Hoje fiquei a perceber a OTA
Governo anuncia 197 milhões de euros em novas acessibilidades para compensar abandono da Ota
O Governo anunciou hoje, em Alenquer, que vai investir na região 197 milhões de euros em novas acessibilidades até 2012, para compensar as populações pela mudança de localização do aeroporto da Ota para Alcochete.
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Jornal de Negócios com Lusa
O Governo anunciou hoje, em Alenquer, que vai investir na região 197 milhões de euros em novas acessibilidades até 2012, para compensar as populações pela mudança de localização do aeroporto da Ota para Alcochete.
Depois de fechado o processo de construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, não se podia "demorar mais tempo para que as decisões pudessem ser tomadas, tendo em conta as necessidades em termos de acessibilidades nesta região", disse o secretário de Estado das Obras Públicas, adiantando que as obras serão todas lançadas até 2012.
"São quatro decisões que tomámos e que vão alterar substancialmente o panorama de acessibilidades na região", sublinhou, tendo em conta o investimento privado e a necessidade de reduzir a sinistralidade na região
O Governo adjudicou um estudo prévio do IC 2 entre o Carregado e Vendas das Raparigas, incluindo as variantes ao Carregado e a Vila Nova da Rainha e as ligações à EN 366 em Aveiras de Cima, a Rio Maior e à Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo, onde se prevê a construção de um nó de ligação à A1.
A construção dos 77 quilómetros está estimada em 123 milhões de euros e constitui uma nova alternativa à A1, "evitando o estrangulamento" existente no nó de acesso a esta auto-estrada.
Foi também lançado o estudo prévio do IC 11 entre o Carregado e a A8, em Pêro Negro (25 quilómetros), com data de conclusão no quarto trimestre de 2009.
Este investimento de 44 milhões de euros irá favorecer as ligações aos concelhos de Alenquer, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira.
Serão também estudadas ligações e variantes a Arruda dos vinhos e Sobral de Monte Agraço e a articulação ao IC2 e à A10.
Enquanto as obras do IC2 não avançam, o Governo anunciou a beneficiação da EN3, entre o Carregado e a Azambuja, "para fazer face ao elevado fluxo rodoviário", que entre 2002 e 2005 aumentou 20 por cento.
As obras, orçadas em 5,5 milhões de euros, deverão ser lançadas em Dezembro deste ano.
Com vista a melhorar as condições de circulação e de segurança, vão ser feitas obras na EN9, entre Torres Vedras e Alenquer, estando previsto um investimento de 29 milhões de euros.
Depois do lançamento das obras entre S. Pedro da Cadeira/Torres Vedras, Paulo Campos anunciou que o troçoTorres Vedras/Merceana está em fase de projecto e que vai arrancar o estudo prévio de Merceana/Alenque, tendo em conta a requalificação do traçado, a construção de novas variantes às localidades por ela atravessada e a ligação à A1.
A requalificação do troço Torres Vedras/Merceana deverá arrancar no quarto trimestre de 2008 e de Merceana/Alenquer no quarto trimestre de 2009.
Segundo o governante, o investimento agora anunciado resulta de "reivindicações" da câmara de Alenquer, no quadro das compensações pela mudança do aeroporto da Ota para a margem sul, e que foram consideradas "inteiramente justas".
O Governo anunciou hoje, em Alenquer, que vai investir na região 197 milhões de euros em novas acessibilidades até 2012, para compensar as populações pela mudança de localização do aeroporto da Ota para Alcochete.
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Jornal de Negócios com Lusa
O Governo anunciou hoje, em Alenquer, que vai investir na região 197 milhões de euros em novas acessibilidades até 2012, para compensar as populações pela mudança de localização do aeroporto da Ota para Alcochete.
Depois de fechado o processo de construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, não se podia "demorar mais tempo para que as decisões pudessem ser tomadas, tendo em conta as necessidades em termos de acessibilidades nesta região", disse o secretário de Estado das Obras Públicas, adiantando que as obras serão todas lançadas até 2012.
"São quatro decisões que tomámos e que vão alterar substancialmente o panorama de acessibilidades na região", sublinhou, tendo em conta o investimento privado e a necessidade de reduzir a sinistralidade na região
O Governo adjudicou um estudo prévio do IC 2 entre o Carregado e Vendas das Raparigas, incluindo as variantes ao Carregado e a Vila Nova da Rainha e as ligações à EN 366 em Aveiras de Cima, a Rio Maior e à Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo, onde se prevê a construção de um nó de ligação à A1.
A construção dos 77 quilómetros está estimada em 123 milhões de euros e constitui uma nova alternativa à A1, "evitando o estrangulamento" existente no nó de acesso a esta auto-estrada.
Foi também lançado o estudo prévio do IC 11 entre o Carregado e a A8, em Pêro Negro (25 quilómetros), com data de conclusão no quarto trimestre de 2009.
Este investimento de 44 milhões de euros irá favorecer as ligações aos concelhos de Alenquer, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Arruda dos Vinhos e Vila Franca de Xira.
Serão também estudadas ligações e variantes a Arruda dos vinhos e Sobral de Monte Agraço e a articulação ao IC2 e à A10.
Enquanto as obras do IC2 não avançam, o Governo anunciou a beneficiação da EN3, entre o Carregado e a Azambuja, "para fazer face ao elevado fluxo rodoviário", que entre 2002 e 2005 aumentou 20 por cento.
As obras, orçadas em 5,5 milhões de euros, deverão ser lançadas em Dezembro deste ano.
Com vista a melhorar as condições de circulação e de segurança, vão ser feitas obras na EN9, entre Torres Vedras e Alenquer, estando previsto um investimento de 29 milhões de euros.
Depois do lançamento das obras entre S. Pedro da Cadeira/Torres Vedras, Paulo Campos anunciou que o troçoTorres Vedras/Merceana está em fase de projecto e que vai arrancar o estudo prévio de Merceana/Alenque, tendo em conta a requalificação do traçado, a construção de novas variantes às localidades por ela atravessada e a ligação à A1.
A requalificação do troço Torres Vedras/Merceana deverá arrancar no quarto trimestre de 2008 e de Merceana/Alenquer no quarto trimestre de 2009.
Segundo o governante, o investimento agora anunciado resulta de "reivindicações" da câmara de Alenquer, no quadro das compensações pela mudança do aeroporto da Ota para a margem sul, e que foram consideradas "inteiramente justas".
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
Reparem nesta. Não há passageiro que resista...
http://www.youtube.com/watch?v=zR1GLi8Cr8o
Cumprimentos,
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- Registado: 23/8/2006 18:53
- Localização: Alcabideche
Espero que o Mário Lino não veja isto, senão o tipo começa já a ficar com ideias.
Beijing Airport
Beijing, China, 2003-2008
The world’s largest and most advanced airport building - not only technologically, but also in terms of passenger experience, operational efficiency and sustainability – Beijing Airport will be welcoming and uplifting. A symbol of place, its soaring aerodynamic roof and dragon-like form will celebrate the thrill of flight and evoke traditional Chinese colours and symbols.
[quote="Amílcar Mourão]
Desta forma, acrescentou, "iriam evitar-se os inconvenientes para o turismo de Lisboa, provocados pela deslocalização do aeroporto para fora da cidade".[/quote]
Não sabia que Beja era um bairro de Lisboa...
