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Caldeirão da Bolsa

Certificados de Aforro Série B

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por karamelu » 5/4/2011 11:31

Zezezinho Escreveu:
karamelu Escreveu:
Zezezinho Escreveu:
karamelu Escreveu:Alguém me sabe dizer o que acontece aos certificados de aforro caso o estado entre em default?


Na melhor das hipóteses, estarás sujeito a que o estado te devolva o dinheiro quando bem entenderem, como aconteceu na Argentina.



Parece que tenho de ir aos correios então... Obrigado!
Já agora, que alternativa recomendam?


Um pequeno conselho: Nunca tomes conselhos de coisas lidas num fórum. Informa-te antes melhor na literatura existente. Já viste se todos fossem agora aos CTT simplesmente por ter lido o que eu escrevi ?
Eu tenho certificados de aforro desde 1995 (e estamos a falar de montantes com 6 dígitos) e lá continuarão.



Sim, tens razão...
Ainda vou ler mais sobre o assunto, claro.
Obrigado :)
 
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por Zezezinho » 5/4/2011 11:14

karamelu Escreveu:
Zezezinho Escreveu:
karamelu Escreveu:Alguém me sabe dizer o que acontece aos certificados de aforro caso o estado entre em default?


Na melhor das hipóteses, estarás sujeito a que o estado te devolva o dinheiro quando bem entenderem, como aconteceu na Argentina.



Parece que tenho de ir aos correios então... Obrigado!
Já agora, que alternativa recomendam?


Um pequeno conselho: Nunca tomes conselhos de coisas lidas num fórum. Informa-te antes melhor na literatura existente. Já viste se todos fossem agora aos CTT simplesmente por ter lido o que eu escrevi ?
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por karamelu » 5/4/2011 11:11

Zezezinho Escreveu:
karamelu Escreveu:Alguém me sabe dizer o que acontece aos certificados de aforro caso o estado entre em default?


Na melhor das hipóteses, estarás sujeito a que o estado te devolva o dinheiro quando bem entenderem, como aconteceu na Argentina.



Parece que tenho de ir aos correios então... Obrigado!
Já agora, que alternativa recomendam?
 
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por Zezezinho » 5/4/2011 11:10

karamelu Escreveu:Alguém me sabe dizer o que acontece aos certificados de aforro caso o estado entre em default?


Na melhor das hipóteses, estarás sujeito a que o estado te devolva o dinheiro quando bem entenderem, como aconteceu na Argentina.
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por karamelu » 5/4/2011 11:03

Alguém me sabe dizer o que acontece aos certificados de aforro caso o estado entre em default?
 
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por Celsius-reloaded » 30/3/2010 18:52

Neste momento a unica razão para se ter CA´s é mesmo quem já beneficie da taxa acumulada.

Novas subscrições é para esquecer...
The market gives; The market takes.
 
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por Elias » 30/3/2010 17:31

Excelente texto do Paulo Pinho sobre a situação actual dos certificados de aforro


Abusar de velhinhas
Paulo Pinho

Num momento em que o Estado se debate com grande dificuldade em fazer subir as receitas fiscais, em grande medida deprimidas pelo mau desempenho da economia, acompanhada por uma evidente dificuldade em controlar a despesa corrente, a capacidade de...

Num momento em que o Estado se debate com grande dificuldade em fazer subir as receitas fiscais, em grande medida deprimidas pelo mau desempenho da economia, acompanhada por uma evidente dificuldade em controlar a despesa corrente, a capacidade de continuar a colocar dívida pública torna-se essencial para garantir a sua sobrevivência. Existem dois mercados para a colocação da dívida pública: o externo e o interno. À partida, não existem grandes razões para tal segmentação. Contudo, o Estado tem utilizado esta "segregação" do mercado primário para com ela tirar devido partido financeiro.

