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Caldeirão da Bolsa

Petróleo...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por salvadorveiga » 19/7/2008 23:38

Ca para mim isto e' como a cena de Pearl Harbour, em que os Japoneses andavam a negociar e em conversações em tratados de não agressão etc, para apenas ganharem tempo de modo a terem o plano de ataque a Pearl Harbour pronto.

Obviamente aqui não vislumbro um ataque, mas na minha opiniao, e' bem plausivel que estas conversaçoes, recuos e avanços, são apenas fachada até eles terem ja' tudo "tratado".

Quando tiverem o programa concluido, os EUA ate' podem ameaçar, mas ai eles dizem, voces atacam mas nos ja temos bombas atomicas prontas a lançar...
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por Be Cool » 19/7/2008 22:41

...
Estão a tentar ganhar tempo, a fazer render o peixe e a enervar os adversários. E nisso tem-se mostrado especialistas. A corda vai esticando...esticando... vamos a ver de que lado quebra.
...
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por Evv » 19/7/2008 22:35

a resposta foi nim, querem mais tempo, será que arepresentação iraniana nºao tinha poderes para decidir? ou simplesmente como em qualquer negociação estão à espera duma melhor proposta?
 
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por Be Cool » 19/7/2008 22:35

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Não vale a pena ter muitas ilusões...

Irão recusa novas discussões sobre a suspensão do seu programa nuclear 19.07.2008 -
18h17 PÚBLICO, com agências

O principal negociador para as questões nucleares iranianas, Saeed Jalili, afastou hoje qualquer hipótese de a suspensão do enriquecimento de urânio pelo Irão voltar a ser discutida em futuras negociações com as seis potências internacionais, que têm pressionado Teerão a abandonar o seu programa nuclear em troca de incentivos financeiros e diplomáticos.

No final do encontro de hoje, em Genebra, Suíça, com uma delegação liderada pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, e no qual esteve ainda presente o sub-secretário de Estado William Burns, “número três” da diplomacia americana, Jalili sublinhou que o Irão só está disposto a discutir “pontos comuns do pacote” de propostas dos Seis.

O Irão deveria dar hoje uma resposta a um novo pacote de incentivos financeiros e diplomáticos para a suspensão do seu programa nuclear apresentado no mês passado por Solana, em nome das seis potências internacionais Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha.

De acordo com Javier Solana, a delegação iraniana não deu uma “resposta clara” às propostas dos Seis, estando previstos novos contactos dentro de duas semanas entre as partes numa data a anunciar.

Segundo diplomata iraniano presente nas conversações de hoje citado pela Reuters, não há qualquer dúvida de que o programa nuclear de Teerão não irá sofrer interrupções. “Claro que não discutiremos esse tópico no próximo encontro com Solana. Primeiro gostaríamos de discutir pontos comuns e, se um acordo for alcançado, então poderemos discutir os nossos diferendos”, disse o mesmo responsável, reforçando que é “um direito” do Irão “nunca abandonar o seu direito ao nuclear”.

Os Estados Unidos já reagiram ao impasse que caracterizou o encontro em Genebra, defendendo que a delegação iraniana terá que escolher entre a cooperação e o confronto e abandonar os seus projectos nucleares mais polémicos. “Esperamos que o povo iraniano compreenda que os seus líderes terão que escolher entre a cooperação, que traria benefícios para todos, e o confronto, que apenas levará a um maior isolamento”, disse aos jornalistas Sean McCormack, porta-voz do Departamento de estado norte-americano.

Sean McCormack explicou que o sub-secretário de Estado William Burns, que esteve presente no encontro de hoje na Suíça, não teve encontros bilaterais com qualquer membro da delegação iraniana, como chegou a ser avançado.

Também a Rússia se manifestou perante o silêncio iraniano, com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Kisliak, a sublinhar que Moscovo espera que o Governo de Teerão responda “dentro de duas semanas” à oferta dos Seis e esteja disposto a “garantir a estabilidade política em torno desta questão” caso responda de forma favorável.
...
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por Dilson Costa » 19/7/2008 22:20

"the trend is over"

Não significa necessáriamente que estamos a beira de um colapso ou de uma forte correcção.
Na bolsa como na vida, tudo é possível...
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rebound do oil na próxima semana?

por patacas » 19/7/2008 18:13

Negociações terminam sem resposta clara do Irão a propostas dos Seis
19.07.2008 - 16h29 PÚBLICO, com agências
O Irão não deu uma “resposta clara” às propostas apresentadas pelo chefe da diplomacia da União Europeia, Javier Solana, para que Teerão suspenda o seu programa nuclear. No final de um encontro que decorreu hoje em Genebra, onde pela primeira vez desde o início das conversações sobre o dossier nuclear iraniano esteve presente um alto dirigente norte-americano, Solana anunciou que as duas partes vão voltar às negociações dentro de duas semanas.

