CALDEIRÃO DE BOLSA

Ulisses Pereira Escreveu:Para o pessoal se divertir e se entreter, os clubes de investidores são engraçados. Para se ganhar dinheiro, é uma péssima ideia.

Gerir diferentes perfis de riscos é, desde logo, o primeiro grande entrave.

Tomar decisões por maioria?

Enfim, já ia aqui escrever um longo post sobre as enormes desvantagens deste tipo de clubes
mas acho melhor não. No fundo, o objectivo de muitos não é ganhar dinheiro. E, para outros fins, como o espírito de solidariedade, o entretenimento, o desenvolvimneto do raciocínio lógico através do debate e da discussão até pode ser interessante. Mas para ganhar dinheiro não.

O Caldeirão de Bolsa nunca se envolveria num projecto dessa índole.

Um abraço,
Ulisses

Não acho que o clube de investidor seja uma péssima experiencia para ganhar dinheiro, muito pelo contrário, os clubes de investidores podem ser um veículo mais eficiente (em múltiplos aspectos) do que um investidor isoladamente. Aliás, prova disso são vários clubes com rentabilidades estonteantes.

Exemplo do ranking do TICN em 2005

1- Não me recordo nome – constituído em 17/10/2001, total do activo 75.224USD, lucro 106.24%
2- Gracie Investment clubs – constituído em 04-02-2001, total do activo 100.468USD, lucro 99.37% - e apanharam com o Bear Market e o 11 de Setembro.
3- 86.68%
4- 82.67%
5- 75.05%
6- 71.32%
7- 71.01%

Ranking TICN actual

1- Gold Valley – Real Growth +2.078,44% (impressionante) pensando que foi constituído em 2005;
2- 1.121,87%
3- 429,94%
4- 178,43%

Num clube de investidores nunca se coloca a questão de gerir diferentes perfis de risco, pois, a essência de um clube de investidores, é, desde logo, reunir pessoas com o mesmo perfil de risco, objectivos e forma de encarar o mercado. Para além disso existem regras claras na gestão do fundo comum, assim com o regaste e subscrição de UP’s. Na verdade, um clube de investidores é algo semelhante a um fundo de investimento, só que com numa vertente cooperativa, mais barato e com a certeza que os interesses defendidos são efectivamente os melhores para os sócios.

Algumas ideias sobre o assunto

O problema é que cá não existe este tipo de cultura e quem pensa num clube de investidores, olha como um instrumento de especulação onde vão juntar uma serie de investidores para fazerem uns pumps em algumas acções. Infelizmente essa é a realidade em Portugal. Já no Brasil, no UK ou nos EUA, a realidade é completamente diferente, um clube de investidores tem como objectivo o complemento da reforma e, ao contrário de cá, todos os meses os membros dão uma contribuição para o fundo comum. É o género de PPA lá do sítio, sendo que há países onde tem inclusivamente benefícios fiscais. Este países tem centenas de milhar de clubes de investidores e milhões de membros (só o TAIC, o mais pequeno “agregador” de clubes de investidores, tem 352 clubes activos registados). Eu conheço muito bem essas realidade, pois tenho fortes ligações a elas, já que participo anualmente nos prémios da ProShare (criada por empresas privadas e pelo próprio HMT do UK – Her Majesty’s Treasury) e onde convivo proximamente com diversos membros de clubes de investidores, o mesmo com o NAIC (USA) ou o INI (Brasil) como quem vou reunir na próxima terça-feira.

No entanto, é lógico que para um clube de investidores ter sucesso e não se deparar com os problema descritos pelo Ulisses e outros ainda piores, importa seguir uma serie de cuidados e atender a uma serie de princípios logo na sua constituição, seriação e admissão dos membros e, depois, ao longo da vida do mesmo, os critérios de gestão e administração.

Eu podia explicar aqui ponto por ponto tudo relativamente a clubes de investidores, mas penso que final deste ano ou inicio do próximo, vai ser publicado um manual de clube de investidores (guideline do NAIC) que vai desmistificar uma vez por todas estas coisas dos clubes de investidores.

Para já, um grupo de investidores de um outro fórum, constituíram este domingo um clube de investidores muito interessante, uma ideia que já vinha a ser “cozinhada” há muito tempo. Acredito que esse vai ser mais um clube de investidores com elevado sucesso e vai ajudar a romper a ideia que as pessoas têm dos clubes de investidores, pois reúne as pessoas certas para que seja um sucesso em todas as suas vertentes, quer pedagógica quer, no essencial, o lucro. E pessoas certas para constituir um clube de investidores há em todo o lado, é preciso é saberem o que querem e para onde vão de forma inequívoca e previamente definida.