No mercado externo, o Estado paga pela dívida uma taxa que reflecte o seu grau de risco, aferida pelas "yields" dos títulos vivos, a qual reflecte em grande medida o "rating" soberano do nosso país. A ele têm também acesso os bancos portugueses, assim como os respectivos clientes mais sofisticados.

No mercado interno, o instrumento privilegiado de colocação de dívida pública é o Certificado de Aforro. Historicamente, este instrumento era colocado a taxas bastante acima das que vigoravam no mercado. Sendo visto como um instrumento absolutamente seguro, tal prémio sobre as taxas de mercado tinha por objectivo incentivar a poupança. Contudo, essa situação levantava dois problemas: dados os baixos montantes de saldo médio por aforrador, o custo administrativo destes certificados era elevado, tornando o seu custo efectivo superior ao das obrigações; adicionalmente, criava uma situação de verdadeira concorrência desleal ao sector bancário. Consequentemente, não foi difícil convencer o Ministério das Finanças a rever esta política de décadas e a baixar, nalguns casos retroactivamente, as respectivas remunerações, conduzindo à debandada geral dos aforradores minimamente sofisticados. No final, só continuaram investidos neste instrumento os aforradores menos esclarecidos, mais avessos ao risco, menos sofisticados, porventura, mais iletrados. Estamos a falar do aforrador pobre, com parcas poupanças, para o qual estas representam factor crítico de sobrevivência.

O recente lançamento da série C é em tudo esclarecedor: por um lado, o Estado tenta travar a fuga dos aforradores oferecendo uma remuneração ligeiramente melhor que a da série anterior (a qual não viu alteradas as condições - desta vez seria para melhor - com efeitos retroactivos); por outro, essa remuneração é suficientemente mais baixa do que aquela que é paga aos investidores internacionais (para as mesmas maturidades), ficando assim claro que o Estado sabe bem tirar partido do "poder de mercado" que a segmentação dos mercados lhe permite internamente obter. Adicionalmente, o mecanismo de indexação à Euribor foi desenhado para tirar partido, em prejuízo do aforrador, de um cenário, expectável, de subida de taxas de juro.

Quando num determinado sector o Estado verifica que uma entidade consegue praticar preços muito acima dos custos marginais, faz entrar em acção a Autoridade da Concorrência para verificar se existe uma situação de exercício de poder de mercado, eventualmente devido a abuso de posição dominante. Nos casos onde se verifica impossível corrigir essas situações, estando em causa a protecção de consumidores mais vulneráveis, o Estado cria entidades reguladoras com poderes para fixação de preços. No caso da captação de poupanças, esses mesmos consumidores vulneráveis não têm alternativa aos Certificados de Aforro. Desconfiam da banca, não compram obrigações, nem fundos de investimento. Compram os certificados nas estações de correios (hoje, muitas vezes nas Juntas de Freguesia), local onde recebem a pensão e pagam as tarifas reguladas da electricidade, gás e telefone. Contudo, embora o "Estado Regulador" os proteja das EDP, REN, GDP, PT e outras, não revela o menor escrúpulo em abusar da sua posição absolutamente dominante na captação de poupanças junto de aforradores vulneráveis, oferecendo-lhes taxas exageradamente abaixo das praticadas no verdadeiro mercado de dívida pública portuguesa. Trata-se de uma intervenção regressiva do Estado na economia, já que constitui uma tributação implícita da poupança dos menos sofisticados, presumivelmente mais pobres. Qual é a diferença entre isto e um monopólio não regulado? Será que já não existem pruridos em abusar financeiramente de velhinhas indefesas?
 
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por Elias » 29/3/2010 8:17

Taxa de juro dos certificados de aforro abaixo dos 0,8% em Abril
Paulo Moutinho
paulomoutinho@negocios.pt

O juro dos certificados de aforro vai voltar a cair em Abril, pelo 13º mês consecutivo. Quem subscrever estes títulos de dívida do Estado no próximo mês irá contar com uma taxa inferior a 0,8%, o que representa a rentabilidade mais baixa de sempre.

