Achei esta frase absolutamente extraordinária. É reveladora de um paternalismo e arrogância absolutamente extraordinários. Quem a proferiu parece ter ignorado o facto dos accionistas do BPI terem tido agora e sempre a opção de serem accionistas do BCP. No entanto, nunca o foram.
Além disso, os accionistas do BPI penso serem algo experientes e não precisarem dos conselhos de Paulo Teixeira Pinto quanto à forma como devem gerir os seus negócios, o seu dinheiro e a avaliarem as oportunidades de investimento. Podem até vir a decidir vender mas estou certa que os conselhos de PTP não serão o que os fará decidir. Possivelmente só os irritará (seria certamente o meu caso!).
Cada vez mais estou como o F. Ulrich: Os accionistas do BPI têm uma carreira em nada comparável com a do CEO do BCP. A deles é de muitos e muitos anos em banca. E cada vez mais percebo o segundo comentário em como PTP está muito atrevido para quem só está na banca há menos de um ano. Acho as declarações absolutamente extraordinárias.
A fonte é jornal de negócios e vale a pena passar por lá para ler os comentários de accionistas do BCP já "algo" furibundos...
http://www.negocios.pt/default.asp?SqlP ... tId=276085
"Paulo Teixeira Pinto
«Os accionistas do BPI precisam mais da nossa oferta do que nós do BPI»
«Os accionistas do BPI precisam mais da nossa oferta do que nós do BPI», afirmou Paulo Teixeira Pinto, presidente do Banco Comercial Português, ontem, durante uma conferência organizado pelo UBS em Nova Iorque, onde aproveitou para acrescentar que os accionistas do Banco BPI «não têm mais nenhuma alternativa atractiva em cima da mesa».
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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt
«Os accionistas do BPI precisam mais da nossa oferta do que nós do BPI», afirmou Paulo Teixeira Pinto, presidente do Banco Comercial Português, ontem, durante uma conferência organizado pelo UBS em Nova Iorque, onde aproveitou para acrescentar que os accionistas do Banco BPI «não têm mais nenhuma alternativa atractiva em cima da mesa».
O líder do BCP, citado pela Bloomberg mostrou-se confiante no sucesso da oferta pública de aquisição (OPA) lançada sobre o BPI no passado mês de Março ao afirmar que «no final, os accionistas do BPI agirão de uma forma racional e aceitarão a oferta».
Segundo Paulo Teixeira Pinto, o BCP deverá poder iniciar a sua oferta de acções pelo banco liderado por Fernando Ulrich em Outubro, depois de receber a «luz verde» da Autoridade da Concorrência, que tem 120 dias para analisar a oferta, mais algum tempo extra, caso necessite de mais alguma informação.
Contra a OPA de 4,33 mi milhões de euros lançada pelo BCP, o BPI afirmou no passado mês de Abril que o banco espera aumentar em média os seus lucros anuais em 16%, durante os próximos cinco anos.
Para Paulo Teixeira Pinto o «recente plano de negócios levanta uma série de questões e está muito acima» das estimativas dos analistas.
Em relação às actividades do BCP na Polónia e na Grécia, o presidente executivo do banco acrescentou que estará sempre «a olhar para oportunidades de reforçar a nossa posição nesses mercados», lembrando que qualquer aquisição terá sempre de aumentar os lucros por acção do BCP, no segundo ano após a sua aquisição.
As acções do BCP [Cot] seguiam a valorizar 0,43% para os 2,35 euros."