[quote="Amílcar Mourão]
Por outro lado, continuou, "seria possível criar um centro complementar de recepção de voos de baixo custo no aeroporto de Beja, que, com bons acessos, ficará a pouco mais de uma hora de Lisboa e do Algarve".[/quote]
Acho que no código da estrada, a velocidade máxima permitida por lei ainda é de 120km/h nas AE e 90 ou 100 nos ICs/IPs
[quote="Amílcar Mourão]
Para os social-democratas, segundo Amílcar Mourão, esta proposta "merece ser estudada pelo Governo", porque, defendeu, "constitui uma solução bem mais económica e, eventualmente, mais eficaz do que qualquer uma das que estão em análise".[/quote]
Epá eu até acho que a pista das Moitas (http://www.pelicano.com.pt/zp_proenca.html) é que era mesmo o local ideal! Aquilo ali à volta é só aldeias em que toda a malta tem adegas, terra de bom queijo e enchidos, cabritos!
E a malta da serra ainda ainda está a analisar com os locais quem se quer desfazer dumas oliveiras para mandarem vir as retros e arrasarem aquilo tudo porque um aeroporto na serra da Estela é que era! Tudo prá neve!
Desta forma, acrescentou, "iriam evitar-se os inconvenientes para o turismo de Lisboa, provocados pela deslocalização do aeroporto para fora da cidade".[/quote]
Não sabia que Beja era um bairro de Lisboa...

[quote="Amílcar Mourão]
Por outro lado, continuou, "seria possível criar um centro complementar de recepção de voos de baixo custo no aeroporto de Beja, que, com bons acessos, ficará a pouco mais de uma hora de Lisboa e do Algarve".[/quote]
Acho que no código da estrada, a velocidade máxima permitida por lei ainda é de 120km/h nas AE e 90 ou 100 nos ICs/IPs
[quote="Amílcar Mourão]
Para os social-democratas, segundo Amílcar Mourão, esta proposta "merece ser estudada pelo Governo", porque, defendeu, "constitui uma solução bem mais económica e, eventualmente, mais eficaz do que qualquer uma das que estão em análise".[/quote]
Epá eu até acho que a pista das Moitas (http://www.pelicano.com.pt/zp_proenca.html) é que era mesmo o local ideal! Aquilo ali à volta é só aldeias em que toda a malta tem adegas, terra de bom queijo e enchidos, cabritos!
E a malta da serra ainda ainda está a analisar com os locais quem se quer desfazer dumas oliveiras para mandarem vir as retros e arrasarem aquilo tudo porque um aeroporto na serra da Estela é que era! Tudo prá neve!

Bem por este andar o Aeroporto vai ser construido no Ellgarve ....
.....Beja, 19 Jun (Lusa) - O PSD de Beja anunciou hoje que vai propor ao Governo para considerar a opção de reestruturação e ampliação do futuro aeroporto da cidade nos estudos alternativos à construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota.
O presidente da Comissão Política Distrital de Beja do PSD, Amílcar Mourão, disse à agência Lusa que a proposta, hoje divulgada em comunicado após ter sido aprovada na última reunião daquele órgão, vai ser enviada ao Governo na próxima semana.
Até lá, acrescentou, "o PSD vai tentar recolher o apoio de outras entidades e forças políticas de Beja para que a proposta seja alargada e não apenas dos social-democratas".
"O PSD acredita que o aeroporto de Beja, reestruturado, ampliado, com uma ligação à rede de auto-estradas e melhores ligações ferroviárias, poderia ser um destino preferencial de voos de baixo custo, aliviando suficientemente o aeroporto da Portela", disse Amílcar Mourão.
Esta hipótese, segundo o líder dos social-democratas de Beja, "poderia permitir manter o actual aeroporto da Portela, em Lisboa, evitando a construção faraónica de um novo aeroporto".
Desta forma, acrescentou, "iriam evitar-se os inconvenientes para o turismo de Lisboa, provocados pela deslocalização do aeroporto para fora da cidade".
Por outro lado, continuou, "seria possível criar um centro complementar de recepção de voos de baixo custo no aeroporto de Beja, que, com bons acessos, ficará a pouco mais de uma hora de Lisboa e do Algarve".
Para os social-democratas, segundo Amílcar Mourão, esta proposta "merece ser estudada pelo Governo", porque, defendeu, "constitui uma solução bem mais económica e, eventualmente, mais eficaz do que qualquer uma das que estão em análise".
Contactado pela agência Lusa, José Queirós, o presidente da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, actualmente em construção e que deverá estar operacional em 2008, escusou-se a comentar a proposta dos social-democratas do distrito.
O Governo vai fazer estudos comparativos entre a Ota e Alcochete para saber qual destes é o melhor local para construir o novo aeroporto de Lisboa e mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para estudar a viabilidade de construir o aeroporto em Alcochete.
LL.
Lusa/Fim
.....Beja, 19 Jun (Lusa) - O PSD de Beja anunciou hoje que vai propor ao Governo para considerar a opção de reestruturação e ampliação do futuro aeroporto da cidade nos estudos alternativos à construção do novo aeroporto de Lisboa na Ota.
O presidente da Comissão Política Distrital de Beja do PSD, Amílcar Mourão, disse à agência Lusa que a proposta, hoje divulgada em comunicado após ter sido aprovada na última reunião daquele órgão, vai ser enviada ao Governo na próxima semana.
Até lá, acrescentou, "o PSD vai tentar recolher o apoio de outras entidades e forças políticas de Beja para que a proposta seja alargada e não apenas dos social-democratas".
"O PSD acredita que o aeroporto de Beja, reestruturado, ampliado, com uma ligação à rede de auto-estradas e melhores ligações ferroviárias, poderia ser um destino preferencial de voos de baixo custo, aliviando suficientemente o aeroporto da Portela", disse Amílcar Mourão.
Esta hipótese, segundo o líder dos social-democratas de Beja, "poderia permitir manter o actual aeroporto da Portela, em Lisboa, evitando a construção faraónica de um novo aeroporto".
Desta forma, acrescentou, "iriam evitar-se os inconvenientes para o turismo de Lisboa, provocados pela deslocalização do aeroporto para fora da cidade".
Por outro lado, continuou, "seria possível criar um centro complementar de recepção de voos de baixo custo no aeroporto de Beja, que, com bons acessos, ficará a pouco mais de uma hora de Lisboa e do Algarve".
Para os social-democratas, segundo Amílcar Mourão, esta proposta "merece ser estudada pelo Governo", porque, defendeu, "constitui uma solução bem mais económica e, eventualmente, mais eficaz do que qualquer uma das que estão em análise".
Contactado pela agência Lusa, José Queirós, o presidente da Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja, actualmente em construção e que deverá estar operacional em 2008, escusou-se a comentar a proposta dos social-democratas do distrito.
O Governo vai fazer estudos comparativos entre a Ota e Alcochete para saber qual destes é o melhor local para construir o novo aeroporto de Lisboa e mandatou o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) para estudar a viabilidade de construir o aeroporto em Alcochete.
LL.
Lusa/Fim
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
Re: Então e o Porto?
desconfiado Escreveu:Ainda não ouvi ninguém falar do aeroporto de Sá Carneiro no Porto.
Dizem que o aeroporto de Lisboa está saturado.
Pois está, desviaram tráfego aéreo do Porto para lá.