“Não recebemos uma resposta clara. Não recebemos uma resposta de ‘sim’ ou ‘não’ mas esperamos que seja dada em breve”, disse Javier Solana aos jornalistas no final do encontro com a delegação iraniana, liderada pelo principal negociador para as questões nucleares, Saeed Jalili, e na qual esteve presente o sub-secretário de Estado William Burns, “número três” da diplomacia americana.

O Irão deveria dar hoje uma resposta a um novo pacote de incentivos financeiros e diplomáticos para a suspensão do seu programa nuclear apresentado no mês passado por Solana, em nome das seis potências internacionais Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha.
 
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por Economista33 » 18/7/2008 23:37

Agora as tuas questões é que me estão cada vez mais a indicar que o teu objectivo não é compreender a AT mas sim diminui-la pois esse tipo de perguntas e dúvidas são completamente pré-formatadas, ou seja são um pre-conceito que tu tens.
[/quote]

Posso ter um preconceito relativamente à AT, mas estaria completamente disposto a ultrapassar isso, se houvesse estudos que a indicassem como válida. Até agora ainda ninguém indicou um estudo que a valide. O que me propõem é que a estude.
Seria como se eu quisesse saber a validade da astrologia e me mandassem para um astrólogo :).
Mas tudo bem, amigos na mesma.

Abr
 
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por Economista33 » 18/7/2008 23:21

Cali Escreveu:
Economista33 Escreveu:Mas a minha pergunta mantém-se: alguém conhece estudos cientificos que validem ou invalidem a AT?
Abr


Eu respondo com outra pergunta: alguem conhece estudos cientificos que validem a existencia do vento? O facto é que ninguem o vê! Contudo, a uns constipa-os, a outros diverte-os, a outros enriquece-os.


Eu não perguntei se a AT existia ou não! Perguntei se era válida!

Abr
 
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por Nyk » 18/7/2008 21:40

Petróleo sofre maior queda semanal em três anos
O petróleo está hoje a negociar em queda pela quarta sessão consecutiva, acumulando na semana uma desvalorização de 11%, a maior dos últimos três anos. A perspectiva de uma solução para o programa nuclear do Irão explica parte da descida.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


O petróleo está hoje a negociar em queda pela quarta sessão consecutiva, acumulando na semana uma desvalorização de 11%, a maior dos últimos três anos. A perspectiva de uma solução para o programa nuclear do Irão explica parte da descida.

Em Nova Iorque o crude desce 0,29% para 128,92 dólares, enquanto na bolsa de Nova Iorque recua 0,67% para 130,19 dólares. No acumulado da semana os preços recuaram cerca de 11%, ou 17 dólares por barril, algo que já não ocorria desde Dezembro de 2004.

A queda nas cotações da matéria-prima está relacionada com o facto de a administração Bush ter decidido participar nas negociações com vista a resolver o conflito relacionado com o programa nuclear do Irão.

O presidente dos Estados Unidos enviou o terceiro responsável máximo do Departamento de Estado para as negociações multilaterais a decorrer este fim-de-semana em Genebra. Esta é a reunião de mais elevado nível desde 1979.

A perspectiva de ocorrer um conflito militar entre o Irão e Israel provocou uma forte alta no petróleo nas últimas semanas, pelo que o aliviar destas tensões está agora a servir para a correcção nos preços.

A perspectiva de que o abrandamento das economias possa vir a reduzir a procura também levou as cotações a desvalorizar.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
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por Nyk » 18/7/2008 16:31

Petróleo valoriza depois de queda acentuada
Os preços do petróleo seguem a valorizar, a recuperar da maior queda de três dias dos últimos três anos, com os investidores a acreditarem que os preços sofreram uma queda demasiado elevada para um curto espaço de tempo. Também a instabilidade vivida no Irão volta a penalizar a negociação.