Quanto às questões fiscais, posso dizer-vos que existe até uma grande vantagem em ter clubes de investidores, aliás, existem na verdade várias. Mas isso não interessa estar para aqui a revelar uma vez que ninguém tem um clube de investidores e por isso não se precisa de se preocupar com isso.

http://www.associacaodeinvestidores.com/index-3.html

http://www.ticn.com/

http://www.ini.org.br/ini/site/home/

http://www.proshareclubs.co.uk/cgi-bin/ ... e/home.cgi

http://www.better-investing.org/Public/default

Ah... mas isso é diferente. Uma coisa é uma associação que discute e debate, sendo que depois cada investidor toma as suas decisões, o que acaba por ser interessante (embora ninguém se dê a esse trabalho porque mais comodamente existe o Caldeirão) .

Outra coisa é um clube de investidores.

Um abraço,
Ulisses

Struke Escreveu:

Bala Escreveu:era uma excelente ideia..... até se podia para um melhor ideia um prgramita para falar em directo.....

http://www.goteamspeak.com/?page=downloads

Os Skype e o MSN são bem capazes de tomar conta de recado

Ulisses Pereira Escreveu:Gerir diferentes perfis de riscos é, desde logo, o primeiro grande entrave.

Tomar decisões por maioria?

Obrigado Ulisses por avisares, agora que eu estou a pensar para conseguir com que metade de 20 investidores aceitem uma compra seria complicadito... De qualquer modo a ideia era uma votação em que depois de um debate cada membro classificava com valores de 1-20 cada acção. No final, apostava-se nas 3 melhor classificadas, e quem sabe, se 3 piores shortavam-se...Para resolver o problema de indecisão, quem decidia era a votação A carteira seria virtual, mas serviria de indicador para investimentos individuais de cada membro...

Ulisses Pereira Escreveu:O Caldeirão de Bolsa nunca se envolveria num projecto dessa índole.

Neste caso a ideia do pinto d'oiro será a mais acertada: "Clube de Investidores do Norte". Entretanto postava-se os resultados de votação no Caldeirão

Abraço e desde já agradecido pela resposta...
O Bala

Ulisses Pereira Escreveu:Para o pessoal se divertir e se entreter, os clubes de investidores são engraçados. Para se ganhar dinheiro, é uma péssima ideia.

Gerir diferentes perfis de riscos é, desde logo, o primeiro grande entrave.

Tomar decisões por maioria?

Enfim, já ia aqui escrever um longo post sobre as enormes desvantagens deste tipo de clubes
mas acho melhor não. No fundo, o objectivo de muitos não é ganhar dinheiro. E, para outros fins, como o espírito de solidariedade, o entretenimento, o desenvolvimneto do raciocínio lógico através do debate e da discussão até pode ser interessante. Mas para ganhar dinheiro não.

O Caldeirão de Bolsa nunca se envolveria num projecto dessa índole.

Um abraço,
Ulisses

Ulisses, já há uns anos este assunto foi debatido (em profundidade) aqui, no caldeiraodebolsa, pelo Marco António.

P.S. mas a funçao de procura não funciona...

Para o pessoal se divertir e se entreter, os clubes de investidores são engraçados. Para se ganhar dinheiro, é uma péssima ideia.

Gerir diferentes perfis de riscos é, desde logo, o primeiro grande entrave.

Tomar decisões por maioria?

Enfim, já ia aqui escrever um longo post sobre as enormes desvantagens deste tipo de clubes
mas acho melhor não. No fundo, o objectivo de muitos não é ganhar dinheiro. E, para outros fins, como o espírito de solidariedade, o entretenimento, o desenvolvimneto do raciocínio lógico através do debate e da discussão até pode ser interessante. Mas para ganhar dinheiro não.

O Caldeirão de Bolsa nunca se envolveria num projecto dessa índole.

Um abraço,
Ulisses

Boas!

Para o "Clube de Investidores do Norte", do norte, porque estou mais perto do Porto,contem comigo como investidor,mas, como analista terei pouco a dar estou ainda numa fase de aprendizagem e o meu tempo para tal é muito pouco.

Contem comigo.
Um abraço
Pinto D'oiro

Bala Escreveu:V.,

Depois a malta todos os fins de semana convocava uma assembleia virtual e votava a favor de títulos a comprar. Poderia-se começar até sem a união do capital, pois não estou a ver vantagens fiscais em confiar o meu dinheiro a uma entidade. Depois a malta arranjava um ficheiro excel com a evolução da carteira, e possivelmente a classificação de competências de mémbros.

A outra sugestão era que os utilizadores tivessem a localização geográfica próxima, isto é, no nosso caso, fossem todos do Porto. Assim facilitava-se as jantaradas e tal...

era uma excelente ideia..... até se podia para um melhor ideia um prgramita para falar em directo.....

http://www.goteamspeak.com/?page=downloads

V.,

Muito obrigado pela informação prestada, sinceramente o termo "Clube de Investidores" ainda anda bastante desconhecido cá em Portugal. Eu próprio ainda tenho algumas duvidas, como por exemplo as questões fiscais, capitais mínimos exigidos a cada membro etc...


