CALDEIRÃO DE BOLSA

De facto o “lag” até é uma vantagem…ainda não tinha chegado a esse ponto de vista. Está-se sempre a aprender!
O comparativo está bem demonstrativo da tua opinião, embora o S&P seja um índice ponderado do mercado.

Tks

Atenção que isso é uma coisa boa...

Já agora deixo um gráfico com a comparação entre o PSI e S&P e podes verificar o pequeno desfasamento no PSI em muitos picos e fundos (assinalei só os mais importantes).

As coisas tendem a passar-se um pouco mais tarde no nosso índice mas acaba por fazer a mesma coisa (a unica coisa que muda é a volatilidade: quando é para cair, cai mais; quando é para subir, sobe mais).

O facto de ter lag é uma vantagem porque guiando-nos pelo que os outros índices estão a fazer neste momento temos um insight sobre o que provavelmente vai acontecer dentro de dias no nosso índice.

Oxalá o nosso índice mantenha esta característica!

MarcoAntonio
Fico agradecido pelo comparativo, mas confirma-se a facilidade com que acompanhamos as quedas, e de facto a tua frase final, resume bem o nosso panorama!

"O nosso índice tem também por tradição um certo lag tendendo a responder por atraso a alguns dos grandes movimentos internacionais." M.A.

Sitting Bull Escreveu:“PSI-20-Bolsa nacional sobe pela primeira vez em nove sessões”
… ufa, estava a ver que não!!!
Continua a ter a menor subida das restantes bolsas, mas em relação às quedas não tem rival…upa,upa!

Olha que não.


Durante o Bull Market o nosso índice subiu 180%...


Deixo a comparação com outros 3 índices:

Bull Market
DAX +270%
PSI +180%
CAC +160%
S&P +105%

Máximo da correcção/bear até agora:
PSI -29%
CAC -28%
DAX -24%
S&P -20%

Variação desde o anterior mínimo:
DAX +180%
PSI +99%
CAC +87%
S&P +64%


O nosso índice tem também por tradição um certo lag tendendo a responder por atraso a alguns dos grandes movimentos internacionais.

“PSI-20-Bolsa nacional sobe pela primeira vez em nove sessões”
… ufa, estava a ver que não!!!
Continua a ter a menor subida das restantes bolsas, mas em relação às quedas não tem rival…upa,upa!

Uma recessão (que é do que estamos a falar e penso que ninguém duvidará) não evapora por se terem diminuído as taxas de juro mesmo que de uma forma rápida e ríspida. Quanto muito reduz-se as porporções que a mesma pode ter e onde pode chegar. Diferenças à parte, um cancro não desaparece com quatro ou cinco sessões de quimioterapia. Não é tipo "vai ser tau mau não foi."

Não esperemos que daqui para a frente as coisas serão muito diferentes do que tem sido até agora (tendência bear), mesmo com os states a apreciarem as medidas tomadas. Não se passa de um sentimento pessimista para um optimista assim. É preciso digerir e entender bem as consequências e os cenários que se colocam daqui para a frente e as medidas que continuaram a ser tomadas.

Mais casos de falência, imcumprimento, solvabilidade vão aparecer certamente e ainda mais remédios vão ter que ser tomados.

E diga-se de passagem, quem não gostaría de ver os mercados descer um pouco mais para aí, comprar tudo a preço de feira...

MarcoAntonio Escreveu:Estar de fora durante um bear market é uma opção viável, especialmente se não se vive exclusivamente dos mercados. Contudo, há um pequeno grande problema: a liquidez e correspondente ausência dos mercados leva a um certo alienamento e é frequente estes investidores acabarem por não se aperceber da inversão.

Tb não vivo dos mercados, mas não me importava nada de ter conhecimento suficiente para o fazer.

MarcoAntonio Escreveu:Acabam por voltar aos mercados quando a subida já vai longa. Por vezes... quando a subida já está a acabar.

É mais ou menos a este ciclo que se dá o nome de Dumb Money. Investidores que entram já o Bull vai adiantado, o mercado inverte... levam com grande parte das quedas. Cansados de perder, fecham as posições e afastam-se. Voltam (muito) mais tarde e o ciclo recomeça!

Uma muito grande verdade Acho que é a 1º vez, que a li no caldeirão.

Depende do perfil do investidor e do tipo de instrumentos financeiros que tem à disposição e que utiliza.

