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MensagemEnviado: 29/6/2006 12:17
por Surfer
Vieira Escreveu:"We think the rise we are going get this evening will be the top of the cycle and that the Fed is about to pause. As or when the Fed indicates it is at the peak of a cycle we think the equity market will go up" said Jim Wood Smith at Christows Stockbroker".


Esta é também a minha opinião tendo em conta o futuro dos mercados. Tendo em conta o comportamento dos mercados, não me parece que estejamos num topo de médio ou lomgo-prazo, porém não implica que daqui em diante os mercados atingiram novos máximos a curto ou médio-prazo.

Mais importante que as decisões futuras que o FED venha optar, na minha opinião é ver qual o comportamento dos mercados de Setembro em diante até ao inicio de 2007 e então fazer uma análise e leitura a que niveis (suportes/resistências) se encontram os indicies.

Vieira Escreveu:Sensação de alívio, por tudo ter corrido como previsto ---> Mercado sobe.

Sensação de incerteza sobre o futuro e frustração por não haver paragem dos juros ---> Mercado cai.


Curiosamente eu faço uma leitura contrária...

re

MensagemEnviado: 29/6/2006 12:05
por Infoo
o top of the cycle já era aos 4,5%... já era aos 4,75%... depois era aos 5%.... e....já andam eles onde andam....
vai tudo depender da evolução dos dados "que indicam" inflação

notem que o discurso é que o limite é cerca dos 2%... e a FED é mais terra-a-terra que o BCE.... claro que pela Europa o problema é não se crescer a valores "seguros".... e se o BCE começar a entrar em velocidade de cruzeiro nas subidas, tal como a FED fez... bem... vamos ver aí muitos países a ficar com economias "com afrontamentos".... e a Sócrates City vai andar no pelotão da frente

MensagemEnviado: 29/6/2006 11:53
por vieira
Isto é o que o mercado americano pensa:

"The Federal Reserve is widely expected to lift its benchmark fed funds rate by a quarter-percentage point to 5.25 percent at 1815 GMT, a 17th rise in two years with more to come.

The wording of the Fed's statement has kept investors uncertain amid lingering concerns that the central bank's monetary tightening will slow economic growth and hurt corporate profits.

"We think the rise we are going get this evening will be the top of the cycle and that the Fed is about to pause. As or when the Fed indicates it is at the peak of a cycle we think the equity market will go up" said Jim Wood Smith at Christows Stockbroker".

Agora a minha opinião sobre o que eles pensam:

Mas eles estão a ver isto bem? :? Acho muito pouco provável a FED parar aqui o aumento dos juros, visto que a inflação não está nem de perto nem de longe, controlada. A FED sempre disse que controlar a inflação era a sua maior prioridade (e não o crescimento da economia).

Sobre o que realmente pode acontecer, penso que o cenário mais provável é o de aumento de 0,25% como previsto e no discurso o Bernanke não se descozer se continua a aumentar os juros (deve dizer algo do género: "Vamos continuar atentos à inflação e se for preciso aumentar os juros, vamos fazê-lo".

Aqui o mercado pode ter duas reacções:

Sensação de alívio, por tudo ter corrido como previsto ---> Mercado sobe.

Sensação de incerteza sobre o futuro e frustração por não haver paragem dos juros ---> Mercado cai.

MensagemEnviado: 27/6/2006 22:28
por nunoand99
djovarius Escreveu:Boa tarde,

Dado que o mercado cambial está já a sofrer com a "sonolência" de verão, vou agarrar neste tópico do Ulisses para falar um pouco desta questão.

Em primeiro lugar: o que é que a queda do valor das Obrigações do Tesouro (principalmente nos EUA) e respectivo aumento das yields no diz?

Diz-nos que estamos num ambiente de crescimento económico robusto ao qual podemos associar pressões inflacionistas. Afinal, a liquidez continua elevada, a maioria dos activos beneficiou disso, facto que espirra para o índice de preços ao produtor e, agora, também aos preços do consumidor.

Ora, um IPC anualizado na casa dos 4 - 5% não é grave se limitado a um período de tempo relativamente curto. Mais do que um semestre começaria a comprometer os preços / crescimento futuro.
Ora, a Reserva Federal, na impossibilidade de secar a liquidez de uma forma mais violenta sem comprometer o sistema limita-se a mantê-la a níveis elevados, optando por encarecer o custo do dinheiro, tentando refrear o crédito (em todas as formas) e a re-alimentação subjacente à própria liquidez.

