Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Não sei qual é a tua profissão, mas na minha um bom tecnico não é bom porque ganha muito e tem muitos equipamentos de ultima geração ao seu dispor e tem muitos cursos. um exemplo, tens 2 tecnicos que fazem o MCSE em Exchange, 1 faz uma intervenção uma vez por mês, o outro faz intervenções todos os dias, ao fim de 1 ano, o tecnico que faz intervenções todos os dias resolve os problemas muito mais rapidamente do que o outro e em tempo util.
Estás a dar exemplos do sector privado.
Mas estávamos a discutir serviços públicos. Acho que a comparação não é legítima.
Errado, isto não tem a ver com privado ou público, um bom profissional tem que usar os seus conhecimentos, senão perde competências ou não as adquire, acontece em varias profissões, não tem a ver com o sector de actividade, foi que eu quis exemplificar, esse é um problema apontado nos estudos, dai que as equipas tem que ter um numero mínimo de partos.
Elias Escreveu: mais_um Escreveu:Tu está a transformar o fecho das maternidades numa questão economica
E não é tudo uma questão económica?
Não , não é, se fosse tudo uma questão económica não era preciso serviços públicos, era tudo privado porque tudo tinha que dar lucro.
Elias Escreveu: mais_um Escreveu:, eu pelo que li sobre o assunto, pelo que se passa nos outros paises e pelas recomendações da OMS sobre assunto
E quais são as recomendações da OMS sobre o assunto? O estudo que indicaste não lhes faz qualquer referência.
Além disso o estudo refere que "O número mínimo de partos que garantem eficiência e uma rotina perinatal com garantia de qualidade contínua é apontado para 1500 partos por ano" mas não é apresentada qualquer justificação para este valor. Porquê 1500 e não 500 ou 5000?
Não sei responder-te a essa questão, não sou especialista, o que sei é que esse valor foi definido logo no arranque do projecto em 1989, inclusive os fechos das maternidades referidas foram propostos pela comissão que elaborou o estudo em 2004, por isso não me parece correcto dizer que a reorganização foi feita por motivos económicos.
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Se consideras que o ideal é ter uma maternidade em todos os concelhos do país, já agora estás a esquecer-te dos hospitais psiquiatricos, transplantes, etc.. e de todas as outras valencias publicas, a segurança, considerando o teu raciocionio deviamos ter delegações da PJ em todos os concelhos, não?
Eu não considero nada. Eu estou a questionar para perceber se vocês (e neste caso tu) achas que estes critérios fazem sentido.
Para mim fazem porque os resultados assim o demonstram. Se o numero de mortos tivesse aumentado, obviamente que os critérios não faziam sentido. Os estudos são sempre estudos, os estudos apontavam que demorava 23 anos a encher a albufeira do Alqueva e no princípio deste ano já estava a 80% e prevê-se que fique cheia daqui a 4 anos, ou seja menos 10 anos do que inicialmente previsto.
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:Para mim o Estado Social não é ter um medico, um policia, um bombeiro, etc ao pé de cada casa, como tu sugeres, porque economicamente é inviavel
Afinal eu tinha razão: é uma questão económica.
Nop, eu não escrevi que o fecho das maternidades era questão económica, escrevi que estender todos os serviços públicos como tu defendes é uma questão económica.
Mas já agora afirmas que é uma questão económica baseado em que dados? Quanto é que o estado poupou ou gastou a mais do que antigamente por ter fechado estas maternidades, sabes?
Elias Escreveu:mais_um Escreveu:já que isso representava uma carga de impostos monstruosa, não tens isso na Suecia, nem na Noruega, tem que existir uma relação custo/benefico equilibrada.
Totalmente de acordo com o que escreves. A questão é: como defines esse equilíbrio?
Se existissem critérios objectivos para definir esse equilíbrio não precisávamos de governos para nada, o que pode ser razoável para ti, não é para mim e vice-versa. Tem que se tomar decisões, por isso é que há programas de governo com propostas, todos os partidos querem melhores condições de vida (por principio), seja cá, seja em qualquer democracia, a forma de o conseguir é que é diferente.
Elias Escreveu:Olha pois ao contrário de ti eu não me importo nada de pagar impostos se esses impostos forem utilizados para prestar os serviços essenciais à população (nomeadamente saúde, educação, justiça e segurança) em vez de, como acontece por cá, servir para pagar salários a funcionários públicos e para dar rendimentos a quem não quer trabalhar.
Pois, mas eu sou mais à direita, defendo que o Estado deve assegurar um conjunto de serviços (justiça, saúde, segurança e educação), com uma qualidade custo benefício equilibrada, como sabes o Estado não é eficiente, não só cá como em muitos outros países, se o fosse, teríamos o comunismo por todo o planeta. [/quote]
Eu não me importo de pagar impostos desde que o dinheiro seja bem gasto, digo-te mais, não me importo de contribuir com mais do que recebo, mas contribuir e ver que há dinheiro mal gasto, ou quem o recebe não merece receber, não concordo.
Sobre o assunto, este projecto é a prova que é possível resolver ou minimizar os problemas existentes desde que haja vontade politica para o fazer, foi um projecto lançado por um governo, seguido por outros (no mínimo não o interromperam) e concluído por este governo, apesar de toda a demagogia que foi feita sobre o tema, tinha sido muito mais fácil estar quieto e não fazer nada, como o Guterres ou o Durão, por exemplo.
http://www.min-saude.pt/NR/rdonlyres/15 ... a_2004.pdf
http://www.min-saude.pt/NR/rdonlyres/E7 ... sAires.pdf
Um abraço,
Alexandre Santos