Há uns anos atrás, não muitos, os aviões quer para o Brasil, quer para outros pontos do continente americano saiam directamente do Porto.
Agora, dificilmente se consegue isso.
E os que partem daqui vão a Madrid fazer escala.
Sinceramente, viajo 1 ou 2 vezes por ano de avião, mas já não me lembro da ultima vez que estive no aeroporto de Lisboa, nem de passagem!
desconfiado,
se quiseres uma resposta à tua pergunta, vê aqui:
http://www.caldeiraodebolsa.com/forum/v ... hp?t=56233
Abraços
Jibóia
Desconfiado já tinha dito isso noutro post.
Podiam aproveitar o Sá Carneiro para mais voos e a Portela não estaria tão saturado como dizem.
Não sei se alguém viu ontem o pros e contras na rtp1, é o terceiro programa sobre o novo aeroporto internacional de lisboa.Prefiro chamar-lhe assim em vez de aeroporto da ota.
Fiquei com a noção de que muito ainda há para discutir e que não foi ainda tudo estudado.
Confesso que estou preocupado quanto à localização da ota.Não sou técnico da área mas de um modo geral quando vejo alguém entendido a falar da ota não gosto mt do que ouço.
Isto para além de à pouco tempo o Sr Mário Lino ter dito que a Margem Sul era um deserto...
Enfim, sem comentários.Juntando aos que tb já fez sobre o metro do porto e tb à piadinha que deu sobre a licenciatura de socrates numa conferencia não sei o que ainda está a fazer no Governo!!!
Já outros ministros foram embora por menos...
Podiam aproveitar o Sá Carneiro para mais voos e a Portela não estaria tão saturado como dizem.
Não sei se alguém viu ontem o pros e contras na rtp1, é o terceiro programa sobre o novo aeroporto internacional de lisboa.Prefiro chamar-lhe assim em vez de aeroporto da ota.
Fiquei com a noção de que muito ainda há para discutir e que não foi ainda tudo estudado.
Confesso que estou preocupado quanto à localização da ota.Não sou técnico da área mas de um modo geral quando vejo alguém entendido a falar da ota não gosto mt do que ouço.
Isto para além de à pouco tempo o Sr Mário Lino ter dito que a Margem Sul era um deserto...
Enfim, sem comentários.Juntando aos que tb já fez sobre o metro do porto e tb à piadinha que deu sobre a licenciatura de socrates numa conferencia não sei o que ainda está a fazer no Governo!!!
Já outros ministros foram embora por menos...
God save the Money!
- Mensagens: 578
- Registado: 7/5/2007 1:50
- Localização: Porto
Então e o Porto?
Ainda não ouvi ninguém falar do aeroporto de Sá Carneiro no Porto.
Dizem que o aeroporto de Lisboa está saturado.
Pois está, desviaram tráfego aéreo do Porto para lá.
Há uns anos atrás, não muitos, os aviões quer para o Brasil, quer para outros pontos do continente americano saiam directamente do Porto.
Agora, dificilmente se consegue isso.
E os que partem daqui vão a Madrid fazer escala.
Sinceramente, viajo 1 ou 2 vezes por ano de avião, mas já não me lembro da ultima vez que estive no aeroporto de Lisboa, nem de passagem!
Dizem que o aeroporto de Lisboa está saturado.
Pois está, desviaram tráfego aéreo do Porto para lá.
Há uns anos atrás, não muitos, os aviões quer para o Brasil, quer para outros pontos do continente americano saiam directamente do Porto.
Agora, dificilmente se consegue isso.
E os que partem daqui vão a Madrid fazer escala.
Sinceramente, viajo 1 ou 2 vezes por ano de avião, mas já não me lembro da ultima vez que estive no aeroporto de Lisboa, nem de passagem!
Mário lino ainda é ministro
......neste pais não se passa nada
Almada: Milhares de pessoas protestam contra declarações de Mário Lino
5 de Junho de 2007, 08:47
Almada, Setúbal, 05 Jun (Lusa) - Milhares de pessoas aderiram hoje ao buzinão organizado pela Associação Democrática de Utentes da Ponte 25 de Abril em protesto contra as declarações do ministro Mário Lino sobre a margem sul do rio Tejo.
As faixas onde se pode ler "deserto? buzina!" colocadas estrategicamente na Ponte do Pragal, situada a cerca de 300 metros do garrafão da ponte, na zona das portagens, serviram para que os automobilistas que passavam por baixo buzinassem em adesão ao pedido da Associação Democrática de Utentes.
Este protesto surge na sequência de declarações do ministro das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações num almoço-debate promovido pela Ordem dos Economistas, onde recusou a localização do futuro aeroporto na margem Sul justificando que "não é num deserto que se faz um aeroporto".
"Fazer um aeroporto na Margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas", referiu Mário Lino, no almoço-debate que se realizou no dia 23 de Maio.
De acordo com Aristides Teixeira, um dos organizadores do protesto, o buzinão marcado para hoje de manhã pretendia "provar que o que o não falta na margem Sul são pessoas", numa alusão às declarações do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Segundo a organização da manifestação, o buzinão irá decorrer "até que haja movimento e pessoas que queiram aderir e mostrar o seu descontentamento.
VYG
Lusa/Fim


Almada: Milhares de pessoas protestam contra declarações de Mário Lino
5 de Junho de 2007, 08:47
Almada, Setúbal, 05 Jun (Lusa) - Milhares de pessoas aderiram hoje ao buzinão organizado pela Associação Democrática de Utentes da Ponte 25 de Abril em protesto contra as declarações do ministro Mário Lino sobre a margem sul do rio Tejo.
As faixas onde se pode ler "deserto? buzina!" colocadas estrategicamente na Ponte do Pragal, situada a cerca de 300 metros do garrafão da ponte, na zona das portagens, serviram para que os automobilistas que passavam por baixo buzinassem em adesão ao pedido da Associação Democrática de Utentes.
Este protesto surge na sequência de declarações do ministro das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações num almoço-debate promovido pela Ordem dos Economistas, onde recusou a localização do futuro aeroporto na margem Sul justificando que "não é num deserto que se faz um aeroporto".
"Fazer um aeroporto na Margem Sul seria um projecto megalómano e faraónico porque, além das questões ambientais, não há gente, não há hospitais, não há escolas, não há hotéis, não há comércio, pelo que seria preciso levar para lá milhões de pessoas", referiu Mário Lino, no almoço-debate que se realizou no dia 23 de Maio.
De acordo com Aristides Teixeira, um dos organizadores do protesto, o buzinão marcado para hoje de manhã pretendia "provar que o que o não falta na margem Sul são pessoas", numa alusão às declarações do ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.
Segundo a organização da manifestação, o buzinão irá decorrer "até que haja movimento e pessoas que queiram aderir e mostrar o seu descontentamento.
VYG
Lusa/Fim
Cumpt
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
28.5.07
Tiro ao Lado
Marques Mendes resolveu fazer guerra ao governo, por Rio Frio contra a Ota. Uma batalha pela localização. A minha é melhor que a tua, tenho mais técnicos do que tu. É uma pena que o líder do PSD ainda não tenha compreendido que o que está em causa não é a localização do novo aeroporto, mas sim o novo aeroporto.
O que está em causa é gastar 4.000 milhões de euros numa obra a mais de 50Km de Lisboa ao mesmo tempo que se destrói um activo valioso em funcionamento pleno.