Sendo assim, não há outra hipótese, os juros vão continuar a subir, embora esse movimento de "normalização" e reposição de taxas positivas possa estar perto de uma pausa para ver como é.

Daí que é mais correcta a elevação lenta dos juros, a não ser que ocorra um descontrolo inflacionista. A pausa, tão esperada, pode ocorrer até Setembro / Outubro, provocando satisfação nos mercados, caso haja sinais de um IPC controlado.

Abraço

djovarius


Cueteris Paribus, eu não diria melhor.

MensagemEnviado: 27/6/2006 15:26
por djovarius
Boa tarde,

Dado que o mercado cambial está já a sofrer com a "sonolência" de verão, vou agarrar neste tópico do Ulisses para falar um pouco desta questão.

Em primeiro lugar: o que é que a queda do valor das Obrigações do Tesouro (principalmente nos EUA) e respectivo aumento das yields no diz?

Diz-nos que estamos num ambiente de crescimento económico robusto ao qual podemos associar pressões inflacionistas. Afinal, a liquidez continua elevada, a maioria dos activos beneficiou disso, facto que espirra para o índice de preços ao produtor e, agora, também aos preços do consumidor.

Ora, um IPC anualizado na casa dos 4 - 5% não é grave se limitado a um período de tempo relativamente curto. Mais do que um semestre começaria a comprometer os preços / crescimento futuro.
Ora, a Reserva Federal, na impossibilidade de secar a liquidez de uma forma mais violenta sem comprometer o sistema limita-se a mantê-la a níveis elevados, optando por encarecer o custo do dinheiro, tentando refrear o crédito (em todas as formas) e a re-alimentação subjacente à própria liquidez.

Sendo assim, não há outra hipótese, os juros vão continuar a subir, embora esse movimento de "normalização" e reposição de taxas positivas possa estar perto de uma pausa para ver como é.

Daí que é mais correcta a elevação lenta dos juros, a não ser que ocorra um descontrolo inflacionista. A pausa, tão esperada, pode ocorrer até Setembro / Outubro, provocando satisfação nos mercados, caso haja sinais de um IPC controlado.

Abraço

djovarius

MensagemEnviado: 26/6/2006 20:00
por nnascimento
Ulisses, como já aqui foi referido, também eu penso que os 0,25% de aumento são dados como certos e estão já descontados no mercado.Aquilo que vou vendo e ouvindo é relativamente ao aumento de mais 0,25% em agosto.Agora penso que o problema é se este aumento está descontado, e se o discurso continuar coerente relativamente à leitura dos dados económicos que vão saindo entretanto até agosto, irá o mercado lateralizar ou novas descargas surgirão com o argumento de que os lucros e as perspectivas/estimativas vão descer com novo aumento em agosto de 0,25%? É que a questão, na minha perspectiva, sobre o controlo da inflação tem não a haver com o poder económico do "povo" mas sim com o aumento do preço das commodities e isso nem o FED nem ninguém consegue controlar (penso eu). Portanto, enquanto qq aumento das taxas é reflectido após +- 6 meses à posteriori prevendo-se o abrandamento na construção a verdade é que desde esta correcção acentuada dos mercados globais (12 de Maio)o preço do crude estabilizou e lateraliza entre os 68 a 75 USD. Isto tem muito que se lhe diga, mas para já não tenho muito tempo.É que apesar de tudo, o crescimento global continua elevado.

Cumprimentos

Em relação à decisão da FED na Quinta

MensagemEnviado: 26/6/2006 19:48
por Ulisses Pereira
Neste momento, as FED funds dão com 100% de probabilidade, pelo menos, uma subida de 25 pontos base nas taxas de juro na reunião de Quinta-feira. Além disso, atribuem uma percentagem de cerca de 10% a uma subida de 50 pontos ainda nesta reunião.

Pessoalmente, só acredito em 50 pontos base caso essa decisão seja acompanhada de um sinal claro de que o final das subidas chegou ao fim. Mas, de qualquer forma, considero que será altamente provável que tenhamos a já clássica subida de 25 pontos base sem grandes novidades quanto ao discurso que acompanha essa decisão.

Ulisses