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Lara Rosa
lararosa@mediafin.pt


Os preços do petróleo seguem a valorizar cerca de 1%, a recuperar da maior queda de três dias dos últimos três anos, com os investidores a acreditarem que os preços sofreram uma queda demasiado elevada para um curto espaço de tempo. Também a instabilidade vivida no Irão volta a penalizar a negociação.

O West Texas Intermediate (WTI) perdia 0,97%, em Nova Iorque, para os 130,55 dólares, e em Londres o Brent do mar do Norte, que serva de referência à economia europeia, ganhava 0,50% para os 131,73 dólares.

Ontem, os preços afundaram tendo mesmo negociado nos 128 dólares em Nova Iorque. A perspectiva de que o abrandamento das economias pudesse vir a reduzir a procura levou as cotações a desvalorizarem.

Com as cotações petrolíferas em valores cerca de 10% inferiores aos máximos da passada sexta-feira, acima dos 147 dólares, a procura de contratos petrolíferos aumentou com os investidores a aproveitarem os preços mais atractivos.

Os investidores “provavelmente pensam que a queda dos últimos dias foi um pouco exagerada” afirmou Rick Mueller director de mercados petrolíferos da Energy Security Analysis citado pela Bloomberg.

Também a contribuir para a valorização do petróleo estão as declarações do responsáveis do Irão, que afirmaram que bloqueariam o Estreito de Hormuz, por onde passa cerca de um quinto das rotas petrolíferas mundiais, caso as suas instalações nucleares fossem atacadas.
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por Nyk » 18/7/2008 8:11

Petróleo volta aos ganhos acima dos 130 dólares em Nova Iorque
O petróleo está novamente a valorizar, acima da fasquia dos 130 dólares em Nova Iorque, a recuperar da forte queda registada na sessão de ontem, impulsionado pela quebra nos fornecimentos da Nigéria e pela melhoria das perspectivas para as economias mundiais por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


O petróleo está novamente a valorizar, acima da fasquia dos 130 dólares em Nova Iorque, a recuperar da forte queda registada na sessão de ontem, impulsionado pela quebra nos fornecimentos da Nigéria e pela melhoria das perspectivas para as economias mundiais por parte do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, seguia a valorizar 0,77% para 130,30 dólares. Tendência acompanhada pelo Brent, do Mar do Norte, que serve de referência às importações nacionais. No mercado londrino, o barril estava a cotar nos 132 dólares, em alta de 0,71%.

Ontem, os preços afundaram. A perspectiva de que o abrandamento das economias pudesse vir a reduzir a procura levou as cotações para baixo dos 130 dólares. No mercado norte-americano o WTI chegou a ser negociado nos 129,56 dólares. Esta semana, e apesar da subida de hoje, o petróleo regista uma quebra de mais de 10%, a maior queda dos últimos três anos.

As cotações estão, assim, a corrigir das quedas acentuadas recentes, mas também a reagir à redução dos fornecimentos por parte da Nigéria, devido a problemas com os oleodutos que ligam ao terminal de Brass. Além disso, o facto do FMI ter revisto em alta as previsões de crescimento das economias para 2008 e 2009, também contribuiu para a valorização dos preços, na perspectiva de uma maior procura mundial.
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por Crómio » 17/7/2008 23:39

A AT, consegue "ver" qual a acção que vai subir mais ou descer menos, no prazo de um dia ou um mês por exemplo?

Não, isso seria futurologia e não AT.

Será que o Warren Buffet, utiliza AT?

Não o Warren Buffet, como TODA a gente sabe é um Analista Fundamental por excelência, portanto está-se perfeitamente nas tintas para a AT.

No entanto outros de grande sucesso não, e até se dão bem com ele, simplesmente não discutem estes assuntos porque têm formas de estar no mercado completamente diferentes.

Agora as tuas questões é que me estão cada vez mais a indicar que o teu objectivo não é compreender a AT mas sim diminui-la pois esse tipo de perguntas e dúvidas são completamente pré-formatadas, ou seja são um pre-conceito que tu tens.

Se não concordas tens duas hipóteses, ou tentas compreender melhor a disciplina para poderes verificar se o que te disseram ou leste acerca da ineficiência da AT é real (forma científica), ou então se não te queres esforçar um bocadinho para a compreender especializa-te numa que te agrade mais ( a análise fundamental é capaz de te interessar).

Aproveita a discussão para aprenderes e não para a tornar numa discussão Benfica-Sporting.

Lê o tópico do Marco se quiseres aprender alguma coisa, se não o desejas, acho que não vale a pena continuar a responder às tuas questões.

