Caldeirão da Bolsa

"Um empreendedor não se faz, mas FAZ-SE" - Belmiro

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por maverick » 31/1/2008 0:53

:clap:
Cumprimentos
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por tm1950 » 31/1/2008 0:12

O risco do Belmiro nos negócios era zero relativo ás famílias empresariais que antes serviu. Se antes ele nada tinha, nada perderia. Qual era a diferença antes nada ter e depois passar a não ter nada?...
Se ele contasse todas as verdades...
Rmartins



Por falar em verdades…

Com 25 anos de idade e a terminar o seu curso de engenheiro químico, Belmiro de Azevedo emprega-se na Empresa Fabril do Norte cujo capital era dominado pelas famílias dos Pintos de Azevedo, dos Mendonças e dos Santos.

Após pouco mais de um ano, Belmiro de Azevedo despede-se e sai em 31 de Dezembro de 1964 para integrar a Sonae em 2 de Janeiro de 1965.

A sonae era uma pequena empresa, localizada na Maia, que produzia laminados de madeira. Encontrava-se com grandes dificuldades de produção e em situação de falência técnica. Pertencia ao Grupo Pinto de Magalhães.

Belmiro de Azevedo consegue revolucionar a empresa e torná-la rentável. Gradualmente foi ganhando a confiança do accionista.

Em 1981, Afonso Pinto de Magalhães regressa do Brasil e para manter Belmiro de Azevedo na empresa cede-lhe 20% das acções por um valor simbólico. Belmiro de Azevedo distribui 20% destas acções pelos quadros da Sonae.

Em 1985, Belmiro de Azevedo torna-se o accionista maioritário da Sonae ao comprar aos herdeiros de Afonso Pinto de Magalhães (D. Carolina Pinto de Magalhães e suas três filhas) o número de acções necessário para atingir essa maioria.
 
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por R_Martins » 30/1/2008 22:55

O risco do Belmiro nos negócios era zero relativo ás famílias empresariais que antes serviu. Se antes ele nada tinha, nada perderia. Qual era a diferença antes nada ter e depois passar a não ter nada?...
Se ele contasse todas as verdades...
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por Woodhare » 30/1/2008 22:54

Sem dúvida.
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por Crómio » 30/1/2008 21:37

:clap: :clap:

Um Senhor.

Obrigado pelo post.

PS: este até ficava bem no post das citações 8-)
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

William Bernstein
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"Um empreendedor não se faz, mas FAZ-SE" - Belmiro

por Pata-Hari » 30/1/2008 20:45

Belmiro de Azevedo
"Um empreendedor não se faz, mas FAZ-SE"
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É óbvio que não há receitas milagrosas, caso contrário já a maioria dos cidadãos seria empreendedor, porque a generalidade dos jovens adoraria sê-lo. E nem todos podem sê-lo por várias razões, sendo que genericamente tenho dito que é preciso PODER SÊ-LO e de seguida assumir QUERER SÊ-LO.
O PODER SÊ-LO tem muito a ver com condições naturais genéticas, quer do ponto de robustez física, herança intelectual e uma propensão para educação permanente e uma atitude filosófica de gostar da surpresa, curiosidade intelectual, propensão para questionar, “engendrar”. É ainda preciso ter fé, atitude desportiva para entender que perder num dia significa continuar a tentar para conseguir sucesso mais adiante.

QUERER SER empreendedor significa fazer opções essenciais no domínio do balanço entre actividades profissionais, desportivas, familiares para evitar ser uma pessoa estranha, isolada na vida. Não pode ser um eremita estranho nos comportamentos, isolado num convento ou laboratório. A diversidade de vivências é um elemento essencial para que de repente, “caia do céu” uma solução ou quase solução. Às vezes é quase um só sinal (a maçã a cair da árvore) para que muitos sacrifícios e estudos anteriores, de repente, façam sentido para encontrar uma lei (teoria da gravidade, ou lei da correlação da massa e energia).

O empreendedor nunca é derrotado para sempre e espera sempre pelo tal “click” que, de repente, junta várias ideias próprias, ou de outros, e é capaz de transformar tais ideias num produto, ou processo, ou novo serviço.

É então que começa uma outra fase normalmente solicitando outros saberes nas áreas organizativas, design, marketing, etc... Só então é que poderá dar-se a passagem do inovador para o empreendedor, e, posteriormente, atingir o objectivo fundamental, de, com risco, se assumir como empresário por conta própria.

Para terminar e comentando o título que me foi dado, direi que um empreendedor não se faz, mas FAZ-SE.

Este meu contributo tem mais a ver com aquilo a que chamo pequenas e médias inovações incrementais, e menos com as chamadas inovações disruptivas em que o uso de estatísticas, poderosos laboratórios, pacientes repetições de ensaios, em ambientes universitários e laboratórios de universidades ou grandes empresas são quase condições indispensáveis.

Sonhar, saber esquecer, gostar de aprender, ter paciência para repetir, ousar, arriscar, partilhar é o caminho para ter sucesso numa vivência equilibrada do uso do tempo e da vida.

Vencedor do Prémio “Ernst & Young Entrepreneur Of The Year 2006”
(Chairman Sonae S.G.P.S. e CEO Sonae Capital

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