É uma área a explorar com certeza. Se houvesse por exemplo mais de 20 membros, seria interessante atribuir a cada um, uma empresa, em que cada membro seguisse um título de PSI20(ler relatórios e contas e analisar as notícias). Eu sou da área de Ártes Gráficas, e poderia ficar com Portucel por exemplo.

Depois a malta todos os fins de semana convocava uma assembleia virtual e votava a favor de títulos a comprar. Poderia-se começar até sem a união do capital, pois não estou a ver vantagens fiscais em confiar o meu dinheiro a uma entidade. Depois a malta arranjava um ficheiro excel com a evolução da carteira, e possivelmente a classificação de competências de mémbros.

A outra sugestão era que os utilizadores tivessem a localização geográfica próxima, isto é, no nosso caso, fossem todos do Porto. Assim facilitava-se as jantaradas e tal...

Mas o que me parece, é que ou toda gente fez como eu, isto é, foi de férias, ou há muita pouca gente interessada


Abraço e fico espera de respostas, em particular a fiscalidade e tal...
O Bala

Um clube de investidores é algo interessante. Já esta a ser feito algo idêntico num outro fórum, pelo que é uma coisa engraçada também para o próprio CdB.
Para além disso é uma coisa muito fácil e simples de fazerem. Com poucos custos (+300, incluindo software necessário para a gestão). A burocracia é quase nenhuma e no máximo de 15 dias podem ter o clube de investidores a funcionar.
Para começarem basta duas reuniões, sendo que a primeira pode ser tida pela internet e a segunda é que tem de ser presencial, pois é necessário assinar os documentos de constituição, estatutos e outros documentos legais necessários em AG.
Nessa AG decidem tudo quanto há gestão do clube, que tem um “contrato” próprio de gestão do fundo comum do clube de investidores.
A gestão corrente e a negociação do fundo também é muito fácil.

A informação sobre a gestão do clube (valor das UP’s, trades abertos, fechados, contas correntes, relatórios, outras informações contabilísticas ou de gestão; até a preparação da AG e documentos da mesma) pode ser prestada a todos os investidor end-of-day através de um site próprio, acedido por cada membro por intermédio de um login para cada. Com esse software é possível comunicarem e decidirem colegialmente sobre os trades, etc.

Quanto a uma SA… Nem pensem nisso. Para além do valor requerido para iniciar a mesma, tal obrigava a registos na CMVM e outras coisas do género.

jm4330 Escreveu:Caros amigos


é com grande prazer que participo neste forúm. Como estamos em época de saldos (Na bolsa) e como temos neste forúm, grandes especialistas em matéria bolsista, que tal criar uma sociedade fianceira anónima de forma a obter um capital, que possa de certa forma, aproveitar estes saldos e fazerem-se uns investimentos de forma a criar uma sociedade financeira.
Isto é apenas uma sugestão, no entanto as grandes empresas fazem-se em tempo de crise e de escassez de recursos

Boas!

Por culpa de alguêm não se fia a ninguêm. Agora criar uma sociedade FIANCEIRA nesta altura de crise de créditos... num sei não

Quanto ao aproveitar os saldos... prefiro esperar até a liquidação total

Agora um "Clube de Investidores" em que houvesse pessoas com algum conhecimento básico em AT/AF é uma coisa com algum interesse... mas por outro lado este fórum é isso mesmo


Abraço e bons trades...
O Bala

Para o fisco a transferência de meios financeiros sem suporte contabilistico, é tributado como despesas não documentadas, ou adiantamentos de lucros, tributados em sede de IRS, categoria E.

Claro, nem tal coisa me passou pela cabeça...

Regista-se a sociedade e depois transfere-se o dinheiro para a minha conta para poder ser administrado!!!

Penso que este tipo de sociedade funciona bem para administrar o dinheiro dos outros, porque quando o nosso dinheiro está lá metido tudo fica diferente.

Atenção

Esta sociedade anónima te de estar de acordo com o Código das sociedades comerciais, não fosse algêm pensar que iria ser o tesoureiro.

jm4330 Escreveu:Caros amigos


é com grande prazer que participo neste forúm. Como estamos em época de saldos (Na bolsa) e como temos neste forúm, grandes especialistas em matéria bolsista, que tal criar uma sociedade fianceira anónima de forma a obter um capital, que possa de certa forma, aproveitar estes saldos e fazerem-se uns investimentos de forma a criar uma sociedade financeira.
Isto é apenas uma sugestão, no entanto as grandes empresas fazem-se em tempo de crise e de escassez de recursos

Eu alinho, podem enviar-me o vosso dinheiro que eu administro de boa vontade

Caros amigos


é com grande prazer que participo neste forúm. Como estamos em época de saldos (Na bolsa) e como temos neste forúm, grandes especialistas em matéria bolsista, que tal criar uma sociedade fianceira anónima de forma a obter um capital, que possa de certa forma, aproveitar estes saldos e fazerem-se uns investimentos de forma a criar uma sociedade financeira.
Isto é apenas uma sugestão, no entanto as grandes empresas fazem-se em tempo de crise e de escassez de recursos