Mota e irmãos Martins não podem vender acções da Martifer durante seis meses
A Mota-Engil e MTO, dos irmãos Martins, são os maiores accionistas da Martifer sendo que não poderão vender acções da companhia, nos seis meses posteriores à admissão da companhia da praça portuguesa.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
A Mota-Engil e MTO, dos irmãos Martins, são os maiores accionistas da Martifer sendo que não poderão vender acções da companhia, nos seis meses posteriores à admissão da companhia da praça portuguesa.
A Mota-Engil e a MTO controlam cada uma metade do capital da Martifer, sendo que se o aumento de capital de 25% for integralmente subscrito, ambas as companhias verão a sua posição reduzida para 37,5%.
De acordo com o prospecto, ambas as empresas acordaram com os bancos responsáveis pela operação que nos 180 dias posteriores à entrada da Martifer em Bolsa, não poderão vender acções da empresa. "A Martifer, a Mota-Engil e a MTO assumiram o compromisso, perante os membros do sindicato de colocação, [...] de não emitir, não realizar ofertas, não vender nem prometer vender, não dar de penhor nem de outro modo dispor, directa ou indirectamente, de acções representativas do capital da Martifer".
Só o poderão fazer se obtiverem o consentimento prévio e por escrito do BES Investimento e do CaixaBI, os bancos responsáveis pela operação de dispersão dos títulos em bolsa.
Um dos riscos identificados pela Martifer, no que diz respeito à OPS, é precisamente o facto de "o preço de mercado das acções poder ser influenciado negativamente por vendas posteriores de acções pelos actuais accionistas da Martifer".
Apesar de admitir que poderá ter que recorrer a aumentos de capital para financiar a sua actividade, a Martifer também está impedida de, nos próximos seis meses, fazer qualquer emissão de acções, ou outros títulos comparáveis.