De acordo com cálculos realizados pelo Negócios, a taxa a vigorar em Abril será de 0,794%, o que compara com a de 0,812% verificada em Março. Será, assim a 13ª queda consecutiva da rentabilidade dos certificados de aforro.

Para auferir a taxa a vigorar no próximo mês são consideradas as 10 sessões até ao antepenúltimo dia de cada mês. É feita, depois, uma média das taxas. Serve para efeitos de cálculo 85% dessa média, à qual é adicionada uma bonificação de 0,25.

Esta taxa de juro de 0,794% é aplicada aos novos certificados de aforro que forem subscritos durante o mês de Abril, e será também a taxa a vigorar os certificados cuja revisão ocorra no próximo mês, isto sem considerar os prémios de permanência.

A baixa rentabilidade é apontada como factor principal para a fuga dos investidores. Nos primeiros dois meses de 2009 já foram resgatados mais de 100 milhões de euros deste produto de poupança. Um terço dos mais de 300 milhões que saíram em 2009.
 
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por elbmurcs » 19/1/2010 23:35

Um verdadeiro depósito a prazo num banco é o produto a seguir aos certificados que tem menor risco. E coberto pelo fundo de garantia de 100 mil.
 
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por Resina » 19/1/2010 16:40

Batistock Escreveu:como os que detenho foram adquiridos entre 86 e 89 a taxa liquida é à volta de 2,4%.

Sendo assim comparando com aplicações sem risco nenhum ( que é o caso destes) não vou encontrar nada melhor.

Obrigado pela opinião resina...

Realmente achei que esses valores que estavas a indicar não estavam correctos...
Com uma taxa de 2.4% sem risco, acho que é muito dificil encontrar..
E se ja os tens à 15 anos, estares-te a desfazer deles era um erro...
Por uns anitos que não apanhaste a serie A, que não paga IRS.
Eu quando soube que a taxa e o premio de permanencia ia mudar, fiz alguns da Serie B... Porque a Serie C é para esquecer... Não conpensa!
Abraço
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por Batistock » 19/1/2010 16:29

Pois... como estava a prever as minhas contas, ao que parece, estão mal feitas:

http://www.igcp.pt/fotos/editor2/2010/C ... al_BPP.pdf
como os que detenho foram adquiridos entre 86 e 89 a taxa liquida é à volta de 2,4%.

Sendo assim comparando com aplicações sem risco nenhum ( que é o caso destes) não vou encontrar nada melhor.

Obrigado pela opinião resina...
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por Resina » 19/1/2010 16:09

Eu detenho da Serie A (valem ouro), e da Serie B...
Sabes o que eu te digo? Não me desfaço deles... Quando as taxas de juro começarem a subir, é uma optima oportunidade... Não tens de pagar comissões bancarias, não há risco de falencia (como nos bancos), ou mesmo de seres enganado...
Só se o Estado Falir, e nesse caso estamos todos muito mal...
Vais trocar por quê? Um deposito num banco? Não é mais seguro estar quieto onde está?
Abraço
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por Batistock » 19/1/2010 15:22

Boas...

Venho desenterrar este topico porque estou indeciso sobre o que fazer aos certificados de aforro de Serie B que detenho!!

Todos os que tenho são de Série B e com mais de 5 anos, ou seja, o premio de permanencia já está no máximo que penso que é de 2% (taxa bruta).

Ou seja... Resumindo e complicando:

Taxa actual dos Certificados = TBA x 0,6
TBA = 0,52 x L3 + 0,47 x L12 – 0,12
L3 = 0,675 (supondo que a media ponderada da euribor a 3 meses é esta)
L12 = 1,227 (supondo que a media ponderada da euribor a 12 meses é esta)

TBA é aproximadamente 0,8
com premio de permanencia= 2,8 (será isto ??)

logo

Taxa actual dos Certificados = 1.68

Ou seja a a Taxa Anual Bruta destes certificados de aforro será de 1,68... que com impostos baixa ainda mais! certo? ou estou a ver algo mal!

