para se perceber melhor a minha ideia:
transcrito do jornal de negocios online:
Sonae defendia em 2003 que cisão da PTM criava valor para accionistas da PT
Em 2003, a Sonae enviou um manifesto ao Governo de Durão Barroso em que defendia a cisão da PT Multimédia, dizendo que ela "criava valor para os accionistas da PT". Ontem, a Sonae criticou essa decisão, apresentada pela PT. Detalhes de um documento desconhecido.
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Pedro S. Guerreiro
psg@mediafin.pt
Em 2003, Belmiro de Azevedo queria a fusão da Sonaecom com a empresa que resultasse de um "spin off" da PTM. Em nome do centro de decisão nacional.
Em 2003, a Sonae enviou um manifesto ao Governo de Durão Barroso em que defendia a cisão da PT Multimédia, dizendo que ela "criava valor para os accionistas da PT". Ontem, a Sonae criticou essa decisão, apresentada pela PT.
O Jornal de Negócios teve acesso a esse documento de há três anos, cujo conteúdo era desconhecido, e onde se defende a cisão da Sonaecom com a PT Multimedia, em nome também dos centros de decisão.
O documento enviado em 2003 ao Governo de coligação PSD/PP de então defendia a cisão da participação do grupo Portugal Telecom na PT Multimédia, ou o destaque da participação da PTM no capital da TV Cabo, "seguida da atribuição das acções da nova sociedade resultante aos accionistas da PT".
"Para além de resolver os temas do interesse nacional de uma só 'assentada', a solução apresentada tem a vantagem de criar valor para os accionistas da PT enquanto que as soluções alternativas dificilmente conseguem evitar uma forte redução desse mesmo valor", defendia então o grupo Sonae.
Ontem, reagindo à apresentação do "plano anti-OPA" pelo presidente da PT, Henrique Granadeiro, que aumenta os dividendos a distribuir e avança com a cisão da PTM (medidas sujeitas ao insucesso da OPA), a Sonae afirmou que esta proposta destruía valor: "Essas propostas não são um presente para os accionistas da PT, antes pelo contrário, desvalorizam a PT", afirmou um membro da administração da Sonaecom à "Reuters".
Manifesto 2
O documento enviado em 2003 ao Governo de Durão Barroso era intitulado "Manifesto 2" e tinha como subtítulo a seguinte frase: "Pela criação de um grupo de telecomunicações inequivocamente português, na perspectiva da estrutura accionista e da localização do centro de decisão, capaz de contribuir para o desenvolvimento do sector global das telecomunicações em ambiente de saudável concorrência e apto para acrescentar valor inclusivamente junto dos accionistas do Grupo PT".
A Sonae indicava como demais virtudes da cisão da PTM a criação de "uma empresa cotada com uma dispersão accionista parecida com que a que apresenta o Grupo PT, embora com um reforço da posição dos grupos que detêm importantes posições minoritárias na PTM - v.g. BES, CGD e BPI".
Três anos depois, esse é precisamente um dos méritos listados por Henrique Granadeiro, presidente da PT, para a sua proposta. Entretanto, a estrutura accionista da Telecom é diversa, ficando o Banco Espírito Santo agora como o maior accionista da PTM, a par da própria PT. O BPI, recorde-se, vendeu entretanto a sua participação no capital da operadora.
Sonaecom quis fundir-se com PTM
A Sonae prosseguia: "A eventual posterior fusão desta empresa", que resultasse do "spin-off" da PTM, "com uma outra entidade nacional presente nos sectores de telefonia fixa, de telefonia móvel e da Internet (Sonaecom) faria surgir, por sua vez, um operador de telecomunicações com uma série de características que vão de encontro (sic) ao interesse estratégico nacional, para além de simultaneamente resolver importantes problemas e bloqueios do sector em Portugal".