E não, esta não é uma decisão técnica. Os técnicos estão todos interessados numa nova obra, a norte ou a sul, onde possam participar com muitos projectos, muitas consultorias, muitos pareceres, muitas fiscalizações, muitas ideias e muitas auditorias.
A decisão é política. É preciso ter coragem política para defender Lisboa, os contribuintes portugueses e os futuros utilizadores de viagens aéreas. Qualquer solução que passe pelo encerramento da Portela é um crime económico.
E a verdade é que o líder do PSD não acerta uma.
via http://ablasfemia.blogspot.com/
Ouvir um comentário destes vindo de um tipo como ele dá-me até vontade de chorar!
Então alguém por aqui esperava uma opinião diferente?
Apontem-me um único empreiteiro que não esteja a falar bem dos planos do governo? Pois se falar mal... ai ai ai... não vai levar nenhuma fatia do bolo no final da festa!
E sobre a falácia dele de preferir que o aeroporto fosse noutro lado, nomeadamente na margem Sul pelo facto da Mota-Engil ser accionista da Lusoponte, o que acham que ele prefere?
a) Um retorno milionário que irá se diluir ao longo de décadas e que começará a pingar a partir de 2017 ou 2020 sob a forma de portagens nas suas pontes
b) Um retorno milionário que encherá os cofres (dele e da sua empresa) pelos próximos 10 anos
Quem acertar ganha um doce!

Apontem-me um único empreiteiro que não esteja a falar bem dos planos do governo? Pois se falar mal... ai ai ai... não vai levar nenhuma fatia do bolo no final da festa!

E sobre a falácia dele de preferir que o aeroporto fosse noutro lado, nomeadamente na margem Sul pelo facto da Mota-Engil ser accionista da Lusoponte, o que acham que ele prefere?
a) Um retorno milionário que irá se diluir ao longo de décadas e que começará a pingar a partir de 2017 ou 2020 sob a forma de portagens nas suas pontes
b) Um retorno milionário que encherá os cofres (dele e da sua empresa) pelos próximos 10 anos
Quem acertar ganha um doce!

"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
Keyser Soze Escreveu:Keyser Soze Escreveu:Keyser Soze Escreveu:sempre que se discute o nosso atraso, fala-se do exemplo da Irlanda e de como eles optaram pelo investimento em formação, educação, politica fiscal competitiva em vez de grandes investimentos em obras públicas e infra-estruturas
eu pergunto, o que fizesmo desde o governo de Cavaco Silva (que é apontado mt vezes como ter feito as opções erradas) ?
bem...desde então já fizemos a Expo, o Ponte Vasco da Gama, estádios do Euro, casa da Música...ainda conseguimo enterrar bilião e meio de euros na Linha do Norte e terminar Alqueva...e agora quermos fazer um aeroporto megalómeno e o TGV
já notaram um padrão, um ciclo vicioso?
em que os governos (e as autarquias) decidem grandes investimentos, em que a análise custo beneficio é constantemente ignorada e que os maiores beneficiados são as "construtoras" e a banca ?
por sua vez estes são os grandes financiadores dos partidos politicos
isto da Ota e do TGV, é continuar a seguir a politica de sempre: resolver os probelmas do apis com mais betão e cimento....ou seja, o oposto da Irlanda
para reforçar a ideia de algo que escrevi anteriormente:
"Banif, Santander e Deutsche Bank querem entrar na corrida à Ota
O Banif Investimento, o Santander Totta e o Deustche Bank estão a negociar financiamentos com consórcios interessados em concorrer à construção e exploração do novo aeroporto da Ota e à privatização da maioria do capital da ANA."
Entre as instituições portuguesas, até agora apenas o Banco Espírito Santo, o BCP e a Caixa Geral de Depósitos se tinham assumido como candidatos, estando integrados no único consórcio que se apresentou publicamente, ainda antes de ser conhecido o modelo de transacção, e que é liderado pela Brisa e pela Mota-Engil. Fora deste concurso ficará o BPI que, ao ser escolhido, com o Citigroup, para consultor financeiro da Naer para o novo aeroporto, está impedido de participar.
Aeroporto «só pode ser na Ota»
2007/04/18 | 17:30
Diz presidente da empresa de construção Mota-Engil
O presidente da Mota-Engil afirmou esta quarta-feira que só optando pela Ota Lisboa poderá ter um novo aeroporto concluído em 2017 e rejeitou que esta localização implique encargos adicionais de 25 por cento em infra-estruturas, escreve a Lusa.
«Para se cumprir [a meta de] 2017, não há tempo para esperar, é preciso que [o novo aeroporto] seja na Ota», afirmou António Mota durante a V conferência anual da PricewaterhouseCoopers, que hoje debateu no Porto «A Sustentabilidade na Globalização».
Quanto aos alegados 25 por cento de sobrecusto em infra- estruturas, nomeadamente em trabalhos de terraplanagem, que a opção pela Ota implicaria, garante que «não é verdade».
«Preferia noutro lado»
Sendo a Mota-Engil accionista da Lusoponte, concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, António Mota admitiu que «preferiria que [a Ota] fosse noutro sítio [designadamente em Rio Frio, na margem Sul do Tejo]», mas sustentou não haver agora tempo para repensar o projecto e estudar uma nova localização.
«A Ota é a única localização possível para que o aeroporto esteja pronto em 2017», afirmou.
Questionado sobre a importância de grandes projectos como a Ota para o relançamento do sector português da construção, o empresário considerou que o novo aeroporto em Lisboa «é obrigatório para o país e não para o sector».
Já relativamente ao TGV, António Mota considerou inaceitável que se venha a questionar «em cima da hora» o arranque de um projecto que «todos os Governos, de todas as cores», legitimaram em 15 anos de cimeiras luso-espanholas.
Pois, pois, já tens garantia de ganhar uma parte da obra a bom preço (no final!!!)
Keyser Soze, o post anterior foi engano!
Keyser Soze Escreveu:“relativamente às low-cost este não será um fenómeno passageiro, sendo um negócio para o futuro, ao nível das curtas/médias viagens. Sendo assim nós temos que ter em conta que temos que proporcionar as estas companhias aeroportos baratos e simples e não aeroportos que pela sua dimensão e estrutura pesada venham a ter custos elevados. Uma low-cost precisa de um terminal de passageiros muito simples e a instalação de uma estrutura deste tipo é barata.
Ou seja, porque não se procura uma alternativa para as low-cost, com uma gestão aeroportuária feita pelas mesmas, pois estas não irão fazer mega aeroportos, mas sim estruturas adequadas às suas necessidades”
Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Conselho de Administração da Vila Galé, in Ambitur - 10.04.2007
Pois, pois, já tens garantia de ganhar uma parte da obra a bom preço (no final!!!)
Cartago Escreveu:Podemos estar aqui a discutir esta questão por horas, dias, semanas, meses e mesmo anos. Podemos apresentar todos os factos baseados em dados técnicos fidedignos a provar que a Ota não é adequada para o novo aeroporto. Podemos fazer tudo isso e muito mais, entretanto, o novo aeroporto será construído na Ota e ponto final!
A corte de Lisboa já decidiu e só nos resta dizer "Amém!".
E não adianta reclamar dos políticos, afinal, eles também são portugueses e fomos nós que os colocamos lá.