Se estes calculos estiverem correctos parece me que há bastantes contas a prazo que serão melhores que manter os certificados de aforro ( mesmo já tendo muitos anos).

Agradeço desde já qualquer opinião! :)
Obrigado
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por Açor3 » 26/3/2009 11:28

Taxa dos certificados de aforro em mínimo recorde apesar do "bónus" do Governo


26/03/2009


A taxa de juro aplicada aos certificados de aforro, da nova série C, vai ser de 1,597% em Fevereiro, o que representa a rendibilidade mais baixa de sempre deste produto de poupança do Estado. Nem a alteração da fórmula de cálculo, no final de Fevereiro, impediu a nova descida. O juro líquido supera marginalmente a inflação esperada.

A forte quebra das Euribor justifica a descida acentuada da taxa de juro aplicada aos certificados de aforro. A taxa a três meses, a utilizada para o cálculo da rendibilidade deste produto, fixou hoje um novo mínimo histórico, ao descer para um valor de 1,538%. Completou já a 117ª sessão consecutiva de queda, aproximando-se cada vez mais da taxa directora do Banco Central Europeu (BCE), de 1,5%.

Com a taxa fixada hoje já é possível calcular a taxa de juro que será aplicada aos certificados de aforro que forem subscritos durante o próximo mês. Os cálculos do Negócios colocam a taxa nos 1,597%, o que compara com os 1,874% deste mês de Março, taxa que já beneficiou das alterações introduzidas pelo Governo no final de Fevereiro. Em vez de se deduzir 25 pontos base, passou a ser adicionado, o que se traduziu num aumento da rendibilidade de 50 pontos base.

Apesar deste “bónus”, a rendibilidade oferecida pelos certificados de aforro para as novas subscrições ou revisões efectuadas em Abril, é, assim, a mais baixa de sempre oferecida por produto de poupança do Estado. A taxa mais elevada tinha sido observada em Outubro, com a rendibilidade a superar a fasquia dos 4%. Em Abril, o juro será de menos de metade, face ao recorde.

Em termos líquidos, a taxa de juro dos novos certificados de aforro vai cair para um valor de 1,277%. É uma rendibilidade bastante reduzida mas que, contudo, continua a gerar retornos reais, ainda que marginais. Continua acima da taxa de inflação prevista pelo Governo, que foi revista para 1,2%, em 2009.




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por Açor3 » 26/3/2009 9:25

Aforro
Novas regras não salvam juros dos certificados
A taxa de juro dos certificados de aforro volta a cair em Abril, para fixar um novo mínimo histórico nos 1,6%. A alteração ao cálculo da remuneração, introduzida pelo Governo no final do mês passado, foi incapaz de evitar uma nova queda da rendibilidade, penalizada pela descida continuada das Euribor.

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Paulo Moutinho
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A taxa de juro dos certificados de aforro volta a cair em Abril, para fixar um novo mínimo histórico nos 1,6%. A alteração ao cálculo da remuneração, introduzida pelo Governo no final do mês passado, foi incapaz de evitar uma nova queda da rendibilidade, penalizada pela descida continuada das Euribor.

Faz amanhã um mês que o Ministério das Finanças aprovou, por portaria, a alteração às condições de subscrição e remuneração da Série C dos certificados, lançada em Janeiro de 2008. A remuneração aumentou em 50 pontos base, dado que os 25 pontos que antes eram retirados à taxa base, passaram a ser adicionados.

A medida teve impacto imediato, com os subscritores a beneficiarem da revisão ao cálculo logo neste mês de Março. A taxa passou, assim, dos 1,374% para 1,874%. Mas em Abril vai voltar a sofrer uma forte queda. De acordo com os cálculos do Negócios a taxa vai recuar para 1,606%, o que representa a remuneração mais baixa de sempre deste produto de poupança.

A taxa é fixada mensalmente pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), no antepenúltimo dia útil do mês, com base na média da Euribor a três meses nas dez sessões anteriores. O cálculo apresentado não tem em conta a última sessão, a de hoje. O impacto na média será inexpressivo.