Abraço
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por Economista33 » 17/7/2008 23:20

joaolc Escreveu:A análise técnica faz todo o sentido. São algoritmos que procuram descrever as reacções da generalidade dos investidores com base nas reacções anteriores. Tal faz com que esta nem sempre acerte, mas pode ajudar a por a probabilidade de se ganhar acima dos 50%.


Acima de 50%, para mim que tenho um espirito cientifico, é muito pouco. Tanto pode ser 51%, como 99 ou 100%.
A AT, consegue "ver" qual a acção que vai subir mais ou descer menos, no prazo de um dia ou um mês por exemplo?
Será que o Warren Buffet, utiliza AT?

Abr
 
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por Crómio » 17/7/2008 22:58

O problema aqui é prever o futuro com base no passado!

Bem...se formos por aí isso é mais uma questão metafísica...

O presente é um reflexo do passado, o futuro será o reflexo do presente...

Também podíamos dizer que o passado e o futuro não existe, que só existe um eterno presente.

Quer a AT quer a AF têm como base o passado e o presente para tentar prever o futuro, agora existe uma diferençã entre futurologia e AT ou AF.

Por exemplo e ainda em relação à AT ser bruxaria ou astrologia, isso faz-me lembrar os price targets que são apresentados todos os dias, em que a maior parte das vezes nem sequer têm uma base sólida de AF, é uma coisa por feeling do analista... ou mais certamente por encomenda de um trabalho...

Parece uma profecia daquelas que se auto-cumprem. Se houver grande parte dos investidores que utilizem a AT, é óbvio que existe um efeito "arrastão".

Sim, esse efeito efectivamente existe mas é uma faca de dois gumes, se por um lado a AT tende por vezes a ser self-fulfilling, por outro lado torna-se cada vez mais difícil de utilizar a AT dado que cada vez mais especuladores se recorrem dela, viciando os comportamentos das acções e provocando muito mais frequentemente falsos breaks.

Mas a minha pergunta mantém-se: alguém conhece estudos cientificos que validem ou invalidem a AT?

Existem alguns estudos e alguns deles até intensivos (neste momento tinha de consultar ali uns documentos para te dar o nome do Sr.mais conhecido nesse campo, mas certamente outros te poderão dar o nome e mesmo o site dele), mas é muito difícil provar estatisticamente a AT.

Porquê?
Porque para já a AT tem como base uma interpretação individual do comportamento gráfico do que quer que seja, identificar um padrão, um suporte ou resistência não tem regras rígidas, ou antes tem princípios básicos mais ou menos válidos conforme quem os utiliza.

Eu posso ver uma resistência onde mais ninguém a vê, isso por si e à partida é mau sinal, mas eu posso ter uma resistência como válida e outro não achar assim.

Para isso aconselho-te a ler este excelente tópicodo Marco António.

Depois ainda tens o problema da gestão de risco e de money managment, que varia de especulador para especulador.

Mas mesmo que se conseguissem definir regras bem claras do acima citado, quando se passa à prática e se tenta validar estatísticamente um padrão ou uma resistência é muito difícil porque não se consegue automatizar o processo informáticamente.

É muito difícil programar uma análise de padrões e linhas de tendência e aplicar isso a dezenas de anos em milhares de acções para no fim se poder ter uma análise estatística cientificamente sólida.

O trabalho tem então que ser feito manualmente por pessoas... e lá está, cada um vê diferente do outro e portanto, estatísticamente será difícil ter certezas.

Mas como te disse, houve já quem fizesse isso, e esse trabalho tem adeptos a favor e contra dentro da AT.

Portanto a AT depende muito de quem a utiliza, e da forma como a utiliza, não é uma ciência exacta, podemos vê-la talvez como uma arte, e como nestas coisas da arte uns são mais artistas que outros e existem muitos estilos.

Mas não duvides que a AT tem validade, muitas fortunas se fazem, fizeram e farão exclusivamente baseadas em AT.

Esta é a minha visão, mais ou menos resumida, mais ou menos correcta às questões que colocas, e peço aos utilizadores do Caldeirão que encontrem alguma incorrecção que me assinalem.

Um Abraço
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por jlncc » 17/7/2008 22:57

Esqueci-me de acrescentar,

Seguindo este raciocínio, parece-me óbvio que a análise técnica é um instrumento útil.