é bem provável que sim....
PS propõe ao governo que em vez de baixar impostos aumente investimento público
Vítor Baptista, coordenador do Partido Socialista para a área económica propôs hoje a Emanuel dos Santos, Secretário de Estado adjunto do Orçamento, que quando houver condições orçamentais o Governo opte relançar o investimento público "ainda antes de baixar impostos". O que, disse o deputado, seria "ainda mais oportuno do que baixar taxas de impostos".
http://www.jornaldenegocios.pt/default. ... tId=295501
Jiboia Cega Escreveu:Keyser Soze Escreveu:e depois comparar com outras alternativas e com a opção de não fazer a obra sequer
Keyser, concordo contigo nos pontos anteriores mas neste momento não fazer o aeroporto não é uma opção. Todas as pessoas que percebem de aviação são unânimes em relação ao esgotamento do actual aeroporto a médio prazo.
Na minha opinião o presidente do Vila Galé tem alguma razão no que diz. Um terminal dedicado às low cost é o que realmente elas precisam.
estou a falar em termos abstractos (grandes obras públicas)
no caso em particular, existe consenso que é necessário mais oferta aeroportuária, e tb penso que um pequeno aeroporto barato para as low cost, usando infraestruturas já existentes (Montijo, Alverca....) seria a melhor solução
Podemos estar aqui a discutir esta questão por horas, dias, semanas, meses e mesmo anos. Podemos apresentar todos os factos baseados em dados técnicos fidedignos a provar que a Ota não é adequada para o novo aeroporto. Podemos fazer tudo isso e muito mais, entretanto, o novo aeroporto será construído na Ota e ponto final!
A corte de Lisboa já decidiu e só nos resta dizer "Amém!".
E não adianta reclamar dos políticos, afinal, eles também são portugueses e fomos nós que os colocamos lá.
A corte de Lisboa já decidiu e só nos resta dizer "Amém!".
E não adianta reclamar dos políticos, afinal, eles também são portugueses e fomos nós que os colocamos lá.
"Es gibt keine verzweifelten Lagen, es gibt nur verzweifelte Menschen" - Heinz Guderian
Trad. "Não existem situações desesperadas, apenas pessoas desesperadas"
Cartago Technical Analysis - Blog
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Cartago Technical Analysis - Blog
Keyser Soze Escreveu:e depois comparar com outras alternativas e com a opção de não fazer a obra sequer
Keyser, concordo contigo nos pontos anteriores mas neste momento não fazer o aeroporto não é uma opção. Todas as pessoas que percebem de aviação são unânimes em relação ao esgotamento do actual aeroporto a médio prazo.
Na minha opinião o presidente do Vila Galé tem alguma razão no que diz. Um terminal dedicado às low cost é o que realmente elas precisam.
O responsável sublinhou que a localização do novo aeroporto não tem relevância, desde que sejam assegurados as ligações entre o aeroporto e a cidade.
a questão é quanto custam as ligações ?
é o mesmo discuros dos engenheiros quando dizem que não têm problemas em construir o aeroporto num pântano, a colocação de milhares de estacas resolve
mas mais uma vez a questão coloca-se, quanto custa ?
o que falha consecutivamente nas grandes obras públicas sãos os estudos custo-beneficio
quanto é que vai custar e qual o retorno esperado
e depois comparar com outras alternativas e com a opção de não fazer a obra sequer
Tô certo, ô tô errado?
http://www.youtube.com/watch?v=GH6rlYePlaA
WTTC
"WTTC prevê saturação do aeroporto da Portela já em 2011
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) prevê que o aeroporto da Portela atinja a sua saturação em 2011. O presidente do WTTC, Jean Claude Baumgarten minimiza, no entanto, este impacto dizendo que "o Governo e os privados têm que encontrar alternativas para esta saturação, isto já acontece noutros aeroportos".
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Ana Torres Pereira
atp@mediafin.pt
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) prevê que o aeroporto da Portela atinja a sua saturação em 2011. O presidente do WTTC, Jean Claude Baumgarten minimiza, no entanto, este impacto dizendo que "o Governo e os privados têm que encontrar alternativas para esta saturação, isto já acontece noutros aeroportos".
"O WTTC prevê que, tendo em conta os actuais níveis de crescimento, a capacidade máxima do aeroporto seja ultrapassada em 2011, mesmo com o novo terminal", refere a entidade, no âmbito dos dados disponibilizados na Conta Satélite do Turismo que afere o impacto do sector na economia.
No mesmo documento, o organismo que reúne os 100 CEO da maiores empresas de turismo diz que "o Governo português e as autoridades regionais de Lisboa, em parceria com o Turismo de Lisboa, devem assumir esta grave falta de capacidade como uma prioridade máxima, de modo a assegurar que a região de Lisboa seja dotada de adequada capacidade aeroportuária".
Jean-Claude Baumgarten, durante a apresentação da Conta satélite de Lisba, afirmou que "o importante é que a decisão de construir um novo aeroporto já foi tomada, agora têm é que fazer a transicção o mais rapidamente possível, em Heathrow também estão a funcionar acima da capacidade".
O responsável sublinhou que a localização do novo aeroporto não tem relevância, desde que sejam assegurados as ligações entre o aeroporto e a cidade.
A Naer-Novo Aeroporto prevê que em 2011 o aeroporto da Portela esteja a receber 11 milhões de passageiros, sendo que em 2017, aquando está previsto a inauguração da nova infra-estrutura aeroportuária na Ota, ultrapasse os 18 milhões, mais 2 milhões da capacidade da Portela.
A ANA investiu 380 milhões de euros na expansão do aeroporto de Lisboa, para responder à procura crescente, até que seja inaugurado o novo aeroporto."
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) prevê que o aeroporto da Portela atinja a sua saturação em 2011. O presidente do WTTC, Jean Claude Baumgarten minimiza, no entanto, este impacto dizendo que "o Governo e os privados têm que encontrar alternativas para esta saturação, isto já acontece noutros aeroportos".
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Ana Torres Pereira
atp@mediafin.pt
O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) prevê que o aeroporto da Portela atinja a sua saturação em 2011. O presidente do WTTC, Jean Claude Baumgarten minimiza, no entanto, este impacto dizendo que "o Governo e os privados têm que encontrar alternativas para esta saturação, isto já acontece noutros aeroportos".
"O WTTC prevê que, tendo em conta os actuais níveis de crescimento, a capacidade máxima do aeroporto seja ultrapassada em 2011, mesmo com o novo terminal", refere a entidade, no âmbito dos dados disponibilizados na Conta Satélite do Turismo que afere o impacto do sector na economia.
No mesmo documento, o organismo que reúne os 100 CEO da maiores empresas de turismo diz que "o Governo português e as autoridades regionais de Lisboa, em parceria com o Turismo de Lisboa, devem assumir esta grave falta de capacidade como uma prioridade máxima, de modo a assegurar que a região de Lisboa seja dotada de adequada capacidade aeroportuária".
Jean-Claude Baumgarten, durante a apresentação da Conta satélite de Lisba, afirmou que "o importante é que a decisão de construir um novo aeroporto já foi tomada, agora têm é que fazer a transicção o mais rapidamente possível, em Heathrow também estão a funcionar acima da capacidade".
O responsável sublinhou que a localização do novo aeroporto não tem relevância, desde que sejam assegurados as ligações entre o aeroporto e a cidade.
