais controlam o resto?
Essa afirmação é essencialmente correcta, mas existem algumas empresas privadas que produzem crude num volume relativamente pequeno mas que não é irrelevante.

Quais as suas perspectivas para a evolução dos preços nos mercados internacionais?
Penso que é tudo muito incerto. A psicologia dos "traders" de futuros está virada para preços mais altos. Enquanto não descobrirem um novo jogo para jogarem, continuarão a ter um grande impacto no mercado. A título de exemplo, independentemente dos dados sobre as reservas semanais de crude nos EUA serem bons ou maus, os operadores pegam no mais pequeno elemento que seja "bullish" e usam-no para que os preços subam ainda mais.

A maioria dos dados fundamentais aponta para preços mais baixos. Cada recessão nos EUA, nas últimas três décadas, foi acompanhada de cotações mais baixas do crude. A crise financeira asiática teve o mesmo efeito. O único dado fundamental claramente "bullish" é a falta de capacidade extra de produção e só no próximo ano é que essa capacidade poderá aumentar a ponto de fazer descer os preços. Se a fragilidade económica dos EUA se estender às economias da Ásia, os preços certamente cairão. A confiança dos consumidores, em praticamente todas as nações do Ocidente, está em níveis baixos e a deteriorar-se ainda mais. Isso geralmente significa que a economia vai ficar ainda mais debilitada.

No longo prazo, mais um ano de preços elevados poderia ser útil num aspecto: faria com que os consumidores desenvolvessem fontes de energia alternativa e formas mais eficientes de utilizarem a energia. Em todas as nuvens há um pouquinho de sol. O aumento de preços do petróleo na década de 70 deixou as nações consumidoras menos expostas às importações de crude, o consumo abrandou e devido a uma maior eficiência ao nível dos combustíveis, demorou 15 anos até que os EUA voltassem a ter o nível de consumo de 1978.

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por assunoadr » 20/5/2008 19:04

Golguthar Escreveu:Não concordo que exita uma "bolha". Acho, ao invés disso, que existe uma desproporção entre a procura e oferta.

A procura tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos e por diversas razões a oferta não tem acompanhado(cortes, greves, quebras de produção, uso de cereais de uma forma mais diversificada também como combustivel, e diversificação de investimento, queda do dolar).

Este desiquilibrio tem diminiudo drasticamente as reservas existentes. Acho que é uma questão de tempo até que a oferta aumentar e as reservas sejam ajustadas para as novas realidades. Como é que isso pode ser feito, e que políticas podem ajudar acho que é outra questão.

Mas não vejo a subida do combustivel e especialmente dos cereais como uma bolha, embora concorde que deve haver um ajuste em breve, o que me parece normal em qualquer mercado.



É verdade que a procura vem aumentando de modo gradual (devemos estar a falar do oil) ao longo do tempo, mas não duplicou em 2/3 meses como parece ter acontecido com os volumes.

Uma característica das bolhas é a de poucos acreditarem nelas.

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por Golguthar » 20/5/2008 18:51

Não concordo que exita uma "bolha". Acho, ao invés disso, que existe uma desproporção entre a procura e oferta.

A procura tem vindo a aumentar significativamente nos últimos anos e por diversas razões a oferta não tem acompanhado(cortes, greves, quebras de produção, uso de cereais de uma forma mais diversificada também como combustivel, e diversificação de investimento, queda do dolar).

Este desiquilibrio tem diminiudo drasticamente as reservas existentes. Acho que é uma questão de tempo até que a oferta aumentar e as reservas sejam ajustadas para as novas realidades. Como é que isso pode ser feito, e que políticas podem ajudar acho que é outra questão.

Mas não vejo a subida do combustivel e especialmente dos cereais como uma bolha, embora concorde que deve haver um ajuste em breve, o que me parece normal em qualquer mercado.
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por patacas » 20/5/2008 18:43

De acordo. Agora falta saber é se as necessidades não são reais...é a questão do milhão de dólares :-)
 
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por assunoadr » 20/5/2008 18:40

patacas Escreveu:Nas renovaveis começou agora...aliás é uma espécie de segunda bolha (já houve uma há dois anos)...
Quanto às commodoties pode chamar-se bolha quando funciona a lei da oferta e da procura?



As bolhas são formadas pela lei da oferta e da procura, quando procura é desproporcionada em relação às necessidades reais.

Nos gráficos, identificam-se facilmente quando se verificam movimentos de gradiente acentuado com UM volume médio anormalmente elevado em relação ao que é habitual.


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por patacas » 20/5/2008 18:27

Nas renovaveis começou agora...aliás é uma espécie de segunda bolha (já houve uma há dois anos)...
Quanto às commodoties pode chamar-se bolha quando funciona a lei da oferta e da procura?
 
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por EuroVerde » 20/5/2008 18:12

Sim, e nas energias renováveis também.
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Bolha especulativa nas "commodities"??

por jjgustavo » 20/5/2008 17:58

DJ Greenspan Nota Bolha Especulativa Crude, Sementes

ATENAS (DJ Bolsa)- O antigo presidente da Reserva Federal Alan Greenspan disse esta terça-feira que a recente escalada nos preços do petróleo e dos produtos alimentares é, em parte, um resultado de uma bolha especulativa nos mercados financeiros internacionais.

Mas em comentários a uma conferência em Atenas, Greenspan acrescentou que as valorizações das commodities também se deviam a factores fundamentais, como uma redução da terra fértil e uma maior procura por produtos ricos em proteínas nos países em desenvolvimento.

"Sim, há características de uma bolha no petróleo e nas sementes, mas há também forças fundamentais" a impulsionar os preços, disse Greenspan.

Alan Greenspan acrescentou que o controlo do aumento dos preços das commodities é um dos grandes desafios dos bancos centrais em todo o mundo, mas sublinhou que, do ponto de vista global, "a inflação não está descontrolada nesta altura".

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