CALDEIRÃO DE BOLSA

Mercado aposta em corte de 75 pontos base nos juros dos EUA
Os sinais de fraqueza da economia norte-americana estão a aumentar a especulação em torno de uma nova redução na taxa de juro de referência dos EUA. O mercado acredita num corte de 75 pontos base no preço do dinheiro, na próxima reunião da Reserva Federal, uma medida que servirá para tentar evitar um recessão na maior economia do mundo.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt



Os sinais de fraqueza da economia norte-americana estão a aumentar a especulação em torno de uma nova redução na taxa de juro de referência dos EUA. O mercado acredita num corte de 75 pontos base no preço do dinheiro, na próxima reunião da Reserva Federal, uma medida que servirá para tentar evitar um recessão na maior economia do mundo.

Os dados que têm sido divulgados têm correspondido às expectativas dos economistas de que os EUA estão a entrar num período de abrandamento do ritmo de crescimento, que poderá traduzir-se, em breve, numa contracção da economia do país, a maior do mundo.

A Reserva Federal dos EUA tem vindo a reduzir a taxa de juro de referência do país, na tentativa de reanimar a economia e evitar um cenário de recessão. A taxa directora caiu dos 5,25% para os 3%. No mês de Janeiro, a autoridade monetária reduziu o preço do dinheiro por duas vezes, em 50 pontos base, cada.

Agora, o mercado antecipa um novo corte nos juros. Mais de 74% dos operadores consultados pela Bloomberg vêem uma probabilidade da autoridade presidida por Ben Bernanke reduzir a taxa directora em 75 pontos base para os 2,25%, já na próxima reunião de 18 de Março.

Esta perspectiva tem vindo a penalizar a moeda norte-americana, que está em mínimos históricos face ao euro. A moeda europeia seguia a perder 0,09% para 1,5190 dólares, a aliviar do novo recorde de 1,5274 dólares fixado durante a sessão de ontem.

Também face ao iene o dólar tem perdido valor. A moeda do Japão está ser transaccionada no nível mais elevado dos últimos três anos face à divisa norte-americana, a cotar nos 103,31 ienes. Os analistas consultados pela Bloomberg prevêem que possa quebrar a barreira dos 100 ienes.