A Naer-Novo Aeroporto prevê que em 2011 o aeroporto da Portela esteja a receber 11 milhões de passageiros, sendo que em 2017, aquando está previsto a inauguração da nova infra-estrutura aeroportuária na Ota, ultrapasse os 18 milhões, mais 2 milhões da capacidade da Portela.
A ANA investiu 380 milhões de euros na expansão do aeroporto de Lisboa, para responder à procura crescente, até que seja inaugurado o novo aeroporto."
Quem não sabe o que quer, obtém o que não deseja, OU MELHOR, para barco sem rumo não há vento favorável.
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“relativamente às low-cost este não será um fenómeno passageiro, sendo um negócio para o futuro, ao nível das curtas/médias viagens. Sendo assim nós temos que ter em conta que temos que proporcionar as estas companhias aeroportos baratos e simples e não aeroportos que pela sua dimensão e estrutura pesada venham a ter custos elevados. Uma low-cost precisa de um terminal de passageiros muito simples e a instalação de uma estrutura deste tipo é barata.
Ou seja, porque não se procura uma alternativa para as low-cost, com uma gestão aeroportuária feita pelas mesmas, pois estas não irão fazer mega aeroportos, mas sim estruturas adequadas às suas necessidades”
Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Conselho de Administração da Vila Galé, in Ambitur - 10.04.2007
Keyser Soze Escreveu:Keyser Soze Escreveu:sempre que se discute o nosso atraso, fala-se do exemplo da Irlanda e de como eles optaram pelo investimento em formação, educação, politica fiscal competitiva em vez de grandes investimentos em obras públicas e infra-estruturas
eu pergunto, o que fizesmo desde o governo de Cavaco Silva (que é apontado mt vezes como ter feito as opções erradas) ?
bem...desde então já fizemos a Expo, o Ponte Vasco da Gama, estádios do Euro, casa da Música...ainda conseguimo enterrar bilião e meio de euros na Linha do Norte e terminar Alqueva...e agora quermos fazer um aeroporto megalómeno e o TGV
já notaram um padrão, um ciclo vicioso?
em que os governos (e as autarquias) decidem grandes investimentos, em que a análise custo beneficio é constantemente ignorada e que os maiores beneficiados são as "construtoras" e a banca ?
por sua vez estes são os grandes financiadores dos partidos politicos
isto da Ota e do TGV, é continuar a seguir a politica de sempre: resolver os probelmas do apis com mais betão e cimento....ou seja, o oposto da Irlanda
para reforçar a ideia de algo que escrevi anteriormente:
"Banif, Santander e Deutsche Bank querem entrar na corrida à Ota
O Banif Investimento, o Santander Totta e o Deustche Bank estão a negociar financiamentos com consórcios interessados em concorrer à construção e exploração do novo aeroporto da Ota e à privatização da maioria do capital da ANA."
Entre as instituições portuguesas, até agora apenas o Banco Espírito Santo, o BCP e a Caixa Geral de Depósitos se tinham assumido como candidatos, estando integrados no único consórcio que se apresentou publicamente, ainda antes de ser conhecido o modelo de transacção, e que é liderado pela Brisa e pela Mota-Engil. Fora deste concurso ficará o BPI que, ao ser escolhido, com o Citigroup, para consultor financeiro da Naer para o novo aeroporto, está impedido de participar.
Aeroporto «só pode ser na Ota»
2007/04/18 | 17:30
Diz presidente da empresa de construção Mota-Engil
O presidente da Mota-Engil afirmou esta quarta-feira que só optando pela Ota Lisboa poderá ter um novo aeroporto concluído em 2017 e rejeitou que esta localização implique encargos adicionais de 25 por cento em infra-estruturas, escreve a Lusa.
«Para se cumprir [a meta de] 2017, não há tempo para esperar, é preciso que [o novo aeroporto] seja na Ota», afirmou António Mota durante a V conferência anual da PricewaterhouseCoopers, que hoje debateu no Porto «A Sustentabilidade na Globalização».
Quanto aos alegados 25 por cento de sobrecusto em infra- estruturas, nomeadamente em trabalhos de terraplanagem, que a opção pela Ota implicaria, garante que «não é verdade».
«Preferia noutro lado»
Sendo a Mota-Engil accionista da Lusoponte, concessionária das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, António Mota admitiu que «preferiria que [a Ota] fosse noutro sítio [designadamente em Rio Frio, na margem Sul do Tejo]», mas sustentou não haver agora tempo para repensar o projecto e estudar uma nova localização.
«A Ota é a única localização possível para que o aeroporto esteja pronto em 2017», afirmou.
Questionado sobre a importância de grandes projectos como a Ota para o relançamento do sector português da construção, o empresário considerou que o novo aeroporto em Lisboa «é obrigatório para o país e não para o sector».
Já relativamente ao TGV, António Mota considerou inaceitável que se venha a questionar «em cima da hora» o arranque de um projecto que «todos os Governos, de todas as cores», legitimaram em 15 anos de cimeiras luso-espanholas.
Ambições da easyJet
9 Abril 2007 13:48 por
A easyJet, uma das primeiras “low cost” a operar para Portugal, ambiciona tornar-se a companhia número dois do aeroporto de Lisboa.
Actualmente, o ranking é liderado pela TAP, seguida pela Ibéria estando a easyJet no encalço da companhia espanhola. “Só em Fevereiro transportámos 46 mil passageiros desde a Portela, o que representa um crescimento de 465% em relação ao ano anterior. Portugal é um caso de sucesso para a easyJet”, quem o afirma é Arnaldo Muñoz, director-geral da easyJet para Portugal e Espanha.
Oito das 15 rotas que a easyJet tem para Portugal são para Faro. Se em Fevereiro registou 24,6% do total de passageiros daquele aeroporto, ao longo do ano quer consolidar o lugar cimeiro com o crescimento de mais 20%.
“Lisboa precisa urgentemente de um aeroporto para as low cost”
6 Abril 2007 15:16
As obras públicas continuam a marcar o ritmo do Portugal político. De há umas semanas para cá, o assunto aeroporto da Ota voltou a marcar a agenda mediática. Com ele, toma mais folego a afirmação por um aeroporto para "low cost" para a zona da grande Lisboa.
Assumidamente contra o empreendimento Ota está Rui Rodrigues, Consultor em Transportes e colaborador do suplemento carga e transportes do jornal Público. Através de alguns estudos, tem vindo a esplanar os seus argumentos. As "low cost" e comboios de alta velocidade têm feito parte as suas análises. Decidimos entrevista-lo.
. Em que iniciativa se inseriu este estudo "Voos de Baixo Custo e Alta Velocidade"?
O estudo referido foi efectuado t endo em conta a nova realidade das "low cost" na Portela. Em 2006, representaram 12% do tráfego total do aeroporto de Lisboa. Brevemente, podem atingir os 20%. Há poucos anos esta percentagem era quase nula.
. Eficiência e poupança de recursos, são os grandes trunfos dos preços das companhias aéreas de baixo custo?
Exacto. O seu modelo de gestão é diferente das companhias aéreas de voos regulares. As empresas de "low cost" têm poucos empregados para o números de passageiros que transportam, baixas despesas fixas e maior eficiência. Um dos factores determinantes para a competitividade do sector aéreo, no futuro, serão os novos aviões que permitem poupar 40% do combustível. A idade média de vida dos aviões das companhias de "low cost" é de 2 anos.
