
O TGV, as estradas, as obras públicas. Por Pedro Santos Guerreiro.
O Negócios e a Antena 1 passaram os últimos dias a ir à Net, a pedir informação ao Governo, a confrontar fontes e a investigar as contas do TGV e do pacote de estradas. E a primeira conclusão é que nem um nem o outro são, por si só, rentáveis. Seria preciso que todos os 8,3 milhões de portugueses que têm mais de 14 anos fossem a Madrid para pagar os custos de operação (de operação!) do TGV que une as capitais ibéricas.
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Devemos falar de dinheiro, de quanto custa, de como se paga e de quem vai pagar. É isso que encontra nas próximas páginas. Mas a discussão só é completa se começarmos também a falar dos buracos negros da CP, do Metro de Lisboa, do Metro do Porto, quanto custam por ano, como são geridos, por que são formas de esconder dívida pública.
O País não vai recuperar o dinheiro investido nestas obras. O Governo tem a obrigação de deixar isso claro e, depois, de explicar porque ainda assim as faz. É para isso que se elegem políticos, em vez de analistas financeiros, para tratar do País. A economia não é apenas finanças.Fonte