poucaterra Escreveu:É, de facto, estranha, para não dizer estranhíssima, a aparente apatia em relação à TD. Como explicá-la não sei, mas acredito que não faltem atiradores emboscados à espera que a caça se mostre. Cada um sabe de si e do momento apropriado para investir. Mas penso que a paciência dos que não ficaram à espera desse momento vai ser largamente recompensada.
A TD comemora este ano um século de vida. A efeméride não passou despercebida ao Jornal de Negócios que, no passado dia 21 de Dez., publicou um artigo com o sugestivo título:
“Família Teixeira Duarte, os desafios dos próximos 100 anos”.
Não sei se o artigo é premonitório de algo, mas seria eu agora a considerar estranho que a TD, tendo condições para fazê-lo, não tivesse preparado qualquer coisa de significativo para comemorar uma data tão marcante. E vejo na intensa actividade da TD actualmente, em particular na TD Imobiliária~ e na TD Construção, sinais que eu diria do lançamento dos alicerces ( ela que é uma empresa, desde os seus primórdios, especialista em fundações) de um novo ciclo, após os anos de crise que recentemente atravessou. E talvez aquele artigo do JN seja o discreto anúncio desse novo ciclo, a discrição sendo, nos dizeres do artigo, uma característica da família TD. A informação sobre essa muito intensa actividade actual e a lançar em 2021, está, em boa medida, explicitada nas Contas do 3º trimestre 2020.
Acredito também que o regresso em 2021 ao PSI 20 poderá ser a cereja no topo do bolo de aniversário da TD.
Se assim fôr , e mesmo que o não seja, aqui ficam os votos de um feliz centenário para a Teixeira Duarte da parte de um dos seus muitos pequenos acionistas.
Está lindo está a mota engil foi para os chineses será a vez da da Teixeira e duarte ir para os turcos isto de know how das construtoras portuguesas é algo que a teixeira e duarte mais tem .....
https://www.dinheirovivo.pt/economia/in ... 06357.htmlInvestidores turcos ocupam já o top 3 nos pedidos dos vistos gold
Parcerias. Da Cimpor aos portos, passando pela hotelaria e imobiliário, muitas têm sido as áreas de interesse. A construção está na mira, mas com a América Latina e África como destinos
O consórcio que ganhou a construção e concessão do novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa, em
O consórcio que ganhou a construção e concessão do novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa, em Santa Apolónia, é liderado pela turca Global Ports Holding © Jorge Amaral / Global Imagens
Portugal desperta cada vez mais interesse aos investidores turcos e a prová-lo estão os números dos vistos gold. Basta ter em conta que, em 2016, a Turquia não constava sequer da tabela das cinco nacionalidades com maior número de autorizações de residência para investimento concedidas e que, atualmente, está já na terceira posição, à frente de países como a Rússia e a África do Sul, e só suplantada pelo Brasil e, claro, pela China, país de onde são oriundos os investidores de mais de metade dos 9389 vistos gold concedidos desde o arranque do programa em outubro de 2012. Do cimento aos portos, passando pela indústria mineira, construção, agroalimentar ou setor hoteleiro, vários são os exemplos dos investimentos turcos em território nacional. E há mais a caminho, diz João Pestana Dias, CEO da Associação Portuguesa de Cooperação com a Turquia, que fala numa "nova era" nas relações bilaterais e no "interesse comum" em aumentar o fluxo de negócios entre os dois países.
Os últimos dados disponíveis referem-se a outubro e mostram que, nos primeiros dez meses de 2020, as exportações portuguesas para a Turquia cresceram 0,8% para 457,3 milhões de euros. Em contrapartida, as importações nacionais caíram 27% no mesmo período e ficaram-se pelos 591,7 milhões de euros. Em 2019, Portugal exportou bens no valor de quase 556 milhões para Ancara, com especial destaque para os químicos, pastas celulósicas e papel e os veículos e outro material de transporte. Em contrapartida, compramos artigos no valor de 962 milhões de euros, em especial metais comuns, veículos e outro material de transporte e artigos têxteis. Celbi, Continental Mabor, Navigator, TMG e Yazaki Saltano são algumas das principais exportadoras nacionais para este mercado.