Estar de fora durante um bear market é uma opção viável, especialmente se não se vive exclusivamente dos mercados. Contudo, há um pequeno grande problema: a liquidez e correspondente ausência dos mercados leva a um certo alienamento e é frequente estes investidores acabarem por não se aperceber da inversão.

Acabam por voltar aos mercados quando a subida já vai longa. Por vezes... quando a subida já está a acabar.

É mais ou menos a este ciclo que se dá o nome de Dumb Money. Investidores que entram já o Bull vai adiantado, o mercado inverte... levam com grande parte das quedas. Cansados de perder, fecham as posições e afastam-se. Voltam (muito) mais tarde e o ciclo recomeça!

rosario Escreveu:Obrigado Marco,

De facto o melhor que se pode fazer numa fase Bear é tirar férias da bolsa até tudo estabilizar

Parece-me uma conclusão precipitada Rosário. Há muitas oportunidades num mercado volátil, como aquele que estamos a viver. È só a minha opinião

Obrigado Marco,

De facto o melhor que se pode fazer numa fase Bear é tirar férias da bolsa até tudo estabilizar

rosario Escreveu:Têm razão, não é por um só resalto que se vê que a crise chegou ao fim, têm que haver mais sessões positivas.

Ao fim de quantas sessões positivas se pode considerar que acabou a fase Bear?

"Mede-se" por sessões positivas ou % percentagem após mínimos?

As tendências demoram algum tempo a definir-se (para se dizer com segurança que estamos bull ou bear, só já depois dessa tendência estar bem definida e consistente). Mas não é algo que se meça por "número de sessões"...

De que forma se identifica uma tendência?

A a melhor forma é esta, uma tendência ascendente é constituida por uma sucessão de mínimos e máximos relativos mais elevados (é necessário pelo menos um mínimo relativo que bata o anterior e um máximo relativo que bata o anterior para estarmos perante uma tendência de alta).

Atenção que isto consiste em identificar a tendência em vigor. Qualquer tendência pode inverter a qualquer momento...

Mas o facto de poder inverter a qualquer momento não significa que se tente adivinhar essa inversão de cada vez que o mercado corrige porque quem o faz vai falhar n vezes até finalmente acertar.

Boas!
Eu meço por linhas de tendência, por médias móveis e por resistências quebradas!
Fora isso, leio aqui o Caldeirão e leio o que o Ulisses escreve
Se bem que a 2ª é bem mais certa que a 1ª! Porque será? Eh eh eh!
Obrigado Ulisses por partilhares o teu conhecimento com o pessoal!

Um abraço.

Têm razão, não é por um só resalto que se vê que a crise chegou ao fim, têm que haver mais sessões positivas.

Ao fim de quantas sessões positivas se pode considerar que acabou a fase Bear?

"Mede-se" por sessões positivas ou % percentagem após mínimos?

rosario Escreveu:Estaremos a aproximar-nos do fim desta crise?

O que nós queremos é ouvir bons resultados

Rosario, o querer vale de pouco nos mercados. O mercado não faz o que queremos, faz o que tem de fazer...

Querer ouvir bons resultados é habitualmente uma forma dos investidores levarem com grandes perdas na carteira. Aliás eu diria que se «alguém quer ouvir bons resultados» isso é só por si um mau sinal: significa que eles não estão a existir e que o investidor está virado ao contrário do mercado.

Pensa nisto!

Ninguém identifica o final de uma tendência exactamente no final da mesma. Quem anda a tentar descobrir fundos perde bastante dinheiro. Para quê a pressa?

Se o mercado inverter, há muito tempo depois para se ganhar dinheiro.

Um abraço,
Ulisses

rosario Escreveu:Estaremos a aproximar-nos do fim desta crise?

O que nós queremos é ouvir bons resultados

Nada de novo, não pode ser sempre a cair, tem de haver algum ressalto, hoje vai haver novidades nos juros dos EUA e como tem acontecido até aqui os mercados sobem na expecativa de cortes para depois voltarem para baixo quando se apercebem que cortar tanto não significa nada de bom...

Epá... isto de passar da visão catastrófica à côr-de-rosa(ao menos para os touros) de um dia para o outro não me soa bem :-(

Será que os bear markets costumam acabar de forma tão violenta? não faço ideia..

Estaremos a aproximar-nos do fim desta crise?

