Timor Leste
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«Portugal não está de mão estendida«
O Presidente da República disse este domingo não ficar surpreendido nem chocado que Timor-Leste, através do Fundo do Petróleo, possa fazer aplicações em Portugal, recusando, contudo, a ideia que o país esteja de «mão estendida».
Questionado sobre as declarações do Presidente timorense , José Ramos-Horta de que Timor¿Leste poderá vir a comprar, em breve, títulos de dívida pública portuguesa, o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, disse que a perspectiva não o «choca».
«Segundo o Presidente Ramos-Horta me explicou várias vezes, existe o Fundo do Petróleo onde estão reservas para o futuro de Timor relativamente às concessões que foram feitas e estão a ser feitas muitas aplicações por parte desse Fundo, penso que muitas nos Estados Unidos», recordou.
Por isso, acrescentou, não o «choca» que pudessem fazer «aquisições na Europa e também aquisições em Portugal». Cavaco Silva sublinhou, contudo, que tal «não significa que Portugal esteja de mão estendida».
«Por esse mundo fora existem muitos fundos soberanos, que fazem aplicações, aplicações que pode ser em dívida pública, que podem investimentos, podem ser acções do Tesouro norte-americano», enfatizou.
Por isso, sustentou, alguns desses fundos soberanos procuram fazer também aplicações nos países do Sul. «Não me surpreende que queiram fazer aplicações em Portugal», acrescentou o Presidente da República, que falava aos jornalistas no final das cerimónias de inauguração de dois colégios privados na zona do Parque nas Nações, em Lisboa.
Interrogado sobre se alguma vez o Presidente Ramos-Horta já tinha falado consigo sobre a possibilidade de Timor-Leste comprar títulos da dívida pública portuguesa, Cavaco Silva lembrou que o seu homólogo esteve há pouco tempo em Portugal, mas na altura apenas falou na possibilidade de fazer aplicações em «empresas».
«Almoçou comigo e também com alguns empresários portugueses e ele, em declaração pública, disse que estava interessado em que o Fundo de Petróleo de Timor pudesse fazer aplicações em Portugal, nessa altura referiu empresas», adiantou.
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http://www.youtube.com/watch?v=cj0qvkRy ... re=related
Questionado sobre as declarações do Presidente timorense , José Ramos-Horta de que Timor¿Leste poderá vir a comprar, em breve, títulos de dívida pública portuguesa, o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, disse que a perspectiva não o «choca».
«Segundo o Presidente Ramos-Horta me explicou várias vezes, existe o Fundo do Petróleo onde estão reservas para o futuro de Timor relativamente às concessões que foram feitas e estão a ser feitas muitas aplicações por parte desse Fundo, penso que muitas nos Estados Unidos», recordou.
Por isso, acrescentou, não o «choca» que pudessem fazer «aquisições na Europa e também aquisições em Portugal». Cavaco Silva sublinhou, contudo, que tal «não significa que Portugal esteja de mão estendida».
«Por esse mundo fora existem muitos fundos soberanos, que fazem aplicações, aplicações que pode ser em dívida pública, que podem investimentos, podem ser acções do Tesouro norte-americano», enfatizou.
Por isso, sustentou, alguns desses fundos soberanos procuram fazer também aplicações nos países do Sul. «Não me surpreende que queiram fazer aplicações em Portugal», acrescentou o Presidente da República, que falava aos jornalistas no final das cerimónias de inauguração de dois colégios privados na zona do Parque nas Nações, em Lisboa.
Interrogado sobre se alguma vez o Presidente Ramos-Horta já tinha falado consigo sobre a possibilidade de Timor-Leste comprar títulos da dívida pública portuguesa, Cavaco Silva lembrou que o seu homólogo esteve há pouco tempo em Portugal, mas na altura apenas falou na possibilidade de fazer aplicações em «empresas».
«Almoçou comigo e também com alguns empresários portugueses e ele, em declaração pública, disse que estava interessado em que o Fundo de Petróleo de Timor pudesse fazer aplicações em Portugal, nessa altura referiu empresas», adiantou.