. Segundo dados que teve acesso, em 2006 os hotéis de Lisboa tiveram uma taxa de ocupação considerável. Acredita que tal se deve ao aumento de tráfego "low cost" para a capital?
Evidentemente. As "low cost", no ano de 2006, transportaram mis 600 mil passageiros que o ano anterior.
. Um segundo aeroporto na zona de Lisboa só para aviação "low cost" poderia potenciar o turismo da região?
Exacto. O aeroporto da Portela tem taxas muito mais caras que Madrid (Barajas) e Barcelona, dado que os lucros do aeroporto de Lisboa estão a suportar os prejuízos dos restantes aeroportos nacionais. Aquelas duas cidades espanholas são as que mais competem com a capital portuguesa a nível turístico. Por esta razão, a região de Lisboa precisa urgentemente de um aeroporto para as "low cost" uma vez que estas empresas são atraídas pelas baixas taxas aeroportuárias.
Perto de Lisboa, no Montijo, também existe uma base militar que poderá ser aproveitada para a aviação civil. A área disponível é superior à área do aeroporto da Portela mas, mesmo que não se pretenda avançar com essa solução, o Governo pode, com poucos recursos, criar um aeroporto para as companhias de baixo custo noutro local.
A dada altura no seu estudo refere que um aeroporto internacional na Ota, poderá prejudicar a Tap, as "low vost" e o turismo de Lisboa. Poderia concretizar?
O novo aeroporto só pode ser pago de duas maneiras: pelas taxas aeroportuárias ou pelos contribuintes
Se alguém não confirmar estas afirmações está a faltar à verdade. Se o Governo privatizar a empresa ANA-aeroportos que dá lucro é óbvio que vai perder receitas anuais o que corresponde a um prejuízo.
O modelo de financiamento do novo aeroporto de Lisboa, em parte, é semelhante ao modelo do actual aeroporto de Atenas. O pagamento da nova infra-estrutura vai depender do valor das taxas aeroportuárias. No caso grego, as taxas do novo aeroporto são das mais caras da Europa, o que levou a Olympic Airlines à falência por ser o seu maior cliente. Recentemente, a Administração desta empresa exigiu do Governo grego uma compensação financeira de 803 milhões de euros pela "mudança obrigatória" da companhia, em 2001, para o novo aeroporto internacional de Atenas. Mais grave ainda, as "low cost" não querem utilizar uma infra-estrutura com taxas de alto custo, o que está a obrigar à utilização de aeroportos secundários para “salvar” o turismo grego.
A TAP é responsável por cerca de 50% dos voos em Lisboa, sendo as taxas aeroportuárias despesas fixas que têm um peso muito importante no seu orçamento, o que significa que, se um dia a TAP se mudar para a Ota, onde as taxas serão elevadíssimas, vai acontecer exactamente o mesmo que ocorreu à Olympic Airlines e as "low cost" irão abandonar Lisboa, o que levará ao colapso do turismo da Capital.
. O cenário mais provável aponta para que, no futuro, os transportes mais utilizados pelos cidadãos europeus seja o comboio de alta velocidade e as "low cost". Na sua opinião, a proposta de Aeroporto na Ota adequa-se com este paradigma?
Neste momento, a principal prioridade para Portugal é a ligação à rede de bitola (distância entre carris) europeia de Velocidade Elevada e Alta Velocidade que vai permitir a livre circulação de comboios de mercadorias e de passageiros que a actual rede de bitola ibérica o não permite. A nova rede vai possibilitar o transporte de contentores do nosso território e portos para a U.E. Se nada for feito o nosso País ficará isolado e irá perder competitividade. A Espanha, em 2010, já terá grande parte da nova rede concluída e ligada ao resto da Europa.
As "low cost" apostam nas ligações entre dois pontos e voos directos enquanto os grandes hubs privilegiam os voos de ligação. O que deveria fazer desde já era uma base para as "low cost" com baixas taxas aeroportuárias de onde irão irradiar os voos para o maior número de destinos. É o que se está fazer em muitas cidades europeias. Perto de Barcelona, já existem 2 modestos aeroportos que servem de base para as "low cost": Réus a 120 Km e Girona a 90 Km da capital da Catalunha.
A Ota é um enorme erro do ponto vista da logística porque está longe de Lisboa e dos portos de Setúbal e Sines e, além disso, não coexiste com a actual rede ferroviária nem com a nova rede de bitola europeia a construir. Além disso, aquela localização tem más condições de navegação aérea e meteorológicas. Escolheu-se aquele local sem sequer lá ter colocado, previamente, uma estação meteorológica automatizada. Basta ler a página 25 do Relatório de contas da NAER de 2005 para o confirmar.
O admirável mundo da Ota
Os decisores políticos sairão sempre beneficiados com uma obra desta dimensão [...] não é seguro que sobre ela venham a prestar contas.
Quando um projecto é faraónico, o cidadão desconfia. Estima-se que a Ota custará – sem contar com as inevitáveis derrapagens – 3,1 mil milhões de euros. Mário Lino, na boa tradição do intervencionismo estatista, afirma que “as obras públicas são essenciais à economia” e que a Ota trará um “novo fôlego ao sector da construção”. Diz ainda tratar-se de um “compromisso pessoal” – uma declaração infeliz e reveladora.
A possibilidade de ver surgir mais um “elefante branco” obriga-nos a lembrar duas coisas. Primeiro, os decisores políticos sairão sempre beneficiados com uma obra desta dimensão, sendo que não é seguro que sobre ela venham a prestar contas. Os benefícios têm lugar no curto prazo, a avaliação global só é possível a médio prazo. Não é por acaso que ‘accountability’ é dificil de aportuguesar (e recorde-se como a governação, em Portugal, parece ser cada vez mais um mero trampolim para voos mais desejados). Segundo, existe uma incerteza grande quanto aos benefícios do projecto. Quer a procura da gratificação imediata, quer o excesso de optimismo, incentivam o decisor político a ser favorável a projectos que deveriam ser chumbados.
Não bastavam estas perversões, acresce ainda a pressão dos engenheiros deslumbrados com a ideia de tão “grande obra”. São precisas 235 mil estacas? “Isso não é nenhum papão para a engenharia portuguesa”, advertem. Como o major Valentão do Contra-Informação, eles não têm medo de nada, estacas incluídas: só precisam de saber “quantas são”. Grave é que, no meio de tanta discussão técnica, não se dê a devida importância ao custo da obra – pago pelas gerações actuais e futuras.
Numa estratégia inteligente, o governo tem feito por transmitir a ideia de a decisão ser definitiva, procurando desanimar os opositores, enquanto pisca o olho aos beneficiários do projecto, desde logo a banca, como notavelmente explica João Caetano Dias ( http://www.causaliberal.net/documentosJ ... iasota.htm ). Mas em política nada é irreversível.