Não conheço nenhum estudo, mas estou confiante que caso exista algum este apontará que os sinais tecnico estão certos mais de 50% das vezes. O problema é que existem também os erros humanos, que são os mais importantes de todos, na minha humilde opinião.
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por jlncc » 17/7/2008 22:53

A análise técnica faz todo o sentido. São algoritmos que procuram descrever as reacções da generalidade dos investidores com base nas reacções anteriores. Tal faz com que esta nem sempre acerte, mas pode ajudar a por a probabilidade de se ganhar acima dos 50%.

Quando se diz, já subiu muito está-se a fazer uma análise técnica muito muito rudimentar, por exemplo...


Esta é a minha visão da coisa, naturalmente posso estar errado.
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por Cali » 17/7/2008 22:34

Economista33 Escreveu:Mas a minha pergunta mantém-se: alguém conhece estudos cientificos que validem ou invalidem a AT?
Abr


Eu respondo com outra pergunta: alguem conhece estudos cientificos que validem a existencia do vento? O facto é que ninguem o vê! Contudo, a uns constipa-os, a outros diverte-os, a outros enriquece-os.
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por Economista33 » 17/7/2008 22:12

Compreendes uma média móvel por exemplo?
Não me parece coisa de bruxaria...

Já reparaste numa Linha de Tendência ou num Suporte ou Resistência?


O problema aqui é prever o futuro com base no passado! Parece uma profecia daquelas que se auto-cumprem. Se houver grande parte dos investidores que utilizem a AT, é óbvio que existe um efeito "arrastão".

Mas a minha pergunta mantém-se: alguém conhece estudos cientificos que validem ou invalidem a AT?
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por Paionense » 17/7/2008 21:57

O que eu me rio neste forum!

:mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Fantástico, melhor mesmo só os malucos do riso na praia
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por Crómio » 17/7/2008 21:47

Há algum estudo sobre a validade da AT?


Há, é o estudo que se faz para a compreender.

Se leres o Caldeirão e procurares informação acerca da análise técnica, vais encontrar resposta às tuas dúvidas.

A AT é uma ferramenta de análise baseada exclusivamente no comportamento e na variação do subjacente ao estudo.

Compreendes uma média móvel por exemplo?
Não me parece coisa de bruxaria...

Já reparaste numa Linha de Tendência ou num Suporte ou Resistência?

Primeiro tens de ler um bocadinho acerca disso, depois experimentas verificar se efectivamente a Análise Técnica é uma ferramenta para ti ou não.

Existem vérias disciplinas dentro da AT, por exemplo alguns baseiam-se exclusivamente em suportes e resistências, outros incluem indicadores na análise, outros só se baseiam em padrões, ou então fazem um mix e utilizam um pouco de tudo.

Depois há outros que só se baseiam em teoria de Elliot ou Gann, estas duas um pouco mais esotéricas e renunciadas por alguns adoradas por outros, portanto podes ver que a AT não é uma Ferramenta igual para todos...

A imaginação também é uma ferramenta...
Simplesmente existem pessoas que têm uma péssima capacidade para reconhecer padrões ou qualquer tipo de resistência num gráfico e por isso preferem outra abordagem.

Existe o Grande Ramo da Análise Fundamental, cujos princípios não têm absolutamente nada a haver, mas no entanto é também utilizada por muitos adeptos da AT, e vice versa.

AT resulta melhor no curto médio prazo e é muito utilizada para escolher o timming de entrada ou saida por um Analista Fundamental.

Aconselho-te a experimentar.

Abraço
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por Economista33 » 17/7/2008 21:18

Qual a "cientificidade" da AT?
A AT sempre me pareceu uma espécie de bruxaria.Aliás estes gráficos são bastante parecidos com os mapas astrais.
Há algum estudo sobre a validade da AT?
A AT é válida por quanto tempo? 1 dia? 1 mês? 1 ano?

Abr
 
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por Nyk » 17/7/2008 20:37

Petróleo abaixo dos 130 dólares em Nova Iorque
As cotações do petróleo já caíram mais de 5% em Nova Iorque na sessão de hoje, seguindo abaixo dos 130 dólares por barril pela primeira vez em seis semanas.

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Carla Pedro
cpedro@mediafin.pt


As cotações do petróleo já caíram mais de 5% em Nova Iorque na sessão de hoje, seguindo abaixo dos 130 dólares por barril pela primeira vez em seis semanas.