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http://www.youtube.com/watch?v=cj0qvkRy ... re=related
QUIS SER VENDEDOR DE ABÓBORAS MAS AGORA É PRIMEIRO-MINISTRO
Leonídio Paulo Ferreira
jornalista
leonidio.ferreira@dn.pt
Maun Boot" quer dizer "irmão maior" em tétum. É assim que muitos timorenses chamam a Xanana Gusmão, o guerrilheiro que passou sete anos numa prisão indonésia. Herói nacional, tornou-se em 2002 o primeiro presidente do país e passou o tempo a dizer que o poder não o seduzia - que com a independência a sua missão estava cumprida. Rodeado pela mulher, a australiana Kristy Sword, e os três filhos, garantia que sonhava ter tempo para fotografar, que estava ansioso pelo final do mandato em 2007. Até admitia transformar-se em vendedor de abóboras, ideia que repetiu em Janeiro à Time. Sete meses depois, Xanana é primeiro-ministro, líder de um partido formado à pressa e que nem sequer foi o mais votado nas legislativas apesar de se chamar CNRT, sigla mágica da resistência à Indonésia. Nas ruas, há hoje quem chame "traidor" ao "irmão maior", queime casas para protestar por o ex-presidente ter "usurpado" a vitória da Fretilin e ameace mesmo incendiar Timor-Leste, porque Ramos-Horta, o novo Chefe do Estado, apoiou Xanana no braço-de-ferro com Mari Alkatiri.
Calcula-se que 50% da população de Dili sobreviva graças à ajuda humanitária. E os confrontos do ano passado, após uma cisão nas forças armadas, deixaram milhares de desalojados. Apesar das promessas do petróleo no mar entre o país e a Austrália, a pobreza é imensa e qualquer má colheita deixa a economia de rastos. Quase metade da população está desempregada, sobretudo jovens, e isso explica parte do caos em que mergulhou a antiga colónia portuguesa. A outra parte só se entende pela degradação da relação entre Xanana, o guerrilheiro, Alkatiri, o ex-exilado que lidera a Fretilin, e Ramos- -Horta, o Nobel da Paz. Relação marcada pelo ódio entre os dois primeiros, com o terceiro a servir de árbitro, mas a ser também ele um jogador cheio de ambições.
Estes cinco anos transformaram-se em tempo perdido para o milhão de timorenses. E tudo serve para um ou outro lado se desculpar: fala-se da influência da Austrália e das suas tropas no território, da antipatia da Igreja pelo muçulmano Alkatiri, da rivalidade étnica entre lorosae e loromonu, da corrupção entre as elites, das disputas nas forças armadas, do choque dos liberais com a Fretilin de raiz marxista-leninista. Mas o mais amargo para os timorenses, e para quem um dia se vestiu de branco em solidariedade com a sua causa, é este novo papel de Xanana. Trocou os mais de 80% de votos que um dia o elegeram presidente pelos 24% do CNRT (que governa em coligação). Fotógrafo ou vendedor de abóboras, era-lhe possível ser um Mandela timorense, referência unânime para o seu povo ainda em busca de rumo. Preferiu ser um político normal.
.LS Escreveu:Tornaram-se, sem vergonha nenhuma, os senhores de Timor Lorosae.
Contam com a complacencia de um lobby nacional que vai dando suporte a este cenário de democracia.
E nós todos vamos financiando, de uma forma ou de outra.
Bem lá temos mais uma vez de entrar que nem uns ursos, para sustentar aquela cambada que não quer largar o poder nem por nada, queimam, partem destroem, e depois lá vem o Nobel da PAZ pedir ajuda para reconstruir novamente o pais, e como sempre alguém se vai encher, é uma história já muito conhecida.
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Keyser Soze Escreveu:se bem que não têm razão, a Constituição é explicita (ao contrário da Portuguesa)
o que acho curioso é como escrevem uma Constituição que permite que o partido mais votado fique fora do Govern
a nossa Constituição ainda é mais confusa, teoricamente a mesma situação tb seria possivelArtigo 187.º
1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na
Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.
Sim, perfeitamente. A nossa constituição sendo mais vaga deixa maior margem de manobra ao PR.
Abraço,
Dwer
There is a difference between knowing the path and walking the path
Dwer
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Dwer Escreveu:Ó Keyser, não estou a ver o problema; a coligação tem maioria relativa, logo é perfeitamente compreensível que seja chamada a formar governo. Não vejo nada de inconstitucional nisto.
o partido mais votado vê:
Em declarações à Rádio Renascença, Lu-Olo garantiu que «nós não vamos nunca reconhecer este Governo. Não vamos cooperar com este Governo. Vamos continuar a lutar – não através da violência - mas por vias legais».
O presidente da Fretilin prometeu já, de resto, manifestações de protesto nas ruas, e através do Parlamento, como forma de contestar um Governo que diz ser «inconstitucional».
se bem que não têm razão, a Constituição é explicita (ao contrário da Portuguesa)
o que acho curioso é como escrevem uma Constituição que permite que o partido mais votado fique fora do Govern
a nossa Constituição ainda é mais confusa, teoricamente a mesma situação tb seria possivel
Artigo 187.º
1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na
Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.
