ParaCima Escreveu:
compadre larinho, não quer dizer que a empresa não tenha tinha um cash superior ao RL, assim sendo não precisa de existir endividamento basta termos variações nos clientes, fornecedores ou inventários, bem como o investimento ser inferior as depreciações e não termosamortização de dívida
eu antes do fim da vida da empresa tenho um inventário brutal (50), sem dividas de clientes e dividas a fornecedores , nao invisto porque vou fechar as portas, tenho depreciações e não tenho dívidas.
ora vamos lá, tenho uma receita de 100 (despachei o inventário) um custo das mercadorias de 100 (esquece os custos administrativos e outros) uma depreciação de 20
o rl é de menos 20 unidades, mas na realidade o cash produzido pela actividade sao 50 positivos
Homessa, como é que eu não me tinha lembrado disso... Pois é claro, quando a empresa tem dinheiro na Caixa Agrícola, pode distribuir o mesmo aos donos da Herdade, como é que eu me fui esquecer dessa possibilidade..
Meio acabrunhado por tanta falta de lembrança, comentei o sucedido com o meu Guarda Livros, homem sempre avisado (fez a Escola Comercial toda sem nunca reprovar...!). E não é que ele me disse:
"não se preocupe Sr. Laribau, esse tal ParaCima, não leu as "Demonstrações Financeiras" da Quinta REN".. Ao que eu lhe respondi: eh lá, esse livro eu nunca li, quem é o autor? Onde se pode comprar?
"Nada disso", respondeu ele,
[i]"as Demonstrações Financeiras são uns papeis que as Herdades têm que entregar nas finanças para depois pagarem os impostos (ou não...!)[i]E olhe que, a quinta do vizinho REN, em 31/12 não tinha dinheiro que chegue para distribuir, mesmo que o distribuísse todo e ficasse sem vintém para fazer face à sementeira da próxima época, ainda assim tinha que fazer uma livrança na Caixa.[/i][/i]
Compadre ParaCima: quando eu era muito jovem, frequentava a escola primária (1ª classe) de uma Vila algures bem no interior de Portugal, tive a sorte de por lá passar, regularmente, uma velha carripana Citroen, propriedade da Fundação Gulbenkien, carregada de livros, que a mim me deliciavam pelas aventuras que ia descobrindo (ainda mal sabia ler mas havia quem lesse para mim), de tal forma que nunca mais larguei esse maldito vício da Leitura. Há livros fantásticos, pessoalmente, aprecio muito o Eça, o Ramalho e o Camilo. Na literatura clássica ( no sentido de antiguidade - já os mercadores de Veneza eram assiduos leitores), gosto muito das "Demonstrações Financeiras", editadas em folhetins regulares, saem todos os anos e proporcionam uma leitura agradável, bem disposta, quase ao nível das "Farpas" de dois dos nossos amigos acima referidos. Constituem literatura Ficcional (
) mas em alguns aspetos aproximam-se bem da realidade...!
Leia, compadre, leia, que "ler é o melhor remédio" (onde é que eu já ouvi este dito...?)