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Re: O exemplo que Portugal não seguiu....

MensagemEnviado: 24/7/2006 20:46
por ptmasters
(...)O governo irlandês percebeu rapidamente que seria melhor ter 13% de alguma coisa do que 30% de nada”. (...)



Depois de formação adequada, este ponto deverá ser a ignição, e disso não haja grandes dúvidas.

E que não se pense que a "treta" da mão-de-obra barata é sempre sinónimo de competitividade, pois se não for qualificada, hoje em dia, para o que se pretende, não serve de nada, pois não se retira daí grande valor acrescentado.

1 ab

MensagemEnviado: 24/7/2006 20:21
por HOSTILE
boas,
aconselho a ler este tópico e a ler opiniões como o guloso e rics!
http://www.caldeiraodebolsa.com/forum/v ... ht=irlanda.
Ficam a perceber que nem tudo o que se escreve é verdade e temos de eliminar o fantasma de sermos sempre inferiores aos dos outros países...
Abraço!

MensagemEnviado: 24/7/2006 19:48
por valves
Fala-se muito na Finlandia mas também é preciso perceber que a economia finlandesa está muito ancorada na Nokia. por outro lado convem não esquecer o papel que os emigrantes irlandeses nos estados unidos tiveram no investimento das empresas americanas na Irlanda ...

O exemplo que Portugal não seguiu....

MensagemEnviado: 24/7/2006 19:21
por Infoo
estava a ver uma reportagem na SIC Notícias sobre a Irlanda e o "milagre irlandes"....

Portugal e Irlanda partiram para esta corrida Europeia na mesma zona da grelha de partida (se nós estávamos mal, eles mal estavam)...

... mas, eles agora são o 2º ou 3ª país mais "rico da UE e nós estamos onde estamos....

Os parágrafos abaixo transcritos do site sa Sic Online traduzem perfeitamente a grande diferença



1- Sendo um país periférico, implementação de um regime fiscal empresarial
2- eles não têm esse problema, mas por cá um forte investimento na língua inglesa
3- investimento na formação

Parece simples, não? eles fizeram-no... nós não:

Ponto 1- nem vê-lo, e cada vez estamos pior neste aspecto.

Ponto 2- finalmente este governo... copiando (e bem) e modelo finlandês lá começaram timidamente a investir seriamente na língua empresarial mundial no 1º ciclo ... o inglês.... infelizmente perdemos dezenas de anos (coff coff) e ainda bastantes vão ser precisos para o "peixe render"

Ponto 3- idem idem aspas aspas do Ponto 2



Transcrição do site da Sic Online:

Eurodeputado: Simon Coveney, “a receita do sucesso irlandês”
....
Conhece a região e sabe que o cargo em Bruxelas tem um impacto directo em várias áreas: “penso que durante muito tempo os irlandeses olharam para a Europa como uma simples fonte de financiamento porque o país estava a tentar apanhar o barco do desenvolvimento, acredito que em Portugal se passou o mesmo”.

Um tom sincero que não desaparece quando explica alguns dos números que definem aquilo a que os economistas chamaram o milagre irlandês: “na base desse desenvolvimento está a baixa carga fiscal aplicada às empresas. O governo irlandês percebeu rapidamente que seria melhor ter 13% de alguma coisa do que 30% de nada”.

A competitividade do regime irlandês aliada às facilidades de ter o inglês como língua oficial atraíram muitas empresas americanas. Cork transformou-se no quartel general europeu de multinacionais como a Microsoft, Dell ou a Apple. A tecnologia informática recebe a companhia de algumas das maiores indústrias farmacêuticas como a Pfizer.

Uma estratégia de investimento que pode servir de exemplo a alguns dos novos membros da família europeia “penso que podemos ser um bom exemplo para os países mais pequenos por exemplo pra a Letónia ou para a República Checa. Provámos que com uma economia de 3 ou 4 milhões de pessoas as mudanças são possiveis e rápidas. A chave passa pelo investimento na formação. Uma formação adequada às empresas que queremos cativar”.