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por Pata-Hari » 11/3/2009 22:02

É particularmente irrelevante se tivermos em conta que houve reforços nos certificados durante o panico das falências dos bancos.
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por Pata-Hari » 11/3/2009 22:01

24 milhões num mês e 8 noutro não me parece que seja muito relavante. São montantes muito, muito reduzidos.
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por Açor3 » 11/3/2009 18:54

Portugueses retiram mais 24 milhões dos certificados de aforro
A descida da remuneração para mínimos históricos levou os portugueses a continuarem a retirar dinheiro dos certificados de aforro. Em Fevereiro, último mês em que vigoraram as regras anteriores para cálculos dos juros, os resgates líquidos totalizaram 24 milhões de euros.

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Nuno Carregueiro
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A descida da remuneração para mínimos históricos levou os portugueses a continuarem a retirar dinheiro dos certificados de aforro. Em Fevereiro, último mês em que vigoraram as regras anteriores para cálculos dos juros, os resgates líquidos totalizaram 24 milhões de euros.


De acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto de gestão de Crédito Público, em Fevereiro os portugueses subscreveram 76 milhões de euros e resgataram 100 milhões de euros.

O saldo negativo de 24 milhões de euros compara com os resgates líquidos de 8 milhões de euros registado em Janeiro.

A fuga dos certificados de aforro tem sido contínua ao longo dos últimos meses, o que levou o Governo a alterar as regras de cálculo de juro destes produtos de poupança, que entraram em vigor este mês.

No final de Fevereiro os portugueses tinham aplicado 17,16 mil milhões de euros em certificados de aforro.


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por Açor3 » 6/3/2009 12:53

João Cândido da Silva
Desnorte certificado
joaosilva@negocios.pt

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Há pouco mais de um ano, o Governo ainda andava preocupado com a consolidação das finanças públicas. A prioridade era a redução do défice e, para a conseguir, era necessário obter poupanças onde elas pudessem ser alcançadas de forma rápida. A pressa acabou por ser má conselheira e deu origem a uma decisão precipitada e inoportuna.


Há pouco mais de um ano, o Governo ainda andava preocupado com a consolidação das finanças públicas. A prioridade era a redução do défice e, para a conseguir, era necessário obter poupanças onde elas pudessem ser alcançadas de forma rápida. A pressa acabou por ser má conselheira e deu origem a uma decisão precipitada e inoportuna. Mais desastrada, ainda, quando se sabe como a conjuntura acabou por evoluir.

Foi sob o argumento de que os certificados de aforro eram um instrumento de financiamento demasiado caro para o Estado, que o Ministério das Finanças decidiu mexer na respectiva remuneração. Os certificados, um dos produtos em que os aforradores portugueses mais confiavam para rendibilizar as suas poupanças, tornaram-se menos competitivos e entraram em agonia.

Durante meses consecutivos, o Instituto de Gestão do Crédito Público contabilizou valores-recorde nos resgates de certificados de aforro. Era a consequência óbvia de uma medida que, embora proporcionando poupanças aos cofres públicos, dava uma machadada num importante produto de absorção de poupança. Na altura, o Governo previa um corte nos encargos com juros da dívida pública na ordem de 180 milhões de euros em 2009, valor correspondente apenas a 2,7% dos custos totais suportados pela administração central com o serviço da dívida, a que se somavam 140 milhões de euros no ano anterior.

Em Janeiro de 2008, quando as Finanças anunciaram a mudança nos certificados, a crise financeira ainda não tinha mostrado a sua pior faceta. O acesso ao dinheiro era fácil e o Estado não tinha dificuldades em captar recursos. Mesmo assim, uma chuva de críticas caiu sobre o Governo. E com razão.

