Caldeirão da Bolsa

Espanha: Mercado imobiliário, consequências graves

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Espanha: Mercado imobiliário, consequências graves

por limpaesgotos » 4/4/2008 9:46

:shock: O que já se previa em 2006 e se confirma em 2008.

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http://ww1.rtp.pt/noticias Escreveu:
Espanha: Desaceleração no mercado imobiliário sobrevalorizado terá consequências graves

Madrid, 04 Abr (Lusa) - A crise no sector imobiliário espanhol, aliado a uma sobrevalorização de até 20 por cento no preço da habitação, terá consequências mais graves neste país que em qualquer outra economia europeia, alertou hoje um especialista do FMI.

A análise foi feita por Roberto Cardarelli, economista e especialista do FMI para mercados imobiliários, que refere que o mercado em Espanha sentirá uma correcção de entre 15 e 20 por cento no preço da habitação, valor pelo qual está sobrevalorizada a habitação.

Quase inevitável, a queda poderá no entanto ser progressiva, evitando assim um colapso dos preços nominais da habitação, o que permitirá algumas correcções pontuais.

Como exemplo do que pode acontecer referiu-se a um aumento da inflação de cinco por cento anuais nos próximos cinco anos, perante uma estabilização dos preços das casas nesse período, o que levaria a uma queda de 25 por cento nos preços reais.

Dados da situação do sector imobiliário em Espanha deverão fazer parte do Relatório de Perspectivas Económicas que o FMI conta dar a conhecer na próxima semana.

Mais do que a sobrevalorização dos preços, Cardarelli alerta para a excessiva dependência que a economia espanhola tem no sector do investimento imobiliário residencial.

Isso levará, estima, a que qualquer desaceleração neste sector tenha consequências mais graves em Espanha que em qualquer outro sector.

Um estudo da KMPG divulgado esta semana já antecipava perdas de até 1,2 milhões de empregos no sector da construção nos próximos dois anos.

Em 2007 metade de todas as agências imobiliárias espanholas fechou as portas, antecipando-se que este ano serão construídas menos 300 mil casas que o previsto, devido à queda da procura, pressão de juros e menor confiança dos consumidores.

Note-se que em Espanha o investimento imobiliário residencial representa 09 por cento do PIB, uma percentagem que só é mais elevada na Irlanda, o que, para Cardarelli, configura "alguma preocupação".

Dados oficiais apontam para uma queda de 27 por cento no volume de vendas imobiliárias residenciais em Janeiro com o tempo de espera para a venda a quase quadruplicar em várias zonas, de três meses para cerca de um ano.

O impacto das correcções no sector evidenciam-se na queda da expectativas para o crescimento, corrigido já pelo Banco de Espanha de 3,1 para 2,4 por cento este ano, e analistas a anteciparem vários anos de ajustes complicados à economia.

Para responder à desaceleração o governo espanhol tem já preparado um pacote de medidas de estímulo económico, orçamentadas em cerca de 22 mil milhões de euros.

Alguns observadores apontam igualmente para uma antecipação de um plano de infra-estruturas, para 15 anos, orçamentado em 250 mil milhões de euros.

A agenda poderá no entanto ser condicionada pela redução do excedente das contas públicas, que terá já caído um por cento do PIB desde o início do ano, perdendo ainda mais se a taxa de desemprego continuar a aumentar.

ASP

Lusa/Fim



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