A alternativa mais sensata – a que respeitaria os contribuintes – seria apostar num aeroporto ‘low cost’, complementar da Portela, que satisfaria e geraria tráfego acrescido, proveniente de um novo tipo de turismo. Uma opção responsável, inevitavelmente incapaz de satisfazer o apetite estatista pelas grandes obras.
tiago.mendes@economics.oxford.ac.uk
Tiago Mendes, Economista e tutor no Christ Church College, Oxford
http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/ ... 82504.html
Voar Baixinho - As Falácias dos Estudos da Ota
Por João Caetano Dias
1. Falácia da Viabilidade
Obviamente, a OTA é viável. Como qualquer operação em regime de exclusividade protegida por lei, com possibilidade de estabelecimento de preços de monopólio, num mercado de dimensão satisfatória em que a concorrência não é autorizada a entrar porque as barreiras legais são impenetráveis.
Há perguntas que o governo não quer ver respondidas. Será a OTA viável se a Portela se mantiver em actividade? Será a OTA viável se o governo autorizar outros grupos a construir e a explorar aeroportos comerciais em Alverca, Rio Frio ou em Tires? Admitindo que a Portela tem a sua capacidade limitada, quais as melhores alternativas criadoras de valor? Precisamos mesmo de receber mais aviões ou é melhor aumentar as taxas aeroportuárias para conter a procura?
Há outra maneira simples de aferir a viabilidade da OTA. Afaste-se a ANA do negócio do novo aeroporto e abra-se um concurso público para um novo aeroporto em regime de "Design, Build, Finance, Operate", sem quaisquer garantias de monopólio, sem prometer o encerramento da Portela e sem qualquer aval sobre financiamentos por parte do estado. Se aparecer algum consórcio a jogo, então a OTA é viável.
Claro que o governo não vai fazer nada disto. O governo vai garantir não só o encerramento compulsivo da Portela como vai entregar o monopólio de mão beijada a um só consórcio, vai também liderar o processo de expropriações e ajudará a viabilizar financiamentos avalizando todos os riscos que se mostrarem difíceis de cobrir.
E mesmo assim a OTA só será viável porque nas contas não se vai entrar em linha de conta com outros custos. Por exemplo, os custos que todos os passageiros vão suportar nas acrescidas taxas de aeroporto; os custos acrescidos de deslocação que milhares de trabalhadores e milhões de passageiros vão ter que suportar para se deslocarem da zona da grande Lisboa para o Ribatejo, o custo da nova auto-estrada que será obrigatoriamente construída (ou o alargamento das actuais) para permitir o maior afluxo de veículos entre a OTA e Lisboa e cujas portagens serão também pagas pelos consumidores ou ainda as perdas sentidas pelo turismo pela menor competitividade da cidade de Lisboa.
É como se diz aqui. Uma nova auto-estrada Porto-Lisboa também é economicamente viável desde que a actual A1 seja convertida numa pista para bicicletas.
2. A Falácia dos Privados
"Estão a ver, olha aqui no DN, estavam todos com problemas por causa do défice, afinal vai ser tudo feito por privados, já os calaram", dizia-se hoje na minha mesa de almoço.
Seria muito bom se assim fosse. Para o projecto Ota ser verdadeiramente privado o estado deve abster-se de garantir aos investidores, mais uma vez, coisas como exclusividade ou monopólios, garantias públicas ou preços garantidos. Em situação alguma o estado deve assinar qualquer contrato, garantia, confortos ou side letters com os concessionários ou com as entidades financeiras que se estão a alinhar para financiar o projecto, para lá nas habituais licenças necessárias para desenvolver qualquer actividade económica.
De outro modo não é privado. É uma mistura de SCUT, em que não se paga no tempo deste ministro mas paga-se no tempo dos próximos, com um utilizador/pagador em que a portagem são os "impostos diferidos" na forma de preços artificialmente altos que serão suportados em excesso pelos consumidores de viagens aéreas.
3. A Falácia das Avaliações.
Ao que parece o governo vai publicar estudos económicos feitos pela banca de investimentos. Não preciso ler os estudos para saber o que por lá consta: a Ota é um excelente projecto, com uma TIR entre 11% e 13%, e com um worst case scenario em que a taxa de rentabilidade baixa para os 7%.
Já fiz muitos do género para saber que é assim. O estado raramente quer saber da viabilidade económica de um projecto. O estado pretende quase sempre algo diferente. Em vez de se avaliar o mérito de um projecto baseado num conjunto de pressupostos, pretende-se encontrar o conjunto de pressupostos que melhor viabilizam o projecto. Nesses pressupostos incluem-se todas as garantias e alcavalas necessárias para tornar qualquer nado-morto sem pés nem cabeça numa apelativa mina de ouro para os investidores.
A banca de investimentos, a quem foi entregue a responsabilidade dos estudos, é um dos principais grupos beneficiários de projectos como o da Ota. Basta fazer contas. 1% a 2% de comissões sobre 4 ou 5.000 milhões, para estudos, consultadorias, fees de montagem das operações e de montagem de sindicatos. É difícil dizer que um projecto destes que nos acena com sorriso tão largo não vale a pena. Vale sempre. Mesmo que seja péssimo para outros, é sempre bom para a banca de investimentos. E neste caso, como em quase todos os outros, quem faz o frete ganha o contrato.
A banca comercial, espera, paciente. Já se sabe que para qualquer pedrinha que se encontre no caminho, há um estado que se atravessa e limpa a estrada. Nenhum banco nacional vai querer ficar fora dos sindicatos bancários. Nem todos conseguirão o convite, mas a maior parte vai ter a sua fatiazinha, na proporção da importância relativa de cada um. Todos os participantes vão conseguir aplicar uma parte significativa dos seus recursos disponíveis num excelente projecto risk-free, suportado pelo grande e descuidado accionista Portugal. Não há nada melhor do que isto. É ver as acções dos bancos em alta, assim que a coisa atingir o ponto de não retorno, à medida que os nomes dos vários sindicantes vão sendo conhecidos nos mercados.
O Project Finance será, como sempre, muito bem estruturado, com todos os riscos privados bem identificados, bem cobertos e, nos casos mais complicados em que as companhias de seguros ou as relações contratuais não o permitem, garantidos pelo pai estado. E durante meia dúzia de anos todos estes bancos vão poder aligeirar as suas estruturas comerciais porque a OTA absorve uma parte significativa das novas carteiras de crédito. Dinheiro aplicado na OTA, a longo prazo, é carteira que não precisa de ser renovada todos os anos no competitivo mercado de crédito português.
Parece que ninguém perde. Mas não é bem assim. Os recursos que vão para a OTA não vão para o resto da economia. Nos próximos tempos, as empresas privadas vão sentir maiores dificuldades em encontrar fundos para os seus projectos e as taxas de juro vão subir devido à diminuição da oferta de dinheiro. Toda a actividade económica vai pagar em juros mais altos a opção OTA. E claro, alguns investimentos ficarão pelo caminho por falta de financiamento disponível.
As empresas que vão dedicar parte significa das suas capacidades ao novo aeroporto, não vão ter a mesma disponibilidade para as alternativas que o mercado exige. Os preços vão aumentar no mercado da construção e nas actividades relacionadas e de suporte. O mercado imobiliário vai ser o mais castigado. Alta do preço da construção a par da alta do preço do dinheiro é um sinal de dias negros para o sector. A verdade é que perdemos quase todos, excepto os bancos e as construtoras.
É por estas e por outras que os estudos que vão ser apresentados pelo governo não valem nem o custo do papel em que são impressos. Afinal, para que é que interessam estudos quando a decisão já está tomada?
Novembro de 2005
João Caetano Dias
http://www.causaliberal.net/documentosJ ... iasota.htm
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