O país estava em plena espiral de endividamento, com a taxa de poupança a descer para níveis historicamente baixos, e o Ministério das Finanças, num erro crasso de avaliação, desferia um tiro fatal no produto favorito de muitos investidores, conservadores na sua relação com o risco. Focado na contenção de gastos em rubricas onde lhe fosse possível fazê-lo, o Ministério das Finanças dava um sinal errado às famílias portuguesas. Poupar tinha passado de moda. E os certificados de aforro, também.

Se, na época, a medida já fazia escasso sentido, a crise acabou por escrever direito por linhas tortas. Nos últimos meses, o crescimento económico sustentado no excesso de endividamento perdeu a sua graça. A torneira do dinheiro abundante fechou-se. O Governo, confrontado, novamente, com uma crise orçamental e a consequente degradação do risco de crédito, viu-se na contingência de ter que pagar mais caro pelo dinheiro que quer ir buscar aos mercados. É a vida.

Colocado perante a dura realidade, o Ministério das Finanças redescobriu os encantos dos certificados de aforro e, também, a utilidade de atrair os recursos das famílias portuguesas, dispostas a emprestar ao Estado a preços mais favoráveis do que os investidores institucionais. Com a melhoria da rendibilidade dos certificados, o Governo arrepiou caminho, numa matéria em que nunca devia ter mexido. Falta saber se, com tamanha demonstração de desnorte, ainda vai a tempo de recuperar a confiança que desbaratou.


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por Açor3 » 6/3/2009 12:53

Novo juro devolve atractividade
Certificados de aforro
Um ano depois da introdução dos novos certificados de aforro, o Governo alterou este popular produto de poupança. Após a vaga de resgates dos últimos meses, os juros e prémios de permanência mais elevados voltam a fazer dos certificados um solução atractiva no longo prazo

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Um ano depois da introdução dos novos certificados de aforro, o Governo alterou este popular produto de poupança. Após a vaga de resgates dos últimos meses, os juros e prémios de permanência mais elevados voltam a fazer dos certificados um solução atractiva no longo prazo


A actualização efectuada em Janeiro de 2008 ao regime dos certificados de aforro, que deu origem à Série C, provocou uma fuga de capital deste produto de poupança. Milhões de euros que o Governo tenta agora recuperar com uma nova intervenção, apresentando uma fórmula de cálculo menos penalizadora e prémios de permanência mais atractivos. Mas será esta uma boa opção para o seu dinheiro?

Para quem procura rendibilizar as poupanças e evitar riscos, os certificados de aforro são uma boa opção, especialmente agora que o aforrador deixa de sofrer uma penalização na taxa, logo à partida. A principal alteração anunciada na sexta-feira, está no facto de os 0,25 pontos percentuais que antes eram retirados à taxa base de 85% da Euribor a três meses, serem agora adicionados. Isto traduz-se num aumento de 50 pontos base da remuneração.

A partir de hoje, os subscritores dos certificados da Série C já vão beneficiar do novo cálculo dos juros
Ao mesmo tempo, os prémios de permanência foram aumentados em 25 pontos base entre o segundo e o oitavo anos. Mantém-se, no entanto, o máximo de 2,5%, no décimo e último ano da maturidade deste investimento.

Comparando com as anteriores condições dos novos certificados, com a actualização que entrou já ontem em vigor, numa aplicação a dez anos verifica-se um aumento da rendibilidade dos certificados de aforro de 8%. Um investimento de 5.000 euros gera, agora, um retorno líquido de impostos de 1.237 euros, o que compara com os 1.146 euros anteriores. Ou seja, são mais 91 euros.

Mas terão as alterações sido suficientes para tornar os certificados um bom investimento face às alternativas de baixo risco? No curto prazo, não. É que, apesar da revisão positiva, são um investimento dependente da evolução das Euribor, taxas que, desde Outubro, têm vindo a recuar consecutivamente, reflectindo os cortes de juros do Banco Central Europeu. A taxa de juro líquida para as novas subscrições em Março será de 1,499%, acima da inflação, mas abaixo das melhores taxas praticadas nos depósitos a prazo até um ano, que chegam a superar os 3%.