...
Afinal, só há 2 politicos em Timor!
Vão trocando as cadeiras conforme lhes interessa, dando os lugares que n querem a cada momento a outros 2 ou 3.
Os opositores são antigos combatentes, que andaram anos no mato e não percebem nada, nem de politica nem de massas.
Aquilo deve ser giro, assistir a assenbleias lá! se por ca é o que se vê, imagine-se num país em que a maioria dos eleitos deve ter a 4ª classe mal tirada.
Boa sorte aos restantes timorenses que só querem viver em paz e sossego.
Vão trocando as cadeiras conforme lhes interessa, dando os lugares que n querem a cada momento a outros 2 ou 3.
Os opositores são antigos combatentes, que andaram anos no mato e não percebem nada, nem de politica nem de massas.
Aquilo deve ser giro, assistir a assenbleias lá! se por ca é o que se vê, imagine-se num país em que a maioria dos eleitos deve ter a 4ª classe mal tirada.
Boa sorte aos restantes timorenses que só querem viver em paz e sossego.
MAV8
Carteira 69
Carteira 69
Timor Leste
lá vão começar outra vez à chapada....
tb quem é que lhe mandou escrever a Constituição baseada na Portuguesa ..ehehe
tb quem é que lhe mandou escrever a Constituição baseada na Portuguesa ..ehehe
Antigo Presidente chega à chefia do Governo
Xanana Gusmão nomeado primeiro-ministro de Timor-Leste
06.08.2007 - 10h08
Xanana Gusmão vai ser nomeado primeiro-ministro de Timor-Leste ainda esta semana, anunciou hoje o Presidente do país, José Ramos-Horta.
"Tomei a decisão de convidar a aliança com maioria parlamentar para formar Governo", anunciou Ramos-Horta referindo-se à coligação de partidos liderada por Xanana Gusmão.
"A AMP [Aliança para a Maioria Parlamentar] propôs que o seu líder Xanana Gusmão fosse primeiro-ministro e eu aceitei", acrescentou o Presidente.
Depois das legislativas do dia 30 de Junho, os partidos não se conseguiram entender para formar uma maioria de Governo, fruto de uma interpretação diferente da Constituição, uma situação que resultou num bloqueio institucional.
A Constituição leste-timorense prevê que o primeiro-ministro "seja designado pelo partido que recolha mais votos ou pela aliança de partidos com a maioria parlamentar".
O Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor (CNRT), criado pelo ex-Presidente Xanana Gusmão (2002-2006), assinou uma aliança com três partidos minoritários para formar uma maioria de 65 lugares no Parlamento e formar um Governo de coligação.
A Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), que assumiu a luta contra a ocupação indonésia (1975-1999), recusa esse cenário com o argumento de que foi o partido mais votado nas eleições legislativas. "É totalmente ilegal e contra a nossa Constituição", afirmou o ex-primeiro-ministro Mari Alkatiri. "É por esta razão que o Governo nunca terá o apoio da Fretilin, por ser um Governo ilegal", disse.
Ramos-Horta esperou acordo entre os vários partidos
Numa entrevista ao PÚBLICO publicada no dia 26 de Julho, o Presidente timorense defendia que seria "de toda a prudência" uma solução em que "os líderes e partidos maiores" do país "se juntassem e formassem um governo bem abrangente e representativo de todos, e em que todos os timorenses se sintam representados".
José Ramos-Horta dispunha-se a esperar por um acordo de governo entre os dirigentes partidários até 31 de Julho, mas, se nenhuma solução interpartidária saísse das consultas que vinha mantendo, tomaria uma decisão no dia 1 de Agosto, com base nos artigos nº 85 (alínea d) e 106º da Constituição.
Artigos 85º e 106º da Constituição de Timor-Leste
Artigo 85.º
d) Compete exclusivamente ao Presidente da República nomear e empossar o Primeiro-Ministro indigitado pelo partido ou aliança dos partidos com maioria parlamentar, ouvidos os partidos políticos representados no Parlamento Nacional
Artigo 106.º
1. O Primeiro-Ministro é indigitado pelo partido mais votado ou pela aliança de partidos com maioria parlamentar e nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos políticos representados no Parlamento Nacional.
Final results of 2007 parliamentary election. Alliance of CNRT, C-ASDT-PSD and PD light blue bordered
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