Jopaz Escreveu:Apenas tenho informações de opções de gestão de carteiras dos responsáveis por alguns fundos importantes. Na verdade a maioria tem poucas ou nenhumas posições no mercados nacional.
Eu reforcei hoje por conselhos diversos.
Eles em geral consideram 3 ou 4 empresas em que realmente pode ser interessante investir.
EDPR, Corticeira, REN e SOANE.
Compreendo no sentido de que eles têm acesso a baixo custo e privilegiado aos grandes mercados e, principalmente às grandes informações.
Recebo diariamente umas 70 - 80 notas de research dos principais bancos de investimento e asset managers mundias. Qual a % do meu portfolio que resultou, como trigger, destas leituras, ou seja, em que a decisão de investimento resultou de informação apenas acessível via essas leituras? Talvez 10%, sendo que as grandes conclusões acabam por ficar disponíveis para o público em geral muito rapidamente. Quando, por exemplo, Goldman ou BofA enviam notas para os clientes, passando uns minutos as principais conclusões já andam nos whataspp, twitters, etc, sendo que a densificação da informação apenas disponível no relatório propriamente dito já é pouco ou nada relevante para decisões de investidores particulares de uma maneira geral.
Quer nas ações quer no crédito, as instituições internacionais não podem investir apenas porque a um trader lhe apetece, precisam de vários sign offs nos trades, o que obriga a que o o país e risco soberano esteja estudado, risco do setor, risco da empresa, todo o enquadramento legal, etc. O tamanho e tempo/custo de research é tão elevado, que apenas há racional de investimento em grandes mercados e empresas, por isso é natural que muitos não olhem para Portugal e, os que o fazem, apenas estão autorizados em investir num muito pequeno número de empresas.
Outro ponto dos ditos gestores, imensos amigos meus e ex-colegas de faculdade, etc, é que só podem investir dentro dos mandatos dos fundos que gerem, possuem restrições infinitas, de diversificação, risco, geografia, setorial, rating, etc, etc, o investidor particular não tem nenhuma destas restrições, investe onde lhe apetece, concentra, desconcentra, faz literalmente o que quiser. Esta liberdade, se bem usada, é um edge dos particulares versus a dimensão e complexidade dos institucionais.