S&P500
Apesar do Dow Jones e Nasdaq serem índices muito mais populares entre os investidores, fruto do seu mediatismo, o S&P é o verdadeiro barómetro da economia norte-americana. O Dow Jones carrega todo o peso da sua história, mas o facto de ser constituído por apenas 30 empresas e ter uma ridícula e desactualizada fórmula de cálculo retira-lhe importância. Por outro lado, o Nasdaq tornou-se mediático na altura da bolha tecnológica de 2000, mas a sua implosão e o facto de apenas incluir acções tecnológicas, fazem com que não tenha a relevância que o S&P tem.
A luta que temos assistido entre ursos e touros no último mês e meio tem sido titânica e extremamente interessante de assistir. Frequentemente, temos lido posts aqui no fórum do género: "Mas por que é que o mercado americano inverteu e rapidamente começou a cair 2%?" ou "Mas os números foram maus e os States estavam a cair fortes, por que raio é que isto inverteu e os índices americanos já sobem 2%?". Nunca ninguém sabe responder a estas questões mas restam poucas dúvidas da fantástica luta que se tem travado diariamente e se olharmos para o gráfico facilmente entendemos o porquê dessa luta.
O S&P anda há cerca de um mês e meio a "flirtar" (que pena esta expressão ter caido em desuso

) com a sua linha de tendência ascendente de longo prazo. Esta linha vem marcando a subida nos últimos 3 anos e meio e é, para mim, a grande fronteira entre o "Bull Market" e o "Bear Market" no mercado norte-americano. Por isso, dada a importância crucial da mesma, é natural esta autêntica troca de artilharia de ambas as partes.
Em termos de curto e médio prazo, o suporte encontra-se nos 1325 pontos e a zona de resistência entre os 1380 e os 1405 pontos. Entre estes valores, o índice encontra-se perdido.
Mas - repito - é naquela linha de tendência que se joga o futuro do mercado. Se os ursos conseguirem fazer quebrar a linha consistentemente (não uma quebra pontual como já aconteceu) acredito que os touros hibernem durante uns tempos. Veremos a força que eles têm para defender a sua linha da vida.
Um abraço,
Ulisses