O "Manifesto 2" dedicava depois extensas páginas a abordar primeiro os temas de interesse nacional e, depois, o tema do valor criado para os accionistas da PT "dando especial destaque à comparação com o caso da Dinamarca onde o operador histórico optou por lutar pela manutenção de quotas importantes na rede de telefonia fixa e na rede de cabo."
transcrito do jornal de negocios online:
Sonae defendia em 2003 que cisão da PTM criava valor para accionistas da PT
Em 2003, a Sonae enviou um manifesto ao Governo de Durão Barroso em que defendia a cisão da PT Multimédia, dizendo que ela "criava valor para os accionistas da PT". Ontem, a Sonae criticou essa decisão, apresentada pela PT. Detalhes de um documento desconhecido.
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Pedro S. Guerreiro
psg@mediafin.pt
Em 2003, Belmiro de Azevedo queria a fusão da Sonaecom com a empresa que resultasse de um "spin off" da PTM. Em nome do centro de decisão nacional.
Em 2003, a Sonae enviou um manifesto ao Governo de Durão Barroso em que defendia a cisão da PT Multimédia, dizendo que ela "criava valor para os accionistas da PT". Ontem, a Sonae criticou essa decisão, apresentada pela PT.
O Jornal de Negócios teve acesso a esse documento de há três anos, cujo conteúdo era desconhecido, e onde se defende a cisão da Sonaecom com a PT Multimedia, em nome também dos centros de decisão.
O documento enviado em 2003 ao Governo de coligação PSD/PP de então defendia a cisão da participação do grupo Portugal Telecom na PT Multimédia, ou o destaque da participação da PTM no capital da TV Cabo, "seguida da atribuição das acções da nova sociedade resultante aos accionistas da PT".
"Para além de resolver os temas do interesse nacional de uma só 'assentada', a solução apresentada tem a vantagem de criar valor para os accionistas da PT enquanto que as soluções alternativas dificilmente conseguem evitar uma forte redução desse mesmo valor", defendia então o grupo Sonae.
Ontem, reagindo à apresentação do "plano anti-OPA" pelo presidente da PT, Henrique Granadeiro, que aumenta os dividendos a distribuir e avança com a cisão da PTM (medidas sujeitas ao insucesso da OPA), a Sonae afirmou que esta proposta destruía valor: "Essas propostas não são um presente para os accionistas da PT, antes pelo contrário, desvalorizam a PT", afirmou um membro da administração da Sonaecom à "Reuters".
Manifesto 2
O documento enviado em 2003 ao Governo de Durão Barroso era intitulado "Manifesto 2" e tinha como subtítulo a seguinte frase: "Pela criação de um grupo de telecomunicações inequivocamente português, na perspectiva da estrutura accionista e da localização do centro de decisão, capaz de contribuir para o desenvolvimento do sector global das telecomunicações em ambiente de saudável concorrência e apto para acrescentar valor inclusivamente junto dos accionistas do Grupo PT".
A Sonae indicava como demais virtudes da cisão da PTM a criação de "uma empresa cotada com uma dispersão accionista parecida com que a que apresenta o Grupo PT, embora com um reforço da posição dos grupos que detêm importantes posições minoritárias na PTM - v.g. BES, CGD e BPI".
Três anos depois, esse é precisamente um dos méritos listados por Henrique Granadeiro, presidente da PT, para a sua proposta. Entretanto, a estrutura accionista da Telecom é diversa, ficando o Banco Espírito Santo agora como o maior accionista da PTM, a par da própria PT. O BPI, recorde-se, vendeu entretanto a sua participação no capital da operadora.
Sonaecom quis fundir-se com PTM
A Sonae prosseguia: "A eventual posterior fusão desta empresa", que resultasse do "spin-off" da PTM, "com uma outra entidade nacional presente nos sectores de telefonia fixa, de telefonia móvel e da Internet (Sonaecom) faria surgir, por sua vez, um operador de telecomunicações com uma série de características que vão de encontro (sic) ao interesse estratégico nacional, para além de simultaneamente resolver importantes problemas e bloqueios do sector em Portugal".
O "Manifesto 2" dedicava depois extensas páginas a abordar primeiro os temas de interesse nacional e, depois, o tema do valor criado para os accionistas da PT "dando especial destaque à comparação com o caso da Dinamarca onde o operador histórico optou por lutar pela manutenção de quotas importantes na rede de telefonia fixa e na rede de cabo."