Sim, no MLP (muito longo prazo acima dos 10 anos), o preço do barril descerá até aos $20 (só permite margem de lucro na produção aos países do Golfo Pérsico, os únicos que vão manter produção significativa para lá de 2035 (altura em que 1/3 das necessidades de transporte serão já a eletricidade e hidrogénio).
Durante anos verás spikes e pressão intermitente nos preços por fatores exógenos e endógenos como os atuais - saída de uma diabólica recessão Mundial e necessidade de todos os recursos energéticos para que a macro-economia avançe, em 6 meses, para o quase pleno emprego. Sabendo disso, OPEP definiu uma política de aumento de quotas (de produção) a conta-gotas, para pumpar o preço do crude.
e.g. Pensar numa escada (cada degrau são 6 meses), em que
por cada 2 degraus que se suba (aumento de preços),
virão depois 3 degraus a descer (descida de preços). A eletrificação/hidrogeneização dos transportes em 2035 deverá representar 45% do parque automóvel mundial, 20% dos camiões, 8% dos barcos e 5% dos aviões.
i.e. No MP e LP, vamos assistir a ciclos intermitentes de subidas a $110 por causa da recuperação da recessão pandémica (e devido à menor produção shale oil vs 3ºtrim 2019), e descidas cada vez mais frequentes a $50,$40 e mesmo $30, porque:
1 - todos os anos, cumulativamente, mais 4% dos carros novos vendidos serão elétricos; camiões começarão em 2022 (a hidrogénio sobretudo), barcos e aviões (em 2025 quase só a hidrogénio)
2 - todos os anos, 95% da eletricidade NOVA produzida vai ser via renováveis, e vão-se desafectar centrais termoelétricas e a carvão
3 - Basta que o consumo Mundial decaia 1% que a repercussão no preço do barril oscilará entre -7% e os -10% (descidas até 10% por variação negativa de 1% no consumo nos primeiros anos).
A lenta substituição dos hidrocarbonetos pela eletrificação+hidrogeneização é irreversível! (40 anos para a mudança total)