Na verdade, a lógica de investimento nos certificados de aforro é de longo prazo. E o novo cálculo do juro restitui-lhes competitividade. A simulação a cinco anos efectuada pelo Negócios, comparando os certificados com o depósito da Caixa Geral de Depósitos, o "Caixa Aforro", revela a primazia do produto do Estado.

O mesmo já não acontece quando a comparação é feita com outros produtos de investimento de baixo risco. Os seguros de capitalização, produtos de poupança a médio e longo prazo com garantia de capital, apresentam uma rendibilidade bem mais atractiva. Neste caso, o Negócios considerou a evolução passada do seguro de capitalização com melhor desempenho, o "Montepio Remuneração Anual", o que não é garante de ganhos futuros.

Há fundos de obrigações a apresentar também retornos mais aliciantes do que os novos certificados de aforro, mas com risco de perda de capital. O retorno do melhor fundo desta classe nos últimos cinco anos proporcionaria a melhor rendibilidade de todos os produtos analisados.

Melhor que os depósitos no longo prazo simulação para €5.000

Os certificados de aforro deverão voltar a ganhar alguma atractividade juntos dos investidores. As alterações introduzidas pelo Governo na fórmula de cálculo do juro e nos prémios de permanência vêm aumentar a rendibilidade deste produto de poupança. O Negócios comparou a nova Série C com outras aplicações de longo prazo e baixo risco. Os seguros de capitalização apresentam ganhos líquidos mais elevados a cinco anos, para um montante de 5.000 euros, com uma taxa líquida de impostos de 2,17% ao ano. Já o retorno do depósito a prazo da Caixa Geral de Depósitos, um dos poucos depósitos de longo prazo comercializados pelos principais bancos a operar em Portugal, proporciona um rendimento inferior aos certificados. Para os investidores que possam arriscar a perda do capital, as obrigações são a solução mais vantajosa, se acertar nos melhores fundos.


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por Açor3 » 6/3/2009 12:52

Aplicações com menos de três anos e meio rendem mais nos novos certificados
Série B ou Série C?
Mudar da Série B para a C significa rendibilidade inferior no curto prazo. No longo prazo, é a melhor opção, gerando um retorno mais atractivo

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Mudar da Série B para a C significa rendibilidade inferior no curto prazo. No longo prazo, é a melhor opção, gerando um retorno mais atractivo

Há um ano, a Deco alertava os portugueses para a redução da rendibilidade dos certificados de aforro, resultante da introdução da nova Série C. "Se já subscreveu certificados da Série B há mais de três anos, deve mantê-los. Se tem há menos tempo, transfira para a Série C ou procure alternativas", afirmava a associação portuguesa para a defesa dos consumidores. E agora? O que deve fazer?

Apesar do aumento da taxa de juro e das melhorias introduzidas nos prémios de permanência, a recomendação continua a ser a mesma. Ou seja, se subscreveu certificados da anterior série, a B, há três anos e meio ou menos, o melhor é trocá-los pelos novos. Logo à partida, conseguirá uma taxa mais atractiva.

Apesar de, no curto prazo, obter uma taxa menos atractiva nos novos certificados, contra a obtida se mantivesse a aplicação na Série B, os cálculos efectuados pelo Negócios mostram que, no longo prazo, esta será a opção mais rentável para o seu dinheiro, considerando o limite temporal de dez anos dos certificados da Série C, o que não acontece na Série B.

Quem tem títulos da anterior série há três anos e meio ou menos deve optar pelos certificados da Série C. Obterá uma rendibilidade mais atractiva no longo prazo, já que a taxa é mais elevada no final da aplicação.

Ao manter o investimento nos "antigos" certificados de aforro por mais 10 anos, após o terceiro ano e meio conseguirá uma taxa de juro bruta média de 3,006% , partindo do juro a que estão a ser remunerados os certificados cuja "renovação" se efectivou no mês de Fevereiro.