O que nós queremos é ouvir bons resultados

PSI-20 avança 2,56%
Bolsa nacional sobe pela primeira vez em nove sessões

Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt


A bolsa fechou a valorizar pela primeira vez em nove sessões, impulsionada pela recuperação da PT e da Galp que registaram ontem fortes quedas. O PSI-20 avançou 2,56% numa sessão em que a Jerónimo Martins, única acção a cair, travou maiores ganhos. Lisboa acompanhou o sentimento positivo vivido hoje pelas praças mundiais.

O principal índice da bolsa nacional fechou nos 10.066,53 pontos, recuperando assim de mínimos de Agosto de 2006. Na Europa, aliás a nível mundial, o dia também foi de fortes ganhos depois dos resultados acima das expectativas apresentados pela Goldman Sachs e a Lehman Brothers.

Ou seja, os mercados recuperaram depois de terem ontem vivido um dia negro com os investidores a reflectirem no mercado as suas preocupações com a crise no mercado de crédito imobiliário dos EUA, na sequência da Reserva Federal (Fed) se ter reunido de emergência no fim-de-semana para cortar a sua taxa de desconto

Este corte coincidiu com as expectativas de que novas instituições financeiras entrem em colapso, depois da JPMorgan ter anunciado uma oferta de compra sobre o Bear Stearns, após este ter anunciado que a sua situação de liquidez se deteriorou "significativamente" e se ter visto obrigado a recorrer a um fundo de emergência.

Hoje os bons resultados apresentados por dois bancos norte-americanos deram um novo alento às bolsas e Portugal não foi excepção.

O PSI-20 iniciou a sessão subir bem como restantes índices também iniciaram em terreno positovo com o mercado a aguardar que a Reserva Federal dos EUA efectue o corte de juros mais agressivo desde 1984, para evitar uma recessão na maior economia do mundo. As mesmas bolsas encerraram ontem com perdas entre 3% e 4% após a reunião de emergência da Reserva Federal nos EUA, no fim-de-semana, que culminou num corte na taxa de desconto.

PSI-20 regista maior subida desde o dia 24 de Janeiro

Ao longo da sessão, todas as bolsas acentuaram os ganhos e o PSI-20 acabou mesmo por registar a maior subida desde o dia 24 de Janeiro.

A impulsionar fechou a Galp Energia [Cot], que corrigiu parte das quedas ontem registadas (superiores a 8%), com um ganho de 5,26% para os 14,61 euros. A petrolífera beneficiou ainda do facto de Ferreira de Oliveira ter dito que ambiciona chegar às 800 estações de serviço para superar a BP no mercado espanhol.

A Portugal Telecom [Cot], que perdia há oito sessões consecutivas e que foi hoje alvo de uma descida de preço-alvo de 8,70 para 7,40 euros por parte do Credit Suisse, regressou hoje aos ganhos, com uma valorização de 1,54% para os 7,25 euros.

A contribuir para a tendência fecharam ainda a Energias de Portugal [Cot] e o Banco Comercial Português [Cot], com ganhos de 2,35% para os 3,70 euros e de 3,16% para os 1,795 euros, respectivamente.

A restante banca acompanhou com Banco BPI [Cot] e Banco Espírito Santo [Cot] a subirem 3,34% para os 3,25 euros e 1,86% para os 10,98 euros, respectivamente.

Nas subidas de sublinhar a da Cimpor [Cot] (de 3,82% para os 5,295 euros) no dia em que o BPI considera que o seu investimento em Moçambique, ontem anunciado, é "positivo" e admite rever a avaliação da empresa.

A Semapa [Cot] também avançou 2,68% para os 7,67 euros no dia em que a Bestinver Gestión, gestora de fundos espanhola, reforçou no capital da Semapa e controla já mais de 5% do capital da "holding" liderada por Queiroz Pereira.

Família Sonae recupera e JM regista única queda do PSI-20

Em destaque estiveram ainda as acções da família Sonae que recuperaram das fortes quedas das últimas sessões. A Sonaecom avançou 2,38% para os 2,15 euros, a Sonae Indústria [Cot] subiu 3,37% para os 4,30 euros e a Sonae Capital ganhou 4,62% para os 1,36 euros. A empresa-mãe, a Sonae SGPS [Cot] que, apresentou os seus resultados anuais antes da abertura do mercado, somou 1,27% para os 1,20 euros. A empresa liderada por Paulo Azevedo, que também agendou para hoje o seu "Dia do Investidor" anunciou uma subida nos lucros para os 284 milhões de euros.

Do lado das desvalorizações, negociou apenas um título. A Jerónimo Martins [Cot] que foi ontem o único título a encerrar em alta, desceu 0,42% para os 4,70 euros.

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