Os analistas citados pela Bloomberg dizem que os sinais de abrandamento do crescimento económico muncial estão a contribuir para esta queda, já que se receia que haja uma diminuição da procura de combustível.

No entanto, alguns operadores inquiridos pelo “International Herald Tribune” admitem não ter ainda a certeza se se trata de uma reviravolta no mercado ou se é apenas uma pausa para aliviar das fortes subidas, o que anima os “bullish”, já que as empresas ligadas ao consumo ganham com este panorama e as bolsas, por consequência, também.

As praças mundiais têm estado a ganhar terreno com a queda do crude. Mesmo a bolsa londrina, que ontem foi a única do Velho Continente a ceder terreno – devido ao peso da Shell, que foi penalizada pela desvalorização do “ouro negro” – já fechou hoje a ganhar mais de 2%. A Galp, que ontem foi bastante castigada pelo mesmo motivo – e pelo imposto Robin dos Bosques – também já conseguiu encerrar hoje em terreno positivo.

O West Texas Intermediate (WTI) seguia a perder 3,74% no mercado nova-iorquino (NYMEX), para os 129,57 dólares por barril. As cotações têm estado a registar uma forte volatilidade, ao sabor do clima geopolítico e dos dados macroeconómicos que vão sendo divulgados. As cotações chegaram mesmo a cair para 129 dólares, o mais baixo nível desde 6 de Junho. Ainda assim, as cotações estão 74% acima dos níveis de há um ano, neste dia que marca a véspera do início da crise do “subprime”.

O WTI já esteve hoje a ganhar mais de 1,5%, nos 136,75 dólares, impulsionado pelas tensões na Nigéria, por dados melhores do que o esperado nos EUA e pela revisão em alta do crescimento económico mundial feita pelo FMI.

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para a Europa, seguia a ceder 3,20% para os 131,46 dólares, depois de já ter estado a negociar nos 137,85 dólares.

As opções para o contrato de Agosto do WTI expiram hoje no fecho da sessão do NYMEX, o que também pode explicar esta forte queda dos preços, segundo a Bloomberg.
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por Laaz Rockit » 17/7/2008 19:13

CNNMoney.com
Some oil producers see now as time to sell
Thursday July 17, 1:30 pm ET
By Steve Hargreaves, CNNMoney.com staff writer


In the last three days oil prices have fallen by roughly $10 a barrel. Many analysts say slackening demand, or the threat of it, is the main culprit.
But another force could be at work in the background. Last week various analysts said there was talk that Mexico, the world's fifth largest oil producer, was hedging its bets - the country was said to be signing contracts to deliver oil several years into the future at today's prices. Essentially, it was betting oil prices have peaked.

"This is a smart move," said Phil Flynn, senior market analyst at Alaron Trading in Chicago, who also thinks there's a good chance price have peaked. "If I were an oil producer, I'd want to lock in these prices."

Analysts say if other oil producers follow suit and lock in future contracts, that could be one thing that would cause oil prices to fall, far and fast.

But it's hard to tell if that's happening because information about who is buying what is kept private for competitive reasons.

"I don't know who else is doing it," said Nauman Barakat, an energy trader at Macquarie Futures, and one of the traders who mentioned the Mexico news in a research note. "There's been a lot of talk, but it's kept very confidential."

One analyst, speaking on background only, said he had confirmed Mexico was locking in futures contracts. He said it was being done at the behest of the Mexican government, eager to balance a long-term budget, rather than a bet by state oil company PEMEX, that prices will fall.

But could Mexico's move inspire similar steps from other oil producers, and cause oil prices to fall further?

"Absolutely," said Neal Dingmann, senior energy analyst at Dahlman Rose & Co., a New York-based energy investment boutique. "It could create a top in [oil prices] in the near term."

Dingmann said about 50 percent of the production from the firms he covers - mostly small firms - has been sold for future delivery at today's prices.

Why isn't everyone doing it?

The selling from Mexico also begs another question: Oil companies and OPEC have long said oil prices are too high - driven by Wall Street speculators and a falling dollar rather than supply and demand.

So if they really think prices are too high, why aren't they all locking in contracts now?

For starters, it's believed some heavyweights, like Saudi Arabia and Exxon Mobil, don't play the futures market at all - they don't get into the complicated dance of buying and selling futures contracts on NYMEX or any other markets.

In vastly simplified terms, they take whatever price is being offered when their tankers pull into port.