Considerando a taxa dos novos certificados, em vigor para as subscrições efectuadas em Fevereiro, a simulação efectuada pelo Negócios, que considera a manutenção do juro, revela uma taxa bruta média de 3,061% para a totalidade do período da aplicação.

Esta média consegue ser superior à da anterior Série C em resultado da maior rendibilidade apresentada pelos novos certificados nos últimos anos da aplicação. O prémio de permanência máximo da Série B é atingido logo no quinto ano, mas é de apenas 2%, enquanto, nas actuais regras, os certificados C beneficiam de um "bónus" que atinge os 2,5% já no último ano da aplicação, cifrando-se em 1,5% no nono ano.

Um ano de fuga de capital

A introdução dos novos certificados de aforro, a "Série C", não foi bem recebida pelos investidores. Demonstraram o seu desagrado com as alterações introduzidos a este produto, que penalizaram a rendibilidade, resgatando as suas poupanças. No total, e no espaço de apenas um ano, desapareceram dos certificados de aforro 997 milhões de euros. Foram resgatados 2,26 mil milhões de euros, em doze meses, o que compara com os 1,27 mil milhões aplicados em novas subscrições. O saldo líquido só foi positivo nos dois últimos meses de 2008, voltando os resgates a superar as subscrições em Janeiro.

Saldo
€-997M
Montante resgatado


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por Açor3 » 3/3/2009 14:29

DECO considera juros dos novos certificados de aforro pouco atractivos


03/03/2009


A nova fórmula de cálculo dos juros pagos pelos certificados de aforro, em vigor desde domingo, mantém as taxas em valores pouco atractivos quando comparados com a remuneração dos depósitos a prazo, defende a Associação de Defesa dos Consumidores (DECO).

“Com esta medida, o Executivo pretende evitar a ‘fuga’ crescente dos aforradores e assegurar o financiamento do Estado. Mas não convence”, refere o comunicado da DECO/Proteste. Segundo a instituição, “quem aplicar as suas poupanças na série C, em Março, beneficia de uma taxa líquida de 1,5% em vez dos 1,1% da anterior fórmula. A remuneração não anda longe da média dos depósitos a prazo (1,6%, em Fevereiro), mas fica muito aquém dos melhores, que atingem 3,5% a um ano”.

Perante as alterações, a associação aconselha a mudança para os novos certificados de aforro apenas aos investidores que tenham subscrito a anterior série B há dois anos e meio.

A DECO sublinha ainda o facto de as novas regras não abrangerem os aforradores das anteriores séries A e B que, diz, “viram as suas poupança prejudicadas durante mais de um ano e continuam, pois a fórmula não foi reposta”.

A associação recorda que a entrada em vigor do novo regime, em Janeiro de 2008, “foi muito prejudicial para os pequenos aforradores, mas também para o Estado” que perdeu 853 milhões de euros em certificados de aforro.




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por azteca » 2/3/2009 14:29

justifica então trocar os certificados b pelos c para quem tem a dois anos?
 
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por _asdrubal_ » 2/3/2009 13:30

Porquê é que estas alterações são só para a série C e a série B permanece inalterada ?
 
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por Açor3 » 2/3/2009 9:37

Poupança
Saiba como ganhar mais 7% com os certificados de aforro
Bárbara Barroso
02/03/09 00:05


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Calculadora para os certificados de aforro 01/03/09

As questões essenciais para investir em certificados de aforro 00:05
Governo garante remuneração e prémios de permanência por período de dez anos.

A partir de hoje os certificados de aforro estão a remunerar a uma taxa mais elevada. O Governo alterou a fórmula de cálculo e os prémios de permanência da série C, o que se traduz num aumento de 7% da remuneração.
Pouco mais de um ano depois de ter sido lançada a série C e, simultaneamente, ter-se alterado as regras do instrumento de poupança, o Governo voltou a mexer nas condições de um dos instrumentos de poupança preferidos dos portugueses.

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