limpaesgotos Escreveu:Clinico Escreveu:Estas afirmações já me têm dado muito que pensar.
Será que os Estados podem suportar por si a segurança social, as reformas a saúde sózinhos?
E não descontamos tão pouco como isso, para os beneficios que temos... É vantajoso é para quem não faz nada e foge ás suas obrigações. Pois existem casos de pessoas com rendimentos altissimos e declaram o ordenado minimo. E por incrivel que pareça essas pesssoas por declarem baixos rendimentos, ainda podem candidatar-se a vários subsidios e beneficios...
Cumprimentos.
Bom Dia,
deixem-me lançar umas achas para a fogueira:
quando nos referimos ao Estado, estamos a pensar em quê concretamente?
Às vezes tenho a impressão de que falamos do Estado como a origem de todos os males sociais, fontes de injustiça e sinónimo de princípios desequilibrados.
E porque isso é assim?
Quem tem na mão todas estas regras e não as muda para seu benefício ou para prejuízo requintado de alguém?
Pois, embora haja quem possa tirar proveito das regras instaladas, eu sou da modesta opinião de que o grande problema está na arquitectura do actual sistema, na saúde das sua estrutura e na nossa permeabilidade a fazer reformas, tanto na vertente de as desenhar e implementar como na vertente de nos fazermos a alguma dor que possa haver para a mudança.
Costuma-se dizer que numa casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão. Pois, efectivamente somos um país de escassos recursos e de níveis de formação que eu diria medianos, por isso, pode não haver muito pão nem muita educação.
E julgo que vou bater noutra questão que são as perguntas que me ocorrem quando discutimos este tipo de questões e que são:
nós contribuites e donos do Estado, sabemos quais são as estratégias nacionais, para os seus vários sectores, saúde, educação, justiça, solidariedade social que falamos agora, infraestruturas e comunicação, desenvolvimento, etc?
Pois eu não sei, possivelmente é por ser pouco informado e digo isto entre a ironia e a verdade. Mas tenho muito medo que essa estratégia ande para lá e para cá à mercê de génios da liderança e visionários como alguns dos nossos políticos actualmente candidatos ao governos e outros que por lá orbitam. Não é que sejam todos inadequados para o que está em causa, mas será que a forma como o nosso sistema político, que depois conduz e organiza e concretiza o sistema governativo do país, está bem desenhado?
exemplifico:
Nas últimas eleições, o PS ganhou com Sócrates à frente rodeado pelas habituais figuras. A minha pergunta, é: se bem que não podemos ir buscar extraterrestres gurus na gestão para nos governar (e isso é o primeiro ponto assente, ou seja, a nossa sociedade acaba por ser o espelho das pessoas que por cá existem,) serão essa pessoas, que desde jovens militaram nos partidos políticos e que acabaram por chegar a posições onde são elegíveis para governar, que têm competências para governar o país?
E deverá ser este o método para escolher as pessoas que irão desenhar e implementar os modelos e políticas naqueles sectores?
Expliquem-me, como se eu fosse muito burro, porque eu não compreendo este sistema. Se calhar não há outra possibilidade, mas vocês que podem conhecer outros sistemas políticos e agora o americano anda aí nas bocas do mundo, se bem que aquilo é uma realidade muito própria, qual é a vossa opinião acerca das pessoas que deveriam constituir um conselho governativo?
já agora:
pode esse conselho governativo ser consttituído por políticos que aparecem em cena como tal, como políticos (apenas)?;
pode esse conselho governativo ser completamente alterado de 4 em 4 anos?
pode a estratégia para um país estar à mercê dos conselhos governativos que vão e vêm de 4 em 4 anos?
pode um Estado, em que todos reclamamos que não funciona, continuar a funcionar sem haver um debate sobre o seu papel, o seu estado actual, sobre as reformas que se deveriam fazer, e sobre a forma de se as fazer?
Será que se soubesses mais sobre a última pergunta, não haveria mais gente a aceitar abdicar dos direitos entretanto adquiridos mas que eventualmente terão que ser alterados?
Se há tanta constestação e ela é tão generalizada, não será de esperar que os partidos a adoptem como 1ª causa nos seus objectivos a redefinição do Estado.
Não vos parece que a luta política como se faz hoje, pelo que vimos nos programas semanais de debates a 4 ou a 5, se faz de forma ridicula, com desconsideração pelo outro e fechada em ideologias que só tratam parcialmente os problemas?
para já é só e desculpem a extensão do texto, mas é sempre assim!