Second, there aren't enough takers for these types of contracts. There simply aren't enough people who are willing to pay $135 dollar for a barrel of oil delivered in 2013, said Fadel Gheit, a senior energy analyst at Oppenheimer.

"Exxon produces 1.2 billion barrels of oil a year," said Gheit. If someone locked in all that production for five years out at today's prices, and crude fell 20%, "it would be a disaster," he said.

For Saudi Arabia and other OPEC counties, non-OPEC oil producers like PEMEX locking in future contracts is a problem.

When the price of oil falls OPEC likes to pump less oil to keep prices up. If producers sign long term contracts, they're obligated to pump that oil making it more difficult for OPEC to control prices.

"You get stuck with this extra production that's out there," said John Kilduff, an energy analyst at MF Global in New York. "Then OPEC has to reduce market share just to maintain price."

On the New York Mercantile Exchange, things are looking fairly balanced for the first time in a long time.

Big commercial users of oil, like refineries, trucking companies and airlines, are holding just slightly more "short" contracts - contracts where they are betting the price of oil will fall - than "long" contracts, according to Addison Armstrong, director of market research at Tradition Energy Futures, an energy brokerage based in Stamford, Conn.

Previously, non-commercial users had been betting prices would fall, and much of the runup in oil prices over the last few months was a result of them selling or closing out those short contracts and buying long ones, said Armstrong.

Meanwhile, non-commercial users - like banks and pension funds - are holding just slightly more long positions. The market, said Addison, is pretty well balanced.

However, that doesn't mean we won't see more of the huge price swings of the last few days, swings that have come to characterize the oil market of late.

"I wouldn't bet on less volatility," said Armstrong.
O cérebro tem uma capacidade tão grande que hoje em dia, praticamente, toda a gente tem um.
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por Quico » 17/7/2008 19:12

Pode ser uma falsa rotura, mas com o duplo topo a ajudar, podemos estar perante o início de uma correcção no crude.
Vale a pena estar atento! :wink:
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por Nyk » 17/7/2008 19:04

Petróleo volta a negociar em queda
O petróleo voltou a negociar em queda, mostrando-se incerto quanto à tendência a seguir. Depois de ter estado a negociar em queda durante a manhã e já ter ganho mais de 1% nos mercados de referência, a matéria-prima segue agora a desvalorizar.

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Lara Rosa
lararosa@mediafin.pt


O petróleo voltou a negociar em queda, mostrando-se incerto quanto à tendência a seguir. Depois de ter estado a negociar em queda durante a manhã e já ter ganho mais de 1% nos mercados de referência, a matéria-prima segue agora a desvalorizar.

O West Texas Intermediate (WTI) perdia 0,67% para os 133,70 dólares em Nova Iorque, e em Londres o Brent do mar do Norte, que serve de referência à economia portuguesa, desvalorizava 0,50% para os 135,13 dólares.

A matéria-prima voltou a inverter dos ganhos superiores a 1% que registou depois da divulgação do aumento das construções de casas novas nos EUA e do aumento menor que o esperado dos pedidos de subsídios de desemprego na maior economia do mundo. Estes dados levaram os investidores a acreditar que a procura de combustíveis poderia não diminuir de forma tão acentuada como se estava a prever, uma vez que a economia estava a revelar sinais positivos.

Os próprios operadores questionam se esta tendência de queda é para se manter ou se o petróleo está apenas a aliviar dos últimos ganhos. O que é certo é que a matéria-prima já perdeu cerca de 13 dólares desde que superou os 147 dólares na passada sexta-feira.

“O mercado está a agir de forma muito diferente ao período ‘bull’” afirmou James Cordier, presidente do Liberty Trading Group na Florida, citado pelo “International Herald Tribune”.

“Eu penso que é por causa dos fundamentais estarem finalmente a passar de extremamente ‘bulish’ para ligeiramente ‘bearish’. Mas ligeiramente ‘bearish’ é o suficiente para inclinar o mercado”, acrescentou.

Também a contribuir para a desvalorização do barril de petróleo estão os planos para renovar os contactos diplomáticos entre os EUA e o Irão, o que alivia os receios de conflitos. Possíveis conflitos que envolvam o Irão poderiam pôr em causa a produção petrolífera do país, que é o segundo maior produtor de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e que ameaçou impedir a passagem de crude pelo Estreito de Ormuz, por onde transita cerca de 40% da produção do Médio Oriente
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