Morgan Stanley considera que a recuperação das acções europeias chegou ao fim
O "rally" das acções, dentro do actual período de "bear market", que levou o Dow Jones Stoxx 600 a valorizar mais de 10% no último mês chegou ao fim, de acordo com a Morgan Stanley que sustenta a sua perspectiva no impacto negativo do abrandamento do crescimento económico nos resultados das cotadas.
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
O "rally" das acções, dentro do actual período de "bear market", que levou o Dow Jones Stoxx 600 a valorizar mais de 10% no último mês chegou ao fim, de acordo com a Morgan Stanley que sustenta a sua perspectiva no impacto negativo do abrandamento do crescimento económico nos resultados das cotadas.
Numa nota de investimento emitida hoje, citada pela Bloomberg, a Morgan Stanley reviu em baixa a sua recomendação para as acções europeias, que caiu de "overweight" para "neutral", com a casa norte-americana a antever que as empresas cotadas vão apresentar resultados aquém das estimativas dos analistas.
Nesta perspectiva, a equipa de "research" liderada por Teun Draaisma afirma que o "rally" que se assistiu no índice que agrega as 600 maiores empresas da Europa, chegou ao fim. Este movimentação positiva surge dentro de um "bear market". Desde o início de Junho de 2008 e 17 de Março deste ano, o DJ Stoxx 600 afundou mais de 27%.
As empresas europeias deverão apresentar uma quebra nos seus resultados, este ano, pela primeira vez em seis anos, segundo os analistas consultados pela Bloomberg. A Morgan Santley sustenta esta perspectiva, apresentando uma estimativa de redução de 16% nos lucros das cotadas.
Para a casa de investimento norte-americana os mercados accionistas deverão manter-se "sem direcção definida, mas voláteis", nos próximos doze meses, acrescentando que não prevê nenhum novo "bull market" até que os lucros voltem a subir novamente, estimando que tal aconteça no primeiro semestre de 2009.
Como alternativa aos mercados accionistas, a Morgan Stanley sugere a alocação de fundos em "cash", e mantém a recomendação de "underweight" para as posições em obrigações.