leom Escreveu: LISBOA, 25 Mai (Reuters) - O lucro da Energias de Portugal
(EDP) , no primeiro trimestre de 2006, subiu 9,3 pct
para 237 milhões de euros (ME).
No entanto, este resultado ficou abaixo dos 249,9 ME da
média de uma Poll de 11 analistas que estimavam que o lucro da
EDP se situasse entre 217 e 288,6 ME. A EDP refere que a Margem Bruta subiu 3,1 pct para 1.012 ME
e que o EBITDA-Earnings before Interests, Taxes, Depreciation
and Amortization -- excluindo operações em descontinuidade --
cresceu 1,4 pct para 569 ME contra a estimativa dos analistas
que se tivesse fixado entre 518 e 625 ME com a média em 577,8
ME.
Será que são assim tão distantes da média das previsões?
Deixo a notícia emitida pelo negócios.pt:
A Energias de Portugal anunciou hoje que os resultados líquidos do primeiro trimestre do ano aumentaram 9,3%, para 237,1 milhões de euros, com a eléctrica portuguesa a beneficiar com o aumento dos resultados financeiros e do contributo do Brasil. Os resultados líquidos ficaram em linha com as previsões mais baixas dos analistas.
Nos primeiros três meses do ano passado a EDP [Cot] tinha apurado lucros de 216,9 milhões de euros e os analistas contactados pelo Jornal de Negócios aguardavam, em média, que os lucros do primeiro trimestre de 2006 se situassem nos 255,6 milhões de euros. As estimativas de oito analistas oscilaram entre 221 e 288,6 milhões de euros.
Nos primeiros três meses do ano os proveitos operacionais da EDP totalizaram 2,76 mil milhões de euros, uma subida de 12,5%, para um valor que ficou acima dos 2,66 mil milhões de euros esperados pelos analistas. O EBITDA subiu 1,4%, para 569 milhões de euros, ligeiramente abaixo dos 578 milhões de euros previstos pelos analistas.
Tal como os analistas já tinham antecipado, a EDP beneficiou com a reversão de uma provisão, para cobrir os riscos com os juros associados aos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual, que totalizou 118 milhões de euros em 2005.
Esta reversão, de 103 milhões de euros, é explicada com o adiamento do arranque do MIBEL. Em resultado desta operação contabilística, os resultados financeiros da EDP foram positivos em 25,8 milhões de euros, uma melhoria de 92 milhões de euros.
Acções da EDP em seis meses
Brasil compensa Espanha
Outro factor a explicar a subida dos lucros foi a « boa performance operacional da Energias do Brasil» e a apreciação do real em 31%, que resultaram num crescimento «saudável da margem bruta das nossas operações no Brasil», em 60 milhões de euros.
A actividade no Brasil permitiu contrariar a performance da empresa em Espanha, através da Hidorcantábrico, cujos resultados já eram conhecidos. A EDP lembra que efectuou várias provisões no negócio em Espanha e viu o EBITDA ser penalizado em 33 milhões de euros devido à alteração de uma lei no país vizinho.
Apesar da subida dos lucros, a EDP viu a sua margem EBITDA recuar de 22,9% para 20,6%.
Na produção e comercialização de energia na Península Ibérica, o EBITDA diminuiu 13,3%, com a EDP citar alguns «factores singulares». Já espanhola NEO, para o sector das energias renováveis, mais que duplicou o EBITDA.
Para além da empresa de energias renováveis espanhola, apenas no Brasil a EDP registou um aumento do EBITDA. No país da América Latina a eléctrica aumentou o EBITDA em 43,2%. Nas telecoms (-82,3%), gás (-22%) e cogeração (3,2%) o EBITDA da EDP desceu nos primeiros três meses do ano.
No negócio de distribuição em Portugal o EBITDA baixou 3,8%, apesar do aumento de 12,7% nos proveitos operacionais. Nesta unidade a empresa reduziu 228 postos de trabalho, para um total de 5.285. Na distribuição em Espanha o EBITDA caiu 28,5%.
No primeiro trimestre o investimento operacional da EDP aumentou 2,5% para 196 milhões de euros e a dívida líquida da empresa baixou em 333 milhões de euros, para 9,13 mil milhões de euros.
As acções da EDP fecharam estáveis nos 2,86 euros.