Cofina com prejuízos de 49,7 milhões de euros devido à participação na Zon
A Cofina registou prejuízos de 49,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano devido à contabilização de uma potencial menos-valia na Zon Multimédia. Em termos operacionais, os resultados da empresa de media registaram crescimentos.
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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt
A Cofina registou prejuízos de 49,7 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano devido à contabilização de uma potencial menos-valia na Zon Multimédia. Em termos operacionais, os resultados da empresa de media registaram crescimentos.
A Cofina, dona do Jornal de Negócios, registou nos primeiros nove meses do ano um prejuízo de 49,7 milhões de euros, o que compara com um lucro de 7,8 milhões de euros registados em igual período do ano passado, de acordo com um comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Estes resultados foram influenciados pela participação de 5% que a empresa detém na Zon Multimédia. As acções da empresa estão a acumular uma perda superior a 56% desde o início do ano. De acordo com as normas contabilísticas as empresas têm de contabilizar o valor das suas participações, o que no caso actual significa uma perda potencial.
A empresa revela mesmo que a penalizar os resultados “esteve a contabilização ao valor de mercado da participação na Zon Multimeda”, salvaguardando que “a consideração da participação detida naquela empresa é um mero movimento contabilístico, não tendo por isso qualquer impacto em termos de fluxos de caixa.”
Os resultados financeiros da Cofina foram de 63,28 milhões de euros negativos no período em análise, o que compara com os 12,04 milhões negativos registados em igual período do ano passado.
Receitas sobem mais de 10%
No que respeita às receitas, a Cofina registou um aumento de 10,3% para os 110,5 milhões de euros, num período em que quer o segmento de jornais quer o de revista contribuíram positivamente para esta evolução.
As receitas de circulação cresceram 2,9% para 46,5 milhões de euros, o volume de negócios da publicidade aumentou 3% para os 45,9 milhões de euros e as vendas de produtos de marketing subiram 74,1% para os 18,08 milhões de euros.
O EBITDA consolidado avançou 4% para os 15,15 milhões de euros, num período em que a margem EBITDA caiu 0,8 pontos para os 13,7%.