Portugal foi, em 2019, o 36º cliente - era o 45º em 2015 - e o 49º fornecedor da economia turca. Já na economia nacional, a Turquia é o 14º cliente internacional das empresas portuguesas e o 13º fornecedor. Quanto ao investimento, destaque para os 768,3 milhões de euros aplicados por investidores turcos em Portugal em 2019, contra os 5,34 milhões investidos por empresas portuguesas na economia de Ancara.
Estes números foram muito influenciados pela compra da Cimpor, anunciada em 2018 mas que só em 2019 obteve as necessárias autorizações das entidades europeias, um negócio de 700 milhões de euros. Comprada pela Oyak, um dos maiores grupos industriais da Turquia, a Cimpor "emagreceu", ficando reduzida aos ativos da unidade de Portugal e Cabo Verde. Os restantes ativos, no Brasil, Argentina, Paraguai, África do Sul, Moçambique e Egipto, ficaram nas mãos dos brasileiros da InterCement, sob a designação de InterCement Portugal. Mas em entrevista ao Jornal de Negócios, Luís Fernandes, CEO da Cimpor Portugal e Cabo Verde, garante que a intenção do acionista é "engrandecer o grupo", tornando-o um "grande player internacional", "suplantando o posicionamento que tinha há uns anos atrás".
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A mais recente aposta da cimenteira é na redução da sua pegada ambiental, estando previsto que invista 100 milhões de euros, até 2030, para reduzir em 37% as suas emissões de CO2, ao mesmo tempo que baixa a sua fatura energética. O primeiro passo é dado já este ano com a instalação de painéis fotovoltaicos nas pedreiras da empresa.
Mas não faltam outros exemplos. A Yilport Holding, que detém ativos em 10 países, é líder da atividade portuária em Portugal, depois de ter comprado as concessões da Tertir à Mota-Engil e ao Novo Banco, em 2015, por 300 milhões. Gere sete terminais em Lisboa, Setúbal, Aveiro, Figueira da Foz e Leixões. Nesta área, destaque, ainda, para a Global Ports Holding que ganhou, em consórcio, a construção e operação do novo terminal de cruzeiros de Lisboa.
Na exploração mineira alentejana temos a ESAN e no agroalimentar, entre outros, há a Fruits of Life, que escolheu Campo Maior para instalar uma fábrica de processamento de frutos secos. No imobiliário são vários os exemplos de investimentos, caso das apostas dos grupos KREA e METEM Group na baixa de lisboeta. Na hotelaria, destaque para a Casa dell"Arte Club Lisbon, investimento de dois milhões da família Büyükkuşoğlu. Mas João Pestana Dias acredita que o potencial de relacionamento entre os dois países está "muito longe" de ser alcançado e garante que, "depois de algum abrandamento no último ano e meio", há um estreitar de laços e uma nova disponibilidade para o estabelecimento de parcerias.
A Associação Portuguesa de Cooperação com a Turquia - The Trade Connection Portuguese Turkish Network tem estado a mediar conversas entre investidores turcos e empresas portuguesas em áreas várias, da construção à indústria têxtil, passando pelos serviços. Há empresas turcas "muito interessadas"
no know how das construtoras portuguesas com obras na América Latina e disponíveis para joint ventures nestes mercados e em países africanos, garante. E a DS Damat, a "mais relevante marca de vestuário" na Turquia, está com intenções de entrar no mercado português.E é para juntar todos estes potenciais interesses, que a associação se prepara para trazer a Lisboa investidores para uma semana de negócios Portugal-Turquia, em abril. Este responsável acredita que os resultados deste "novo ciclo" estarão visíveis no próximo triénio. "Vamos começar na ver mais marcas turcas em Portugal e também marcas portuguesas na Turquia", diz. Pestana Dias lembra que este é um país com 82 milhões de habitantes, cujo PIB cresceu 6,7% no terceiro trimestre de 2020, e que se prevê que, em 2030, seja a quinta maior economia mundial.
Sobre a mudança das regras dos vistos gold para 2021, que deixa de fora deste programa os investimentos realizados nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, João Pestana Dias não se mostra preocupado. "Tendo em conta o tipo de investimentos que vão ser feitos, com certeza que existirão outro tipo de benefícios ou incentivos fiscais", defende.